Coração Gélido escrita por PipocaMDoce


Capítulo 8
Sangue Gélido


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo realmente me deu muito trabalho, mas aí está!



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Elsa e Jack voaram durante horas ao lado de Fluffy e Kristoff. Era a primeira vez que voar não fazia surgir um sorriso nos lábios de rainha, pois apesar de estar feliz por saber que Anna estava longe de Breu, não confiava em Hans, e ainda tinha Kristoff. Praticamente todo o cabelo do rapaz estava branco e pálido como a neve e até a mesmo a parte loira tinha um brilho gélido.

Agora faltavam apenas alguns metros para encontrarem a família do loiro, e Elsa não conseguia se acalmar afinal, os trolls que haviam criado o rapaz queriam que ele se casasse com Anna. Ela estava tão perdida em seus pensamentos que só notou o enorme corte na lateral do corpo de Jack, quando ele cambaleou no ar.

A rainha pensou em oferecer ajuda ao guardião, mas se Jack tinha um defeito, era o orgulho. Claro, isso não a impediu de usar seus poderes para ajudá-lo a se manter no ar.

— Olá, nós precisamos de ajuda! Kristoff precisa de ajuda! – gritou ela.

Logo estavam cercados por trolls, alguns foram ao encontro de Jack e o levaram para fazer um curativo, enquanto outros foram até Kristoff e o ajudaram a se levantar. Assim que o rapaz se ergueu, Fluffy deitou na neve, ela estava exausta.

— Sabe como curá-lo?

—Sim, é fácil mexer na cabeça, porém é doloroso também. – disse o senhor troll.

— Ele vai ter que esquecer? Sobre mim? – perguntou ela, lembrando-se dos primeiros dias que passou com Anna quando suas memórias foram embora.

— Não, ele vai ter que lembrar. – o troll colocou a mão sobre a cabeça de Kristoff e seu cabelo voltou a ter cor, assim que ficou de pé, recebeu um abraço apertado de Elsa, ela estava tão aliviada por vê-lo bem, porém ele a afastou e lhe deu um beijo na testa.

— Elsa, quando cheguei aqui estava muito mal, e foi preciso que algumas das minhas lembranças fossem apagadas, para que eu pudesse seguir em frente. Lembranças de casa, de uma avó doente... E de uma irmã...

Flash Back

Kristoff brincava na frente de sua casa com seu amiguinho Sven, a casa ficava em uma aldeia próxima as montanhas do norte e era a mais afastada de todas. O pai do menino trabalhava vendendo gelo, e depois da morte de sua mãe, Kristoff e sua irmã ficavam sob os cuidados da avó. A avó do menino, Marina, havia ido comprar algumas coisas na vila, e tinha levado a menina com ela.

Passou-se algum tempo até que Marina voltou com a menina, parecia apressada e com medo.

— Kristoff, para dentro! Agora!

O menino e sua rena entraram apressadamente, Marina deu a menina para o irmão, enquanto trancava a porta.

— Eles descobriram! Vá rápido para o reino! Deixe-a no castelo e só saia quando souber que ela está bem!

As palavras da avó atingiram o menino com um raio, as lágrimas escorriam pelo rosto dele.

— Mas vovó... Eu não posso... Não posso.

— Rápido, eles já estão vindo. Se ficar vão matá-la, no castelo vão poder protegê-la. E Kristoff não volte para casa, eles vão achar que você é como ela. Podem tentar machucar você também, vá para as montanhas e não volte até eu buscar você.

Kristoff queria discutir mais podia ouvir o barulho de gente se aproximando, e precisa proteger a irmã. Ele correu até a cozinha e saiu pela porta dos fundos, Sven ia logo atrás dele. Ele desceu a montanha pelo bosque para não ser visto até chegar ao vilarejo, ele achou um pequeno trenó, amarrou a Sven e eles começaram a descer a montanha, o vento era gélido e batia contra o peito deles.

— Graças a Deus o frio não lhe incomoda. – pensou ele, vendo a irmã rindo com a mão na boca.

Demorou até que avistassem o reino de Arendelle, depois que entraram Kristoff desceu no trenó e falou para Sven esperar ali. Ele pegou a irmã no colo novamente e correu até o castelo, ele entrou e subiu as escadas, olhou todos os quartos até que achou o quarto do rei e da rainha. Kristoff colocou a menina no chão, bateu na porta. Ele viu quando a rainha de Arendelle pegou a menina, ela tocou o cordão com a letra E.

— Olhe, o nome dela deve começar com E.

Kristoff olhou mais uma vez para a sua que agora poderia receber outro nome, mas sempre seria Elena para ele. Correu para fora do castelo e foi para as montanhas do norte, ele esperou muitos dias, mas sua avó nunca foi buscá-lo, até que por fim, decidiu esquecer tudo aquilo, esquecer a dor.

Flash Back Off...

Depois de ouvir todas as lembranças eu Kristoff havia recuperado, Elsa só tinha uma coisa a dizer.

— Anna é sua irmã? – perguntou com os olhos já cheios d’água.

— Não, Elsa... Você é. – disse o jovem com um olhar triste.

Kristoff se aproximou de Elsa, mas ela se levantou e correu na direção para onde Jack havia sido levado.

No reino de Arendelle...

Anna havia ficado muito assustada, porém não tinha tempo para isso, ela não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas precisava ajudar as pessoas.

A menina que ela havia despertado desmanchou a imagem feita de pó dourado com as mãos e correu pro quarto. Logo depois ela veio acompanhada da mãe e do pai.

— É isso, se estivermos com esse pó podemos acordar outras pessoas e matar as sombras. – disse a menina sorrindo.

Anna vez várias imagens no ar e todos passaram as mãos no pó dourado. Depois de algumas horas a maioria das pessoas estava acordada novamente. Porém estava exaustas, pois eles haviam ficado muito tempo sem comer ou beber, apenas dormindo. Até mesmo Hans já estava exausto, o único que parecia animado era Olaf, e por isso Anna o nomeou subchefe de contramedidas, o que fez o bonequinho pular de alegria. Anna encheu o corpo dele de pó.

Até mesmo a própria Anna estava cansada, ela foi se sentar ao lado de Hans, que estava sentado próximo ao local onde haviam se conhecido.

— Hans, eu te devo um pedido de desculpas. Eu te julguei mal e você provou que eu estava errada.

— Não, eu que tenho que te pedir desculpas Anna.

— Pelo que? Você estava sendo controlado por Breu. Não estava?

— Estava. Preciso te pedir desculpas porque não vou ficar com você. Entenda, eu quero ficar com a Anna, não com a lendária guardiã dos sonhos.

— Você não quer ficar perto de mim? Pelos meus poderes? É isso?

— Vou ver se alguém precisa de ajuda. – O príncipe se levantou, indo na direção de um grupo de pessoas que havia acabado de acordar.

Anna ficou ali, estática, como havia sido burra, ela realmente pensou que Hans a amasse, que houvesse uma chance. Eu devia ter ficado com o Kristoff, ele gostava de mim de verdade.

A princesa teve seus pensamentos interrompidos por um som de cascos batendo no chão.

— Sven? O que está fazendo aqui? O que aconteceu?

Sven esfregou a testa no braço de Anna, que quando viu que ele trazia na boca um pedaço da roupa de Kristoff, criou coragem e subiu na rena.

— Sven, me leve até eles.



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Notas finais do capítulo

Sobre essas revelações.... O.O