Coração Gélido escrita por PipocaMDoce


Capítulo 3
Tarde Demais


Notas iniciais do capítulo

Gente, quase não postei esse capítulo hoje. Mas aí está ele, espero que gostem.



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– Fomos comprar comida em uma loja aqui perto, quando estavamos voltando, encontramos com ele. – explicou Anna.

– Ele nos contou uma história muito interessante, talvez queira repetir para nossos amigos. – disse Kristoff, deixando claro que detestava o príncipe.

– É a verdade! – Hans falou como se já estivesse cansado de tudo aquilo. – Eu saí para procurar a Anna, já estávamos longe de Arendelle quando a nevasca piorou, eu estava cavalgando rápido demais, quando vi o precipício, não dava mais parar, eu tentei virar à esquerda, mas não consegui e caí. Pouco antes de ficar totalmente inconsciente, vi alguém se aproximando. Acho que era um homem e usava uma capa preta, então tudo ficou tudo preto. Acordei e encontrei Anna no bosque. Não me lembro de mais nada. – Hans olhou para Anna como se ainda fosse aquele homem com quem dançou no dia da coroação, que se apaixonou a primeira vista por ela.

– Isso é impossível! – Kristoff e Anna falaram ao mesmo tempo.

– Na verdade, não. Breu pode entrar na mente das pessoas enquanto elas dormem ou ficam inconscientes, apagar suas lembranças e até mesmo controlar suas ações. Ainda mais se forem simples humanos, sem nenhum tipo de magia no sangue. Que eu saiba apenas um humano em toda a história conseguiu resistir à magia de Breu. – disse o jovem de cabelos brancos, lembrando-se de Sandman, que era capaz de combater aquela magia negra antes mesmo de se tornar um guardião.

– Talvez devêssemos levá-lo até os trolls, eles podem recuperar sua memória. – Anna sabia que podiam mexer na mente de alguém.

– Uma vez que memórias são destruídas é impossível recuperá-las, e duvido que Breu as tenha guardado em algum recipiente.

Todos concordaram com o guardião e foram até suas camas, mas não conseguiriam dormir tão rapidamente. Elsa, Kristoff e Anna, não se sentiam seguros sabendo que Hans estava solto e Jack não conseguia dormir, pois sabia que não haveria ninguém para defender o grupo em caso de ataque. O único que dormia tranquilamente era Hans.

Elsa se levantou, cansada de ficar rolando na cama, e foi até o “quarto” de Jack.

– Ei, está acordado? – sussurrou ela, para que se estivesse dormindo não acordasse.

– Não. Por quê? – disse o guardião sorrindo.

– Porque quero aprender a voar. – afirmou ela.

– Não vou dormir mesmo. – Jack se levantou e levou a garota até a varanda, sentindo a brisa fria das montanhas encontrá-los no caminho.

– Elsa, como você cria gelo?

– Eu esfrio o ar? – Ela nunca havia parado para pensar em como criava gelo, apenas fazia.

– Faça o mesmo processo com o ar ao seu redor, mas não deixe solidificar. Quando o ar está frio, você conseguirá senti-lo e movimentá-lo. – disse o guardião e começou a voar.

– Vou tentar.

Elsa conseguiu levitar por alguns segundos, então ele a puxou pela mão, ela estava voando enquanto Jack a guiava em pleno ar. Quando se sentiu segura soltou a mão dele, mas não conseguiu se sustentar e por pouco não caiu. O guardião pegou a mão da jovem novamente.

— Elsa, você pode!

Jack puxou seu braço, lançando-a na direção do céu noturno, apesar de estar preparado para segurar a garota caso ela caísse novamente. Porém, dessa vez ela conseguiu e tinha um enorme sorriso no rosto. O rapaz fez surgir uma bola de neve em sua mão e jogou na loira, começando uma divertida guerra de bola de neve em pleno ar. Eles começaram a voar mais baixo, usando os enormes pinheiros como escudo. Elsa começou a correr, ela usava um lindo vestido azul-claro, agora na altura do joelho para que não tropeçasse. O vento batia em seu rosto, começando a soltar algumas mechas de sua trança. De repente ela começou a se lembrar do dia em que Kristoff usou esta brincadeira para ajudá-la. Sua lembrança foi tão real que ela se assuntou quando Jack apareceu na sua frente.

Olaf havia assistido tudo da sacada e resolveu tentar também.

– I believe I can fly! – Olaf gritou alegremente, fazendo Elsa e Jack se virarem bem a tempo de vê-lo cair de cara na neve.

– Olaf?! – perguntaram os dois preocupados enquanto corriam na direção do boneco.

– Eu estou bem! – Olaf disse, ou, pelo menos, foi o que pareceu, já que ele não levantou o rosto da neve, apenas um dos “braços” em um sinal positivo.

Depois disso, eles decidiram que já era hora de dormir.

– Você vem, Elsa? – disse o rapaz olhando para a sacada por onde haviam saído.

– Não, já voei muito por hoje. – a loira foi andando em direção as portas do enorme castelo de gelo junto com Olaf, que já tinha se recuperado da queda.

Depois que subiu as escadas, a rainha ia sozinha em direção ao seu enorme quarto de gelo, até que foi puxada por alguém.

– Kristoff?! Que susto! Achei que você já havia dormido. – disse ela, se recuperando do ataque cardíaco que o loiro quase provocara. – O que você quer?

– Elsa… eu, bem, estava preocupado, depois do que houve não devia confiar em estranhos assim.

– Kris, eu sei que quer me proteger, mais isso já é exagero. Jack não é perigoso.

– Hans também não era. Ele ainda é um estranho…

Kristoff foi interrompido por um grito estridente que logo desapareceu no silêncio.

– Essa é a voz da Anna! – disse Elsa, enquanto corria até o quarto da irmã o mais rápido que conseguia.

Quando ela chegou, não havia ninguém lá, então ouviu um barulho, a garota correu até a varanda e viu Jack lutando com uma sombra. Foi quando percebeu que esta sombra estava segurando Anna e Hans com uma mão e lutando com Jack com a outra.

Elsa tentou descer pela sacada como tinha feita mais cedo, mas não conseguia se concentrar, ela viu Kristoff tentando acertar o monstro com um machado e decidiu descer pelas escadas. Porém, quando ela chegou ao local onde ocorria a luta, era tarde demais. As lágrimas começaram a descer pelo seu rosto quando percebeu que a sombra já havia desaparecido na floresta e correu em direção a Kristoff.

Ele a abraçou e sustentou o peso dela enquanto tentava consolá-la. Jack voou até a sacada, mas antes de entrar, encarou novamente os dois jovens próximos a floresta.

– Finalmente consegui falar com ela, tocá-la, depois de tantos anos, e ainda sim, continuo longe demais… – pensou o guardião com tristeza.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Jack... Se a Elsa soubesse...



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