Closed your Eyes escrita por Noona


Capítulo 13
Capítulo 11 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Annyeonghaseio!

Agradeço de coração a todos que estão acompanhando essa fanfic, estamos entrando na reta final! o/ Espero que tenham gostado do que estão lendo até aqui, e espero que gostem também do desfecho que essa história terá. Caso tenham dúvidas, sugestões e etc, usem o espaço dos comentários, me diga o que está achando!

Vou demorar um pouquinho mais para postar o próximo capítulo, meu computador está com defeito, preciso formatar e ando sem tempo, estudando muito.
Mas não, não pretendo abandonar essa fanfic, vamos juntos com Ma-Ru e Eun Jae até o fim!

Kiseu s2



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Tudo parecia ir de mal a pior. E realmente ia. A escola havia se tornado tão insuportável e deprimente para Ma-Ru, que o rapaz já começava a semana contando os segundos para que a sexta-feira retornasse novamente. Era um verdadeiro sacrifício sair da cama todas as manhãs e colocar o uniforme da escola, para enfrentar mais um dia horrível.

Havia sido uma semana realmente infernal, mal havia saído de sua própria sala, com receio de encontrar os outros estudantes. Com medo de ter que encontrar Eun Jae e ter de magoá-la com mais uma de suas mentiras. Quando o final daquela semana finalmente chegou, Ma-Ru começou a crer que sobreviveria e poderia respirar tranquilamente de novo.

Com a chegada do período decisivo de provas, a escola promoveria um acampamento de estudos para incentivar os estudantes, enviando cada turma a um local diferente e exclusivo. Era óbvio que não passava de uma desculpa para fazê-los estudar ainda mais, mas de toda forma, uma mudança de ares faria bem aos alunos e lhes daria melhores resultados. Por uma longa semana, poderia aliviar o peso em seus ombros e não se preocupar em se esconder de Eun Jae. Maldita fosse a hora em que havia se comprometido com aquela promessa de não se aproximar dela, que havia transformado tudo num verdadeiro inferno.

A única parte boa em tudo aquilo, era a preciosa semana de liberdade que ganharia sem ter Han Yeon pendurada em seu pé, assediando-o mais uma vez. Talvez achasse que Ma-Ru estivesse sendo propositalmente difícil para que ela gostasse ainda mais dele. Ao contrário de todos os seus desejos, ela havia encontrado em sua dura recusa, um motivo para continuar agarrando-se inutilmente a ele. A cada uma de suas recusas, ficava ainda mais insistente, parecendo ter um novo plano para fisgá-lo.

No final das contas, teria uma semana de folga de si mesmo, para relaxar e se despreocupar completamente. Afinal, o que poderia dar errado em um acampamento de estudos com toda sua turma? Ninguém se arriscava a falar com ele, nem mesmo qualquer um de seus professores. Na pior das hipóteses, ficaria entediado até o último fio de seus cabelos, algo que em sua atual condição, parecia extremamente bom. Ao menos, teria algo útil com que ocupar sua mente.

Mal sabia ele o quanto estava enganado.

Ao embarcar no micro-ônibus naquela manhã, mal sabia ele o quanto aquela viagem lhe seria custosa. O velho motorista havia guiado o veículo por tantas ruas diferentes e por muitas e muitas horas, a ponto de fazê-los perder completamente o senso de direção.

A estrada parecia ter tantos buracos que havia tornado o caminho extremamente desconfortável. Nenhum dos professores ou alunos saberia dizer onde se encontravam, ou mesmo se valeria a pena atravessar as fronteiras do final do mundo, somente para um acampamento de estudos.

Quando o micro-ônibus estacionou no meio do nada após várias horas de viagem, já havia outro ônibus parado ali, com vários alunos espalhados na entrada do local. Aquilo era estranho, a escola lhes garantira que cada turma iria a um local diferente, o que aqueles estudantes estavam fazendo ali, invadindo sua paz?

Ma-Ru sentiu seu corpo rígido de tanto ficar sentado, dolorido em certas partes que ele sequer sabia que existiam. Ao apanhar sua bagagem no compartimento de carga, sacou o celular do bolso e bufou. Ótimo, sem sinal! Como alguém vivia sem sinal de celular, nos dias atuais? Erguendo o aparelho para o alto, procurou por alguma fagulha de sinal que pudesse ter, mas foi completamente inútil. Havia tantas árvores ali, que havia tornado impossível que o sinal circulasse. Ou talvez fosse simplesmente bloqueado. Talvez a casa da Bruxa de Blair ficasse em algum daqueles matagais, esperando-os para os transformarem em vítimas.

Estalando a mão contra seu próprio pescoço, viu ali o cadáver de um inseto que havia lhe picado. Não, definitivamente, já teriam sugado até a última gota caso uma bruxa vivesse naquele local, no meio do mais completo e definitivo nada.

Ao desistir da busca infrutífera por algum sinal de celular, Ma-Ru olhou em volta, observando outros estudantes fazerem o mesmo que ele, apontando os aparelhos de celular para o alto. Suspirando com certo desânimo, seus olhos se abriram em espanto ao reconhecer alguém no meio daqueles estranhos.

Não pode evitar a péssima impressão que teve ao ver Min-Ki sentado sobre sua própria mala de viagem, enorme e incômoda, logo na entrada do estabelecimento onde acampariam. Como sempre, era o centro das atenções, falando tolamente sobre alguma coisa desnecessária que Ma-Ru certamente não teria o menor interesse em saber do que se tratava.

Aquilo só podia ser um enorme presságio de má sorte, e poucos minutos depois, suas piores impressões se tornaram realidade. Os professores haviam cercado o dono do estabelecimento, brigando entre si. Duas turmas já estavam ali, e ao que indicava, uma terceira turma não demoraria a chegar também, vinda do mesmo lugar que os outros estudantes.

Ao que parecia, a escola havia cometido algum tipo de erro, que havia feito três turmas diferentes, acabarem no mesmo lugar. O velho ahjussi reclamava de volta, dizendo que a filha do diretor havia conversado com sua esposa, que havia se confundido e anotado tudo errado. Ao que parecia, a terceira turma deveria estar ali no lugar da turma de Ma-Ru, que deveria estar em outro lugar naquele momento.

Maldita fosse! Han Yeon havia se metido nos assuntos da escola e mudado os arranjos, na certa para que acampassem no mesmo local! A filha do diretor havia cometido algum erro, afinal, já que sua turma havia prosseguido com os planos e os levado até ali. E pelo visto, o estabelecimento não possuía infraestrutura suficiente para acomodar todos aqueles numerosos estudantes.

A noite vinha chegando, seria perigoso arriscar a vida dos estudantes daquela forma nas estradas sinuosas e em péssimo estado de conservação. Sem saída, o proprietário havia sugerido então, que os estudantes usassem as cabines em grupos. Não importava o quanto fosse desconfortável, teriam que se arranjar de qualquer forma.

Por um breve momento, Ma-Ru ficou tranquilo, afinal, não precisaria dividir sua cabana com ninguém. Ninguém ali o considerava confiável o bastante para se arriscar a pernoitar no mesmo local que ele. Já havia tomado posse da cabana vermelha, quando alguém bateu em sua porta mais uma vez. Embora estivesse tentado a ignorar, Ma-Ru abriu a porta. O alívio durou muito pouco, com certeza.

Annyeong, Ma-Ru!

Com seu sorriso brilhantemente irritante, Min-Ki havia chegado como um furação na cabine, arrastado suas tralhas e lhe garantindo que seria um prazer dividir sua cabine com um fã. Céus, como alguém trazia cinco malas enormes para um acampamento de uma semana? Aquela subcelebridade era realmente muito inconveniente.

Com certeza seria um tormento dividir a cabine com aquele cara irritante, mas não havia nada a ser feito. Enquanto se instalavam, outro micro-ônibus havia chego, entulhando ainda mais o acampamento. Deus, como poderia ficar pior? Sua semana havia sido arruinada no momento em que havia colocado os pés para fora da cama naquela manhã.

A resposta veio no instante seguinte, quando Min-Ki saiu do banheiro, depois de duas horas de seu banho de beleza. Para seu espanto, ele usava um pijaminha brega com uma estampa esquisita. Em seus pés, usava um par de pantufas do Pororo. Para completar aquilo tudo, ainda tinha uma presilha nos cabelos, ajeitando seu penteado.

— Que diabos é isso? — Não conseguiu evitar de olhar o outro com perplexidade.

— O que foi? Esse pijama é de marca e é fofo. E adivinha? As garotas gostam. — Ele olhou compadecido para Ma-Ru, como se uma criança lhe tivesse feito alguma pergunta boba.

Ma-Ru até pensou em argumentar, mas era pura perda de tempo. Ele era outro insano, nada do que falasse mudaria qualquer coisa por ali. Deixaria que ele se arrumasse da forma como bem entendesse para ir até a fogueira que estava queimando lá fora. Não era seu problema e ele não tinha nada a ver com aquilo.

De acordo com o professor, se sentariam ali para contar histórias. Ma-Ru preferia entrar na fogueira e queimar até a morte antes de ter que tomar parte em algo tão infantil, mas não retrucou nem nada, uma vez que aquilo também era completamente inútil. Só fingiria cansaço e se recusaria a participar.

Dando de ombros, usou aquele momento para tomar seu banho e acomodar seus pertences em um dos quartos na cabine. Que se danasse quem quer que estivesse lá fora, contando historinhas idiotas.

***

Eun Jae esfregou as mãos contra os braços, tentando se aquecer e ao mesmo tempo escapar dos insetos que esvoaçavam ao seu redor. Não fazia mais que uma hora que havia chego ao acampamento de estudos e já estava arrependida de ter ido. Já havia estado ali outras vezes, mas aquela era a primeira vez que conseguiria enxergá-lo.

Havia achado uma má ideia ir a um acampamento com sua visão um tanto ruim, principalmente por que era à noite que sua visão ficava pior. Enxergava relativamente bem quando havia luz, mas era péssimo quando o local era escuro. Nenhum de seus argumentos havia vencido a obstinação de seus tios. No final das contas, havia sido convencida por eles, que praticamente obrigaram-na a ir.

Olhando em volta, Eun Jae se encolheu um pouco ao ver que não havia nenhum monitor ou professor por ali. Em pequenos grupos, os jovens conversavam com seus amigos, reclamando uns para os outros da decadência de se acampar ali. Até agora não havia reconhecido ninguém, o que não era necessariamente algo ruim. Seus colegas de turma não eram exatamente hospitaleiros e a menos que falassem com ela, não conseguiria identificar a quem pertenciam as vozes que ela ouvira o ano inteiro.

Estremecendo de frio, se sentou em um tronco que estava perto da fogueira, tentando se aquecer. Droga, devia ter levado um casaco consigo ao sair de sua cabana. Estava escuro e não queria sair de perto da luz, Eun Jae sabia que se perderia facilmente. Estava distraída com seus próprios pensamentos até ouvir a conhecida voz de Min-Ki sumbae, rindo e conversando com seus amigos.

Abaixou o rosto, fazendo com que seus cabelos deslizassem contra seu rosto, impedindo que ele a reconhecesse. Sabia que se ocultar de um amigo era ruim, mas não estava em seu humor perfeito para sorrir e fingir que estava tudo bem. Estava quase se desligando do que ele e seu grupo diziam, quando uma das garotas falou um tanto receosa.

— Ya, sumbae! Você é realmente corajoso! De onde tirou tanta coragem para ceder a sua cabine para aquele garoto assustador? Ele me dá arrepios!

— Ye, ye, sumbae! O que vai fazer se ele atacar no meio da noite? — A voz de outra garota falou um tanto mais alto, fazendo com que o timbre de sua voz deixasse transparecer seu medo. — Vamos todos vigiar a cabana vermelha, pessoal!

Outras vozes em volta apoiaram o que as duas colegas disseram, receosos pelo amigo, que havia tido tamanha coragem. Eun Jae ergueu o rosto na mesma hora, procurando ouvir melhor o que diziam. Min-Ki demorou a responder, parecendo querer deixá-los em suspense e logo suspirou de forma dramática.

— Aish, vocês me conhecem, garotos. Seu sumbae não poderia deixar alguém dormir ao relento. E além do mais, Choi Ma-Ru também é meu fã. No máximo, pode me aborrecer um pouco pedindo autógrafos de forma insistente.

Eun Jae não precisou ouvir mais nada. Ma-Ru também estava ali, em algum lugar! Seu coração bateu forte dentro de seu peito, deixando sua respiração levemente ofegante. Finalmente poderia encontrá-lo e encará-lo de uma vez por todas. E daquela vez, não teria para onde escapar, teria de responder a todas as suas perguntas, uma por uma. Tinha muita coisa que queria perguntar. Mas antes precisava dar um soco naquele insolente. E antes ainda, queria dar um abraço forte e sufocante, com todas as suas forças.

Mudou de posição só para ouvir as queixas da menina, que achava tão injusto Min-Ki sumbae ter que dividir sua cabana com o garoto esquisito. Quando o assunto mudou, para uma conversa chata e desinteressante, Eun Jae se levantou tão logo soube onde era a cabana onde ele estava. Encontrá-la no escuro seria difícil, mas era de vital importância.

Erguendo-se do tronco, deu uma olhadinha ao redor e aproveitou enquanto todos estavam entretidos em suas próprias conversas, brincando ou contando histórias de fantasmas em volta da fogueira. Tomando o devido cuidado para não ser pega por nenhum professor durante o caminho, Eun Jae escapou dali, antes que algum monitor do acampamento chegasse e visse o que ela estava prestes a fazer.

Era praticamente noite, estava ficando cada vez mais escuro e todas as cabanas eram idênticas, exceto pela cor de seu exterior. Seria uma missão árdua encontrar a cabana certa em meio a tantas outras. Seus olhos seriam inúteis naquele momento, afinal. Fechando os olhos por um momento, recorreu à sua memória, de quando havia chego ao acampamento algumas horas antes e caminhado ao redor do alojamento estudantil.

Refazendo seus passos parcialmente, Eun Jae usou um pequeno caminho de pedra para chegar a uma cabana que estava um tanto mais afastada das outras. Parecia... Vermelha! Embora as janelas estivessem fechadas, viu luz escapando pelas frestas. Seu coração acelerou novamente, batendo com força em seu peito, só pela mera possibilidade de encontrá-lo.

Era era uma idiota. Por que estava procurando tão desesperadamente por alguém que estava beijando outra garota? Ele havia arrumado uma namorada, talvez por aquele motivo havia deixado de ser seu amigo. Era uma causa perdida para ela. As coisas não voltariam a ser como antes, por mais que ela quisesse isso.

Seus ombros se curvaram com o que parecia ser o maior peso do mundo, estava prestes a se virar e voltar para junto dos outros, quando escutou um grupo de vozes, essas bem conhecidas. Seus olhos se abriram em espanto ao identificar a voz monótona de seu professor de matemática, conversando com outra professora da escola.

Droga, seria pega e estaria em maus lençóis por estar perto das acomodações dos garotos! Sem ter onde se esconder, Eun Jae correu na direção da cabana vermelha, rezando para não tropeçar em nada, e entrou assim que sua mão suada encontrou a maçaneta gelada, sem sequer bater. Encostando-se contra a porta, a garota se deixou deslizar contra a madeira, sentando-se no chão e respirando profundamente, aliviada em ter conseguido.

Demorou algum tempo para que se recuperasse, então, olhou em volta. A cabana era exatamente igual a que ela mesma ocupava, exceto pela cor do lugar. Não havia ninguém na sala de convivência, era provável que ele tivesse saído, mas Eun Jae não acreditava naquilo. Havia visto luzes pelas frestas da janela, Ma-Ru deveria estar em algum dos dois quartos da cabana.

Em vez de se retirar prudentemente, como o bom senso lhe dizia, Eun Jae se viu avançando no interior da cabana. Em ambos os lados, haviam portas devidamente fechadas. Levando em consideração o quanto estava se arriscando, hesitou por um momento diante de uma das portas e respirou fundo enquanto abria uma das portas e entrava.

O ar ficou preso em seu peito.

Finalmente. Ali estava Ma-Ru, depois de tanto tempo de procura. Seus olhos se abriram mais, quase arregalados ao se dar conta de como ele estava. Parecia ter acabado de sair do banho e estava terminando de vestir a calça jeans, que mostrava o zíper meio aberto, a boxer escura contrastando com sua pele clara... E sem camisa.

Seu olhar passeou pelo corpo parcialmente despido do garoto, admirando a forma como a luz do quarto cintilava em seus cabelos úmidos. Pequenas gotas umedeciam sua pele, deixando pontinhos brilhantes espalhados em seu corpo. Wow, ele tinha ombros fortes e músculos bem firmes em seu abdômen, como ela sequer poderia imaginar.

Eun Jae sabia que devia fazer alguma coisa. Que diabos estava acontecendo com ela? Não devia se comportar daquela maneira. Devia gritar. Virar-se de costas. Correr. Desmaiar? Respirar, talvez. Qualquer coisa, além de ficar imóvel, devorando-o com seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Annyeong - Olá/Informal
Sumbae - Veterano



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