Coração Gélido escrita por PipocaMDoce


Capítulo 10
Nem Tudo É O Que Parece


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente desculpas pelo tempo que fiquei sem postar, estava sem criatividade, iniciei este capitulo em minha mente várias vezes porém nenhuma foi satisfatória, e acabei desistindo. Mas agora estou de férias novamente, e posso me dedicar a escrever. Espero que gostem :)



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O reino de Arendelle amanheceu pálido, uma brisa gélida de inverno atravessava o reino. Mas apesar do clima o povo se alegrava graças aos recém-descobertos poderes de sua princesa, porém Anna não compartilhava desta alegria.

– Por causa desses poderes Hans não quer ficar comigo. – pensava Anna com pesar.

A princesa quase não havia dormido por causa de pensamentos como esse, que lhe tiraram o sono durante a noite e a fome pela manhã. Anna estava terminando de desembaraçar seu cabelo quando foi surpreendida pelas batidas na porta.

– Deve ser a Margareth. –pensou ela. Margareth era uma das empregadas mais antigas do palácio, e depois dos últimos acontecimentos era a única pessoa que Anna podia imaginar que daria sua falta no café da manhã.

– Pode entrar Margareth – disse enquanto terminava de prender seu cabelo num coque. Quando a princesa se virou teve uma grande surpresa. – Você não é a Margareth.

– Se for um problema eu posso voltar com uma toquinha. – respondeu o guardião com um grande sorriso. – Pela sua cara ainda não soube.

– De que?

– Que Elsa e Kristoff são irmãos, ela foi adotada pela rainha.

– Jura? – Anna tentou esconder sua alegria mais foi inútil.

– Anna, pode ficar feliz, porque eu estou.

– Talvez finalmente eu tenha uma chance. Mas como isso é possível?

Jack contou a Anna toda a longa história sobre tudo que se passou antes que a mesma nascesse e depois foram se juntar aos outros no café da manhã.

Não houve muita conversa durante a refeição. A tristeza de Elsa e Kristoff era notória, assim como a alegria de Jack e Anna. Hans já havia tomado café da manhã e ido treinar os soldados, como haviam decidido mais cedo. Kristoff também terminou e foi treinar a cavalaria, pois os homens apesar de todo o treinamento que já tinham e experiência própria nunca haviam lidado com magia antes. Jack e Elsa ficaram responsabilizados de construir uma muralha de gelo ao redor do reino, usando a magia de forma que o muro ficaria conectado a eles, assim apesar de não bloquear a entrada das sombras, os alertaria sobre um ataque.

Por fim Elsa e Jack decidiram ir e iniciar a tarefa, deixando a princesa sozinha.

A rainha ia em direção ao corredor que levaria ao pátio e consequentemente aos portões quanto Jack a puxou na direção da janela que se abriu pelo vento gélido que o guardião lançou, ele pulou e levou Elsa com ele.

– Quem precisa de portas? – disse enquanto voava pelos céus com Elsa ao seu lado. Enquanto atravessavam o reino viram Fuffly a dormir no jardim real enquanto Olaf brincava com Sven.

Não demorou muito para chegarem até os limites do reino, decidiram começar pelo porto que havia sido fechado temporariamente. Elsa e Jack ergueram uma enorme parede e então foram em direções opostas criando uma muralha ao redor do reino. Depois de meia hora, eles se encontraram do outro lado do reino, aonde se sentaram na neve fofa, separados do reino pela espessa parede de gelo.

Os dois então aproveitaram para conversar sobre diversos assuntos, sobre sua infância, gostos e lembranças. E então começaram a falar sobre coisas que nunca haviam feito.

– Eu nunca tive uma festa de aniversário. – disse Jack.

–Quando você faz aniversário?

–Eu não me lembro. O primeiro dia de que tenho lembrança é de quando me tornei um guardião.

– Podemos considerar como seu aniversário já que o Jack que conhecemos nasceu nesse dia. – disse a loira.

– Eu nunca tinha pensado dessa forma antes. Mas e você?

Elsa se perdeu em seus pensamentos por alguns instantes, havia tanta coisa que nunca tinha feito, mas agora todas pareciam um pouco bobas.

– Bem... Eu nunca dancei. – disse a rainha se lembrando de tudo que ocorrera em sua primeira e última festa.

Antes que o jovem de cabelos brancos pudesse falar algo, foram surpreendidos pela chegada de Anna.

– Até que enfim encontrei vocês! – disse a princesa

– O que faz aqui? – perguntou o guardião chateado por ter sua conversa com Elsa interrompida.

– Bom, eu vim aqui por dois motivos. Primeiro para espalhar minha magia pela muralha, assim a muralha irá servir como uma barreira, já que minha magia as queima. Segundo, para avisar que temos visitas. Os outros guardiões acabam de chegar. Estão com Kristoff e Hans na sala do conselho esperando por nós. – explicou Anna.

Os três foram o mais rápido possível para o castelo. Quando estavam entrando no castelo quase foram atropelados por Olaf que estava sendo seguido por uma das renas de Norte. O boneco ao vê-los se surpreendeu e ao tentar desviar acabou tropeçando e caindo de bruços, fazendo com que o seu nariz transpassasse sua cabeça. A rena ia morder a cenoura Olaf se virou fazendo com que o seu nariz/cenoura voltasse ao seu devido lugar, o é claro não impediu que a rena de comer a cenoura.

– Olaf você tá bem? – perguntou Anna

– Sim vou arrumar um novo nariz. – disse o bonequinho enquanto ia à cozinha do castelo.

Os três jovens adentraram na sala do conselho, Jack abraçou cada um de seus amigos, o guardião estava muito feliz em revê-los apesar das condições. Todos se sentaram. Jack contou tudo que já havia se passado e perguntou o porquê de sua vinda.

– Nós descobrimos o motivo de Breu estar aqui e também a razão para ter entrado na mente de Hans. – disse a fada do dente. Fazendo com que os três reparassem na ausência do rapaz.

– Aliás, onde ele está? Antes de sair eu o encontrei no corredor a caminha daqui. – perguntou Anna, tentando esconder sua preocupação.

– Quando chegamos a esta sala Hans ainda não estava aqui. Eu lido com a magia de Breu há muito tempo e consigo reconhecê-la. Não foi Hans que você encontrou no corredor e sim Breu. Breu estava usando o corpo dele por causa disso. – Norte pegou um objeto que estava enrolado em um lenço, colocou sobre a mesa e descobriu. Era uma pedra azul celeste. – Isto aqui é uma espécie de amuleto, capaz de sugar os nossos poderes. Assim que chegou aqui, ele tentou nos atacar com isso. É por isso que ele usa Hans, se ele tocasse nisso pessoalmente também perderia seus poderes. – explicou Norte.

– Eu reconheço essa pedra! Hans me mostrou ela hoje de manhã, antes do Kristoff chegar. – disse Elsa. – Eu a toquei, mas não perdi meus poderes.

– Diferente de nós, você nasceu assim, por isso não deve funcionar em você. – disse Fada.

– Hans está preso no calabouço. Ele ainda não acordou, mas não podemos arriscar deixa-lo solto.

– Pobre rapaz. – disse Norte.

– Então quer dizer que este tempo todo não era ele? – perguntou a princesa

– Não, desde o dia em que você partiu atrás da sua irmã. – disse Norte.

– Eu preciso vê-lo! - Anna se levantou, saiu da sala e foi correndo em direção à masmorra do castelo.

Pouco tempo depois de a princesa ter saído, Elsa começou a examinar a pedra. Como algo tão pequeno, pouco maior que um grão de feijão podia ter tanto poder. A pedra apesar de fosca era bonita, graças a cor única.

– Que estranho. – disse a loira

– O que, Elsa? – Kristoff se aproximou um pouco mais para ver a pedra.

– O formato dela. Não parece ser uma pedra completa. Parece um fragmento de uma pedra maior.

Kristoff pegou a pedra e examinou.

– Não parece, é um fragmento! – disse rapaz.


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