O meu novo Destino... escrita por Bianca Saantos


Capítulo 1
Capítulo 1




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Bom... Sou um pouco diferente de todas as garotas. Acho que sinceramente, eu nunca vou achar o meu lugar neste mundo! Minha vida não faz sentido, dede que minha mãe morreu, minha vida se tornou fria, um verdadeiro pesadelo, uma madrasta ridícula e arrogante, tomou conta do lugar de minha mãe, meu pai... Meu pai não liga pra ela! Pra falar a verdade nem sei porque estão juntos! Ela o ama, mas ele não, eu particularmente, não acredito muito nesse lance de amar, para mim é uma verdadeira cilada, um verdadeiro mundo de sofrimentos e angustias.

Sou uma garota... Diferente, ou como diz meu pai, sem coração... Melhor dizendo, sou um tanto fria, não sou fácil de lidar, e eu reconheço isso. Tenho 15 anos, e falta seis meses para o meu aniversario. Jade e Germán, minha madrasta e meu pai, não vão estar aqui quando eu completar dezesseis anos! Pouco me importo com isso... Não tenho irmãos, muito menos amigos, na verdade eu tinha umas duas amigas, mas não eram verdadeiras. Agora, meu próximo destino é Buenos Aires... O País em que eu nasci, e que eu não vou desde a morte de minha mãe, que faz uns três anos. Lembro- me como se fosse ontem, quando deixei Buenos Aires, fui retirada daqui a força. Não queria ir! Papai me obrigou, disse que eu não tinha escolhas, e eu sei bem que a Jade, o ajudou muito nessa decisão de sair do país.

Eu estava no México, cidade linda,e meu maior pesadelo! Fiquei praticamente, três anos sem sair de casa, meu pai dizia que era perigoso, dizia que o mundo não prestava, e que só existia maldade em tudo e em todos. Mas eu sei que foi por causa da morte de minha mãe. Ela morreu atropelada... Antes dela morrer, disse que iria comprar frutas, lembro muito bem disso. Logo recebi a notícia de que a mesma havia morrido. Papai teve que ficar internado, pois havia entrado numa depressão profunda. Eu? Fui para um colégio interno. Fiquei lá até o meu pai voltar da internação. E quando ele voltou, veio com a bruxa da Jade. Senti uma enorme raiva dentro de mim, ele dizia que tinha que seguir em frente de alguma maneira. Eu concordei com tudo aquilo, mas não fazia sentido meu pai procurar outra mulher, em menos de dois meses da morte da minha mãe. Eu não entendia, mas resolvi deixar pra lá.

Mas voltando aqui... Eu sou meio que muito fechada, não gosto de demonstrar minhas emoções e sentimentos... Tenho raiva, ódio, e outros sentimentos capazes de fazer qualquer pessoa querer me internar e me achar uma louca, por isso não demonstro, sou eu apenas quando estou sozinha... Na maioria do tempo estou trancada dentro do quarto, mas pelo menos tenho um pouco de privacidade.

Agora tudo irar mudar! Meu pai vai me colocar num colégio normal! Isso é bom, nunca tive uma vida fora de casa... Será uma nova época de minha vida. Agradeço por isso, pelo menos uma vez na vida, meu pai fez uma escolha descente!

Estou dentro do avião, mexendo no meu celular, ao lado de Jade, que por incrível que pareça, estava quieta, lendo um livro. Eu estava viajando no mundo da música, com meus fones de ouvido. Do nada aquela bruxa tira os meus fones, e me olha com repugnância.

_Já vamos pousar queridinha! – ela disse em tom de deboche.

Suspirei e apertei os cintos... Logo pousamos. Meu pai saiu apressado me puxando pelo braço em direção ao nosso carro. Jade estava vamos dizer que se sentindo. Roupas mais chiques que o normal, e um olhar profundo e penetrante, seu nariz empinado, mostravam que ela era poderosa, e que podia passar por tudo e por todos. Fomos para a casa, e estava tudo intacto. Até mesmo nossa empregada, a Olga. Um doce de mulher, me trata como se eu fosse uma filha... Eu gosto muitíssimo dela...

Fui para o meu quarto e me tranquei lá dentro, na tentativa de ser esquecida pelo mundo. Era a minha nova realidade, ter que conviver com minhas lembranças dolorosas e com o meu novo “lar”.

_Filha! Vamos! Temos que ir ao colégio! – meu “querido” pai, estava me chamando, era hoje que eu iria conhecer minha nova escola.

Peguei uma bolsa qualquer e fui para fora, meu pai já me esperava impaciente. Logo que me viu sorriu, mas eu fingi que eu não vi aquela expressão, e logo entrei no carro, e seguimos para o meu novo destino.

Chegamos á escola... Era um grande local... Não muito colorido. Meu pai pegou em minha mão, e eu logo o soltei, e fui andando na frente, que atitude ridícula com uma garota de quinze anos, praticamente independente!

Meu pai conversou com a diretora... Angie era o nome dela, bem simpática por sinal. Vi que ela olhava de uma maneira diferente para o meu pai, o mesmo nem se tocou. Como podia ser tão lerdo?! Depois disso, ela me mandou ir conhecer o colégio, papai estava resolvendo os assuntos da matricula, então eu fui.

Comecei andando pelos corredores... Até que do nada, o sinal toca, e vejo um montão de gente saindo das várias salas que havia naquele local. Quase me arrastaram, mas eu me segurei e fui contar a multidão.

Logo lá na frente, vi um garoto... Provavelmente o galã do lugar. Ele estava vindo atrás da multidão, com os braços entorno de uma garota alta e com os cabelos castanhos. Ela segurava uma bola, de marca cara, e saltos. Os dois pareciam namorados, se é que não eram.

Passei por ele e sem querer encostei minha mão sobre sua pele quente, levei um choque na hora pelo contato tão simples, mas tão mágico! Não pude deixar de notar o seu perfume, e que perfume bom. Bom?! Maravilhoso. Ele me olhou, e pude ver o brilho de seu olho verde sobre mim. Sorriu educadamente, já que não me conhecia, e logo voltou atenção para a “sua” garota. Sai de lá com uma expressão esquisita em meu rosto. Ele... Era estranho,e na minha língua, estranho, quer dizer diferente... Mas deve ser igual a todos os garotos! Coração de gelo! Mente traiçoeira, o que nos machuca e muito! Mas a garota que estava ao seu lado, parecia bem satisfeita. Sei lá, tudo isso é muito novo para mim. Parece que estou sendo engolida por muitas informações ao mesmo tempo.

Fui para um lugar bem reservado, e pude ver que a escola era muito bem organizada, Vi uma garota, ela usava o cabelo preso no alto, e um vestido simples azul de bolinhas brancas. Tinha vários livros na mão e estava conversando com uma garota de cabelos ruivos, ondulados e muito grande. Elas se aproximaram de mim, e me observaram com cautela, e sorriram, eu retribui.

_Oi, Prazer Camila! – a garota de cabelos ruivos disse.

_E eu sou a Francesca. – a outra disse me cumprimentando.

_Oi. Eu sou a Violetta. Prazer. – disse séria.

_Novata? – Francesca perguntou, me jogando um olhar curioso.

_Sim... Começo amanhã. – falei.

_Boa sorte... Primeiro dia de aula não é fácil! – Camila disse sorrindo. – Mas qualquer coisa, podemos ser sua companhia... Se quiser, é claro! – ela continuou.

_Claro! Muito obrigada... – falei.

Logo um garoto moreno e alto apareceu, Camila sorriu e o abraçou, ele beijou sua testa, e ela ficou vermelha, creio que foi por estar na minha frente.

_Vamos amor? – ele perguntou.

_Sim Broduey, vamos! – ela disse pegando a mão dele. – Fran, eu volto antes do sinal bater, amiga! E adorei ter te conhecido Violetta! – ela disse e foi.

Olhei para Francesca, que olhava o casal seriamente. Eu a encarei e ela me olhou.

_O que foi? Algum problema? – perguntei, pois sua cara não estava tão boa assim.

_Sim... Só preocupação, Camila é muito avoada, sempre se atrasa nessas saídas com o Broduey, nem sei quantas vezes ela foi parar na diretora. – ela disse rindo.

_Ah tá, entendi. – falei rindo também.

De repente aquele garoto, aparece naquele pátio, acompanhado pela mesma garota, e ela tinha um sorriso de felicidade no rosto, e também uma rosa nas mãos. Ele beijou o rosto dela, e a mesma parecia explodir de felicidade.

Fiquei olhando para ele, encostei-me na parede e cruzei os braços... Olhava para ele séria, ele era difícil de decifrar. Seus olhos eram um mistério... Fui interrompida com Francesca passando a mão na frente de meu rosto, na tentativa de me despertar.

_Oi! – falei.

_O que você tanto olha no León? – ela perguntou séria.

_León? Não sabia que se chamava assim... – falei voltando a olhá-lo.

_Viu algo interessante nele? – ela perguntou rindo, e eu me assustei. – Aquela que ele está abraçando é a Lara... Os dois estão ficando a um tempo... – ela disse.

_Ficando? Então ele é o pegador na escola? – perguntei curiosa.

_Não, não! León é um ótimo garoto, nunca faria nada de mal com a Lara, ela gosta de verdade dele, e ele dela, ele demonstra isso todos os dias. Ele é o melhor aluno, alem de gentil, é inteligente! – ela disse sorrindo.

_Ah entendi... – falei suspirando.

Fiquei conversando com a Francesca, até que o sinal tocou novamente e ela saiu correndo, como os outros... Fiquei ali um tempo, pensando... Depois resolvi ir encontrar meu pai.

Estava andando de cabeça baixa... Lembrei-me de minha mãe. Lembrei o quanto ela me fazia falta. Embora não tivesse muito tempo para mim, pois era uma empresaria bem famosa, eu sabia que ela não estava morta... Uma lágrima escorreu, e em seguida várias caíram de meus olhos. Eu não era de chorar, mas... Não sei... As vezes tinha necessidade disso. Sem perceber acabo esbarrando em alguém alto, e com o impacto do esbarrão, eu acabei indo para trás, e me desequilibrando. Eu era pequena... Mas não fácil de derrubar! Caí no chão... Logo olho para a pessoa, que me olhava assustado... Era ele... O garoto misterioso... León!

_Me desculpa... Eu não te vi... Mil perdões! – ele disse pegando em minha mão, me transmitindo a melhor sensação do mundo. Ele me ajudou a levantar, e eu fiquei em sua frente.

_Tudo bem... Eu que estava distraída. – falei.

_Estava chorando? – ele perguntou se aproximando de mim, e olhando para o meu rosto, e com o olhar curioso.

_Por que pergunta isso?

_Seus olhos... Estão inchados e brilhantes de mais, com certeza estava chorando! – ele disse em tom de deboche cruzando os braços.

_Não te interessa! – falei meio grossa.

_Desculpa... – ele disse em baixo som.

_Não, desculpa você... Eu estou meio triste esses dias. Mas é coisa minha e não gosto de dividir meus sentimentos ou pensamentos. – eu falei calma e respirando tranquilamente.

_Vem, você precisa lavar esse rosto... – ele disse me puxando.

Fomos para um lugar todo branco, tinha uma pia lá, e um espelho gigantesco... Me olhei e vi meu estado.

_Isso é ridículo! – Pensei alto. Irritada comigo mesma.

_O que? – ele me escutou.

_Pensei alto... – falei vermelha, e comecei a molhar meu rosto.

_O que é isso nas suas costas? – ele perguntou vindo em minha direção. Aí que eu vi, minha blusa estava levantada, mas só nas costas.

_Deve ter Sido quando eu caí. – falei.

Ele se posicionou atrás de mim, e levou sua mão até minhas costas, passou a mão delicadamente, massageando... Virei, e ele parou.

_O que está fazendo? – perguntei abaixando minha blusa.

...


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