Por Ludmila #

Já era tarde, e eu estava na casa do Fe, fazendo? Conhecendo os meus queridos sogros, que são divinos! Uma graça! Amei passar esse tempo com ele o conhecendo mais o meu namorado.

_Fe, eu acho que já vou indo embora – falei.

_Tudo bem... – suspirou ele triste. – Eu te acompanho.

_Não precisa!

_Sim precisa, não quer minha namorada saindo sozinha na rua e... – eu o cortei.

_Calma Federico! Minha casa não é tão longe daqui, eu posso ir sozinha! Não se preocupe! – eu disse tentando tranqüilizá-lo. – Tchau amor! – disse lhe dando um beijo e despedindo dos meus sogros queridos, ele me levou até a porta e eu segui meu rumo.

As ruas estavam bem movimentadas, para a minha surpresa, tinha vários carros na rua, e muitas pessoas circulando.

Comecei a caminhada até a minha casa, estava tão feliz... Federico era muito especial, o garoto mais fofo da face da terra... Me sentia muito bem ao lado dele.

Fui interrompida de meus pensamentos, com alguém pegando em minha mão, no começo eu me assustei, mas aí percebi que pelo jeito que pegou em sua mão, era o Diego. Olhei pra ele e sorri, fazia muito tempo que nós não nos falávamos ou nos tocávamos, apenas ficávamos nos olhando tristemente.

_Senti sua falta, anjo – Diego começou sorrindo com a cabeça baixa.

_Por incrível que pareça... Eu senti muito mais... – suspirei agarrada a sua mão, continuando a caminhada ao lado dele. – Por que fez aquilo?

_Ludmila, por favor! Não volte á uma coisa que já aconteceu. – ele disse revirando os olhos.

_Eu só quero entender, o porquê do senhor ter me tratado daquele jeito, tão violento! Você me machucou Diego! Profundamente... Foi horrível receber aquele gesto vindo de você! Horrível! – Eu falei em um tom calmo.

_Desculpe, eu... – interrompi.

_Você gosta de mim?! – perguntei e ele ficou sem reação, seus olhos vidraram, mas ele não respondeu. – Você gosta. – afirmei.

_Q-Quem te disse isso? – perguntou assustado.

_Seus olhos... – respondi com um sorriso sincero. – O seu jeito de me tratar... Eu também te amo Diego, mas não é da mesma forma que você me ama. – falei passiva.

_Eu te amo, Ludmila – disse baixo. – Mais do que a mim mesmo – continuou.

_Mas eu não... Entenda que eu te amo como um irmão, um melhor amigo, não como se ama um namorado, esse amor, eu demonstro com outra pessoa... O Federico. – falei e ele apertou a minha mão com força.

_Você nem o conhece direito. Eu passei a minha vida inteira ao seu lado. Fiz companhia quando você e seu primo brigavam. Até mesmo te consolei pelos amores perdidos. Eu sempre fiz tudo por você. – disse me olhando seriamente.

_Mas isso tudo acabou, a partir do momento que você me tratou com ignorância. Eu senti medo, Diego. Você nunca havia me tratado daquela forma... Eu me senti um lixo quando você fez aquilo. – disse e uma lágrima escorreu de meus olhos.

_Foi um descontrole, me perdoe, eu nunca quis fazer aquilo, só que alguma coisa nasceu em mim e eu... – interrompi.

_Ciúmes. – disse erguendo a cabeça. – O que você sentiu, não passou de um simples e puro ciúme.

Diego parou de andar, me fazendo parar também. Ele ficou em minha frente, segurando minha cintura. Seu rosto estava bem próximo do meu. Sua respiração estava misturada com a minha, me deixando totalmente sem sentido.

_Não ouse... – minha voz saiu rouca.

_Vai me impedir? – perguntou e eu não consegui responder, ele estava muito perto. – Eu acho que não... – continuou.

Diego me puxou para perto dele, me fazendo soltar um suspiro, como de uma apaixonada. Sem pensar, envolvi minhas mãos em seu pescoço, e involuntariamente colei nossas testas. Sua mão ainda estava presa em minha cintura. Ele sussurrou um “Te amo”, que eu não tive intenção de corresponder. Logo, nossos lábios se chocaram... Por um momento pensei em Federico, e sorri. Correspondi ao beijo. Mas em minha mente, eu estava beijando o Federico e não ao Diego. Nossos lábios também tinham um encaixe... Separamo-nos sem ar, mas eu continuei de olhos fechados, apenas sentindo nossas respirações aceleradas.

_O que você fez...? – perguntei quase num sussurro.

_O que nós fizemos – falou num tom alegre. Abri meus olhos e deparei-me com os seus, ele tinha os olhos escuros, como a noite, eram lindos, e tinha um super brilho, que eu nunca havia percebido.

_Foi errado. – disse tentando parecer segura de minhas palavras, o que era quase impossível.

_Você me correspondeu, você também me ama, só não descobriu ainda, e está fazendo de tudo para ocultar esse sentimento, mas saiba que ninguém é feito de ferro, e um dia, você irá se permitir a isso, e se entregar de vez ao seu amor por mim. – disse saindo de lá, Me deixando com cara de tola, e pensamentos como de uma adolescente apaixonada.

Corri para a casa... Estava esquisita, precisava pensar...

...

Por Violetta #

...

Acordei muito bem no outro dia! Feliz da vida! Pensando em León, claro! Levantei-me da cama, e fui direto para o banheiro. Fiz minha higiene matinal, e pus uma roupa confortável, afinal, hoje não tem escola, para minha felicidade, pena que eu não vou ver o León, mas depois eu resolvo...

Escutei batidas na porta do meu quarto. Gritei um “Já vai!”. Mas mesmo assim a pessoa continuou batendo impacientemente, irritei-me e abri a porta com uma cara nada agradável. Era Jade, com certeza veio acabar com o meu dia.

_O que quer?

_Está tudo bem, queridinha? – perguntou cinicamente e eu apenas disse que sim com a cabeça. – Bom, vim te avisar que hoje eu e o seu pai vamos sair, e provavelmente voltaremos á noite, mas não se preocupe, voltamos assim que der, tchau! – disse jogando os cabelos e se retirando dali.

Fechei a porta e sorri aliviada, sem papai e sem madrasta o dia todo, que perfeito! Arrumei meus cabelos e os prendi de forma confortável e simples, vou ficar em casa mesmo...

Ouvi o meu celular tocar, alguém estava me ligando, fui até ele e vi que era Francesca, atendi prontamente!

_Vilu?

_Eu mesma! – respondi imediatamente.

_Queria saber se o nosso encontro com as meninas ainda está de pé? – perguntou-me tranquilamente. Sorri ao me lembrar desse convite.

_Por mim, sim... Você vai? – perguntei animada.

_Claro! Não perderia isso por nada! – ri. – Bom, é para você está na casa da Cami, ás sete e meia! Te espero lá, beijos! – Francesca falou e logo em seguida desligou...