Valley West escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 10
Fiasco


Notas iniciais do capítulo

Hey tributos!
Como vão?
Desculpem a demora para postar, mas eu ando tendo muitas lições para fazer e eu dormi na casa da minha amiga ontem... :D

Aproveitem o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/469674/chapter/10

Estava usando um vestido. Bem, ele não era meu – peguei emprestado da Clove, para ser mais exata. –, afinal, depois daquele incidente com minhas roupas e com a piscina, tinha que ficar impecável para aquele jantar.

Clove também me ajudou com a maquiagem, com o cabelo e os sapatos. Ela só fez uma versão mais estilizada e chique da minha trança e me deixou como uma Barbie recém-saída da fábrica.

Peeta foi nos chamar, e, ao me ver, abriu um sorriso. Se inclinou um pouco e sussurrou na minha orelha:

– Você está maravilhosa.

– É, eu sei. – retruquei. – Mas não sou eu.

Ele pegou minha mão – acho que percebeu que eu estava nervosa. – e descemos as escadas juntos. Eu tentava, realmente tentava não parecer um pato andando com aqueles saltos-altos, mas acho que não estava conseguindo, já que Clove me deu um pequeno cutucão, como se me avisasse para manter a postura.

Sabe, ela até podia ser rica e namorar um cara como o Cato, mas, mesmo assim, tinha gostado dela.

Cumprimentei umas quinze a vinte pessoas. Não me interessei muito nelas, e não consegui decorar o nome de nenhuma. Só de uma garota: Glimmer. Ela devia ter a nossa idade, e namorava um outro primo de Peeta. Mas eu a odiei.

Ela tinha uma pose tão arrogante e um jeito tão “rico” de ser, que eu a odiei.

Sentamos nas devidas cadeiras e a entrada chegou. Um prato de sopa de abóboras. Eu estava faminta, mas eu não comi como fazia. Tentei ser mais... Refinada.

– Então, Katniss, não é? – uma senhora de cabelos grisalhos levantou os olhos azuis para mim.

Assenti com a cabeça.

– Você e Peeta namoram há quanto tempo? – ela sorriu. Não sei, mas todos queriam que eu namorasse Peeta Mellark.

– Bem... Nós não namoramos. Eu e Peeta somos só bons amigos. – tentei sorrir.

– Ah, mas que pena! – um homem disse de um ponto distante de mim. – Adoraria tê-la como minha nora!

– Não tinha visto o senhor! – exclamei, realmente sorrindo. – Muito prazer em conhecê-lo, Sr. Mellark.

– O prazer é todo meu. – e ele sorriu.

E, ao chegar o prato principal, um grande porco assado com uma maçã na boca, quase tive um ataque cardíaco. Cato, que tinha tido a infeliz ideia de sentar ao meu lado, passou a mão na minha perna. Inclusive, eu até engasguei com a água gaseificada.

– Onde pretende estudar, Katniss? – Pliny, a vadia, ou madrasta de Peeta, disse.

– Bem, não pensei nisso ainda. – disse.

– Mas que absurdo! Você está no último ano do ensino médio! – ela exclamou, fingindo estar espantada. – Precisa pensar nisso logo!

– Sabe, não acho que sou boa em alguma coisa específica. – murmurei. – Acho que não vou fazer faculdade.

Pude ouvir murmúrios de desaprovação entre todos. Como fui estúpida de falar uma coisa como aquela! Podia ter inventado qualquer coisa! Julliard, por exemplo. Só sei que não estava aguentando toda aquela pressão e explodi.

Sabe, não sei me controlar.

– Só porque todos vocês têm mais dólares na conta pensam que são melhores que eu? – me levantei. – Eu não sirvo para isso, Peeta. – olhei para ele, que parecia um pouco assustado. – Me desculpe.

E saí com o resto de dignidade que me restava. Tirei os sapatos caros de Clove e pisei na grama do lado de fora até a borda da piscina. Sentei ali mesmo e coloquei os pés na água, tentando não chorar.

Não sou o tipo de garota que se magoa fácil, mas aquilo me deixou bem chateada.

Depois de alguns minutos, senti um toque no ombro.

– Vá embora! – exclamei.

– Não podemos conversar? – ouvi a voz de Peeta. Quando me virei, ele estava com o bloco de desenhos embaixo do braço e o estojo nas mãos.

– Você vai me desenhar? – sorri de canto.

– Vou. – ele se sentou ao meu lado e colocou o bloco no colo, apontando o lápis. – Esse momento está perfeito. Não se mexa.

– Mas... Você não está chateado comigo, Peeta? – disse, sem me mexer, como ele disse.

– Chateado com o quê? – ele perguntou, começando a fazer o esboço. – Pliny só foi a vadia que ela é. E você disse uma verdade e tanto, Katniss.

– Eu disse que não seria uma boa ideia eu vir para cá.

– Não! – ele exclamou. – Se você não estivesse aqui, eu não me divertiria.

Ficamos em silêncio por vários minutos, até que eu cortei-o.

– Está me deixando bonita? – perguntei. – Porque estou começando a sentir câimbras no pescoço, e se você me deixar feia, eu te mato.

– Venha ver, por favor. – ele sorriu.

Espreguicei-me um pouco antes de me sentar ao lado dele. O desenho estava lindo, e Peeta tinha conseguido me deixar bonita mais uma vez. Abracei o pescoço dele e olhei fundo em seus olhos azuis.

– Você é incrível Peeta. – encostei minha testa na sua.

– Vamos dar um mergulho? – Peeta desviou o olhar para a piscina iluminada pela lua amarelada.

– Agora?

– É. Vamos lá.

Ele se levantou, deixou os materiais mais afastados da piscina e começou a tirar a camiseta e os tênis. Fiz o mesmo, tirando o vestido de Clove e ficando só de roupas íntimas. Peeta tirou a calça e me pegou no colo, pulando na piscina.

E nós rimos e nos divertimos como nunca, não nos importando com os comentários maldosos que vieram de todos os outros familiares. Especialmente de Cato e Glimmer.

Depois saímos e tomamos um banho. Nós dormíamos no mesmo quarto, mas em camas separadas. Mas, naquela noite, dormimos abraçados.

Peeta tinha me mostrado que queria me proteger, e que não era igual à sua família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam desse capítulo?
Reviews?
Como deu para vocês perceberem - eu acho -, Peeta e Katniss estão começando a se aproximarem de verdade.
#FicaADica: Não vai demorar muito para que os sentimentos deles se aflorem!

Beijos
o/