LM: E aí, deu certo?

P.O.V Narrador

LM: Me responde, Jo!
Lindsay ainda permanecia com um dos olhos fechados e a arma em mãos. Que tenha funcionado, ela pensava.
Jo mantinha o olhar fixo no prédio vizinho, em que Ron estava caído, ao mesmo nível que elas duas.
JD: Sim. Boa apontaria, Lindsay.

P.O.V Stella

Me joguei no chão e protegi a cabeça. O choque foi tanto que eu pensei por um momento que não voltaria a parar em pé. Poucos segundos depois, meu braço tomou contato um líquido viscoso. Abri os olhos e vi uma poça imensa de sangue, e um corpo caído, com os olhos fixos em mim.
Levantei aos poucos e entrei novamente no apartamento. Meus pés se cortaram mais ainda. Nada se comparava a dor que eu sentia. Dei dois passos e não senti minhas pernas. Estava prestes a cair, quando Mac me impediu de chegar ao chão.
MT: Vai ficar bem - ele me disse - Você é forte, Stella.
Eu já não sabia se o que eu via ou ouvia era real.

P.O.V Narrador

Horas depois, Mac e boa parte da equipe esperavam por notícias de Stella. Boas notícias.
Taylor não sabia como agradecer Lindsay e Jo, por agirem rapidamente, e deterem Ron antes que acontecesse o pior, apesar dele não ter sobrevivido.
Aquele hospital ,já fazia parte do cotidiano dos CSI´s, e a cada vez que eles iam até lá, parecia tortura.

P.O.V Jo

Eu estava encarando a parede fazia séculos, será que eu agi da forma correta? Será que não tinha me precipitado?
AR: Você mandou bem - Adam sentou-se ao meu lado.
JD: Mesmo?
AR: Tenho absoluta certeza.
Se eu não estivesse tão aflita, eu jamais o deixaria segurar minha mão, mas como estava, permiti. Mas logo ele foi atender a um telefonema, que parecia importante.
Uns cinco minutos depois, adivinha quem aparece? Christine Whitney de cabelos verdes.
CW: Mac, eu soube do ocorrido.
MT: Pois é - ele falou sério.
CW: Nada que atrapalhe nosso casamento, não é?
Mac se levantou e recompôs-se, dizendo:
MT: Christine, eu não posso me casar com você.
CW: Como não? Estou esperando um filho seu.
RJ: Dele?
Russ apareceu mancando. Até tinha me esquecido que ele estava no hospital. E estava interferindo na nossa vida novamente.
RJ: Quem disse que o filho é do Taylor?
CW: O que você está...
RJ: O filho é meu, posso provar.

P.O.V Adam

Então, a Christine se achou espertinha e tentou enganar todo mundo. É, dessa vez tenho que parabenizar o Russ. Só dessa vez. Os dois foram embora logo depois, e nós não sabíamos no que aquela história ia dar.
Eu pensava numa proposta, feita pelo FBI. Era irrecusável, eu teria um nome de prestígio, e uma carreira pra ninguém botar defeito.
AR: É bom trabalhar no FBI, Jo?
JD: Sim... Mas depois que vim para o CSI, jamais quis voltar.
AR: Mesmo pelo Russ?
JD: Adam, ele é meu ex-marido e nem meu amigo, por que acha que eu sentiria falta dele?
AR: Quando se gosta de alguém uma vez, pode voltar a gostar de novo.
O que eu estava pensando quando respondi aquilo?
JD: Adam, eu não gosto de mais ninguém. Não desse jeito.
Era como se uma faca tivesse atingido meu peito. E agora eu havia escolhido. Olá FBI.

P.O.V Stella

Abri meus olhos, e a visão estava embaçada. Levei alguns segundos para me acostumar à claridade. Meus músculos doíam e eu sentia uma leve dormência. Quando percebi, lindos olhos azuis me observavam.
SB: Mac? - perguntei - O que faz aqui? Não devia estar na sua lua de mel?
MT: Perguntas demais... Não me casei, e a Christine não está esperando um filho meu, mas sim do Russ. Dá pra imaginar?
Eu sentia que ele estava triste por não ser mais um pai.
SB: Sinto muito. Como soube?
MT: Depois eu conto, não é importante. Como você está?
De repente, todas as minhas lembranças voltaram, todos os momentos de terror, Ron ensanguentado...
MT: Você ainda está nesse planeta?
SB: Acho que sim - eu ri - Estou bem, na medida do possível.
MT: Preciso de ajuda.
SB: Fala, sou sua amiga.
Ele foi até a janela. Já estava amanhecendo.
MT: Estou apaixonado.
É isso aí, ele ainda não tinha esquecido a Christine e estava apaixonado por ela. Ou tinha conhecido uma nova pessoa.
SB: Que bom, já disse isso pra ela?
MT: E se ela me rejeitar?
SB: Não vai saber se não perguntar.
MT: Mesmo? - ele me encarou.
SB: Aposto cem pratas, que você vai ligar pra ela agora, e chamá-la pra sair...
MT: Por que?
SB: Quem ganha seu coração merece o meu respeito. E uma boa aposta. Pelos velhos tempos, Taylor.
MT: Volto em um minuto.
Ele saiu, e o quarto ficou completamente frio. Fechei meus olhos, que começaram a arder, e uma lágrima percorreu meu rosto.
Pouco depois, o telefone do quarto tocou.
SB: Alô? - atendi.
MT: O que acha de sair qualquer dia?
SB: Gosto de sair - eu falei - Semana que vêm?
MT: Vai ser ótimo... As cem pratas ainda estão valendo? Eu estou falando com ela agora, e já a chamei pra sair. Ah, ela aceitou e você estava certa, Stella. Obrigado.