Summer Camp escrita por Malu


Capítulo 15
Acho que ele tem coração


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee :)
Tudo bem?

Nesse capítulo tem uma parte da Elenina e do Josh, e também da Chloe e do Andrew, mas eu vou explicar isso durante o capítulo.



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Elenina

Assim que cheguei perto da cabana de Josh, percebi que ele dormia, mas a porta estava aberta. Abri ela lentamente, e entrei no quarto observando a bagunça que três meninos poderiam fazer juntos. Soltei meus sapatos no canto da cama de Andrew, e fui até o frigobar. Peguei uma garrafa de água e tomei gole a gole, minha garganta estava seca. Fui ao banheiro e arrumei meu cabelo, peguei uma camiseta que não sei se é de Josh ou do Andrew, a botei e me deitei na cama do Andrew.

Acredito que tenha feito um pouco de barulho demais, pois quando me deitei e resolvi olhar para Josh, ele estava acordado me observando.

— O que você faz aqui, Elenina? — ele disse em um tom sério, como se estivesse me repreendendo.

— Vim dormir. — sorri, tentando amenizar o clima. — A minha cabana está trancada e perdi a chave.

— Porque não bateu na porta? — ele disse se sentando na cama, e olhando as horas no relógio.

— Diamond estava dormindo e Chloe não estava ali. Não quis incomodar.

— E o que fazia fora da sua cabana, tão cedo? — ele me analisou, percebeu a camiseta, mas não demonstrou se seria sua.

— Eu dormi fora.

— Aonde? — ele sentiu que se metia demais. — Se posso saber.

— Perto da cachoeira.

— Com... — curioso até demais.

— Simon. — respondi secamente, e o fitei com os olhos, ele se levantou e caminhou até o banheiro, voltou com o cabelo mais arrumado.

— Acho melhor você ir embora. — ele disse não olhando para mim, enquanto se sentava novamente.

— Mas, eu não tenho uma cabana para ir.

— Isso, sinceramente, não é problema meu.

— Ficarei aqui em nome do Andrew. Que com toda certeza, me deixaria ficar.

— Andrew não está aqui, vocês não namoram mais, e vendo como ele te tratou ontem, duvido que a deixasse ficar. — eu me levantei, me sentindo ofendida. Recolhi meu vestido e meus sapatos.

— Tudo isso é porque eu não te ouvi e dormi com um cara desconhecido?

— Sim. — ele me encarou.

— Você tem que entender que não manda em mim. Você não é nada meu. — eu segurava a fechadura da porta, pronta para abri-la.

— Pensei que fosse seu amigo.

— Acho que as suas ações dizem o contrário. — o encarei, enfurecida. Mais de 5 anos de amizade para ser expulsa de sua cabana?

— Minhas ações não dizem nada sobre o que eu queria fazer realmente. — ele me olhou, lacrimejando. — Deveria saber que eu não penso muito antes de dizer ou fazer alguma coisa.

— Nesse momento, eu realmente não sei nada sobre você, Josh. — abri a porta e sai, a fechei com um estouro. Algumas lágrimas caíam pelo meu rosto, em uma frequência bem constante. Percebi que alguns campistas já haviam acordado e me olhavam. Percebi que minhas pernas estavam á mostra, por eu estar com somente uma camiseta.

Chloe

— Como foi? — perguntei assim que Andrew voltou do lado de fora, e seus pais foram embora.

— Como você imagina que foi? — ele se sentou ao meu lado.

— Horrível. Mas acredito que necessário.

— Necessário?

— Se não eles, quem botaria na sua cabeça que deve de uma vez por todas esquecer essa bobagem de popularidade e assumir essa menina linda que ela, é como sua irmã? — disse o fuzilando com os olhos.

— Você acha que eu não iria assumi-la depois de tudo que eu a vi passar, Chloe? Você jura que acha que eu não tenho a mínima noção? — seu semblante parecia magoado. — Passei a noite inteira pensando no quão, ridículo eu fui por deixa-la passar por isso. E sei, que é minha culpa.

— Não precisa se culpar por isso. Eu te conheço. Sei muito bem que não iria querer que nada disso acontecesse a sua própria irmã. — olhei para ele que pela primeira vez, demonstrava algum tipo de fragilidade.

— Na realidade, você não me conhece. É apenas uma menina, irmã do meu melhor amigo, com a qual eu transei e agora acha que tem poder sobre mim. — ele se levantou enfurecido.

— Você percebe a bosta que está falando? — o encarei, não acreditando em como se referia a mim. — Sei que está magoado, zangado, se sentindo mal, mas não é motivo pra me chamar de qualquer coisa. Posso ajudar você, como posso muito bem te culpar até a morte. Então, se acalma, se não teremos problemas.

Ele ficou quieto. Me levantei e peguei meu celular que tocava, era minha mãe.

— Oi querida. — ela disse com a mesma voz doce de sempre, pensei em seu aroma de flores.

— Oi mãe. — me afastei um pouco dos dois.

— Como você está? — ela disse aparentando estar feliz, e dava para ouvir um barulho de pássaros ao seu redor.

— Bem. — observei Andrew, ele havia se sentado perto de Diamond e passava a mão em seu rosto, dizendo alguma coisa que não consegui entender.

— E seu irmão? Me diga que ele não se meteu em brigas. — ela parecia apreensiva.

— Estamos bem, mãe. E por incrível que pareça, sem confusões. Mas e você? Como está e aonde está?

— Estou melhor do que nunca. — por um momento me senti rejeitada. — E estou com sua avó em uma praia, e acredite se quiser, tem um homem lindo me secando.

— Meu deus, mãe! — eu ri pensando nela, com aquele corpo lindo e sarado, de biquíni trocando olhares com um homem. — Não pegue se ele for velho, já bastou meu pai.

— Nem fale naquele carrasco. Não quero lembrar dele, pelo menos não aqui.

— Okay. — eu entendia, ela sofreu muito nas mãos daquele homem.

— Sinto saudades de vocês. — ouvi a voz da minha avó. — Sua avó mandou um beijo.

— Sinto saudades suas também, mas falta pouco menos de dois meses agora. Manda outro pra ela. — olhei de novo para Andrew e Diamond, e ela havia acordado e eles conversavam.

— Chloe, ele tá vindo até mim. Oh, meu deus! Eu vou desligar, te mando uma mensagem depois dizendo como foi. — ela parecia estar muito animada. — Beijo beijo, amo vocês.

— Beijo mãe, te amamos. — e eu desliguei, e fui em direção a Andrew e Diamond, que pararam de conversar assim que cheguei Andrew enxugou as lágrimas, e na boca de Diamond tinha um sorriso fraco estampado.

— Quem era? — Andrew disse tentando disfarçar sua voz embargada por causa do choro.

— Minha mãe. — larguei o celular. — Está melhor, Diamond? — sorri para ela.

— Você nem imagina o quanto. — ela sorriu. — Quero tomar um banho. — ela se levantou e foi em direção ao banheiro. — Já volto.

— Não quer ajuda? — Andrew perguntou.

— Não, muito obrigada. Eu consigo. E também seria vergonhoso você me ver pelada. — ela riu, e fechou a porta.

— E você — me sentei ao seu lado — está bem? — o olhei sorrindo.

— Estou mais ou menos.

— Já é um começo.

— Só quero me desculpar por todo o mal, que eu fiz a minha própria irmã sofrer, e depois ver o que vai dar.

— É desse Andrew que eu gosto.

— Existe um Andrew de qual você goste, Moretz? — ele sorriu com aquele sorrisinho safado.

— Existe. — sorri, enquanto sentia que estava ficando vermelha.

— Acho que agora estou bem melhor. — ele sorriu, eu sorri de volta.

— Vai melhorar um pouco mais. — encarei seus lábios.

— Ah, é? — ele sorriu safado. — Como?

— Assim. — me impulsionei para frente e o beijei.

Pela primeira vez acho que senti um tipo de calma em um de seus beijos, todos os outros foram ferozes e muito bons, admito, mas esse, está sendo épico, ou pelo menos estava, até o clarão da porta nos atrapalhar, e uma cara de espanto também.

— Nina. — Andrew disse assim que a viu.


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Notas finais do capítulo

OPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA



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