Valley West escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 11
Máscaras


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Como vão, tributos azuis?
Bem, primeiramente, quero dar boas-vindas à minha nova leitora, Catarina329. Segundamente (nem sei se essa palavra existe, mas é legal u_u), quero agradecer à Rafaela329, por ter recomendado a fic para a Catarina329. Muito obrigada!
Terceiramente (também não existe, mas dane-se)...

Aproveitem o capítulo!

P.S.: LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!



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Quando abri os olhos na manhã seguinte, Peeta ainda estava lá, abraçado comigo. Instantaneamente, me lembrei do pesadelo que tivera noite passada, quando ele me acordou e disse que estava tudo bem, que ele estava lá. Quando ele me disse que, se eu estivesse com ele, nada de mal me aconteceria.

Os cantos dos meus lábios se levantaram em um sorriso tímido enquanto eu observava o ritmo constante da sua respiração. Desci meu olhar para seus lábios entreabertos e pensei como ele ficava fofinho dormindo. Como disse antes, parecia um anjinho loiro.

Meus dedos exploraram todo seu rosto, me dando um pequeno choque quando parei em seus lábios.

Será que se eu o beijasse ele acordaria?, pensei, corando um pouco. Bem, se acontecer alguma coisa posso fingir que estava dormindo e nossos lábios se tocaram sem querer.

Dei de ombros levemente e me ajeitei para poder chegar até seus lábios. Aproximei nossos rostos lentamente e juntei nossas bocas, tocando seus lábios quentes com os meus. Fiquei assim por mais alguns segundos, sentindo a respiração dele em mim. Senti outro choque e me separei rapidamente, corando ainda mais logo em seguida.

Agora estamos quites, Mellark, sorri, saindo de seus braços sem acordá-lo. Me troquei e resolvi descer para tomar café da manhã. Mas, bem, não foi lá muito agradável, já que alguns dos familiares que estavam no jantar na noite anterior me encaravam com desgosto. Saí da casa e comecei a caminhar pelo lado de fora, quando vi um grande ginásio perto de um bosque. E tudo dentro da propriedade.

Andei até o ginásio, onde Cato lutava esgrima com um boneco de espuma. Quando me viu, parou e tirou a máscara. Fingi que não o vi e fui até a seção de arco e flecha, onde consegui vê-lo andando até a porta. Peguei o arco e mirei a flecha no alvo, mas eu errei. E sabem por quê?

Cato me agarrou pela cintura e me prensou na parede de tijolos.

– O que pensa que está fazendo?! – gritei.

– Ah, qual é, Katniss! Admita que você está desejando esse momento desde o dia que me viu. – ele sorriu de canto, colando seu corpo no meu.

– Você acha mesmo que eu sou o tipo de garota que cai na sua? – sorri, irônica. – Eu tenho nojo de você.

– Qual vai ser o problema? – ele pegou uma mecha do meu cabelo. – Você mesma disse que não namorava meu primo. Vamos lá, só vou experimentar o produto!

– E Clove? Vai traí-la desse jeito?

– Clove é uma sonsa. Só fiquei com ela porque, bem, ela é gostosinha. Mas ela não chega aos seus pés, garota.

– Se você não me soltar eu vou gritar! – exclamei. Ele me apertava nos braços, do jeito que Gale tinha feito no dia que nós terminamos, só que dez vezes mais forte.

– Pode gritar o quanto quiser. – ele começou a aproximar seu rosto do meu. – Essa sala é à prova de som. Ninguém vai te ouvir.

Ele começou a me beijar no pescoço e no rosto. Por mais que eu tentasse sair de seus braços, Cato era mais forte do que eu. Seus lábios colaram nos meus e eu senti enjoo. Ele tentou me dar um beijo de língua, mas eu não deixei, pois mordi seu lábio inferior com força, sentindo o gosto do sangue dele na minha boca.

Foi aí que ele me soltou.

– Você é maluca?! – ele apertou o lábio, tentando estancar o sangue.

– Espero que isso nunca mais se repita. – apontei o dedo do meio para ele. – E quer saber de uma coisa? Peeta é muito melhor do que você, Cato. Ele conquista as pessoas pelo que ele é, não obrigando-as a gostar dele. Espero que Clove enxergue o demônio que você é.

Aí eu o chutei na canela, porque, bem, eu sou uma garota muito vingativa. Até ri um pouco quando ele caiu no chão acolchoado, segurando a canela.

(...)

Enquanto voltava para a casa, ouvi alguns barulhos estranhos vindos da cozinha. Eram gritos de criança.

Andei até o foco do som e vi Pliny Mellark com um jovem e uma menininha. Os dois tinham pele escura e cabelos pretos. A garotinha chorava ao lado do corpo do jovem estirado no chão, que se debatia com a mão na garganta, e, automaticamente, me lembrei de Prim no dia que descobrimos que nosso pai morrera em uma explosão. As duas deviam ter a mesma idade.

Me escondi atrás da porta e observava tudo pelas janelinhas.

– Devolva a bombinha! – a garotinha gritou. – Por favor, ele vai morrer!

– Você aprendeu a lição? – ela perguntou, o rosto sério, como se não sentisse nada ao ver uma criança chorando. – Fará tudo que eu mandar na hora que eu mandar?

– Sim! – as lágrimas não paravam de cair no chão. – Por favor! – e ela agarrou a barra da sai longa de Pliny.

– Está certo. – jogou a bombinha no colo dela.

A garotinha colocou a bombinha na boca do rapaz e o forçou a respirar. Alguns segundo depois, pude ver o ritmo voltar à sua respiração. Ele se sentou e abraçou a menina com força, como que, se não fizesse, alguma coisa poderia acabar mal.

– Eu te amo, Rue. – ele disse, a voz rouca.

– Eu também! – ela ainda chorava. – Pensei que você morreria.

– Estou aqui com você, não estou? – ele sorriu fracamente. – Nunca vou te deixar.

– Agora chega dessa ceninha de família feliz, certo? – cruzou os braços. – Voltem a trabalhar antes que eu os faça se arrependerem de ter nascido. Esqueceram-se do que sou capaz?

E saiu pela grande porta da sala, deixando-os sozinhos na cozinha abraçados. Entrei correndo e me ajoelhei ao lado deles.

– Ah meu Deus! – exclamei. – O que acabou de acontecer aqui?

O jovem ficou em silêncio, mas a garotinha o acalmou:

– Está tudo bem, Tresh. – ela sorriu, secando as lágrimas com as pequenas mãozinhas. – Ela que deu aquele discurso ontem, lembra-se? Ela é boa.

– Meu nome é Tresh, e ela é Rue, minha irmã. Nós somos empregados daqui, e eu sofro de asma. Bem, isso que você viu, acontece toda vez que não agradamos Pliny Mellark. Ela se aproveita da minha falta de ar para... Traumatizar minha irmã.

– Por que vocês não fazem nada?! – me levantei. – Isso é inadmissível! Essa mulher é um mostro!

– Quem acreditaria em dois empregados pobres? – ele perguntou.

– Peeta, eu e o Sr. Mellark. Vocês não estão perdidos.

– O Sr. Mellark está enfeitiçado por ela. – Rue disse. – Não podemos contar nada para ele, já que Pliny desmentiria. Ele não acreditaria em nós.

– Deixe comigo, está bem? – segurei sua mão. – Darei um jeito nisso aqui. Eu juro, essas máscaras todas irão cair.

E saí. Fui procurar Peeta.

Procurei em todos os lugares possíveis e impossíveis daquela propriedade. Até entrei até um certo ponto do bosque, mas não consegui achá-lo. Voltando, encontrei Clove. Eu juro que me deu uma vontade enorme de contar toda a verdade sobre Cato para ela, mas só perguntei por Peeta. Sabe, queria ter mais testemunhas.

Ela me disse que o viu entrando no sótão, então fui para lá. Puxei a escada retrátil e entrei no lugar.

Ao contrário dos sótãos normais, aquele era bem limpo, sem nenhum resquício de poeira ou sujeira. E também não tinha caixas e mais caixas de coisas que não usam na casa, mas sim quadros e pinturas penduradas e empilhadas no chão. Quando fui até uma parte iluminada por uma janelinha, vi Peeta debruçado sobre uma escrivaninha usando uma camisa manchada de tinta.

– Peeta? – murmurei.

Ele se virou para mim e sorriu. Me chamou com o olhar até onde ele estava, e a imagem na pintura me paralisou por alguns segundo. Nela, tinha a imagem de eu e Peeta nos beijando abraçados. Exatamente como aconteceu naquela manhã.

– Você... – comecei, já inventando uma desculpa para aquele beijo roubado.

– Isso foi um sonho. Sabe, foi bem estranho. Eu estava dormindo, aí você acordou e me beijou. Eu achei tão bonito, um momento tão perfeito, que resolvi recriá-lo em uma pintura, entende? Para eu não me esquecer. – e ele sorriu, se levantando da cadeira giratória e me abraçando na cintura. – Mas é claro que isso não aconteceu, não é?

– Claro que não. – disse, um pouco menos segura do que queria. – Mas, Peeta, não foi por isso que eu vim te procurar. É uma coisa realmente muito séria.

Nos sentamos em um canto do sótão. As máscaras iam começar a cair.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Bem, gente, daqui a duas semanas as minhas provas vão começar, mas eu já vou começar a estudar porque sou uma lerda. Então pode ser que eu não poste nesse período.
Pretendo responder seus reviews hoje à noite, certo?
Só espero que vocês tenham gostado e que não me abandonem!

Beijos
o/



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