Capt. 13 – Que se dane!
Eu acabei meu banho, vesti algumas roupas intimas, e joguei um hobbie por cima.
Saltei janela á fora e escalei meu telhado. A neve começava a cair. E deitei em meu telhado. Eu não conseguia mais suportar a idéia de que meus pais tivessem se matado por mina causa. E pensar que tudo isso por solidão.
Um cheio delicioso e tentador se aproximou de mim.
- Eu sinto muito... – soou a voz chorosa e triste perto de meu rosto.
- Eu não sei o que pensar... – eu disse me sentando e abrindo os olhos. – Pô.. eles eram meus pais... – eu estava séria e relutante.
- Eles não são quem pensa que são... – ele assegurou e sentou-se ao meu lado com a expressão séria.
- E o que são realmente? – eu perguntei sem fitá-lo. Direcionei minha visão direta para as arvores que cercavam a casa.
- Não são a família que você perdeu. – ele dizia doloroso.
- Eu sempre soube. – eu soluçava e não podia olhar para ele.
- Não... você não sabe. – ele pegou minha mão, com sua pele extremamente quente e a beijou. – Eles não se preocuparam com você. Apenas queriam seu dom. Apenas.... – ele sussurrou.
- Talvez eu não quisesse ver isto. – eu mordi meus lábios.
- E... o egoísmo deles... é irrevogável. Eles não tinham ao menos pena de ti. – ele chorava.
- O que mais não queriam me contar? – olhei-o.
- Eu não sei... – ele me puxou para seu colo.
- Eu não quero mais ficar aqui... – eu disse com a voz chorosa, como uma criança querendo voltar para casa.
- Eu sei... – ele aconchegou-me em seu peito.
- Eu eu... – eu murmurei – te amo... – soltei em meio ás lágrimas.
- Não sabe quanto tempo esperei para ouvir isso... – ele estava em êxtase.
- É a verdade... – solucei.
- Para onde quer ir? – perguntou serio.
- Embora. – eu me perdi em seu peito, e suguei o aroma tentador que estava ali.
- Tem certeza disso? – ele estava temeroso.
- Aqui nunca foi meu lugar. – eu afirmei tentando manter o controle.
- Eu entendo... somos dois... – ele riu sem humor.
- Podemos ir... juntos. – eu cuspi.
- Sem dúvidas. – ele me afastou de seu corpo. E me pois ao seu lado.
Uma magia, nos cercou. Ventos leves nos cercaram, e pude sentir a neve caindo entre nós.
Meus olhos se travaram nos dele. E a nossa ligação era mais do que apenas corporal.
O imã, que elevava meus lábios aos dele estava mais forte do que nunca. Num segundo, pude sentir nossa conexão. Eu tinha me colado á ele. Eu tinha beijado-o.
- Isso foi... – eu disse sorrindo.
- A assinatura para sua carta de euforia.. – ele sorriu e me beijou novamente.
Nos olhamos por um tempo indeterminado.
- Eu tenho que te mostrar o que eu realmente sou. – ele se levantou.
- Eu não preciso... eu não importo-me com as aparências.. – eu sorri.
- É necessário. – ele deu um passo atrás. E respirou fundo.
Ele soltou as forças que o prendiam. Uma enorme figura crescia diante de meus olhos. A pele clara e rosada era transformada em um branco papel. Ele aumentava seus músculos, seus leves cabelos logo cresciam e uma lua negra brotava em sua pele branca. Lembrando o sentido de um verdadeiro filho da lua.
- É isso que eu sou... – ele respondeu amargamente.
- É maravilhoso... – eu me levantei com fascínio.
- Não importa que eu seja... isto? – ele estava incrédulo.
- Jamais... – ele voltava a sua forma antiga.
Apenas agarrei-me á criatura que estava ali em minha frente.
- Quando quer ir embora? – ele estava atencioso.
- Agora. – eu disse firme.
Um sorriso largo brotou sobre seus lábios e senti uma enorme onda de segurança vindo dele.
Ele me conhecia melhor que qualquer um... e não me esconderia nada e de ninguém. Com ele eu me sentia a mim novamente, mesmo sentindo cobiça pelo líquido de seu corpo.
Tudo valia... tudo. Eu esperava a batalha que Aconteceria agora. Por nossa partida... mais... que se dane!
Eu não me importo mais. Eu não quero mais saber.
Me aconcheguei ao colo de Arthur e o deixei levar-me para o futuro.
(...)