O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent
Queria agradecer a todos aqueles que comentaram o capítulo passado e também por aqueles que favoritaram ok?
Bom, queria dar um recado, não tem haver com essa fic, mas sim com a outra: Crescidos. Quem acompanha aquela fic, e pensam que eu abandonei ou algo do tipo, Não! Eu não abandonei, como estou fazendo um final, estou demorando um pouco ok?
É isso...
Boa Leitura!



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Por Violetta #

O dia amanheceu totalmente ensolarado. Por incrível que pareça eu acordei sozinha, Olga não veio me chamar. Olhei meu relógio, e eram nove da manhã, estou de muito bom humor.

Papai não me viu chegar ontem, quer dizer, ele chegou bem depois de mim. Jade dormiu cedo, então ela também não me viu chegar, o que foi ótimo, senão ela teria armado um show e depois contado tudo para o meu pai.

Levantei da cama, e fui até a janela, abrindo as cortinas, deixando a claridade invadir a minha privacidade. O sol estava brilhando, como nunca esteve... Hoje o dia promete! Fui até o banheiro, para tomar um banho relaxante, quero que o dia de hoje seja incrível. Assim que terminei, pus um short, e uma regata, vou dar uma corridinha, vai ser bom me exercitar.

Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, pus um tênis, peguei meu celular e meus fones, é impossível caminhar sem ouvir música né? Desci e fui até a mesa, minha “família” estava tomando café.

_Bom dia – falei sorrindo, me sentando.

_Bom dia raio de sol! – Olga disse me dando um beijo na bochecha. – Acordou de bom humor, foi? – perguntou e eu assenti. – Percebi esse seu sorriso já diz tudo.

_Bom dia filha – Papai disse abrindo o jornal.

Jade apenas me olhou de canto, mas não me cumprimentou. Tudo bem, não irei deixar, a ignorância de aquela mulher me atingir, afinal o dia está lindo, o sol está brilhando, os passarinhos estão cantando, as pessoas estão sorrindo, eu vou ver o meu namorado e...

_Violetta! – escutei meu nome ser chamado. – Em que mundo você está minha filha?! – meu pai perguntou irritado. – Estou aqui tentando falar com você, mas parece que está viajando na maionese!

_Desculpe pai – falei baixo envergonhada. – O que estava me dizendo?

_Falei que irei fazer uma viajem de negócios, e que nos próximos três meses, não estarei em casa. – ele disse sério. – Quero que a senhorita se cuide, Ramalho estará aqui para cuidar de você e Olga também.

_E a Jade? – perguntei olhando para mesma que estava tomando uma xícara de café.

_Ela viajará para Madrid, eu pensei de você ir com ela, mas conhecendo bem a relação entre vocês, excluí esse palpite. – meu pai disse e eu sorri agradecida á ele, pelo menos nisso ele me ajudava.

_Ah... Quando você vai? – perguntei pegando um biscoito.

_Hoje pela tarde – disse folheando o jornal.

_Mas já? – perguntei surpresa. – Para onde?

_Chile. – respondeu.

_Espero que faça uma boa viajem – falei e ele apenas assentiu. – Vou caminhar um pouco. – disse levantando-me da mesa.

_Cuidado para não ser atropelada Violetta, de novo – meu pai disse ainda com os olhos presos no jornal, mas com uma ironia ridícula, apenas suspirei, para não discutir logo de manhã com ele.

Abri a porta da sala, e logo a brisa soprou, sorri novamente. Saí de casa rapidamente, e quando já estava um pouco distante, comecei a correr, era bom me sentir assim, livre, leve e solta, como se não houvesse ninguém para tirar essa liberdade de mim.

Passei em frente á um parque, e foi inevitável não parar ali. Olhei aquelas crianças brincando com seus pais e mães, foi impossível não me lembrar de minha mãe e meu pai.

Sabe... Eu sempre tive uma família bem unida. Minha mãe era minha melhor amiga, mas o destino é traiçoeiro, e a tirou de mim num piscar de olhar. Meu pai era o meu bom velhinho, como eu o chamava no natal, quando ele se fantasiava de Papai Noel, e eu fingia estar acreditando para poder receber os presentes que ele tinha na mão.

Depois da morte da minha mãe, minha vida nunca foi á mesma... Eu acho que se a Jade soubesse o mal que ela faz ali, aposto que ela irá embora á dois tempos. Meu pai está cada vez mais distante... E esta viagem? Justo agora?

Suspirei pesadamente e voltei a correr pelas ruas de Buenos Aires, como uma simples notícia poderia mexer tanto no meu psicológico a ponto de me deixar confusa e de cabeça cheia?

Fui obrigada a parar, quando uma pessoa, ou melhor, um garoto, se pôs em meu caminho, ele sorria largamente, e me olhava sedutor. Tentei ignorá-lo, mas foi impossível, pois assim que estava passando por ele, ele segurou meu braço, me fazendo voltar.

_Não fala mais com os amigos? – perguntou cínico.

_E quem disse que você é meu amigo? – perguntei irônica.

_Desde quando você se tornou tão durona?

_E você? Desde quando se tornou tão cara de pau? – perguntei cruzando os braços.

Tomás nada me disse. Ele ficou me encarando, como um idiota. Suspirei, não adiantava discutir com aquele moleque de quinta categoria. Olhei pela última vez em seus olhos, e aquilo pareceu um furacão, pois ali vi todos os momentos que passei com ele, foi como um jato de lembranças. Balancei a cabeça para afastar aquelas memórias dolorida e dei as costas para o mesmo, mas fui impedida novamente.

_Vamos caminhar juntos? – perguntou mais sereno. Acho que ele era bipolar, sinceramente... Decidi não contrariá-lo, afinal não valia apena.

_Está bem – murmurei concordando. – Mas nada, além disso. – falei e ele assentiu com um meio sorriso.

Nós começamos, a caminhar, eu queria correr, mas Tomás disse que caminhar era melhor, pois assim apreciaríamos melhor as paisagens de Buenos Aires. Talvez ele estivesse certo, aquelas ruas de Buenos Aires eram de encantar qualquer um, uma beleza.

_Olha – Tomás disse apontando para um banquinho, coberto por flores. – Lembra? – perguntou e eu olhei-o, confusa. – Ah Vilu... Não me diga que você esqueceu? Não se lembra que existia um banquinho desses perto da sua casa? Lembra que vivíamos lá, era o lugar mais escondido, para que seu pai não nos achasse... – ri ao me lembrar.

_É verdade... – falei. – Por sorte meu pai nunca viu aquele banquinho... Porque apenas nós dois o utilizava. – rimos.

Antes de Tomás dizer algo, meu celular começou a tocar. Tirei-o do bolso, e olhei no retrovisor, era a Ludmila.

_Eu tenho que atender – falei e ele assentiu. – Alô? Ludmila?

_Violetta... – ela disse com a voz meio falha.

_Você está bem? – perguntei preocupada.

_Não... – murmurou. – Eu estou me sentindo horrível. Horrível é pouco, eu estou me sentindo péssima – disse.

_O que aconteceu? Foi algo com o León? – perguntei e vi o Tomás revirar os olhos assim que escutou o nome de León.

_Não, não tem nada a ver com o León. – tranqüilizei-me um pouco. – É comigo mesmo.

_O que aconteceu com você? – perguntei um pouco menos preocupada.

_Você pode vir aqui? Não gosto de falar sobre essas coisas por telefone... – falou. – Eu estou aqui na casa do León. Francesca está aqui também... Por favor.

_Não se preocupe, eu já estou indo – falei. – Até daqui a pouco, beijos.

Desliguei o celular. Bom ela parecia mal, será que aconteceu alguma coisa grave? Acho que não. Acho que deve ser algo com o Diego, eles sempre estão brigando né? Olhei para Tomás que me observava.

_Tomás, eu tenho que ir – falei.

_Agora? – perguntou e eu assenti. – Tudo bem então... Gostei de caminhar com você, Violetta. – falou sorrindo.

_Por incrível que pareça... Eu também – falei retribuindo seu sorriso.

_Obrigada – ele agradeceu. – Até mais – disse.

Ele se aproximou rapidamente de mim, dando-me um beijo na bochecha, não exatamente na bochecha, foi no canto de minha boca. Afastei-me rapidamente dele, não devia ter dado tanto espaço. Ele sorriu e se retirou.

Fiquei observando ele ir embora... Á minha vista, Tomás era um cara gente boa, mas algo nele me dava insegurança, e eu não sabia o que era. Talvez seja apenas o fato dele ter me traído...

***

Em poucos minutos eu estava em frente á casa dos Vargas. Olhei para imensa casa e suspirei. Toquei a campainha e bati na porta. Em poucos segundos escutei alguém mexendo na maçaneta, pelo lado e dentro, logo abriram a porta.

_Olá Violetta – era a mãe de León, ela estava totalmente elegante, alem de ser um amor em pessoa, né?

_Oi Senhora Vargas... – falei um pouco sem graça.

_O León está... – eu a interrompi.

_Não vim ver o León – falei rapidamente. – É que a Ludmila disse que estaria aqui, e me pediu que eu viesse falar com ela. – expliquei.

_Ah Claro... – ela disse sorrindo. – Ludmila veio para cá um pouco abatida, ela está no quarto conversando com a Melanie e uma garota de cabelos pretos que eu não me recordo do nome. – falou. – Entre querida.

Sorri e entrei em sua casa. Assim que pisei ali, escutei uma doce melodia, uma melodia linda, completamente doce e suave. Olhei em volta e vi León, tocando o piano branco que havia naquela enorme sala, ao lado estava o seu pai, com um papel nas mãos. León ainda não havia me visto, mas eu o observava, ao lado da senhora Vargas, que segurava em meus ombros, apreciando a cena também. Assim que León terminou, o pai dele abriu um sorriso.

_Parabéns meu filho – disse afagando os ombros do mesmo. – Estava excelente. Estava acompanhando pela partitura, e estava muito bom.

_Obrigado pai – León disse se levantando.

_Sua querida garota chegou – O pai dele disse se referindo a mim.

León olhou para trás e abriu um lindo sorriso assim que me viu. Eu não estava apropriada, digo... Não estava com a roupa adequada, fala sério! Eu estava caminhando! León se aproximou de mim, e a senhora Vargas saiu ao lado do marido, deixando-me sozinha com o León.

_Você nunca me disse que tocava piano – falei.

_Não achei importante te dizer. – falou me dando um beijo na bochecha.

_Como não? – perguntei. – Isso é tão lindo... E é importante sim. León você é muito bom. Realmente você será um ótimo músico. – elogiei.

_Talvez...

_Não se subestime, você é ótimo! – falei lhe dando um selinho, que ele tentou aprofundar, mas eu não deixei. – Mas... Eu não vim aqui pra te ver.

_Não? – perguntou sério. – Veio pra quê?

_Vim porque sua prima me chamou, ela disse que quer falar comigo, e que está péssima, e disse que eu precisava vir até aqui, porque ela não queria falar pelo telefone. – expliquei.

_Ah, deve ser porque o Federico terminou com ela – León disse naturalmente e eu fiquei de queixo caído.

_E você fala isso como se fosse indiferente – falei em choque. – Eu ficaria péssima se a gente terminasse, também.

_Tá, mas a Ludmila não sabe o que quer Violetta. – falou. – O Federico terminou com ela, por causa do Diego, e dos tais “olhares” que eles trocaram na festa da Lara. – explicou.

_Ah...

_Ela está lá em cima, no quarto da Mel. – disse. – Boa sorte, ela está totalmente fragilizada... – León disse fazendo uma voz engraçada me fazendo rir.

Dei-lhe um selinho e subi para o quarto da Melanie. Mal caminhei pelo corredor e já estava escutando os choros sentidos da Ludmila, ela deve estar sofrendo, coitadinha... Entrei no quarto da Mel, e encontrei Ludmila sentada na cama, com vários lencinhos em volta, sabe aquelas cenas de filmes americanos? Então, igualzinho! Francesca estava sentada na poltrona da Melanie, e a própria Melanie estava ao lado da Ludmila.

_Oi Gente... – falei meio baixo, por causa do clima meio tenso que pairava ali.

Aproximei-me da cama, onde a Ludmila estava. Seus olhos estavam inchados e muito vermelhos, seus lábios estavam sem vida, e sua pele pálida, ela estava muito abatida. Ajoelhei-me na sua frente.

_Lu... Eu fiquei sabendo. – falei. – Não se preocupe. Logo vocês voltam, e tudo vai ficar bem, você vai vê.

Ela apenas concordou, voltando a chorar. Aquilo era uma tortura. Era horrível ver uma amiga sofrendo, ainda mais sabendo que é por um garoto, ou dois, sei lá... Ela me abraçou apertadamente.

_O-Obrigada por... Vir. – disse...


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Notas finais do capítulo

O capítulo pode ter ficado um pouco chatinho, mas garanto que ele é importante para o próximo ok?
Deixem seus comentários ...
Até mais!
Beijinhos !!