Arthur - 1° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 23
A defesa e o ataque


Notas iniciais do capítulo

De volta a história original, desta vez sem interferências, espero eu kkk
Enfim, boa leitura ^^



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Pedindo um pouco mais de paciência para você leitor, peço que voltemos novamente ao ponto em que o grupo de Philip acaba de chegar ao ponto de encontro cujo momento também coincide com os últimos instantes da luta de Rafael, a qual vimos no capítulo anterior. A verdade por trás dessa parada no tempo é que quero mostrar o que se passava no momento em que o sol passou a atravessar as árvores da floresta. Com esse objetivo em mente, podemos nos voltar neste instante para o maior grupo, o qual ainda estava enfrentando alguns problemas. A fumaça formada pela flecha de Asha já havia desaparecido, deixando apenas a neblina e a chuva, ambas naturais da floresta. Os filhotes de dragão apareciam ainda com frequência, como se ao matar um, aparecessem dois em seu lugar. Tarso, se utilizando de seu espírito a pouco manifestado, desferia vários golpes nas criaturas como se estivesse caçando um simples javali. Todos estavam em duplas com exceção dele, que recusava ajuda por acreditar que a mesma serviria apenas de isca ao seu lado.

Apesar dos professores não gostarem desta atitude, sabiam que cada aluno tinha seu próprio estilo de batalha. Porém, sem alguém para o ajudar na retaguarda, foi muito fácil para dois dragões o encurralarem e derrubarem sua espada a alguns metros de seu alcance.

– Há, há, há, há! É assim mesmo que eu gosto! – disse Tarso animado.

E quando se deu conta, seus punhos estavam brilhando, e Tarso sentiu que sua força havia aumentado assim que largou sua espada.

– Isso vai ser interessante – pensou ele com um leve sorriso no rosto.

E correndo em direção aos filhotes que o tinham cercado, conseguiu golpear uma delas direto em seu peito na mesma região do coração. O único soco foi tão forte que derrubou o filhote de dragão no mesmo instante sem chances de sobreviver. A outra criatura que olhava um dos seus partindo para o outro mundo correu para enfrentar Tarso com os dentes expostos, pronta para dar uma mordida e arrancar um de seus membros, porém, Tarso saltou por cima no mesmo instante e desceu com seu punho sobre a cabeça do monstro o jogando contra o chão, e levando-o para encontrar seu amigo também morto a pouco.

Enquanto isso, os outros alunos se ajudavam com suas duplas e derrotavam os outros filhotes apesar de ser com um pouco mais de dificuldade. Túlius e Asha lutavam lado a lado e eram muito mais experientes do que os demais. Túlius de abaixava enquanto Asha atirava uma flecha no peito de um dos filhotes que vinha em sua direção. Ao mesmo tempo, Túlius jogava sua espada em outro que também vinha para atacar, porém de direção diferente do anterior. Era fácil perceber que eles tinham uma sincronia perfeita, o que era de se esperar vindo dos soldados do exército do rei.

– Eu só espero que não fiquemos assim para sempre – disse Túlius retirando sua espada do filhote de dragão – O seu plano foi brilhante, Asha, mas acredito que você saiba a sua fraqueza.

– Sim – concordou ela – Os alunos não vão aguentar por muito mais tempo.

Então, todos foram surpreendidos quando perceberam que a chuva ia parando aos poucos, levando junto toda a neblina que os cercavam e revelando também todos os filhotes de dragão que lá estavam. O sol também se manifestava aos poucos, assim como as esperanças de todos os alunos. Túlius olhou em direção de Asha com um sorriso no rosto, o qual foi retribuído por ela, pois ambos sabiam o que fazer.

– Vamos acabar com isso agora, Asha! – disse Túlius.

Fazendo um sinal positivo com a cabeça, Asha chamou os alunos.

– Todos os alunos! Venham para trás de mim e de Túlius, rápido!

Então Tarso e os demais alunos se recolheram e se colocaram atrás de seus professores. Porém era de se esperar que os filhotes de dragão não esperariam o inimigo atacar parados, então foram todos ao mesmo tempo na direção do grupo, pois já que estavam expostos, não podiam mais atacar escondidos.

– Asha, deixo os alunos com você!

– Sim!

Então Túlius saltou para um lugar de onde pode ficar de costas para o sol e Asha permaneceu em sua posição para proteger os alunos.

– Vocês não vão conseguir nos pegar – disse Asha com um leve riso.

E mirando sua besta para o alto, seu espírito começara a brilhar mais intensamente.

– ESPÍRITO: BARREIRA DE FLECHAS!

Asha disparou uma flecha para o alto que logo após se dividiu em quatro. Assim que todas elas caíram simultaneamente fixadas no chão, começaram a brilhar e formar um escudo protetor de formato cúbico em torno dos alunos e de Asha. O escudo tinha a mesma cor alaranjada de seu espírito e era consideravelmente resistente, visto que alguns dos filhotes de dragão disparavam rajadas de fogo enquanto outros apenas chocavam suas cabeças contra a barreira e mesmo assim a mesma não se abalava.

– Túlius, seja rápido! Essa barreira não vai aguentar muito tempo! – gritou Asha.

– Pode deixar! – respondeu o professor.

– Não se esqueça de tomar cuidado com a sua força! Precisamos que mate apenas os filhotes de dragão.

– Não se preocupe, vou tentar me controlar dessa vez! - disse ele rindo com uma das mãos sobre a cabeça - Agora...

Túlius, que estava de costas para o sol, levantou sua espada acima de sua cabeça, possibilitando que os raios do sol a toquem. Tarso que estava ao lado de professora se preparava para ver algo impressionante, pois para ele a espada parecia absorver a energia do sol, o que constatou ser verdade quando viu que ela começava pegar fogo em suas lâminas, assim como o contorno do corpo de Túlius.

– Essa energia já deve ser o suficiente.

Túlius desceu a espada no mesmo sentido para frente de seu rosto e olhou fixamente para os filhotes.

– Hora de brilhar! – disse Túlius com um leve sorriso no rosto – ESPÍRITO: FOGO SOMBRIO!

Após essas palavras, as chamas que circulavam seu corpo, assim como as que tomavam o corte da espada assumiram uma cor negra.

Todos os alunos se impressionaram com o que o professor acabara de fazer. Tarso particularmente, não entendia como o fogo não o queimava e como de repente ele assumiu a cor de seu espírito.

– Eu sei exatamente o que está pensando – disse Asha para Tarso – Vou te explicar o que seus olhos acabaram de ver.


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Notas finais do capítulo

Esse velho sempre tenta aparecer, mas fazer o que? Ficar sempre no papel de narrador as vezes pode ser estressante, ainda mais pra alguém da idade dele kkkk
Obrigado por ter lido ^^



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