Arthur - 1° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 29
O espírito, a espada e o dragão


Notas iniciais do capítulo

Qualquer erro de ortografia ou gramática, por favor me avisem rs
Boa leitura xD
A imagem abaixo mostra o dragão, o qual se encontra na frente de Guilherme o/



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Guilherme se sentia aos poucos tomado pelo medo, no entanto, aos mesmo tempo sabia que a única pessoa capaz de salvar a todos no momento seria ele. Metade da turma de Philip ajudava na recuperação de Rafael, enquanto a outra metade também descansava por terem esgotado a energia de seus espíritos, onde apesar de não ter certeza, acreditava que Lara e Philip também já estavam em seus limites. Lutar era uma de suas opções, assim como ganhar tempo até a verdadeira ajuda chegar também era uma delas, já que não acreditava ser capaz de muita coisa.

Foi quando algo repentino pareceu invadir sua mente. Em poucos segundos se lembrou do momento em que foram cercados pelos filhotes de dragão ainda quando estava no grupo de Túlius. Lembrou-se da missão que seu professor o havia incumbido de fazer: levar um dos dragões que o seguia para bem longe, a fim de proteger os demais alunos. Apesar de estar assustado, foi capaz de ajudar, pois fora movido pelo desejo de seu professor e de sua confiança de que ele seria capaz de fazê-lo. Também se lembrou de seu sonho de servir ao rei de Outrora, e que para alcançar esse sonho, deveria ser capaz de superar o próprio medo, mesmo que esse medo fosse a morte. Logo após ouviu as mesmas palavras de Lara que diziam contar com ele como se fossem um eco ressoando fortemente em sua cabeça. Seus olhos brilharam com intensidade, a mesma que várias vezes já fora demostrada em algumas vezes, resultado de uma confiança em si mesmo que sempre esqueceu haver dentro dele, porém dessa vez seria diferente. Sua vontade de vencer parecia superar qualquer obstáculo e pensava consigo mesmo que tudo seria possível se sua fé fosse grande e se seus amigos estivessem ao seu lado.

Sua convicção era muito forte, causando em si mesmo uma grande reviravolta. E como uma forma de expressar essa convicção, Guilherme deu um grito tão alto e forte que até mesmo Asha, Túlius e os demais alunos que os seguiam foram capazes de ouvir. Seu corpo começava a brilhar intensamente, e Guilherme sentia como se estivesse a alguns centímetros do chão. Seus olhos se fecharam, ao mesmo tempo em que parecia notar tudo e todos a sua volta, e não só sua visão, mas sua audição também parecia ter melhorado, pois conseguia ouvir o resto da equipe chegando a uma enorme distância, fato que o fez perceber que não haveria tempo suficiente para esperar e algo deveria ser feito com suas próprias mãos.

Assim que Guilherme abriu os olhos, ele notou que estava diferente. Uma aura o cobria dos pés a cabeça e essa não parecia ser uma aura comum, já que ela não só o contornava como também parecia cobrir uma boa parte de seu corpo. Ele olhou fixamente para o dragão e retirou a espada de sua bainha, onde após a segurar em frente ao seu tronco, o dragão deu um passo para trás.

Porém diferentemente de seu corpo, a espada não emitia o mesmo brilho, na verdade, a espada agia como se fosse uma peça que não se enquadrava em todo aquele mecanismo, apesar de parecer levemente reforçada após as mudanças de Guilherme. Por incrível que pareça, o dragão pareceu notar o pequeno “defeito” da espada do garoto, e se sentiu corajoso o suficiente para tentar arriscar um golpe com sua pata. Guilherme até o momento permanecia parado, até que de repente fez seu primeiro movimento.

Guilherme saltou em direção ao dragão, o qual movia sua pata decidido a ferir gravemente o jovem guerreiro. No entanto, quando a espada dele e a rígida pata da fera se chocaram, houve um grande choque seguido de uma forte ventania resultado do mesmo. Um forçava contra o outro, como se fosse uma competição que decidiria quem seria o mais forte, onde o último a recuar seria o vencedor.

“Definitivamente... Irei vencer!” pensava Guilherme enquanto olhava o dragão, o qual soltava um forte rugido a fim de tentar assustá-lo. Por pensar tanto na vitória, não conseguiu ver sua espada se partindo em vários pedaços bem diante de seus olhos, o que só percebeu quando foi finalmente atingido pelo dragão e atirado violentamente ao chão. Acabou caindo como seus amigos, porém sua força de vontade continuava em pé, fato que o motivou a se levantar, embora com dificuldades, e enfrenta-lo mesmo que não tivesse mais sua espada.

O dragão estava prestes a soltar outra rajada de fogo contra todos, quando de repente seus olhos mudaram de cor vermelha para cinza, como se seu motivo para lutar com aquele jovem tivesse desaparecido. Olhando novamente para Guilherme, algo o fez finalmente entender toda a conversa que Lara tivera com ele anteriormente, pois nos olhos desse jovem ele foi capaz de ver determinação, coragem, força e bondade. Dessa vez a criatura não parecia mais ter raiva, e dando um novo rugido, se curvou para Guilherme e levantou voo, sumindo pelo vasto céu daquela floresta.

Guilherme que até então se segurava em pé e testemunhava o estranho ato daquele dragão, fechou seus olhos e desmaiou no chão.


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Notas finais do capítulo

Qual dúvida sobre a história, basta deixa-la nos comentários que estarei respondendo o mais rápido possível.
Até o próximo capítulo o/



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