Arthur - 1° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 8
O espírito




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– Todos nós possuímos um espírito - disse Asha - mas não são todos os que podem manifestá-lo.

– Como assim: "não podemos manifestá-lo"? - perguntou Lara.

– Bem, como já disse a vocês, os nossos espíritos nos acompanham no interior de nosso corpo desde quando nascemos, em uma área que vai além de onde ficam os nossos órgãos e sistemas, logo é algo que não pode ser visto, mas podemos senti-los. E assim como nós nos desenvolvemos com o passar dos anos, o espírito também se desenvolve.

Então a professora começou a explicar que existem várias etapas até os espíritos se desenvolverem por completo. Quando nascemos o espírito já está em nosso corpo, mas por ainda sermos pequenos e o espírito ter acabado de surgir naquela pessoa, somos incapazes de fazer muita coisa com ele, apesar de ajudar muito no início de nossa alfabetização, nos possibilitando entender as palavras que ouvimos e repeti-las quando aprendemos.

– Então eu apenas sei falar agora, por causa do meu espírito que eu nem sabia que tinha? - perguntou uma aluna. Eu achei que tudo isso fosse por causa do meu cérebro.

– A primeira parte do que disse está certa, mas como já disse, o cérebro, ou seja, nossa mente, é apenas um receptor para o nosso espírito. Mas explicarei mais sobre isso daqui a pouco.

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– Quando passamos pela infância, o que seria próximo dos nossos quinze anos, o nosso espírito já está mais desenvolvido, porém ainda não podemos manifestá-lo - disse Túlius.

E acrescentou:

– Mesmo assim, o nosso espírito já é capaz de nos ajudarmos por exemplo a aprendermos coisas mais complexas, como magia, ou manipular uma espada muito bem e também a ter o raciocínio mais rápido do que o normal, além de muitas outras coisas, é claro.

Guilherme escutava tudo com atenção, pois algo dentro de si dizia que isso seria muito importante dali em diante, e principalmente dentro daquela floresta. Tarso também não perdia uma palavra, pois sabia que aquilo seria de grande ajuda um dia. Já os demais alunos, posso dizer que não eram os mais atentos da turma, assim como no grupo de Rafael e de Asha.

– Professor Túlius, - disse Guilherme - então você está dizendo que o nosso espírito é responsável apenas para nos ajudar a aprender as coisas no decorrer de nossas vidas?

– Não exatamente, Guilherme. Ainda não falei a respeito da nossa fase adulta que começa quando completamos vinte e um anos de idade. As pessoas que chegam até aqui já tiveram a oportunidade de ver muita coisa, aprender muita coisa, e consequentemente o seu espírito já está mais desenvolvido. Então se torna possível a possibilidade de manifestá-lo através de nosso corpo. Mas isso depende da sua vontade e de quanto o seu espírito se desenvolveu. Se você possui um desejo forte em seu coração e um objetivo fixo em sua mente, o espírito pode se manifestar. Porém isso pode acontecer de diferentes formas.

Muitos alunos estavam confusos, pois Túlius passava muita informação em um tempo muito curto para compreender.

–--------------

– Não se preocupem, alunos. Vou continuar a explicação e farei uma demonstração para ficar mais claro em suas mentes. Aliás, o mesmo também será feito no grupo dos outros professores.

Então Rafael continuou:

– Vocês estão aqui na escola a muito tempo estudando. Alguns optaram pela magia, outros pelo desenvolvimento da mente, outros pelas habilidades de combate e fortalecimento do corpo. Eu mesmo escolhi a magia, logo o meu espírito está desenvolvido somente nesta área. Um espírito não é capaz de se desenvolver em mais de uma área, pois mesmo que tentasse e conseguisse, o seu corpo não suportaria tamanha força, obrigando o espírito a sair para fora de seu corpo, e em consequência disso você morreria. Logo, não é aconselhável que tentem isso se não quiserem morrer.

Apesar de serem verdade as palavras de Rafael, o objetivo dele naquele momento era deixar os alunos um pouco assustados, segundo ele, um momento de descontração pelo que estava pra acontecer nos próximos minutos.

– Então eu vou começar a magia da chuva e o relâmpago... Bem, vocês verão com seus próprios olhos. CAJADO!

A última palavra, fez com que seu cajado aparecesse de repente. Ele era bem grande e com uma esfera vermelha em uma das pontas, além de brilhar muito.

Rafael pediu aos alunos para se afastarem um pouco e também para limparem bem os olhos e os ouvidos, pois eles teriam que aprender a magia para poderem prosseguir com suas tarefas.

O professor de magia começou a proferir a magia fazendo gestos no ar com seu cajado, que brilhava mais a cada palavra dita. O tempo então começava a ficar mais escuro e nuvens começavam a se formar. Todos os alunos olhavam com muita atenção, exceto Philip, Lara e Guilherme que faziam um resumo em sua cabeça de tudo o que viram até ali.


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