Coração Gélido escrita por PipocaMDoce


Capítulo 4
Confissão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar um novo capítulo, estava com milhares de ideias e ao mesmo tempo nenhuma. Demorou, mas aqui está mais um capítulo.



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Nenhum dos três dormiu aquela noite, a prova disso eram fortes olheiras sob os olhos de cada um. Kristoff passou horas tentando convencer Elsa que ir atrás deles imediatamente era perda de tempo, e que mesmo que conseguissem encontrá-los, seriam facilmente derrotados já que a escuridão da noite favorecia a magia de Breu. Por fim amanheceu, dando fim a discussão e início a busca por Anna.

Os jovens já estavam a uma distância considerável do castelo de gelo quando acharam uma pegada.

— Vamos segui-la! – disse a loira

— Elsa, sua irmã foi levada por um monstro de sombra, e sombras não deixam pegadas, isso é uma pista falsa.

— Mas tem dois rastros humanos, pode ser que eles tenham conseguido escapar daquela coisa. – disse Kristoff.

— Se nós não conseguimos derrotá-lo, acha que dois nobres desarmados conseguiriam?!

— Ok, senhor sabe tudo. Espera, não estamos esquecendo alguma coisa? – disse a rainha tentando apaziguar os ânimos.

— Não… Vamos continuar a busca. – disse Jack.


Há alguns quilômetros dali

— Pessoal? Pessoal! Esperem por mim! – gritou o bonequinho de neve.

Olaf acabou se distraindo e ficando para trás, enquanto corria pelo bosque tentando encontrar seus amigos, ele achou a trilha que Elsa, Jack e Kristoff haviam achado mais cedo. O boneco olhou para o chão e viu que seus amigos tinham ido para a direção contraria em vez de seguir a trilha. Ele pensou em tentar alcançar seus amigos e avisá-los que deixaram escapar uma pista, mas decidiu ir atrás de Anna, afinal a princesa poderia precisar de sua ajuda.

— Eu não vou deixar aquela sombra malvada machucar a Anna! – Olaf disse a si mesmo enquanto começava a seguir a trilha.


 

Algumas horas depois.

Elsa, Jack e Kristoff já estavam cansados de tanto andar, e como estava anoitecendo resolveram parar e continuar pela manhã. Afinal, do que adiantaria encontrar a princesa se perdessem a luta e se tornassem reféns? Elsa e Jack construíram um abrigo simples, enquanto Kristoff e Sven iam pegar lenha. Depois que tudo estava pronto, e todos estavam sentados em volta da fogueira, comendo sem nenhuma empolgação o que havia sobrado das compras que Anna e Kristoff haviam feito. Ouviram um barulho vindo da floresta e encararam a mata a tempo de ver Olaf entrar na clareira junto com o Coelhão.

— Olaf onde você estava esse tempo todo? – perguntou a rainha finalmente percebendo o sumiço do pequeno boneco de gelo.

— Vocês esqueceram de me acordar, aí eu tentei alcançar vocês até que achei uma trilha e segui. Era uma armadilha, eu fui atacado por um bicho esquisito, aí esse Coelho me salvou e me trouxe até aqui. – explicou Olaf.

— Jack, eu tenho pouco tempo por isso preste atenção, todos inclusive eu estamos sofrendo ataques frequentes, Breu está cada vez mais forte, você precisará vencê-lo sozinho. Gostaria de ajudar mas se não conseguirmos realizar nossas tarefas o poder dos guardiões ficará ainda mais fraco, se isso acontecer não teremos chance. – Coelhão se sentia culpado por deixar Jack sozinho contra Breu, mas se não conseguisse realizar a páscoa ele deixaria de existir.

Jack compreendia que ele era o único disponível para lutar no momento, sem correr o risco de desaparecer. Coelhão se despediu de Jack e desapareceu na noite.

O silêncio que antes já pesava sobre eles, se tornou ainda mais melancólico. Olaf entrou na pequena casa de gelo para descansar um pouco, Kristoff fez o mesmo, enquanto Elsa e Jack ficavam de guarda, em sem dizer uma palavra.

Kristoff dormiu assim que se deitou, estava exausto por conta da longa caminhada, porém não teve um sono tranquilo.

— Kristoff, cuidado, ele sabe…, Breu vai… Fuja!

— Anna?! Não consigo entender, como isso é possível? – o loiro estava absolutamente surpreso, ele tinha certeza que aquilo não era um simples sonho. Era nítido demais, real demais. Ele podia ver Anna, descabelada, coberta de pequenos ferimentos e com um olhar preocupado, mas apesar de vê-la claramente não conseguia ouvi-la direito.

— Breu vai atacar, está próximo, ele quer Elsa, Hans… Vocês precisam fugir.

Kristoff acordou, estava suado e se sentia mais exauto do que antes. Ele desceu da cama e correu em direção à porta, Olaf que tinha acordado depois de ter um sonho parecido, o viu saindo e resolveu fazer o mesmo.

Quando chegou a fogueira, viu que Jack e Elsa ainda estavam acordados. Ele contou detalhadamente o sonho que havia tido com Anna, e para a surpresa que de todos Olaf disse que havia sonhado a mesma coisa, mas que infelizmente não havia conseguido ouvir tudo que Anna havia dito.

— Ela disse para fugirmos. – conclui o loiro.

— Está muito escuro, ir para o bosque seria ir para uma armadilha de Breu. Quem garante que não foi ele que fez com que tivessem esse sonho? – disse Elsa.

— Eu. Ainda há um resquício de magia em suas mentes, é uma magia pesada, mas pura. Já faz um bom tempo desde que vi algo parecido. – disse o guardião lembrando-se de Sandman. – Bom, acho melhor ficarmos aqui, mas acordados. Vou buscar mais lenha. Jack foi em direção à floresta levando Olaf e Sven com ele.

— Elsa, eu preciso falar com você.

— Agora? – A rainha não estava com ânimo para conversas.

— Caso dê alguma coisa errado, quero que você sabia.

— O quê?

— Que eu te amo.

— Eu também, você é meu melhor amigo. – disse a loira sorrindo.

— Não como uma amiga…

Kristoff olhou para Elsa que estava sentada ao seu lado com um olhar confuso, ele percebeu que não poderia explicar. Kristoff respirou fundo, não havia tempo para rodeios.

— Eu te amo desse forma. – Kristoff segurou o cabelo da loira que estava preso no que um dia foi uma trança e a puxou para si, unindo seus lábios em um beijo suave.

Quando Kristoff se afastou, Elsa ficou ali, parada sem saber o que dizer. Aquele silêncio constrangedor foi interrompido por vozes, vindo do bosque. Eles correram em direção ao som, e viram Jack, Olaf e até mesmo Sven lutando contra um monstro de sombra parecido com o que havia levado Anna e Hans.

Kristoff investiu com o machado e conseguiu acertar a perna esquerda do monstro pegando-o de surpresa, enquanto isso Elsa criou um escudo de gelo na frente de Jack bem na hora em que a sombra o atacou. Kristoff montou em Sven, passou por entre as enormes pernas do monstro e atirou o martelo na direção do seu rosto. Jack e Elsa tentaram congelar as pernas do monstro, mas é impossível congelar uma sombra. O monstro puxou Kristoff com uma mão, Elsa e Jack tentaram acertar o braço do monstro mais foi inútil, o gelo não pode afetar uma sombra, Kristoff só conseguiu acertá-lo graças ao brilho da lua que refletia em machado. Sven começou a dar vários coices no monstro enquanto Olaf atirava pedras nele. A sombra pegou dois e desapareceu na floresta.


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Notas finais do capítulo

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