Imediatamente Elsa, ordenou que os homens tomassem seus postos e que os arqueiros estivessem preparados em cima do forte.

— Jack, vá avisar aos outros! – disse a loira enquanto fazia uma armadura e uma lança para si.

Elsa correu em direção as portas do palácio para buscar Fuffly, afinal um urso polar pode ter mais utilidade que um cavalo numa batalha. Enquanto isso, o guardião subiu até os quartos e comunicou aos outros o que estava acontecendo. Todos menos uma certa princesa que não estava lá.

– Onde está Anna?

— Estava na torre leste, eu vou avisá-la. - disse Kristoff enquanto se preparava e pegava seu machado e uma roupa para Anna.

Kristoff foi correndo o mais rápido que pode, e ao chegar encontrou a garota sentada próxima a janela, observando a linha do horizonte. A pouco Anna finalmente perdera de vista o navio de Hans, a quem havia dedicado uma paixão totalmente ilusória. Mas logo Anna esqueceu esses pensamentos com a chegada de Kristoff.

— O exército de Breu está vindo.

O loiro entregou a ela seu arco e flecha e uma armadura que havia pegado e saiu. A princesa se trocou o mais rápido que pode e então foi correndo com Kristoff até o campo de batalha.

Elsa já estava em cima da muralha. Assim que subiu pode ver um enorme exército de sombras, que também dominavam os corpos de homens e animais. Jack também estava na muralha enquanto Norte e Coelhão estavam no chão, a frente da muralha, com a cavalaria e os soldados. Fadas sobrevoavam o campo de batalha a frente de todos espalhando seu pó mágico, feito a partir dos dentes que recolhiam. O pó queimava muitas sombras e libertava muitos animais que corriam em direção a mata.

— Estamos aguardando suas ordens rainha. - disse o capitão da guarda.

Elsa esperou até que os inimigos se aproximassem um pouco mais e então deu a ordem ao arqueiros para abrir fogo. Logo uma enorme chuva de flechas flamejantes surgiu nos céus, misturadas com longos espinhos de gelo que Elsa e Jack lançavam acertando vários inimigos. Foi então que Anna e Kristoff chegaram, eles iam em direção as portas da muralha, onde havia uma escada que levava ao topo. Antes de subir, Anna puxou Kristoff.

— Quero que saiba que, de um jeito torto e indeciso, eu te amo.

A ruiva se inclinou e beijou o rosto do rapaz, e depois subiu as escadas correndo. Kristoff por sua vez não tinha tempo para pensar na atitude da princesa pois ele precisava juntar-se aos outros. Logo Anna estava com os outros arqueiros e começou a atirar flechas em chamas na frente de batalha inimiga. Mas apesar dos esforços de todos, não demorou muito até que e exército de sombras estivessem frente ao enorme muro de gelo graças aos números que superavam muito os de Arendelle.

A rainha mandou que cessassem as rajadas de flechas, pois agora seus homens estavam misturados aos inimigos numa enorme batalha. Elsa voou até Fuffly e foi montada em seu enorme urso para o centro da batalha com sua lança em mãos e com Jack a sobrevoá-la. Os arqueiros agora miravam cuidadosamente, para evitar erros.

No campo de batalha, Norte atropelava milhares de sombras com seu trenó e Kristoff ceifava-as com seu machado, montado em seu fiel companheiro Sven. Porém mais e mais continuavam a vir.

As sombras começavam a rastejar muro acima até os arqueiros. Jack subiu até lá e começou a atirar espinhos de gelo em todas as sombras que podia, o jovem podia ouvir os gritos dos que eram derrubados do muro. Apesar de tanto barulho, uma voz em especial chamou a atenção dele, a voz de Anna.

Quando o guardião encontrou a moça, ela estava próxima a beirada externa da muralha, cercada por sombras. Ele atirou flechas de gelo e conseguiu acertar duas, mas antes que desse conta estava cercado por uma legião de estranhos pássaros negros. Um dos pássaros fez um rasgo profundo na perna do guardião e outro em seu braço.

Elsa ouviu o guardião e voou tentando encontrá-lo, mas ao subir a rainha viu o trenó de Norte sendo derrubado pelos inimigos no campo de batalha. Ela sobrevoou até lá e começou a jogar facas de gelo. Mas haviam muitas sombras.

No campo de batalha Kristoff estava separado de Sven e sem defesas, após ter perdido seu machado para um lobo dominado por sombras. Agora estava apenas com parte do cabo de seu machado, rodeado por uma sombria alcateia. Coelhão ainda estava de pé, cheio que arranhões ele continuava a lutar em meio a multidão. Há alguns metros dali, Fada se escondia na floresta, uma de suas asas foi quebrada pelos inimigos e a mesma não conseguia mais voar, ela também tinha um corte profundo na coxa.

Elsa atirava com todas as forças, mas as eram muitas sombras. Foi quando a loira pode sentir alguns pingos de chuva. Ao olhar em volta ela percebeu que vinda uma enorme tempestade do leste, e o mar estava agitado, foi uma tempestade como aquela que havia feito com que perdesse seus pais. De repente a loira foi atingida por uma faca, que por sorte pegou apenas de raspão, e então percebeu que vários homens sombrios estavam tentando acertá-la. A loira começou a subir cada vez mais tentando ficar longe do alcance deles e contra atacar ao mesmo tempo.

Apesar de já estarem lutando a algum tempo não havia nenhum sinal de Breu até agora. Ele poderia estar disfarçado em meio a multidão assim como poderia ter mandado seus servos fazerem o serviço por ele. Ambas as atitudes cairiam perfeitamente bem para um covarde.

Os inimigos finalmente conseguiram derrubar Elsa com suas facas, mas Fuffly chegou a tempo de evitar que a loira caísse no chão, mas não demorou para que estivessem cercados. Fuffly defendia sua dona bravamente, mas nem mesmo ela poderia contra tantas sombras assim.

Há alguns metros dali Anna estava no chão, as sombras haviam conseguido derrubá-la de cima do muro e até agora a garota não havia encontrado forças para levantar. Anna olhou para cima, sem saber que longe dali Elsa, Fada e os outros faziam o mesmo e com um sussurro deixou que seus pensamentos escapassem.

— Que os céus nos ajudem.