O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 2
Capítulo 2




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_Só estou vendo se está machucado um pouco sério... Mas não é nada. Acho que vai ficar um pouco roxo. – ele disse.

_Como sabe? – desafiei e cruzei os braços.

_Minha mãe é enfermeira... – ele disse.

Logo depois dessa fala, uma figura feminina entra ali, era a garota dele, ele me olhou séria, e assim que notou León ali, ficou com uma expressão confusa no rosto, Ainda bem que ela não chegou na hora em que ele estava massageando minhas costas.

_Hã, está tudo bem aqui? – ela perguntou vindo até gente.

_Sim, é... Eu já vou indo! E obrigado León! – falei e me retirei, não queria causar problemas...

Saí de lá o mais rápido que pude... Papai estava em frente ao colégio, me esperando com os braços cruzados, emburrado, como sempre.

_Onde estava mocinha?! – ele me perguntou sério.

_Não te interessa! E não me chame de mocinha! – falei cruzando os braços também.

_Onde está sua educação Violetta?! – ele me perguntou nervoso.

_Sabe que eu não sei... Acho que a perdi, vê se está na esquina! – falei alterando o tom de voz.

_Não ouse a falar comigo nesse tom de novo, senão... – eu o interrompi.

_Senão o que? – desafiei-o – Vai me trancar no quarto e depois me transferir para um colégio interno?

_Cale a boca! – ele disse meio que alto.

_Tente me calar! – falei no mesmo tom.

_Não fale alto comigo! Respeito é bom e eu gosto! – ele disse apontando o dedo pra mim.

_Eu também gosto, e nem por isso você me respeita! – falei quase chorando.

_Vamos para casa! AGORA! – ele falou com um olhar mortal pra cima de mim. O olhei feio e me dirigi para fora daquele lugar, senti ele vindo atrás de mim, então acelerei o passo. Vi que o carro estava estacionado na frente da escola, eu ia entrar, ia! Olhei para trás e logo o vi me olhando com raiva. Sorri cinicamente, e saí correndo, queria chegar primeiro em casa, sem ouvir sermões dentro do carro, ou discutir com ele. Tudo que ouvi, foram gritos do tipo: “Violetta! Volte aqui!” ou “Você vai ouvir poucas e boas quando chegarmos em casa!”. Nem liguei e continuei correndo.

Mas eu sabia que quando eu chegasse em casa, ele me falaria um monte de coisas feias, e nós brigaríamos, e aquela cobra da Jade o ajudaria no meu castigo. Eu estava numa situação complicada... Mas eu não sou de me abalar! Ele só vai querer gritar e berrar comigo, e depois me trancaria no meu quarto, e depois ele me pediria desculpas e me liberava... Era sempre assim! Dava até raiva!

Do nada começou a chover... Que legal! Tudo perfeito! Ai que ódio! Corri para debaixo de uma árvore gigante, e ficaria lá até aquela chuva parar, pelo menos era o que eu esperava.

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Acho que já estava ali a praticamente umas duas horas... E ainda mais, estava num tédio só! De repente avistei, uma garota vindo até mim, ela era acho que um pouco mais velha do que eu. Era bem bonita. Quando se aproximou literalmente de mim, pude ver seus olhos verdes bem claros, como duas esmeraldas. Tinha cabelos castanhos bem claros, quase loiros. Ela me encarou e me deu um sorrisinho. Fiquei com um pouco de medo.

_Oi? Você está bem? – ela perguntou ainda sorrindo gentilmente.

_Sim... – falei e logo espirrei, estava toda molhada, e com frio.

_Tomou chuva foi? – ele perguntou rindo.

_Sim, mas qual é a graça? – perguntei grosseira.

_Você pode pegar um resfriado... Só queria saber se precisa de ajuda. – ele disse abaixando a cabeça.

_Desculpe- me... É que tive uma discussão, aí começou a chover, e tive que ficar por aqui. – falei soltando um sorrisinho falso.

_Entendo... Vem vamos, você vai pegar um resfriado daqueles se não me acompanhar. – ela disse puxando meu braço.

_Você nem me conhece e já vai me ajudando assim? – perguntei assustada.

_Bom, é que eu sou uma quase enfermeira... Meu objetivo é ajudar as pessoas, e no caso, você seria uma delas... Adoraria fazer algo pra te ajudar, além do mais, quero convencer minha mãe de que eu posso ter as responsabilidades de ser uma grande médica. – ela disse sorrindo, e ainda me puxando.

Dei de ombros, e fui junto com ela, era meio arriscado, eu sei, mas no momento, eu precisava de um lugar quente, estava um pouco longe de casa, ela seria bem útil a mim.

Chegamos a uma casa extremamente grande, um pouco parecida com a minha... Quando entrei e vi um lugar lindo, com decorações perfeitamente feitas. Fiquei encantada.

_Vem... Vamos ao meu quarto? – ela perguntou e eu assenti.

Subimos e fomos ao seu quarto, que por sinal era gigantesco. Pude ver seus diplomas, de vários cursos, e alguns troféus. Uma foto dela, gigante, que acho que foi de quando ela se formou, pois estava com um diploma... A decoração era simples, e bem bonita, o quarto branco, com uma parede azul, vi alguns ursinhos em cima da cama dela, bem fofinhos. Ela puxou uma cadeira, para eu sentar. Sentei-me.

_Assim... Acho melhor você ir tomar um banho quente... Depois de dou uma coisa quentinha para beber. – ela disse sorrindo.

_Essa sua gentileza é incrivelmente estranha! – falei assustada.

_Obrigada... Vou levar como um elogio. – ela disse rindo. – Mas é sério! Vou te dar roupas limpas e quentes... – ela disse.

_Você nem me conhece, nem sabe meu nome, e vai me ajudar. – falei e logo comecei a tossir.

_Sim! – ela disse. Ela colocou a mão em minha testa e apagou o sorriso que estava em seu rosto. – Acho que você está febril! – ela disse pegando um termômetro na gaveta.

_Como você se chama? – perguntei.

_Ah! Esqueci disso! – ela disse rindo. – Me chame de Mel. – ela disse. – E você como se chama?

_Violetta. – falei tímida.

_Bom Violetta, vá tomar seu banho, vou pegar umas roupas e uns comprimidos enquanto isso. – ela disse e me mostrou onde estava o banheiro, e logo se retirou.

Tomei um banho quente, muito bom por sinal... Logo depois peguei a toalha que a Mel tinha me dado, e enrolei-me na mesma. Saí do banheiro, e novamente, do nada, uma garota loira, com o cabelo ondulado, dos olhos verdes e meio castanhos, entra no quarto da Mel, afoita.

_Hã?... Quer dizer Oi! – ela falou rindo nervoso. – Quem é você? – ela perguntou.

_Sou Violetta. – falei tímida.

_Ah! Deve ser uma das amigas da Mel! – ela disse sorridente.

_Não, na verdade... – ela me interrompeu.

_Tudo bem, ela deve estar te ajudando ou coisa do tipo, não é? – ela perguntou e eu assenti. – A Melanie é assim mesmo. – ela disse rindo e se sentando na cama.

_Quem é você? – perguntei ainda de toalha.

_Sou a Ludmila... Prima dela! – ela disse sorrindo.

_Desculpe a intromissão, mas se está procurando a Mel, ela disse que ia pegar uns comprimidos para mim. – falei.

_Não tem importância, eu espero ela aqui, com você. – ela disse sorrindo. – Além do mais, eu deveria estar na escola, e não aqui! – ela riu e eu acompanhei.

Ficamos lá um tempo, até que a Mel, ou no caso, a Melanie, apareceu com um remédio, e roupas para mim.

_Aqui está Violetta! – ela disse e me entregou as roupas. – Ludmila o que faz aqui?! Não devia estar na escola?! – ela perguntou assustada com a presença de Ludmila.

_Sim... Deveria! Mas o meu priminho querido, seu irmão, quebrou o meu secador! E eu não posso mais secar meus lindos cabelinhos. – ela disse sentida, e juro que eu queria dar risada.

_Pede outro para o seu pai! – Melanie disse.

_O problema é que meu papaizinho... Disse que não vai comprar mais secadores para mim! Pois é o terceiro no mês que eu quebro, mas na verdade foi o seu irmão! – ela disse com raiva.

_Tá, tá! Já entendi! – Melanie disse. – Só hoje hein mocinha! Nada de faltar nas aulas por motivos idiotas! – ele continuou.

Fui para o banheiro novamente e me troquei... As roupas eram bonitas e bem confortáveis! Saí de lá, e as duas olharam para mim.

_Você tá Diva! – Ludmila disse sorrindo. – Mas eu tenho que dar um trato nesse seu cabelo molhado.

_Não liga para ela... Sempre foi descabeçada pra certas coisas... – Melanie disse rindo. E eu também ri.

_EI! – ela se sentiu ofendida e eu ri.

Sentei-me numa cadeira, e Ludmila veio com um secador, uma prancha, e alguns laços. Deviam ser as coisas da Melanie.

Elas ficaram decidindo, sobre o que fazer no meu cabelo, já que era um pouco comprido, dava para fazer bastantes coisas, elas até entraram numa discussão básica, eu quis rir todo o tempo.

Logo, eu já estava arrumada, isso era muito estranho, para mim, eram duas malucas com essa maluquice de querer me ajudar. Eu hein! Acho isso muito estranho. Mas é divertido, e pelo menos eu não estou em casa.

Meu cabelo estava solto, e as ondas dele, estavam bem certinhas, meu cabelo era castanho, gosto muito dele assim. Ludmila colocou um laço azul em mim, e eu gostei muito, fiquei parecendo uma boneca nas mãos dela.

_Linda! – ela disse surpreendida assim como eu.

_Obrigada, obrigada mesmo, eu gostei muito, só não entendo essa gentileza... – falei sorrindo.

_Ai flor, é assim mesmo, Família Vargas é super estranha! – Melanie disse rindo.

_Ok! Mas agora acho melhor ir para casa... Meu pai deve estar furioso comigo! – falei e elas riram.

_Eu te levo! – Melanie disse.

_Eu vou junto! – Ludmila se manifestou.

Fomos para a sala, e Melanie foi procurar as chaves do carro que ela havia perdido em algum lugar. Eu e Ludmila estávamos na sala, falando sobre moda. Ludmila daria uma boa estilista. Oh garota que sabe de beleza viu?

De repente a porta se abre, imediatamente olhei para ver quem era, e realmente, me surpreendi... Fiquei tão assustada que acho que fiquei pálida.

_Melanie! Cheguei! – Era ele... Ele! León! O garoto que praticamente me derrubou.

Quando ele me viu, ficou me olhando sério, e depois soltou um sorrisinho tímido. Ele ia dizer algo, mas Ludmila praticamente pulou no pescoço dele, o abraçando.

_León! – ela disse ainda abraçada.

_Ludmila? O que faz aqui? Por que não foi para a escola? Se a tia descobrir... E pior se o tio descobrir, você não vai ter mais sua mesadinha! – ele disse rindo.

_Besta! – ela deu um tapa na cabeça dele, e eu quis rir. – Se você não tivesse quebrado o meu secador, eu estaria lá! – ela disse cruzando os braços.

_Relaxa priminha... – ele disse rindo. – E eu te disse que foi um acidente. – ele disse.

_Você tá me devendo um secador! – ela disse nervosa. Ele riu e Ludmila saiu batendo o pé atrás da Melanie.

Estávamos sozinhos naquela sala gigante, ele me estava me olhando, e fixamente, eu desviava, mas era quase inevitável não olhar para ele. Quando nossos olhares se cruzaram, senti minha pele queimar e minhas mãos começaram a formigar. Ele se aproximou e se sentou ao meu lado.

_Oi – ele disse.

_Oi – falei.

_O que faz por aqui? – ele perguntou.

_Eu fui meio que salva, pela Melanie. – eu disse rindo baixinho, com vergonha.

_Nossa... Minha irmã? – ele perguntou surpreso.

_Acho que sim! – falei rindo de sua reação.

_Salva?! O que aconteceu?! Foi o que houve lá na escola? – ele perguntou, parecia preocupado.

_Não... É que eu tomei uma chuvinha básica, aí a sua Irmã me encontrou, e me arrastou para cá! – falei.

_Ah tá! – ele disse sorrindo, e que sorriso hein!

Ludmila e Melanie apareceram na cozinha, e Melanie tinha uma expressão digamos que triste no rosto.


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