Coração Gélido escrita por PipocaMDoce
Notas iniciais do capítulo
Aqui eu conto o final do filme "Frozen", com algumas modificações que iniciarão a nossa história. Boa leitura ^-^
Elsa conseguiu fugir do calabouço onde Hans a havia trancado, ela estava correndo pelo que um dia havia sido o porto de Arendelle, porém, ela não era única. Há alguns metros à esquerda, Kristoff corria em direção as portas do palácio. Algo dentro dele dizia que Anna poderia precisar de sua ajuda, ao se virar, viu o olhar preocupado de seu amigo Sven, que o fez sentir-se mais culpado. Ele prosseguiu pensando “Eu devia ter entrado no castelo!”.
Há alguns metros à direita, Anna não corria pois seu corpo quase congelado não lhe permitia fazer tal coisa, mas andava o mais rápido que podia para encontrar Kristoff. Só agora havia entendido o que Elsa lhe disse na noite em que pediu sua benção para casar com Hans. É difícil saber quem é uma pessoa depois de passar anos com ela, logo é impossível conhecer alguém depois de uma noite. Hans ainda era um estranho, um estranho cruel que apenas queria usurpar o trono de Arendelle. De repente lembrou-se da família de Kristoff, que mal a conhecia, mas já queriam casá-la com ele. Se ela não viu problema em ficar noiva de Hans depois de passar algumas horas com ele, porque não quis ficar com Kristoff que era seu amigo e uma boa pessoa?
Em cima dos milhares de litros de água congelada, ainda havia Hans e seus homens, procurando por Elsa. Eles precisavam levar a rainha de volta ao calabouço, do contrário Hans nunca seria o rei de Arendelle. A cada segundo a tempestade piorava, o vento estava tão forte que fez Elsa tropeçar em seu vestido. Neste momento, Kristoff viu um vulto em meio à neve, achando que poderia ser Anna, foi correndo em sua direção. Assim que o viu, Elsa levantou a mão, pronta para congelá-lo se fosse preciso.
– Ei, calma aí! Eu me lembro de você. Elsa, não é?
A garota permaneceu em silêncio, depois de tudo que aconteceu, não confiava em mais ninguém.
– Eu não vou te machucar, estou procurando a Anna, acho que ela está em perigo. – disse Kristoff com a pequena esperança de conseguir informações.
– Sai daqui, você precisa ficar longe de mim. – A última coisa que Elsa queria era congelar o melhor amigo de sua irmã, já havia machucado Anna demais. Esse pensamento a fez lembrar-se de sua infância, de seus pais, os únicos que realmente a amaram.
Kristoff esticou o braço, para secar uma lágrima solitária da jovem rainha, mas ela recuou. Ela levantou o olhar e encontrou os olhos de Kristoff, sentindo que ele, aqueles olhos, a maneira de olhar lhe eram familiares.
— Kristoff, por que ainda está aqui?
– Porque você não consegue ver. – disse ele como se fosse obvio.
– Não consigo ver o que?!– Elsa já havia se levantado.
– O quanto o seu dom é maravilhoso quando não está com medo. Você é capaz de criar coisas lindas! Por que não consegue ver isso?
– Você é que não vê! Eu sou um monstro, há vida toda eu tive que ficar trancada, sozinha, para não machucar as outras pessoas. Eu machuquei a Anna, não consigo me controlar!
Kristoff a segurou pelos ombros e a abraçou, um verdadeiro abraço que urso.
– Eu sei o que é estar sozinho e com medo, mas existem pessoas a sua volta que te amam. – Elsa se acalmou um pouco e a tempestade enfraqueceu – Viu? Você pode fazer isso! – disse com um sorriso no rosto.
– Como? – disse a loira, quase sussurrando.
– Concentre-se em uma coisa só.
Elsa o olhou como se ele fosse absolutamente e irrevogavelmente louco. Mas, o que ela tinha a perder? Pelo menos ele achava que a solução não era matá-la.
– O que você sugere? – perguntou ainda confusa.
– Você quer brincar na neve? – Kristoff sorriu da mesma forma que Anna costumava fazer quando era pequena. A garota pensou que ele era absolutamente louco. Brincar na neve no meio dessa confusão? Porém, talvez fosse sua última chance de fazer isso.
– Quero. – disse a loira sorrindo. Quanto tempo ela quis dizer aquilo e não pode. Logo depois disso, o jovem loiro jogou uma bola de neve nela.
– Guerra de bola de… – sua boca ficou cheia de neve, ao que parecia, a rainha tinha uma ótima mira. Quando mais ela se concentrava na brincadeira, mais a tempestade enfraquecia.
De repente, Kristoff viu um vulto vindo por trás de Elsa, ele a empurrou para o lado, e a espada de Hans atingiu o chão ficando presa no gelo. O príncipe foi para cima da garota novamente, porém Kristoff entrou na frente e acertando o ruivo iniciou a briga. Enquanto os dois lutavam, a rainha avistou uma pessoa em meio à neve, à medida que se aproximava percebeu quem era. Elsa correu em direção à irmã, deixando pra trás a luta de Hans e Kristoff. Quando se aproximou percebeu algo terrível. Anna havia se tornado uma estátua de gelo. Elsa abraçou a irmã, enquanto as lágrimas desciam desesperadas por seu rosto. Tudo estava perdido, Anna era única família que ainda tinha e ela se fora, por sua culpa. De repente, a garota sentiu braços em torno de si e pensou que estivesse enlouquecendo. Quando olhou para cima, viu Anna, que já não era uma estátua de gelo e sim sua irmã de sempre. As duas de abraçaram.
Neste exato momento Kristoff chegou, o rapaz tinha algumas marcas que, com certeza, ficariam roxas mais tarde, porém ele havia derrotado Hans e o entregado as autoridades que o levariam de volta a seu reino, onde seria julgado e punido por seus crimes contra Arendelle. Tudo parecia bem e todos estavam felizes. Foi essa felicidade que ajudou Elsa a se acalmar e trazer o verão de volta, mas não sem preparar uma nevasca só para Olaf, sua verdadeira obra-prima. O reino inteiro se alegrou com a volta do verão e da rainha, todos comemoravam no enorme pátio do castelo. Porém, durante a comemoração, uma brisa gélida atravessou o local e por um segundo todos olharam para Elsa. A rainha olhava para o céu, onde notaram um garoto planando. O jovem de cabelos brancos, desceu devagar e foi andando em direção a Elsa com um sorriso amplo.
– Finalmente te encontrei.
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E que a história comece!