O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oi Voltei Hoje !!
Muito Obrigada aos reviews, estou muito contente!!
Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/469988/chapter/35

A música cessou. Voltei ao mundo real. León me encarava sorridente, eu não devia estar diferente. Soltei-me dele e ele de mim. Voltamos á mesa com nossos amigos, Lara estava em cima do palco preparando um microfone.

_Olá meus amigos, familiares, colegas... – disse como uma princesinha mimada, pois estava na frente de seus pais. Eu e León nos acomodamos nas cadeiras. – Eu estou muito feliz por encontrá-los aqui, na minha comemoração, fico lisonjeada. – falou emocionada. – Bom, é com muito prazer também, que eu dou as boas-vindas ao meu lindo e perfeito primo, que está de volta aqui á Buenos Aires. – disse. – Entre Tomás. – falou indicando que alguém entrasse.

Aquilo só poderia ser brincadeira. Tomás e Lara? Primos? Tá explicado por que tanta maldade numa família só!

León mudou sua expressão séria, para “pior que séria”. Apenas consegui abrir a boca em sinal de surpresa. Realmente esse mundo é muito pequeno.

_Isso só pode ser brincadeira – sussurrei no ouvido do León.

_Bem que eu queria que fosse. – sussurrou de volta.

Voltamos á comemoração. Lara voltou a aterrorizar o León o que me deu muito ódio, mas tudo bem...

Por Lara #

_Fico muito feliz que você esteja aqui comigo novamente – disse abraçando meu priminho lindo, que estava um verdadeiro príncipe.

_Eu também joaninha. – falou bagunçando meus cabelos. O olhei em reprovação, odiava aquele apelido com todas as minhas forças. – Mas você sabe o porquê deu estar aqui. – ele disse me olhando seriamente.

_Sim, e agradeço antecipadamente, sei que você preferia estar em Madrid, catando aquelas mininhas indecentes. – falei e ele riu. – Mas, o meu serviçinho que eu tenho aqui pra você, tem muito mais emoção.

_Vamos direto ao ponto Lara. – ele disse baixo.

Sorri e balancei a cabeça positivamente. Olhei em volta e percebi que ninguém mantinha a atenção em mim. Peguei o braço de meu primo e o arrastei até um lugarzinho escuro, onde ninguém seria capaz de nos ver ou de nos ouvir.

_É o seguinte, não vou ficar enrolando. – falei me sentando numa cadeira de plástico que ali existia, meu primo fez o mesmo. – Violetta Castillo. Ela é centro.

_Eu a conheço. – ele disse e eu o olhei surpresa. – Já fomos namorados. Posso dizer que fui o primeiro amor da vida dela. – riu sarcástico. – Ela é uma princesinha mimada, presa difícil, mas favorável.

_Já foram namorados? – perguntei incrédula. – Interessante... – murmurei. – Mas então, o problema desta garota, é que ela mal chegou aqui em Buenos Aires, e está namorando o meu ex. Namorado.

_O León? – perguntou rindo. – Faça mil favores né Lara?! Você me faz vir de Madrid até Buenos Aires pra tentar separar minha ex. namorada do seu ex. namorado. Não seja infantil garota. – falou sério se levantando para ir embora.

_Olha aqui Tomás – falei puxando seu braço. – É melhor você fazer tudo que eu mandar. Senão eu vou ser obrigada a contar aos meus pais e aos seus pais, sobre o seu pequeno probleminha com a polícia de Madrid. – falei.

_Você está me ameaçando?! – perguntou tomando meus braços em suas mãos.

_Ache o que quiser. – falei.

_Não se meta comigo Lara – falou apertando-me. – Você sabe muito bem que ninguém sabe disso, além de você.

_Me solta, você está me machucando – disse o empurrando para longe. – É isso ou você vai se vê com nossa família. – falei cruzando os braços.

_Vamos acabar logo com isso! – ele disse passando as mãos no cabelo na intenção de se acalmar. – O que é que eu tenho que fazer? – perguntou mais tranqüilo se sentando novamente na cadeira de plástico esperando as minhas ordens. Sorri satisfeita.

_Você terá que...

***

Por Violetta #

_Acho que eu já vou indo embora – murmurei e logo em seguida bocejei, estava cansada. – Preciso dormir.

_Ainda está cedo, Vilu – Francesca disse. – Fica mais um pouquinho – insistiu.

_Não, Fran. Eu bem que queria, mas eu preciso voltar pra casa, até porque meu pai não sabe que eu saí de casa, muito menos que eu vim á uma festa. – expliquei.

_Eu vou com você – León disse acariciando minha bochecha. – Também preciso ir para casa.

Despedimos do pessoal e da Lara, ficamos um tempão tentando nos despedir da família da Lara, já que eles amavam o León, diziam que sentiam saudades do tempo que ele e a Lara ficavam juntos e namorava tudo isso na minha frente. Digam-me uma coisa: Essa família é problemática?! Como conseguem falar dessas coisas na frente da namorada atual? Depois de um século, praticamente, eles nos liberaram, León sorriu aliviado.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

_Aquela gente gosta muito de você. – falei caminhando ao seu lado, segurando a sua mão. – Você deve ter sido muito importante.

As ruas estavam desertas, sem nenhum carro passando, e com uma ou três pessoas ali passando. Os pontos comerciais estavam fechados, e as ruas estavam pouco iluminadas. Uma noite perfeita.

_Talvez. – León disse dando de ombros, olhando para os próprios pés enquanto caminhava em direção á minha casa.

_Eu ficaria minha vida inteira assim, andando sem rumo nas ruas de Buenos Aires, agarrada á sua mão, sentindo a brisa leve de ser livre. – falei e ele riu.

_Eu também. Pena que nem tudo é pra sempre. – disse num tom triste, voltando seu olhar para mim. – Queria que tudo isso fosse um sonho, onde eu nunca despertaria. Ou que o tempo congelasse e eu vivesse todos esses milésimos, segundos, minutos, horas, dias, messes, anos, ao seu lado.

_Que lindo... – falei emocionada.

Em poucos minutos já estávamos em casa. Olhei para minha residência, que se encontrava totalmente escura, o carro de papai não estava ali, isso significava que ele ainda não havia chegado, e Jade deveria estar dormindo.

_É isso... – falei soltando um suspiro cansado.

_É isso... – repetiu León. – Boa noite amor. – falou dando-me um selinho demorado, nada, além disso.

_Boa noite amor. – falei lhe dando um beijo na bochecha. – Te amo.

_Eu também – sussurrou.

Por Ludmila #

Estava um clima horrível entre mim e Federico, graças ao Diego! Eu não deveria ficar tão sem reação quando aquele garoto me olha. Federico está uma fera comigo, e o pior de tudo é que ele tem razão. Eu e o Diego éramos apenas amigos, nada além de bons e fieis amigos. Por que raios ele veio com essa história de gostar de mim?!

_Federico, ficar de cara feia não vai resolver nada. – murmurei tentando chamar sua atenção, pois o mesmo se encontrava com a cara fechada, olhando fixamente para o nada.

_O problema é que é impossível não ficar de cara feia com a situação em que nos encontramos Ludmila. – reclamou olhando-me seriamente.

_Eu já pedi desculpas.

_Você não entende. – ele disse baixo. – Isso machuca. Você está dividida, você não vê? – neguei. – Ludmila, você escondeu o beijo que deram, se não fosse tão importante, você teria me dito antes, teria me contado a verdade, mas não, você preferiu ocultar, preferiu esconder.

_Mas eu te contei depois.

_”Depois”. Depois de quanto tempo? Depois de semanas... – falou. – Isso está causando mal para nós três.

_O que quer dizer com isso? – perguntei confusa.

_Que não dá mais. – murmurou. – Olha eu te amo, e pelos seus olhos, também sei que você me ama, mas agora, você também ama ao Diego, e não o ama como simples amigos, você o ama como me ama.

_Federico, para de falar o que você não sabe – falei irritada.

_Claro que eu sei! – esbravejou. – Ludmila eu não sou cego, eu vi o tanto que vocês se olhavam, o tanto que se desconcertavam. Você fez isso na maior cara de pau, como se eu não estivesse ali, dançando com você!

_Mas eu gosto de você! – a esse ponto eu já estava totalmente estourada e gritar foi inevitável. Percebi que algumas pessoas que estavam ao nosso redor se assustaram e nos olharam como se aquilo fosse anormal. – É melhor conversamos civilizadamente em outro lugar, não numa festa.

_Não tem mais conversa, Ludmila. – falou cruzando os braços num tom frio. – Por mais que eu te ame muito, não temos mais o que conversar.

_O que está falando? – perguntei temendo que aquilo fosse realmente sério.

_Não temos mais chances... – ele disse abaixando a cabeça.

Aquilo doía para mim também. Eu o amava, amava tanto que vê-lo mal me deixava ainda pior. Eu sabia do que ele estava falando. Sabia, quais eram as reais intenções daquelas palavras cheias de mágoas.

_Não fala isso... – falei me aproximando dele.

_É a verdade. – ele disse olhando em meus olhos. – Por mais que a gente insista, não vamos ser felizes nunca, desta maneira. – falou. – Lu, eu... Te amo, sei que somos simples adolescentes, mas... É isso que eu sinto. E eu prefiro ver você feliz, mesmo sendo ao lado de outra pessoa.

_Mas eu sou feliz com você. – murmurei sentindo algumas lágrimas escorrerem por meu rosto. – Eu sou feliz porque eu te amo.

_Eu também te amo, pequena – falou me abraçando apertadamente, como se nunca mais fosse me soltar. Eu retribuí, o abraçando do mesmo modo, afundando minha cabeça em seu peito, e sentindo as lágrimas consumirem o meu rosto. Não era para isso acontecer, não dessa forma...

Aos poucos ele foi relaxando os seus braços, me soltando do abraço. Suspirei tristemente e afastei-me dele, mas continuei relativamente próxima. Por ele ser mais alto que eu, tive que levantar a cabeça para olhar em seus olhos, e percebi que estavam marejados, mas ele fazia o possível para não ser fraco, e chorar á minha frente.

Ele passou a mão pela minha bochecha, secando algumas de minhas lágrimas. Nas pontas dos pés, alcancei seus lábios e ali os beijei de forma leve e delicada, que não durou por muito tempo, pois Federico agarrou minha cintura, e me beijou com uma paixão intensa, sendo retribuído por mim. O que eu não queria estava acontecendo, aquele era um beijo de fim de relacionamento, um beijo no qual eu não esperava, que eu não queria.

Aos poucos, o ar foi dando sinal de vida. Entre selinhos demorados, nossos lábios se afastaram, encostamos nossas testas, ofegantes por sinal. Abri meus olhos e encontrei Federico com os dele fechados, eu sabia que ele estava mal, e aquilo me afetava muito, me deixando mal também.

_Obrigada por tudo... – sussurrei. – Até mais Federico.

Ele nada respondeu. Desencostei nossas testas e ele abriu os olhos, e surpreendentemente deixou uma lágrima escapar. Aquilo acabou comigo. Desvencilhei-me de seus braços e peguei minha bolsa em cima da mesa.

Dei ás costas ao Federico. Mas travei. Minha vontade era de voltar aos braços dele, e dizer o tanto que eu o queria, mas isso não era certo, não estávamos mais juntos, não posso mais fazer nada, ele quis assim, então é assim que vai ficar. Saí o mais rápido que pude daquela festa, não aguentaria ficar todo tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe dele...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam?
Não esqueçam dos seus preciosos comentários gente!! #o b r i g a d a .