Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 4
Chapter 4 - Aphrodite


Notas iniciais do capítulo

Pronto, gente, arrumei o 4º e vou começar o 5º. Eu tirei os óculos da Ally, pq a noujenta da Laís tava reclamando (apesar de eu amar ela de óculos :p). Encontro vcs la em baixo :)

GOGOGO



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Charlie andava hesitante pelo gramado vazio do Acampamento Meio-Sangue. Aquele lugar a impressionara tanto, era incrivelmente belo e aconchegante. Ao longe, ela ouvia risadas e conversas vindas do Pavilhão do Refeitório, que tinha algumas colunas tombadas ou um pouco quebradas. Sentia cheiro de carne assada, o que fazia seu estômago roncar.

–É aquela ali?- Perguntou Jason Grace, apontando para a menina que acabara de entrar no pavilhão. Leo afirmou pensativo.

–Ela é bonita...- comentou Piper.

Quando Leo olhou para a entrada da caótica sala de refeições, ele percebera, realmente, o quanto Charlie era atraente. Não que, quando ele a viu mais cedo, não tivesse achado-a bonita, pelo contrário. Achara ela incrivelmente linda com seus olhos castanhos, os cabelos molhados e bagunçados pela chuva, a pele meio pálida, inclusive quando ela havia acordado naquela tarde, com os cabelos negros e levemente encaracolados caindo em seu rosto. Mas naquele momento... Ela estava divina. O cabelo cacheado preso em um rabo-de-cavalo, a camiseta laranja do acampamento e um simples jeans.

–Leo!- chamou Piper, estalando os dedos na frente do rosto dele.

–Hã? O quê?

–Você ta babando!- disse ela rindo.

–O quê? Não to não!- respondeu passando a mão em seu queixo.

–Não, Leo, metaforicamente. Você tava secando a menina nova.

–Ta Piper, até parece.- disse ele revirando os olhos. Ao seu lado, Jason só ria da cena.

Charlie andou timidamente até a mesa onde Quíron, o diretor de atividades do acampamento, um homem com cara de emburrado usando uma brega camiseta de estampa de tigre e duas garotas ruivas se sentavam.

–Charlie! E então? Gostando do acampamento?- perguntou educadamente Quíron.

–Ele é bem... Interessante.- sorriu ela, pensando nos estranhos cavalos alados que vira mais cedo.

–Bem, essa é Allycia Sparks, ela chegou pouco tempo depois de você. E esse é o diretor do acampamento, Sr.D.

–Sr.D? “D” de que?

–Dionísio, é claro.- bufou o homem, impaciente.

O queixo de Charlie caiu.

–Dionísio? Tipo aquele cara do vinho?

–Sim, sim, o cara do... O que? Não! Deus do vinho, garota. Por falar nisso...- disse ele olhando para seu copo, que se encheu de um líquido transparente.

Quíron deu uma leve risada.

–Parece que, ainda, não foi dessa vez, Sr. D.

O homem revirou os olhos e voltou ao seu olhar emburrado.

Charlie olhou para a garota que Quíron apresentara e sorriu, cumprimentando-a. Ela pareceu tão fofa para Charlie, cabelos ruivos compridos e olhos verde-mar, pequena, mas muito hiperativa, parecia uma criança. Quíron explicou o esquema da queima de comidas na fogueira do pavilhão e, depois de tudo feito, Charlie voltou a sentar-se à mesa, mais esfomeada que nunca. Em uma rápida olhada pelos campistas que estavam jantando, Charlie visualizou Leo sorrindo para ela. Charlie retribuiu um tanto envergonhada. Ele, estranhamente, parecia se destacar naquela multidão de semideuses. Charlie voltou a se concentrar em seu prato e percebeu uma luz esverdeada refletida nele, quando olhou para a fonte da luz, ela percebeu que ela vinha de um tridente verde que pairava em cima da cabeça de Allycia. Ela não parecia ter percebido, pois mexia com os dedos distraidamente a água em seu copo.

–All...Allycia, você...?

–Hã? O que foi?...Mas o q...- ela olhou perdida para cima, um tridente refletido na sua pupila. O resto do pavilhão ficou mortalmente quieto quando perceberam a menina, a umas mesas dali, uma garota loira sorria para o menino ao seu lado. Os olhos dele tão verdes quanto os dela.

–Acho que Percy arranjou uma irmã.- sussurrou a outra garota ruiva sorrindo para Quíron.

Ele afirmou e se virou para a menina, também sorrindo.

–Ave, Allycia Sparks, filha do Deus dos Mares, Poseidon.

A menina engoliu em seco e corou, voltando os olhos para seu copo, cuja água se movia com agitação.

***

–Hora da fogueira.- disse Piper para Leo e Jason.- Aproveite que estamos saindo do refeitório fale com Charlie.- piscou ela.

–O-O quê? E por que eu faria isso?- perguntou Leo, em falsa confusão.

–Por nada, Leo, por nada.- disse ela rindo.

Eles se dirigiram para a fogueira, onde muitos campistas já se reuniam em baixo da bandeira de seus respectivos chalés. Leo, Jason, Piper e Annabeth resolveram se sentar juntos.

–Vai, Leo!- sussurrou Piper empurrando de leve Leo para cima de Charlie.

–Cuidado, Leo.- disse Charlie, rindo.

Sem ela perceber, Leo lançou um olhar assassino para Piper, que riu mais ainda da cena.

–Ahm... Desculpe, Charlie. Por que não senta com a gente?- disse ele sorrindo para Piper.

–Ta... Eu acho.- disse ela franzindo o cenho.

–Esses são Jason Grace, filho de Zeus (-Júpiter!- corrigiu o garoto loiro que Leo apresentava.) Júpiter, tanto faz. Essa é Piper McLean, filha de Afrodite, Annabeth Chase, filha de Atena, Percy Jackson, filho de Poseidon, Hazel Levesque, filha de Plutão (-Dela você lembra, né Valdez?- retrucou Jason), Frank Zhang, filho de Marte e Reyna Avila Ramírez-Arellano, ou Rara, para os mais chegados, filha de Belona- finalizou Leo, com uma piscadinha para a garota, que bufou e revirou os olhos.

–Rara o cacete, Valdez.- rosnou ela.

–Espere, não me lembro do chalé destes Deuses aqui no acampamento.

–Digamos que os Deuses têm duas formas, a Romana e a Grega. Júpiter, Plutão, Marte e Belona são exemplos de Romanas.- explicou Annabeth.

Charlie assentiu e sorriu educadamente para eles, que retribuíram. Piper deu um sorriso um tanto maroto para Leo, que respondeu revirando os olhos.

O conforto que aquela fogueira propagava para os campistas era indescritível, mas Charlie se sentia profundamente nervosa, estava ansiosa para quando fosse reclamada. Ela mexia incessantemente nas cutículas das unhas e batia nervosamente os pés. Todos pareciam bem felizes e descontraídos, cantando junto com a música do Chalé de Apolo, com exceção de Reyna, que mantinha um olhar triste para as chamas.

–O que houve com a garota?- perguntou Charlie para Leo.

–Eu, sinceramente, não sei.- Disse ele olhando ansiosamente em volta.

Charlie ficou em silêncio, ela sentia uma leve vibração entre Reyna e alguém daquele pequeno grupo, se ela ficasse em silêncio e se concentrasse talvez conseguisse entender. Ela não tinha menor idéia de como sabia disso, mas tentou. Não funcionou, devido ao seu nervosismo.

–Ei, Reyna.- sussurrou Charlie, hesitante, para a garota. Ela a olhou, mostrando que estava ouvindo-a.- Eu não quero me meter, nem nada, mas você me parece muito desapontada com alguma coisa. Está tudo bem?

Ela o olhou, com o cenho franzido e os olhos semi cerrados, como se a estudasse. Mas, por fim, apenas assentiu.

Jason. A palavra surgiu em sua cabeça, do nada. Ela olhou para o menino loiro que abraçava Piper e falava algo em seu ouvido. Charlie percebeu que Reyna, agora, mantinha o olhar baixo, evitando olhar para o lado deles.

–Amor é uma coisa engraçada.- murmurou ela com um sorriso.

–Como assim?- perguntou Leo, enquanto desmontava pela 4ª vez o conjunto de pecinhas que havia em suas mãos.

–Você não iria enteder.- disse ela sorrindo.

–Charlie, Charlie, não me subestime. A coisa gostosa aqui entende quando se trata de amor.- respondeu ele marotamente, o que arrancou uma risada de Charlie.

–Coisa gostosa?- perguntou irônicamente.

Ele a olhou, desafiando-a a discordar.

–Ok,ok, eu te mostro minha linha de pensamento.- disse ela baixando a voz.- Reyna está com o coração partido. Esse garoto que ela gosta... Bem, não é recíproco, sabe?

–E, que mal lhe pergunte, como você sabe disso? Você a conheceu agora.

–Eu não tenho a menor ideia, só sei. Isso é estranho?

–Dependendo de quem você for filha, eu...- Sua voz foi morrendo. Charlie o olhou, esperando ele concluir a frase, quando percebeu uma luz cor-de-rosa refletida nos olhos castanhos de Leo.

– O que...- Ela olhou por algum motivo para suas unhas, que estavam no seu colo, quando percebeu que estava usando uma saia branca de seda. O que era estranho, segundo ela, pois jurava que estava usando calças jeans. Ela se levantou e podia sentir seus olhos mudando para azul claro. Surpresa. Ela estava usando um vestido branco, daqueles gregos, cujo busto era trançado e preso nos ombros com um par de broches dourados, onde, inconfundivelmente, duas pombas estampavam a superfície reluzente. O cabelo, que antes estava horrivelmente embaraçado e simplesmente amarrado, tinha cachos definidos e com duas mechas laterais presas atrás da cabeça com uma presilha. Algumas mechas estavam trançadas com linhas douradas. Usava, também, um colar comprido, também dourado e com o pingente de uma pomba prateada, e braceletes por todo o braço.

Em sua mão, para sua surpresa, segurava o espelho prateado com detalhes ornamentados. Ela o levou a altura do rosto.

–O que... O que aconteceu com meu rosto?- perguntou assustada, seus olhos se mesclaram com a cor castanha, o que nunca havia acontecido antes. Seu rosto estava em perfeita harmonia, inclusive com as roupas. Ela estava incrivelmente...

“Montada!” pensou. “Estou me sentindo uma Barbie! Essa... Essa não sou eu!”

“Ora, ora, Charlie, claro que é!” disse uma voz feminina em sua mente. “Uma benção de sua mãe para sua linha de pensamento para com Reyna, mesmo com tão pouco conseguiu entender tudo. Parabéns, minha filha, você é a perfeita prole da Deusa do Amor.”

–O qu... Mas...- Charlie tentava encontrar palavras, mas nada saia.

Sem Charlie perceber, Piper murmurou:

–Leo está babando de novo.- sorriu para Jason. E, de fato, Leo mantinha um olhar deslumbrado para Charlie, que se sentia perdida demais para perceber.

–Parece que temos outra Rainha da Beleza, não é Leo?- disse Annabeth, que parecia mais atenta a sua volta e ao olhar de Leo.

–É... Com certeza.- murmurou o garoto.

–Leo!- chamou uma voz.

–Ops, não deixa a Calipso ouvir isso.- disse Percy.

–Que droga.- murmurou Leo, se levantando relutante e descendo ao encontro da menina que o chamara.


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Notas finais do capítulo

Negócio é o seguinte, sabe o que me ajuda? Reviews. É, aham, aquelas simples palavras "gostei", "odiei", "cala a boca sua flopada, vc não sabe escrever", "cara, continue escrevendo, é diva gostei, bla, bla, bla", ou até mesmo um "oi" ja me ajuda. Isso me mostra que vcs estão lendo e gostando e querem mais, ok? Só comentem mais e, se não for pedir demais, indiquem ou recomendem. Isso me faz chorar de felicidade, sério.

Anyway, desculpa ter que arrumá-la de novo, mas está aí. Espero que tenham gostado.

Bjinhos de Amortentia da Ester :3



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