CW: Alô? Precisamos conversar AGORA.

P.O.V Jo

Tinha acabado de perceber que meu apartamento estava bagunçado, um pouco menos que a minha sala no NYPD. Resolvi ir pro trabalho novamente, deviam estar querendo me matar por lá.

Assim que toquei a maçaneta, ouvi a campainha.

JD: Está fazendo o que aqui?

AR: Calma! E o que é isso no corredor?

P.O.V Ron

Senti que em toda nossa conversa, Stella estava sendo verdadeira comigo. Me senti na obrigação de falar algo que fosse importante,verdadeiro, e que ela se interessasse.

RA: Sabe esses desenhos?

SB: São ótimos, e como já eu já disse, deveria trabalhar com isso.

RA: Pois é, eu estou pensando em fazer ilustrações pra livros, ou algo do tipo.

SB: Vai ser incrível comprar um livro e ver seu trabalho nele.

RA: Minha primeira ilustração vai ser dedicada a você. Ela corou quase que imediatamente.

SB: Mas eu não fiz nada pra levar o crédito todo... Quem sabe algum membro da sua família?

Aquele assunto era meio complicado de se falar, mas com ela, todas as palavras eram mais fáceis de se pronunciar.

RA: Meus pais morreram faz algum tempo, nenhum deles tinha irmãos ou parentes próximos. Ah, meu irmão morreu há quatro anos, foi uma vítima.

SB: Desculpa.

RA: Não precisa. Você não sabia.

SB: Como assim seu irmão foi uma vítima?

RA: Ele era um homem de bem, só queria aproveitar a vida ao máximo. Só que um dia, foi assassinado. E eu nem sei o porquê disso tudo.

SB: Sinto muito.

P.O.V Christine

XX: Como tem certeza?

CW: O médico me disse com todas as letras, e esse exame não admite falhas. Eu tenho muitas suspeitas.

XX: Quais? É bom que não se tornem problemas, já tenho muitos.

P.O.V Jo

AR: É que você saiu rápido do NYPD, pensei que fosse algo grave. Por isso vim no horário de almoço.

Adam se sentou em meio a uma pilha de livros de suspense, do qual eu particularmente amo.

AR: Você gosta mesmo de ser detetive - ele disse, pegando um dos meus preferidos.

JD: É a única coisa que sei fazer bem.

AR: Concordo - ele ironizou - Imagina se você fosse uma dona de casa. Dei mais uma olhada pela sala de estar.

JD: Desculpa pela bagunça, eu ia arrumar, mas você chegou bem na hora.

Mentira.

AR: Então por que estava com a bolsa no ombro? - ele pareceu desafiador.

JD: Porque eu não desgrudo da minha bolsa, até pra fazer faxina.

AR: Sei... Vou acreditar nisso até que você invente algo melhor... Não que essa resposta não tenha sido ótima, chefinha.

JD: Faz tempo que não me chama assim.

Quieta Jo! O que está fazendo???

P.O.V Stella

Assim que Ron foi embora, Mac me chamou na sala dele.

SB: O que foi? - foi mais fria que o de costume.

MT: Bom, primeiramente você não pode trazer pessoas não autorizadas pra cá.

SB: Eu autorizei o Ron a vir até aqui.

MT: Sabe muito bem que se eu não aprovar, não entra no laboratório.

Tinha certo rancor na voz dele, principalmente quando me olhava diretamente nos olhos.

SB: Ok. Admito que eu agi errado, poderia ter causado problemas aqui.

MT: Pelo menos isso.

P.O.V Lucy

Como não achei a tia Jo em lugar algum, resolvi repassar o recado para alguém de confiança, que não me achasse fofa o tempo todo e prestasse atenção. O tio Sid.

Infelizmente, não me deixaram entrar no... como é o nome mesmo: Necretério? Não... Ah necrotério.

Por isso, esperei o ponteiro vermelho do relógio dar algumas voltinhas. Mas finalmente ele apareceu.

LM: Tio Sid! Preciso falar com você, é urgente.

P.O.V Adam

Quando toquei no assunto da filha, a Jo me interrompeu e disse que ia fazer um chá. Não a impedi, mas ela estava mentindo pra si mesma.

JD: Aqui - ela me entregou a xícara.

AR: Valeu. Agora podemos falar dos seus problemas sem interrupções?

Ela me encarou por um tempo. Pensei que fosse me botar pra fora do apartamento, mas não faz isso.

JD: Ok.

P.O.V Stella

As horas se passaram num piscar de olhos (talvez mais rápido). E se terminava mais um dia em NY. Marquei no calendário o dia que já estava indo embora. Mal podia acreditar que o dia 29 estaria chegando. Aquele era o grande dia (não pra mim, é claro).

P.O.V Russ

Eu estava exausto, nervoso e preocupado. Só queria dormir um pouco.

Quando chego ao corredor do apartamento, vejo malas por todo caminho. Todas conhecidas.

Só podia ser brincadeira!

RJ: Josephine! Me deixa entrar agora!