Valley West escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 9
A mansão dos Mellark


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey!
Como vão, tributinhos?
Eu estou feliz! Querem saber porque?
Hoje eu tive aula de biologia!
Bem, vou deixar vocês lerem logo antes que pensem que eu sou uma louca por gostar de biologia, então...

Aproveitem o capítulo!



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– O que eu faço?! – exclamei, jogando a última peça de roupa (um gorro de flamingos cor-de-rosa e flores coloridas, um presente que ganhei no meu aniversário de dez anos) para fora do meu armário. – Johanna, eu não tenho completamente nada para usar nesse jantar!

– Qual é! – ela disse, soltando um anel de fumaça no ar. – Você não precisa se preocupar com isso, afinal, é só um jantar. Não é como se você fosse conhecer a família do seu namorado ou algo do tipo. É só a família do Peeta.

– Não. – comecei a revirar a grande pilha de roupas no chão. – É a família do Peeta. O sobrinho de cinco anos dele tem mais dinheiro do que eu vou conseguir em toda a minha vida. – olhei para ela, meu rosto sério. – Preciso estar no mínimo apresentável.

– Que tal perguntar a ele o que usar? – ela apontou para a porta com seu cigarro. – Afinal, é a família dele. Acho que ele sabe o que você deve ou não deve vestir.

– Ótima ideia! – exclamei, correndo para a porta. – Pelo amor de Deus, não saia daqui.

Quando fui falar com Peeta, ele me disse que era para eu usar roupas que me deixassem confortável. Tentei até argumentar, dizer que usaria um pouco de maquiagem, mas ele não deixou. Disse que era para eu ser “a verdadeira Katniss”.

No final das contas, usei uma camiseta de uma banda que eu nem gostava mais, minha jeans preferida – um pouco rasgada e desfiada na barra, mas, mesmo assim, a minha preferida. – e meus coturnos pretos. Quando Peeta foi me buscar, estava arrumando meu cabelo em minha trança habitual. Resumindo: estava completamente confortável e normal.

No estacionamento dos visitantes, um carro completamente caro e brilhante – o tipo de carro que eu não conseguiria comprar nem em miniatura. – estava nos esperando, com um motorista do lado de dentro. Nesse momento, acho que fiquei com uma cara de terror, pois Peeta me abraçou pelo ombro e me olhou nos olhos.

– Está tudo bem, Katniss. – ele me assegurou. – O carro não vai te engolir ou algo do tipo. Vamos lá. – e ele sorriu.

Depois daquele momento, decidi que ficaria tudo bem. Enquanto Peeta guardava minhas duas malas – bem, eu ainda não sabia exatamente o que vestir, então, levei tudo que eu podia para aquela viagem.

A viagem duraria mais ou menos quatro horas, por isso, acabei adormecendo no ombro de Peeta. Mas, cara, teria sido impossível não dormir naquele ombro. Peeta acariciava meu rosto e cabelos e me abraçava.

Só estava sendo o Peeta fofo e carinhoso que eu conheci.

(...)

– Katniss. – ele me cutucou no ombro. – Nós chegamos.

Olhei para seu rosto, e um sorriso gigantesco começou a parecer em seus lábios rosados. Me virei para a porta, onde pude ver um grande muro de tijolos cercando uma grande propriedade. Paramos o carro na frente de um portão de ferro, que, depois de aberto, me apresentou uma mansão gigantesca.

Sem brincadeira, devia ter uns dez quarto naquele lugar. Era um castelo.

– Peeta! – exclamei, praticamente colocando a cabeça para fora da janela. – Olha, tudo bem, eu sabia que você era rico – me virei para ele. –, mas nem tanto. Meu Deus!

– Esqueça isso, certo? – ele pegou meus ombros. – Meu pai te convidou para vir aqui para te conhecer. Você é uma pessoa incrível, e é por isso que eu te trouxe aqui.

Certo, eu corei com aquele comentário.

Saímos do carro e caminhamos para a parte de trás da mansão, onde uma piscina olímpica ficava. Nela, alguns jovens e crianças pulavam e mergulhavam. Um garoto em especial, com mais ou menos a minha idade, ficou seguindo todo o meu caminho até a borda com o olhar azul penetrante.

– Peeta! Priminho querido! – ele saiu da piscina, deixando um rastro de água até nós. – Há quanto tempo! – e ele abraçou Peeta, deixando sua camisa polo totalmente molhada.

– Muito tempo mesmo, Cato. – Peeta, sorriu. – Eu trouxe uma pessoa muito especial para vocês conhecerem. O nome dela é Katniss.

– Sua namorada? – ele pegou minha mão e a beijou. Aquilo foi completamente clichê e ridículo.

– Não. – dessa vez, eu que respondi. – Eu e Peeta somos apenas amigos. – sorri, tentando parecer sociável.

– Eu gostei do estilo dela. – uma garota apareceu usando um biquíni florido – e caro – enrolada em uma toalha cor-de-rosa, abraçando Cato pelas costas. – E você, meu amor?

– Eu também, Clove. – ele mordeu ligeiramente o lábio inferior, me deixando com medo. – É bem... Alternativa.

Dei uma olhada rápida pelas minhas roupas, percebendo que aquele modelito foi um erro sem tamanho.

Minha vontade era mostrar o meu dedo médio para ele e sair andando, mas, bem, aquela não era a minha casa, e Cato não era meu primo. E também não queria deixar Peeta chateado com a minha falta de respeito. Mas, bem, Cato estava praticamente me engolindo com os olhos e ninguém percebeu.

– E vocês não vão entrar na água? – ele ainda não tinha tirado os olhos azuis de mim.

– Ah, não vai dar agora. Precisamos guardar nossas malas e nos ajeitarmos nos quartos. – Peeta disse, o sorriso ainda estava em seus lábios.

– Qual é! – Cato começou a se aproximar de mim, os braços abertos pingando. – Vamos lá, Katniss. Vamos nos molhar um pouquinho!

Cato simplesmente me agarrou pela cintura e me jogou em seu ombro como se eu fosse um saco de batatas. Bem, eu comecei a me desesperar. Eu não sabia nadar e estava prestes a ser jogada em uma piscina olímpica por um primo maluco de Peeta Mellark que estava flertando comigo. Foi naquele momento que eu comecei a gritar para que ele me soltasse.

Cato era o tipo de cara que não obedecia as pessoas, já que eu e Peeta gritamos para que ele me soltasse, mas ele não quis nem ouvir. Continuou caminhando lentamente até a borda, saboreando a sensação, mesmo com meus gritos, arranhões e socos em suas costas.

Só quando eu gritei que não sabia nadar – e quase comecei a chorar (eu estava mesmo desesperada, e até tinha traumas sobre esse assunto.) – que ele me soltou.

Mas, bem, tinha um detalhe. Nós já estávamos dentro da piscina. E ela era bem mais funda do que eu imaginava. No final das contas, Cato me tirou da água quando eu estava aos engasgos e tosses, cuspindo água.

Acho que Cato estava com medo de matar alguém e perder a mesada milionária por isso. Mas o que importa é que eu estava livre dos seus braços fortes e malhados e daquela prisão aquática.

Ele me segurava, deitada no chão.

– Você está bem, Katniss? – a voz dele estava trêmula. – Eu não sabia que você... Bem...

Percebi que Peeta começaria uma discussão e me manifestei.

– Não. – tentei sorrir, apesar de querer matá-lo. – Está tudo bem. é sério.

– Me desculpe. – e ele me abraçou.

Mas, antes de me soltar – é claro que ele tinha que fazer isso, afinal, era o tipo de cara conquistador barato de corações. –, ele me chamou de gostosa, sussurrando no meu ouvido. Mas eu não fiz nada. Porque eu não podia fazer nada. Só fingi que não ouvi aquilo e dei um sorriso forçado.

Naquele momento percebi que Cato seria um pé no saco para mim naqueles dois dias que eu ficaria na mansão dos Mellark.


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Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam da minha versão do Cato?
Conquistador e atrevido demais?
Deixem opiniões!

Beijos
o/