Acordei com a Olga no meu quarto abrindo as cortinas deixando aqueles raios solares entrarem rapidamente no meu quarto, me fazendo acordar com uma baita dor de cabeça.

_Acorde pequenina! – exclamou ela, bem alto eu diria. – Você está atrasadíssima! Já são sete horas! – falou e eu levantei no pulo, já era para eu estar lá. – Tem uma pessoa te esperando lá embaixo, sugiro que se apresse.

Corri para o banheiro me arrumando em poucos segundos. Assim que fiz isso saí de lá, e encontrei a Olga arrumando a bagunça da minha cama, sorri agradecida e mesma novamente me apressou.

Desci correndo as escadas, para ver quem era a pessoa que estava me esperando. Assim que cheguei na sala encontrei Ludmila? Conversando com o meu pai? Eles riam alto, e relativamente contentes.

_Violetta! – Ludmila disse vindo me abraçar. – Estamos atrasadas sabia? – apenas concordei. Ela olhou para o meu pai e ambos riram. – Seu pai é uma figura. – falou e eu revirei os olhos não acreditando naquilo.

_Ele só é sorridente com as pessoas de fora, pois com a própria filha, é um mar de amarguras. – respondi olhando extremamente magoada para o meu pai. Ludmila sorriu de canto, e não disse mais nada.

Peguei minha bolsa, e arrastei a Ludmila para fora, brutamente eu diria, pois a mesma quase caiu na calçada.

Voei até a escola... Quando estava em frente á ela já eram sete e quarenta, isso não é atraso, aposto que vão falar que eu estava tentando perder a primeira aula, o que de fato vai acontecer, pois faltavam exatamente cinco minutos para bater o sinal para a segunda aula.

Eu e Ludmila nos olhamos rapidamente, e corremos até a sala, os testes já vão ser aplicados, to ferrada... Assim que abrimos a porta, o professor de matemática nos olhou irritado. Acho que ele nunca teve um bom dia...

_Senhorita Castillo e Senhorita Ferro?! – falou cruzando os braços. – Belo atraso Ludmila. Já vi a senhorita se atrasar dez, ou quinze minutos, mas quarenta? Novo recorde não é? E o que dizer da senhorita Castillo? – Eu e Ludmila ficamos em silencio, nós sabíamos que estávamos erradas. – Detenção depois da aula. – falou nos entregando um papelzinho assinado com seu nome, e o motivo daquilo.

Nos sentamos e o professor foi entregar as provas de história e física, tudo bem que ele é de matemática, mas não precisava ser necessariamente a professora da matéria que tem que entregar a prova.

***

_Finalmente! – Ludmila exclamou assim que saímos da sala para o recreio. – Achei que aquela tortura não iria acabar nunca!

_É... Agora estamos mais aliviados. – Francesca disse soltando um suspiro.

_Nem tanto... – Camila se manifestou. – Acho que vou ficar de recuperação em física. – falou cansada cruzando os braços. – Odeio essa matéria!

_Eu também não gosto muito, mas da para sobreviver... – argumentou Francesca.

León estava com os meninos, todo sorridente, acho que ele não se afetou muito com nossa discussão, que confesso, foi um pouco idiota, é que ás vezes minhas emoções falam mais alto, e eu acabo fazendo besteiras...

_Você tem que ir falar com ele, logo... – Francesca disse. – Você está evidentemente triste, além do mais, tá na cara que você quer voltar a ficar com o León. Violetta, toda hora você está o olhando.

Suspirei pesadamente...

Olhei novamente para o León e deparei-me com uma figura, muito vulgar por sinal. Ela estava agarrada ao braço de León, no meio dos garotos, sorrindo, e León também sorria. Lara.

_Acho que ele já esqueceu que eu existo. – falei voltando meu olhar ás meninas.

_Ciúmes – murmurou Ludmila e todas riram. – Garotos não sentem dor amorosa como nós, Violeta. Eles arranjam outra e outra em um piscar de olhos, principalmente quando são bonitos e populares.

_Tem toda a razão Ludmila. – Francesca concordou. – Vilu, sem querer ser chata... Acho melhor você tomar conta do que é seu, antes que alguém faça isso por você – disse apontando para a Lara.

Suspirei pesadamente. Eu não queria ir lá falar com o León, mas eu estava sendo obrigada, senão aquela garotinha quente tomaria posse do meu namorado. Cerrei as pálpebras vagarosamente para me controlar.

Olhei para a Francesca e Ludmila que riam. Comecei a caminhar vagarosamente até o León, que ainda tinha o melhor dos sorrisos nos rosto, ao lado daquela: sangue suga da Lara.

Assim que cheguei perto deles, meninos. Olhei seriamente para o León, que rapidamente cessou os risos, assim como os meninos.

_ Bom, gente tenho que ir falar com a Francesca – anunciou Marco saindo apressado até minha amiga, que estava do outro lado.

_É... Eu vou falar com uns caras ali. – Broduey falou em seguida.

_E eu e os meninos vamos dar um role, antes das aulas começarem – Federico disse saindo com Maxi e o Diego dali.

Voltei meu olhar para o León, e aquela garota ainda permanecia ao seu lado. Com apenas um olhar, indiquei que ela saísse de lá, mas a mesma se fez de desentendida e continuou ali.

_Está tudo bem, Vilu? – perguntou inocentemente, claro que isso foi uma ironia.

_Gostaria de falar com o León a sós. – pronunciei-me. – Agora!

Ela me fuzilou com o olhar, mas rapidamente deu o troco, soltando o braço de León e lhe dando um sorrisinho meigo, logo lhe deu um beijo no canto de sua boca, ABUSADA! Saiu sorridente...

_O que foi Violetta? – León perguntou com uma seriedade impressionante.

Suspirei altamente e fechei os olhos, logo os abrindo. Eu nunca tinha ido atrás dele, quando brigávamos, e isso era extremamente estranho, pelo menos para mim, que nunca dava o braço a torcer.

Aproximei-me de León, pondo minhas mãos em seus ombros, olhando aqueles olhos verdes fixamente, o deixando um pouco nervoso. Encostei minha testa na sua vagarosamente, e o senti enlaçar minha cintura, delicadamente...

_Olha... Eu não sei o que te falar. – murmurei. – Mas eu nunca me senti tão distante assim de alguém, por um motivo tão idiota. – falei. – Desculpe-me por ter te tratado tão fria, é que eu estava magoada, e também não sabia o que dizer sobre a sua... Ida. – León nada me disse. Levantei meus olhos até o seu, quase ficando vesga pois estávamos muito próximos, senti minhas bochechas queimarem, ao perceber que ele não iria me responder. – N-Não vai me dizer Nada...?

Continuou em silencio, me dando certo desconforto. Eu já estava toda sem graça, então decidi sair dali. Assim que larguei seus ombros, e estava quase me virando, senti seus braços saírem de minha cintura, e prontamente, agarrarem meu braço com força, mas não me machucando, e sim me impedindo de sair.

Fiquei confusa. Ele novamente encostou minha testa na sua, e segurando delicadamente em minha cintura, me deu um levíssimo beijo, quase que um roçar de lábios, apenas um misero selinho, que não demorou muito para acabar. Abri meus olhos um pouco inconformada.

_Violetta – chamou minha atenção.

_León... – falei acariciando a lateral de seu rosto. – Você e eu... Nós... – ele me interrompeu.

_Não pode acabar. – falou firmemente me causando calafrios.

_Eu prometo não ficar pensando nisso, mas quando você for embora, meu mundinho colorido vai ficar cinza de novo, e quem vai me apoiar quando meu pai brigar comigo? Ou quando a Jade me aterrorizar?

_Eu... – sussurrou.

_Você vai estar longe, e talvez irá me esquecer... – falei abaixando a cabeça.

_Não vou estar longe. – falou. – Vou estar dentro do seu coração.

_E se eu te esquecer?

_De algum jeito você vai lembrar. – disse.

_Mas eu tenho medo.

_De que? – perguntou-me.

_De te perder.

_Não vai me perder. – disse firme. – Agora, quero uma coisa, que há muito tempo eu não tenho. – falou apertando minha cintura e eu soltei uma leve risada.

_O que seria? – perguntei voltando o meu tom sério.

_Um beijo.