Arthur - 1° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 31
Uma última explicação


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amigo leitor!
Capítulo básico a respeito de mais algumas informações sobre os espíritos
Boa leitura ^^



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Guilherme resolveu dar um tempo ao professor de magia, assim ele poderia cuidar dos ferimentos de outras pessoas enquanto escutava o que Asha tinha a dizer. Rapidamente Túlius se candidatou ao tratamento no lugar de Rafael, que apesar de não se sentir muito à vontade com a situação, teve de ceder. O cavaleiro sentou-se próximo aos seus outros amigos, Philip e Lara, enquanto a professora começava a falar.

– Bem, por onde devo começar... – dizia Asha coçando o queixo – Ah sim! Como vocês já devem ter percebido, o espírito de vocês se manifestou, logo, meus parabéns! – disse rindo e logo em seguida continuou um pouco mais séria – Mas existem algumas coisas que vocês precisam saber sobre seus espíritos.

– O que precisamos saber, professora? – perguntou Philip.

– Hmm... Me deixe ver... Eu devia ter planejado antes como dizer isso... Rafael, preciso de uma pena mágica – disse ela para o professor que estava um pouco distante deles.

Sem mexer um único músculo (pois estava ocupado com a recuperação de Túlius), uma pena incomum apareceu de repente bem diante de Asha e nossos amigos. Era uma pena que segundo Rafael, vinha de uma fênix que acabara de morrer, por isso a cor avermelhada. Com ela seria possível escrever o que quisesse e onde quisesse até o momento em que a ave renascesse, pois nesse momento a mesma voltaria para seu dono. Guilherme, Lara e Philip levaram um pequeno susto com aquele estranho objeto surgindo de repente, mas logo depois voltaram a prestar atenção na professora estrategista, a qual desenhava algumas coisas no ar.

– Prestem atenção. Como vocês podem ver esse desenho mostra como o espírito se comporta dentro do corpo humano antes e depois de o manifestarem pela primeira vez.

Apesar de Asha não ser boa com desenhos, nossos três alunos conseguiam enxergar o que ela queria dizer. O primeiro desenho mostrava o contorno de um corpo humano no qual bem ao centro, exatamente no lugar do coração uma pequena chama parecia fluir constantemente. Já o outro parecia ser o mesmo contorno de um corpo humano, porém a chama ao centro parecia maior, além de parecer estar de alguma forma ligada ao cérebro, o qual também possuía essa chama.

– O primeiro desenho retrata seus espíritos ainda adormecido. Como já disse ele sempre esteve dentro de vocês, porém ainda não possuia um motivo para se manifestar.

Philip, Lara e Guilherme observavam atentamente.

– Este outro mostra seus espíritos após a manifestação, onde neste momento ele já se encontra interligado totalmente com seu cérebro.

– Professora! – interrompeu Philip levantando o braço – Parece que há uma espécie de “corda” ligando esses locais.

– Na verdade, essa ligação é feita através da nossa fé – disse Lara.

Asha olhou impressionada para sua aluna. Parecia que o rei já havia contado algumas histórias para ela antes de dormir, ainda quando pequena, no entanto, seus outros amigos pareciam não saber muita coisa já que não eram de famílias nobres, além do fato de olharem para Lara parecendo muito confusos enquanto ela falava.

– O que Lara disse está correto. – continuou Asha – Nossa fé age como uma o pavio de um canhão: se você o acender, com certeza ele irá disparar. Porém você precisa controlar seus objetivos.

– Nossos... objetivos? – perguntou Guilherme.

– Sim! – respondeu Asha – os espíritos maus existem porque seu usuário não conseguiu encontrar a diferença entre o bem e o mau e devido a isso, disparou seu canhão para o lado errado.

As metáforas de Asha pareciam bem sugestivas e ao mesmo tempo engraçadas, rapidamente nossos amigos começavam a entender melhor.

– Vejam esse outro desenho – disse Asha que acabara de fazê-lo.

Então seus alunos viram três novos desenhos: um que parecia ser o espírito manifestado no corpo humano, que diferente do anterior, dessa vez mostrava o lado de fora. Era como uma fumaça que contornava todo o corpo. O segundo parecer a mesma coisa, mas dessa vez o usuário parecia estar adormecido enquanto seu espírito fluía para fora de seu corpo. E por último, mas não menos importante eles viram o mesmo primeiro desenho que viram, com a diferença de que o espírito não contornava todo o corpo humano, mas o preenchia completamente com um brilho ainda maior.

– Como podem ver, este desenho mostra o espírito de vocês manifestado, porém do lado de fora. Este mostra como normalmente ocorre: nossos espíritos agem em torno de nosso corpo, aumentando nossas habilidades significativamente. Já este mostra quando não conseguimos controlar nosso espírito, nos fazendo perder a consciência. Isso permite que nosso espírito crie uma brecha para escapar, mas claro que se ele gostar de você nada disso irá acontecer – disse a professora com um leve riso.

– Mas porque um espírito habitaria nosso corpo sem gostar dessa pessoa? – perguntou Guilherme levantando sua mão.

– Boa pergunta! – disse Asha – Como todos já sabem, o mundo não é formado apenas de pessoas boas, infelizmente. Existem alguns que foram tomados pelo poder das trevas e outros que simplesmente concordaram em deixa-lo escapar uma vez ou outra em troca de poder, o que também não deixa de ser relacionado as trevas. Logo, devemos ter cuidado com esse tipo de pessoa se seu espírito não for muito bonzinho – disse Asha novamente rindo.

Asha continuou com próximo e último desenho que mostrava o máximo de equilíbrio entre seu espírito e sua mente, onde o poder seria exatamente o mesmo e as vezes até maior do que alguém que se perde em troca de poder. E terminou com essa bateria de explicações dizendo que em toda a história, entre todos os reinos apenas uma pessoa foi capaz de possuir tamanha força, a qual não era um recipiente e sim o próprio espírito no tempo em que era vivo.

– Professora, – interrompeu Lara – está falando do...

– Rei Arthur! – exclamou Guilherme muito empolgado – Esse até mesmo eu conheço. Ele era tão forte que era capaz de proteger todos os reinos sozinho. Os vilões de sua era tremiam apenas de ouvir seu nome e sua espada chegava a ser tão afiada que podia cortar uma ilha inteira sem se esforçar.

– Sim! – continuou Philip – Sua convicção em alcançar seus objetivos era tão grande que nada poderia ficar em seu caminho, além de sua bondade com todos os povos que aclamam seu nome até os tempos de hoje.

Lara olhava para Guilherme e Philip, os quais se olhavam muito animados, apesar de Guilherme parecer mais entusiasmado que seu amigo. Na verdade, ela sentia que já havia visto certas qualidades um tanto semelhantes em uma certa pessoa. Enquanto todos riam, foram interrompidos devido a pena que desaparecia novamente diante deles, e então Asha retomou a palavra.

– Bem, a fênix já deve ter renascido. Então... Já que estamos falando de espíritos fortes, vamos começar com nossas apresentações.

– Ahn? Apresentações? – disseram nossos amigos simultaneamente confusos.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de agradecer todos os que estão acompanhando a história até aqui.
Se não fosse por vocês, as aventuras de Guilherme e seus amigos não fariam sentido algum xD



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