Valley West escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 6
Aniversário - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Hey tributos!
Estou postando cedo aqui!
Bem, quero dar boas vindas à minha nova leitora, Rafaela329. Bem-vinda ao meu louco mundo de fanfics!

Aproveitem o capítulo!



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Estava sentada mais uma vez naquela cadeira vermelha dura e desconfortável da secretaria. Eu realmente odiava aquelas cadeiras como odiava brócolis.

Effie Trinket nos mandou esperar até que fôssemos chamados, e, que se saíssemos daquela sala, estaríamos completamente encrencados e perdidos.

Não olhava para Peeta, só para um ponto no chão de madeira, um buraco feito por um cupim. Sentia os olhos dele nas minhas costas, quentes e azuis, o que me incomodava. Mas, depois de alguns poucos minutos, Corionalus Snow nos chamou para entrarmos.

Pisando no tapete vermelho do diretor, me lembrei da primeira vez que entrei naquela sala e encarei a barba grisalha de Snow, com os olhos cheios de lágrimas. Só quinze anos, tinha acabado de entrar em Valley West e estava completamente perturbada. Mas tinha razões para estar naquele estado de loucura, afinal, minha mãe me enfiou lá porque disse que não aguentava mais a minha “personalidade explosiva e a má influência” que estava dando a Prim. E também porque eu não esquecia o meu pai, que, nas palavras dela, “era só mais uma página virada na vida da nossa família”. Effie tinha me mandado até a sala do diretor porque eu tinha deixado Enobaria, minha ex-colega de quarto, trancada no banheiro com um olho roxo. Mas ela pedira aquilo, me chamando de “fraca e pequena” e que eu “nunca seria uma honra para meu pai”.

Eu gostava de Snow. Ele praticamente tinha me adotado como sua neta, conversando comigo sempre que eu precisava. Cuidando de mim como um avô que eu nunca tive.

Eu e Peeta sentamos nas poltronas de couro pretas e esperamos. Ele apenas juntou as mãos e olhou para mim.

– Quer dizer que os dois feriram a regra de convivência 701? – ele perguntou, os dentes amarelados aparecendo em um enorme sorriso.

– Não. – sorri para ele também. – Nós não transamos, Snow. Foi tudo um grande e ridículo mal entendido.

– Pode me explicar o que aconteceu, então, meu jovem assustado? – ele se virou para Peeta, que só arregalou mais os olhos.

Mas eu não podia culpá-lo de estar com tanto medo, afinal, ele era um garoto certinho, que, provavelmente, nunca foi à sala do diretor porque fez alguma coisa errada. Peeta não conseguia olhar para Snow ou para mim, só para algum ponto invisível na janela que dava para o pátio.

– Bem – ele disse em um tom quase sussurrado. –, o namorado de Katniss veio até aqui para visitá-la. Nós três fomos ao quarto dela e ficamos conversando. Mas, eu sei lá, estava cansado de ter ficado no pátio pintando o dia inteiro, e acabei dormindo no quarto dela.

– Mas não na minha cama. – completei. – Ele estava tão demolido que acabou dormindo no carpete. Eu só coloquei um travesseiro em baixo de sua cabeça e um lençol para cobri-lo, pois ele dormia muito bem. – sorri para Peeta, que fez o mesmo, um pouco mais relaxado.

– E quando eu acordei no outro dia, só quis tomar um banho, já que estava com um pouco de torcicolo. Eu só tomei um banho na hora errada e no lugar errado.

– Só isso? – Corionalus levantou uma sobrancelha. – Não aconteceu nada entre vocês dois?

– Não. – dissemos em uníssono.

– Bem, então está certo. – sorriu. – Podem ir.

– Obrigada, Snow. – eu disse. – Sempre salvando a minha pele.

– Só vou pedir para que saiam com uma cara de assustados ou de tristes, e finjam que eu dei uma bela bronca nos dois, certo?

– Certo. – também dissemos em uníssono.

(...)

Tranquei a porta do meu quarto e colei um cartaz do lado de fora com letras grandes e vermelhas: NÃO FALEM COMIGO HOJE!

Eu não iria sair de lá por pelo menos dois dias. Não estava com humor ou ânimo para estudar e falar com alguém.

Eu não estava chorando como fazia todo o ano, porque depois daquele dia que fumei com Peeta, percebi que chorando eu parecia vulnerável, “fraca e pequena”, e eu nunca “seria uma honra para o meu pai”. Prometi ao meu pai e a mim mesma que não choraria mais, em hipótese nenhuma.

Então eu só fumava bastante no meu quarto, no escuro e no silêncio. Tudo aquilo não podia estar pior.


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Notas finais do capítulo

Está pequenininho, eu sei, mas pretendo postar a segunda parte hoje.
Nada de stress!
Quero reviews!

Beijos
o/