O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oiê!
Demorei; Eu sei... Mil desculpas!
#Obg aos comentários!!
Boa Leitura !!!!



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Francesca saiu do quarto, acompanhada de Marco. Fiquei um tempo com a Violetta, afinal o pai dela não apareceu no hospital, e eu duvido muito que ele apareceria. As vezes penso que ele, o Germán, não merecia a filha maravilha que ele tem na vida. Tipo... A Violetta é a pessoa mais forte e mais sensível que eu já conheci em minha vida, sem contar que ela é a garota mais doce do mundo...

_Eu te amo... – sussurrei em seu ouvido.

Dei-lhe um beijo na testa, e logo uma enfermeira veio ao quarto, com uma prancheta na mão. Ela me olhou com um pouco de pena, e logo voltou a olhar a Violetta, que dormia, profundamente, quero que ela acorde logo, quero poder ficar com ela, poder sentir ela, poder ver aqueles olhos que tanto me fascinam...

_Algum sinal de vida da paciente Castillo, León? – perguntou-me um pouco preocupada indo até a Violetta, e examinando-a com o olhar.

_Ela acordou por uns segundos, e resmungou algo, mas logo apagou. – respondi um pouco abatido, era evidente que aquilo não era nenhum sinal, e sim uma preocupação, pois e era para ela ter continuado acordada, e não ter apagado novamente.

_Você sabe que isso não é um bom sinal, não é mesmo? – perguntou-me e eu suspirei pesadamente.

_Sim, eu sei. – falei tentando controlar as lágrimas, que queriam sair dos meus olhos. – Mas diga-me uma coisa... Quando ela vai melhorar? Quando vai acordar? – perguntei aflito.

_León, a gente não tem muita certeza se ela vai entrar em um coma, ou se apenas está desmaiada, veremos no decorrer da semana, e até mesmo durante o mês, se for preciso. Ela está muito debilitada. – explicou-me.

_Preferia estar no lugar dela... – resmunguei.

_Não diga uma coisa dessas – a enfermeira repreendeu-me. – Pelo visto os dois se amavam...

_Nos amamos – corrigi. – Amo exatamente tudo nela, os olhos, que sempre me olham carinhosamente, os sorrisos que me dá, quando estamos juntos. Os beijos... Os carinhos... Tudo. Sinto que ela é o melhor para mim. – falei sorrindo lembrando-me dos nossos momentos.

_Você só tem dezesseis anos... Não sabe o que é melhor pra sua vida. Perdoe-me dizer, mas eu não acredito nessas coisas de alma gêmea, ou de amor eterno, acredito no hoje, no agora, no presente. – falou um tanto grossa.

_Problema seu – respondi com um sorriso suave no rosto, mas mesmo assim não ligando para o que ela estava dizendo. – Não pedi sua opinião, muito menos pedi para explicar o que é bom, ou deixa de ser em minha vida. E o que é que tem se eu tenho dezesseis anos? Nunca ouviu dizer em maturidade? – perguntei e a mesma estava espantada, confesso que fui um pouco grosso, mas quem ela pensa que é?

_Tenho que continuar meu trabalho... Com licença – falou e se retirou apressadamente.

Tudo bem que eu não tratei a enfermeira muito bem... Mas ela estava enchendo o saco! Fiquei um tempo ali... Fazendo diversas caricias na Violetta. Sussurrava algumas coisas em seus ouvidos, mas ela não correspondia, e isso me deixava um pouco frustrado, afinal eu a amo e a vendo naquele estado me deixa deprimido.

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Já estava á bastante tempo ali, então decidi me sentar um pouco, estava cansado... Assim que sentei peguei no sono, um sono basicamente profundo. Apesar de ser profundo eu acordava facilmente. Não demorou muito e isso aconteceu... Despertei com alguns murmúrios e soluços... Abri meus olhos e deparei-me com Violetta se remexendo na cama, chorando e murmurando alguma coisa repetitivamente.

Levantei-me e me aproximei da mesma. Observei as máquinas que estavam ligadas á ela, e percebi que seu coração estava acelerado, muito acelerado. Desesperei-me quando vi que a mesma suava demais!

_Papai... – ela murmurava. – Papai... León eu preciso... León... Papai... Te amo... León te amo... Papai... Papai... León te amo... – Violetta murmurava repetitivamente as mesmas coisas. Ela estava delirando! Seus olhos fechados mostravam o tamanho do desespero.

Ela estava sentindo falta do pai... Ela dizia toda hora que me amava, que amava ao pai dela. Percebi que ela não estava se acalmando, então chamei a enfermeira, que imediatamente veio.

_Vou aplicar uma dose de calmante – a enfermeira falou calmamente preparando uma agulha. – Ela está tendo uma crise.

_Isso é normal? – perguntei.

Antes da enfermeira responder ou aplicar o remédio, Violetta deu um pulo da cama, com os olhos abertos, ficando sentada e olhando fixamente para algum lugar. Eu sinceramente estava assustado, e a enfermeira não estava muito diferente, pois seu olhar era de espanto.

_Violetta? – chamei-a. – Meu amor? Está me escutando? – perguntei.

_Papai... – murmurou ela com os olhos arregalados.

_Alucinações – a enfermeira disse. – Ela pode ter sofrido algum trauma, que não foi tratado. – explicou. – Em alguns minutos, ou até mesmo segundos ela cairá na real, e despertará, não se preocupe. – a enfermeira disse olhando para ela sem nenhum momento desviar o olhar de Violetta.

Assenti e logo voltei a olhar minha garota que permanecia estática, como uma estátua, olhando para o nada fixamente, me causando certo amedrontamento. Não demorou muito e eu acho que ela “caiu na real”, pois começou a chorar desesperadamente, e tentava amenizar a dor interna se arranhando. Não me agüente e fui até ela. A enfermeira tentou me impedir, mas eu ignorei-a por completo e fui até a minha Violetta. A abracei fortemente prendendo seus braços e fazendo com que a mesma parasse de se arranhar. A mesma soluçava de tanto chorar. Ela se debatia muito, como se eu fosse um estranho para ela, como se não me conhecesse e me odiasse.

Separei-me de Violetta quando percebi que estava mais calma. Distanciei-me dela, ainda segurando seus braços. Seu rosto estava vermelho e todo arranhado, seus olhos estavam inchados e sua boca levemente arroxeada. Sem contar os machucados devido ao acidente.

_Pequena... – disse quase num sussurro.

A mesma me olhava assustadíssima, parecia com um pouco de medo. Ela me olhou por um tempo, mas logo me abraçou novamente, com mais segurança e conforto.

_León... Não me abandona! Por favor! Não me abandona! – falava desesperada em meu ouvido. – Eu... Eu preciso muito de... Você! Preciso só de você comigo, para sempre, pra sempre e sempre! Você é... É o meu tudo! O meu chão! O ar que eu respiro! Por favor não me abandona... Não faça igual meu pai, por favor! – falou com certa dificuldade devido aos soluços e ao choro.

_Nunca... Nunca vou te abandonar... – falei e percebi a mesma relaxar um pouco em meus braços. – Agora tente relaxar amor... Estarei sempre ao seu lado, não te deixarei em momento algum. – falei e me separei dela.

Deitei-a novamente na cama com cuidado, e percebi que ela já me olhava um tanto serena e calma. Sorri ao ver isso. Beijei sua testa e a mesma murmurou algo que eu particularmente na entendi. Olhei para Violetta e a vi com uma carinha de irritação. Não entendi o porquê e acho que ela percebeu, pois minha cara era de confuso. Ela olhou em meus olhos e com o dedo indicador, apontou para os lábios. Ri ao ver o que ela queria.

Fui até ela e rocei nossos lábios, a mesma fechou os olhos e inclinou um pouco a cabeça. Ao invés de beijar logo deslizei meus lábios pela sua bochecha e a mesma suspirou em reprovação e eu ri.

_Tortura... Que feio Vargas... – ela disse praticamente num sussurro ainda com os olhos fechados. Ri e ela estremeceu. Voltei aos seus lábios e assim lhe dei um beijo. Não exatamente um beijo, apenas um selinho demorado. Assim que terminei me separei dela e vi a mesma com uma aparência cansada, mas mesmo assim sorria.

Coloquei novamente a máscara respiratória e ela fez uma cara feia, acho que ela não gostava muito daquilo, mas era necessário. Beijei sua testa novamente e ela fechou os olhos. Esperei um tempo e percebi que a mesma já havia dormido. Sorri ao vê-la calma e dormindo serenamente. Voltei o olhar á enfermeira e a vi olhando a cena seriamente.

_Você sabia que ela podia ter te atacado e ter te machucado? Se você não fosse homem não teria forças suficiente para segurá-la! Isso foi perigoso! – advertiu ela um pouco nervosa.

_Mas ela não me machucou – respondi calmamente.

_Mas poderia! – disse num tom alto o que me assustou um pouco. – Não sei como e nem o porquê dela ter se acalmado. Não sei como ficou tão serena de repente! Ela estava possessa! Totalmente louca! Como?! Não entendo!

_Eu conheço a minha garota – falei olhando para a Violetta. – Conheço o que faz bem á ela e o que não faz, e posso te garantir que os meus abraços sempre farão bem á ela. E os beijos... Na maioria das vezes também farão. – falei rindo.

_Garoto... Você é diferente de muitos que eu já conheci, e olha que eu só tenho 18 anos. – ela disse sorrindo com as mãos na cintura. – Me chamo Cíntia.

_Prazer Cíntia, o meu nome... Você já sabe. – falei.

Ficamos ali conversando, no inicio até pensei que ela fosse chata e insuportável, mas até que ela é legal... Gente boa...

...


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Notas finais do capítulo

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