Coração Gélido escrita por PipocaMDoce


Capítulo 2
Breu


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, fiquei muito feliz. Espero que gostem!



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– Quem é você? – A rainha tentou esconder sua surpresa, mas era impossível.

– Meu nome é Jack Frost, eu sou um dos cinco guardiões. – sua voz gélida deixava óbvia sua preocupação, mas Elsa a achava familiar, como se já estivesse acostumada ouvi-lo. – Tenho assuntos a tratar com você.

– Claro… Vamos para a sala do conselho. – Elsa não podia negar que estava curiosa, porém será que realmente queria saber o que estava acontecendo, justo agora que estava tão feliz?

– Não, é muito perigoso! Ele é um estranho! Não vou deixar você a sós com esse cara! – Kristoff praticamente gritou, desesperado com a hipótese de que a história de Hans se repetisse.

Elsa teria ficado irritada se outra pessoa usasse este tom com ela, mas não conseguiria ficar zangada com Kristoff, o rapaz havia lhe ajudado em um dos piores momentos de sua vida, algo que nunca esqueceria.

– Vou ficar bem, Marshmallow estará comigo.

– Não, ele também tem magia. – A garota se surpreendeu. Ele poderia ter poderes, mas ser como ela? Impossível. – Todos nós vamos. – Kristoff estava decidido e não havia em Arendelle ninguém mais teimoso que ele.

– Mas…

– As moças ainda vão demorar muito para se decidir? – Jack suspirou impaciente, apoiado em uma das portas do castelo. Se tinha algo que ele não tinha era paciência.


Sala do Conselho

No fim das contas, todos foram juntos, inclusive Sven que mastigava nervosamente uma cenoura. O silêncio de Jack pesava no ambiente, como se fosse uma confirmação de que algo ruim aconteceu. Marshmallow fazia guarda na entrada e até Olaf permanecia quieto.

– Porque está aqui? – A princesa perguntou assim que chegaram ao conselho, depois do que houve, quando mais rápido aquele estranho fosse embora, melhor para Arendelle.

– Breu. – disse o jovem de cabelos brancos – Eu e os outros guardiões temos quase certeza de que sua nova fortaleza fica nos arredores deste reino.

– Quem é esse tal de Breu? – perguntou Anna.

– Se o problema é o breu, é só acender as luzes! – disse Olaf com um sorriso.

Jack teve que contar tudo o que havia ocorrido no ano anterior para eles compreendessem com o que estavam lidando.

– Pensamos que estava acabado, mas recentemente capitamos a magia dele novamente. Fomos até sua fortaleza e apesar de nossos esforços ele escapou… – a voz do guardião foi sumindo, a tristeza se fazia presente em seu rosto.

— Desistiriam após perderem uma batalha? – Kristoff não entendia o motivo de tanta tristeza, afinal ainda podia se ganhar a guerra.

– Recuamos após perder Sandman, o guardião dos sonhos.

– Mas um guardião não pode simplesmente ser morto? Ou pode? – Kristoff ouvia histórias sobre Sandman desde sua infância, era difícil acreditar que o pequeno homem dourado não existia mais.

– Não podemos ser mortos em lutas, mas podemos sumir quando o que representamos é destruído, quando não há uma única pessoa que acredite em nós. - explicou ele.

– Porque vocês acham que ele está aqui? – Perguntou Anna.

– Porque os dons da Elsa encobrem a magia dele e porque acreditamos que ela seja seu alvo. – Antes que fizessem mais perguntas ele continuou – Graças a ela a magia dos guardiões está mais forte.

Elsa respirou fundo, tentando entender tudo que o guardião havia dito.

– Elsa! – Anna apoiou a irmã e lhe guiou até o pequeno sofá.

– Será que isso nunca vai ter fim?! – disse a rainha abraçada a irmã.

Kristoff sentou-se ao lado a garota que ainda chorava e afagou seus cabelos loiros.

– Não há nada de errado com você. – Kristoff falou enquanto seus dedos passavam pela franja de Elsa.

– É claro, você é uma pessoa maravilhosa, o mundo é que está errado. - disse Anna fazendo Kristoff lembrar que havia outras pessoas naquela sala. – Mas não tem problema, nós consertamos. – concluiu a princesa com um sorriso encantador.

– Aliás, como é que fazemos isso? – Kristoff voltou-se para Jack, aliviado pela garota ter se acalmado.

– Precisamos ir até as montanhas, lá a magia é mais forte, pensamos que era por sua causa, mas como você está aqui… - disse ele, olhando para Elsa.

— Mas se formos até lá… - Anna estava preocupada com o que poderia acontecer, afinal não era o local mais seguro do mundo.

— Lutaremos com Breu e venceremos. – Elsa estava decidida a resolver tudo o mais rápido possível.

Todos foram para seus quartos, arrumar tudo que fosse necessário para a viagem.


Duas horas depois, nos Bosques de Arendelle.

– Nossa já está começando a escurecer. É melhor encontrarmos um lugar para passar a noite. – disse Kristoff.

– Ou melhor, construir um. – falou o guardião do inverno, olhando para Elsa.

– Boa ideia. – concordou a loira.

Então começaram a construir um “abrigo”. Jack fez os alicerces e o chão enquanto Elsa fazia as paredes, janelas e portas. O que devia ser um abrigo para passar a noite se tornou um castelo digno de um imperador. Elsa e Jack tiveram a ideia de colocar um lustre no salão de entrada, e foram correndo em direção ao centro, mas como estavam olhando para cima, chocaram-se. Jack quase caiu para trás, mas Elsa o segurou pela gola do casaco.

–Estranho. - pensava ela – Quanto tocava outra pessoa sentia uma onda de calor, pois seu corpo é mais frio que o delas. Isso não aconteceu com Jack, ele era tão gelado quanto ela, algo que parecia ter notado também.

– Poderia me ensinar? – perguntou Elsa, envergonhada.

– O quê? – O jovem ainda estava confuso pelo choque.

– Esse negócio de voar. – ela devia ser capaz de voar, afinal seus poderes eram iguais.

– Claro. – disse o guardião sorrindo. Jack ainda não havia se acostumado com a ideia de ter alguém como ele. Mas isso mudaria, ele pegou a mão de Elsa e guiou-a até a varanda, mas antes que pudesse dizer algo. Ouviu Anna chamando-os.

Começaram a descer as escadas, quando perceberam que havia uma terceira pessoa, assim que Elsa reconheceu quem ela parou subitamente.

– O que foi? – perguntou Jack, confuso.

Neste momento o ruivo virou-se, ele estava sujo, e tinha um olhar confuso no rosto. Elsa se perguntou o porquê dele estar solto, mas a surpresa e o medo eram grandes demais para que conseguisse falar.

– Meu nome é Hans.


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Notas finais do capítulo

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