Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 9
Capítulo 9 - Katniss


Notas iniciais do capítulo

E aiii gurizada :D Tudo bem com vocês?
Esse capítulo é basicamente um retrospecto da volta do Peeta, na versão da Katniss.
Espero que gostem!
Gente, não esqueçam de comentar e me dar um feedback!
Se possível, recomendem a minha fanfic? Por favooor :( Se vocês gostam mesmo de mim vão fazer isso hahaah ^^
Eu estou super feliz por ver aqui pelo Nyah! que já tem várias pessoas acompanhando minha fanfic! Pessoal, muito obrigada. Vocês são o motivo deu passar a madrugada acordada escrevendo, sério mesmo.
E para os leitores fantasminhas, quero que vocês apareçam e se pronunciem :P
A opinião de todos é importante demais pra mim.
Sem mais deeeelongas, se divirtam :D



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A neve caia lá fora cada vez mais intensa e pesada. Congelando consigo não somente folhas e galhos, também esperanças. A certeza de que ninguém poderia sobreviver a um frio tão intenso deixara Katniss atônita e sem nenhuma força para se apoiar. Ela, que nunca foi de viver em meio a pensamentos positivos, se lembrava de ser obrigada a utiliza-los, mesmo que não existissem. Uma força maior chamada preocupação a fazia querer ser tão cheia de sonhos como era Prim em sua infância.

Dias frios se passaram e absolutamente nenhuma notícia de Peeta chegara. Katniss se perguntava se ele estava bem e principalmente vivo. A dor atingia brutalmente seu estômago cada vez em que cogitava uma possibilidade ruim. "Onde ele está? O que está fazendo? Será que havia comido?" Katniss havia saído durante todos os dias junto a Haymitch em busca de Peeta, mas hoje a neve atingia a altura dos joelhos, todas as pessoas foram obrigadas a permanecer em casa o que consequentemente fez Katniss se afogar em preocupações. Seus pensamentos foram interrompidos por Haymitch.

– Você tem visita, Katniss - Dessa vez não existia sarcasmo e nem brincadeira. Haymitch estava tão sério como na época em que dava ferozes conselhos de sobrevivência sobre a arena.

– Visitas? - Katniss estava se levantando quando subitamente escutou a voz.

– Catnip, tudo certo? - Gale estava de aparência militar, com um traje muito diferente do que conhecera. Em seu cabelo havia uma boina tombada somente para um lado, a cor da sua farda era de um cinza muito escuro com camuflagem preta. Sua roupa descrevia como seu cargo era importante, inclusive por ter tantas condecorações e medalhas.

– Gale. - Katniss quis esconder a surpresa ao vê-lo, mas tinha certeza que sua boca estava levemente aberta. - Tudo e você?

– A viagem foi bem cansativa, ainda não estou acostumado com esses trens. - Disse Gale após uma pausa. Sua postura era implacável e a maneira que ele iniciara um diálogo fez Katniss pensar o quão formal aquilo tudo aparentava, apesar que, Katniss preferia assim.

– Eu vou pra minha casa, porque tenho que resolver uns assuntos pendentes. Katniss, qualquer coisa me chama. - Disse Haymitch.

Era tudo particularmente estranho. Gale em sua casa enquanto Peeta havia sumido. Katniss não conseguia esconder o desconforto de estar sozinha na presença de Gale. Era como se a vida tivesse mudado de cabeça para baixo e nessa versão, Peeta não estava lá.

Sentiu medo e um calafrio percorrer sua espinha, uma sensação de que algo não estava bem, aquilo parecia incrivelmente errado. Katniss não estava disposta a olhar nos olhos de Gale, não naquele momento. A confusão de sentimentos deixa a mercê qualquer demonstração que pudesse dar, de qualquer emoção que fosse.

Gale se aproximou e sentou ao seu lado a fazendo acordar de seus sonhos.

– Como estão as Forças Armadas, Gale? - Disse Katniss que não estava suportando o silêncio.

– Tudo bem. É muito trabalho pra colocar tudo em ordem, tem muitas coisas pendentes. Nós estamos recrutando quem se oferecer entre 18 a 25 anos pra entrar pro Exército. - O orgulho estava estampado em sua voz.

– Que bom, isso é bom pra Panem, né? - Ela questionou.

– Sim, claro. Isso vai fazer nos sentirmos mais protegidos. A equipe precisa crescer. - Sorriu Gale. - Eu estou aqui a trabalho, na verdade.

– Ah... você pode falar ou é algo super secreto? - Sorriu tristemente.

Por um segundo Katniss sentiu que poderia voltar no tempo ou que tudo iria se reconstruir. Toda a vez que caçava ao seu lado, sentia-se livre. Era como se não houvessem problemas. Gale era seu confidente e amigo. O abraço que ele dava era o seu único porto seguro. "Quando isso mudou?" Perguntou a si mesma.

– É algo super secreto, se eu contar vou ter que te matar e esconder seu corpo por aí. - Riu Gale após a brincadeira. - Não, sério mesmo. É que estão começando a construir um forte militar aqui na Cidade 12. Eu preciso acompanhar de perto porque talvez eu coordene as Forças Armadas daqui.

– Daqui?! - A surpresa de Katniss estava evidente.

– Calma, não me odeie ainda. - Riu. - A Presidente Paylor me queria aqui na cidade, ela disse que nada melhor começar a organizar o Exército aonde tudo iniciou. - Suspirou Gale. - Mas tem outras coisas também. - Sussurrou baixinho . - Essas eu não posso te contar mas vou te adiantar que uma delas é um assunto ultrassecreto da Paylor. - Disse em meio a uma piscadela.

– É para eu ficar preocupada, Gale? Digo, tem alguma coisa acontecendo? - Exasperou Katniss apreensiva.

– Não, por enquanto não. Qualquer coisa, pode deixar que serei o primeiro a te dizer. - Gale a olhara com tanta ternura que Katniss ficou constrangida. - Bom, eu vou indo Catnip. A minha mãe está me esperando. Vou passar esses dias na casa dela. Se você precisar de mim, me avisa.

– Gale, eu preciso de um favor seu. - O peso da voz era evidente. Ela segurou sua mão para que ele não se levantasse ainda. - O Peeta.

– O que tem ele? - A voz dele não escondia o desapontamento.

– É...o Peeta saiu de casa faz uns dias. Não temos sinal dele mas sabemos que ele não viajou. - A dor em sua voz era clara.

– Por que ele saiu? - Gale não conseguiu esconder sua ansiedade. Mesmo todo protegido com sua armadura militar, o rapaz ainda parecia ser seu amigo e companheiro de caça.

– Depois que você falou com ele no telefone, muita coisa mudou, Gale. - Sua voz parecia esvaecer toda a vez que tocava no assunto. - Ele leu uma das cartas e ficou confuso. Nós tivemos uma implícita discussão e ele foi embora. - Suspirou Katniss com pesar.

– E você, tá bem? - Disse Gale que a essa altura já havia sentado novamente ao lado dela. Ele havia tirado a boina e ela percebeu o quão seu cabelo estava curto.

– Peeta saiu sem dizer aonde ia, faz dias. Eu espero realmente que ele tenha encontrado um lugar pra ficar, porque se não for nessas condições, ele vai morrer de hipotermia. - Katniss sentia seus olhos arderem e sabia que estava prestes a chorar. - Então Gale, respondendo a sua pergunta, eu não estou bem.

– Katniss, eu não sei o que te dizer. Eu não esperava uma atitude dessas do Peeta. Nós conversamos no telefone e claramente ambos estávamos com raiva um do outro. Durante a viagem eu pude vir pensando e achei que minha atitude perante a ele foi ríspida demais. - Disse Gale, tomando pausa pra inspirar bem fundo. - Eu estou com essa mania de me impor para as pessoas. O meu cargo exige isso e acredito que seja um reflexo.

– É, talvez isso tenha feito Peeta ir embora de vez. - Disse Katniss secamente.

– Você está dizendo que isso é minha culpa, Katniss? Eu mandei cartas pra você, não te pedi em casamento! - Disse Gale irritado. - Olha, eu vou te ajudar a encontrar ele. Vou usar todos os recursos que tenho. Vou colocar a foto dele por aí e fazer perguntas e caso tenham notícia, eu vou dar o telefone do Haymitch porque elas sendo boas ou ruins não acredito que você esteja bem para lidar com isso agora. - Gale reduzira o tom. - Desculpa ter levantado a voz com você, Catnip. Essa situação toda mexe muito comigo.

Katniss sentiu uma súbita vontade de abraçar Gale, sabia que não deveria mas ela precisava se sentir segura. Até agora a única coisa que as pessoas tinham feito fora oferecer a ela palavras de conforto. Como um impulso, Katniss o abraçou. Demorou alguns segundos para Gale perceber o ato mas retribuiu dando um beijo em sua testa.

– Se cuida. - Gale saiu do quarto.

Quarenta e oito horas passaram após a visita de Gale, Katniss não conseguia se levantar da cama e nem comer direito. Haymitch a visitava todos os dias e Greasy Sae levava comida. Gale passou por lá, provavelmente enquanto ela estava dormindo mas nem Haymitch e nem a Greasy Sae deram alguma explicação, simplesmente, acharam melhor não tocar no assunto. Katniss só conseguia beliscar uma coisa ou outra, mas logo se sentira enjoada. Seu corpo doía e seus olhos ardiam em meio a lágrimas.

Existia uma quase certeza em seus pensamentos de que muito provavelmente não veria Peeta nunca mais. Ele deve ter decidido começar uma vida nova, longe dela. Agora, ela estava sozinha. Talvez devesse começar a criar forças, fazer aquele tratamento que o Dr. Aurelius recomendou e também tomar os medicamentos. Katniss caminhou lentamente pelas escadas até chegar a sala, em busca de seu piano. Sentada no banquinho pôde lembrar das aulas de Madge e do carinho que ela tinha ao ensinar as notas. Katniss já tinha aprendido a ler as partituras e tocar a melodia, mas compor definitivamente não era o seu forte.

Recolheu a partitura de Madge que estava guardada em uma caixinha na sala e leu várias vezes a dedicatória, mas não se permitiu chorar. Tinha que ser forte e manter o foco. Talvez se sua sanidade voltasse ao normal ela não perderia Peeta. Talvez, ela tivesse uma segunda chance.

Ela olhou para o comprimido que levara consigo e ele tinha uma aparência muito estranha, era de cor verde-limão e estupidamente grande. Katniss se perguntou se aquilo era realmente necessário, mas como ela estava sob supervisão do Dr. Aurelius, decidiu não questionar.

Em um primeiro momento, Katniss não sentiu nenhum efeito absoluto no remédio mas o Dr. Aurelius disse que não seria perceptível mesmo, ela só notaria depois que passasse.

Após longas imperceptíveis horas, Katniss tinha consigo a música completamente pronta. Como um sonho, não acreditara que aquilo tinha acontecido. Olhava entorpecida para a letra, não podendo imaginar que aquilo saíra de sua cabeça. Se perguntava se ela mesma tinha composto aquilo ou que tipo de substância continha naquele remédio pra faze-la ficar tão emotiva. Se preocupou e pela primeira vez em dias se prontificou a tomar uma atitude sobre si. Rapidamente ligou para o Dr. Aurelius.

– Dr. Aurelius, você vai me falar agora o que tem nesse comprimido. - disse Katniss ofegante. Fazia alguns dias que ela não andava direito, qualquer passo já fazia seu coração acelerar.

– Katniss! Oi pra você também. Como você está se sentindo hoje?

– Dr. Aurelius, me poupe da sua psicologia barata. - Disse Katniss impaciente. - Me explica o porque eu não me lembro do que fiz nas últimas horas.

– Katniss, querida. Esse é o efeito do primeiro dia do uso de seu comprimido. Ele não causa amnésia temporária, é que você muito provavelmente entrou em estado de transe ao fazer a atividade que estava fazendo. Que era... - Disse o doutor, aguardando uma resposta.

– Eu estava compondo, doutor. Coisa que não faço, mas você me pediu por ter alguma coisa a ver com a morte do meu pai. - Katniss engoliu seco. - Eu não quero continuar com esse tratamento Aurelius.

– Katniss, você sabe que não tem condições de argumentar comigo, a presidente Paylor exige você em observação porque ela se preocupa com você. - Disse ele.

– Se preocupa comigo ou acha que eu vou causar problemas? - Disse Katniss desafiando-o.

– Katniss, eu não posso te reprimir por suas atitudes, agora vivemos em uma democracia. Cabe a você descobrir se quer ser ajudada ou quer enfrentar esses problemas sozinha. - Disse o doutor medindo suas palavras.

– Eu não sei o que eu quero doutor, tá tudo muito confuso. - Katniss colocou o doutor a par dos problemas atuais. Sua dúvida em relação ao que sentia, a saída repentina de Peeta e a volta surpreendente de Gale.

– Olha Katniss, os seus sentimentos são todos reprimidos. Em algum momento você conseguiu demonstrar afeto real por um desses garotos? - Disse Aurelius com profissionalismo.

– Claro, eu não sou feita de aço ou madeira, doutor. O Gale é meu amigo a muito tempo, mas não houve nada demais. Eu acho que me confundo toda a vez que o vejo pessoalmente. É tudo muito complicado, ele de repente resolveu dizer que me ama, você sabe que eu não consegui lidar com esse sentimento por parte dele. Na época em que ele disse, tinham um milhão de problemas na minha cabeça mas depois tudo foi se encaixando. Também teve aquele episódio com a Prim, - Katniss suspirou com dor em seus pulmões. - eu e você tivemos que trabalhar muito para que eu não pirasse e colocasse toda a culpa nele.

– Interessante, Katniss. - Disse o doutor.

– O que é interessante? - Katniss parecia confusa.

– Você só ter falado sobre Gale. - Aurelius fizera uma dramática pausa. - Aparentemente Peeta passa por um processo de negação em sua mente. Antes dele partir, vocês tiveram contato físico? - Perguntou o doutor astucioso.

– Que tipo de pergunta é essa? - Katniss estava completamente nervosa. - Eu não tenho que dar satisfação dos meus beijos pra ninguém. Não preciso de permissão pra isso. Viva a democracia, Aurelius. - Sua voz estava amarga.

– Então foram beijos somente. Interessante. O Gale você já beijou também, não foi? - O doutor parecia cada vez mais interessado.

– Claro que sim, nossa. Olha, isso tá ficando esquisito, eu vou desligar. - Katniss estava se culpando de todas as formas que podia por ter efetuado aquela ligação.

– Negação, novamente. - Aurelius parecia estar desvendando um mistério de milênios.

– Olha doutor, não sei o que deu na sua cabeça. Talvez você esteja tomando esses remédios que dá aos pacientes. Eu achei que te ligar iria ajudar em alguma coisa, mas pelo visto nada.

– Interessante também o fato de você dizer que vai desligar e não desliga. Katniss, confesse, você quer tanto quanto eu descobrir essa charada. Acontece que eu já sei, mas você é orgulhosa demais pra admitir qualquer coisa em relação a um desses meninos. - Disse o Doutor. - Eu vou fazer um jogo com você, quero que você entre nele. Se isso não ajudar, você pode bater o telefone na minha cara e nunca mais me ligar. Vou dizer que você está mentalmente estável e não precisa mais dos meus cuidados. Faço um atestado e entrego pessoalmente para a presidente Paylor.

O fato de Katniss poder se livrar dos olhos do governo a fez formar um sorriso no rosto. "Eu livre! Vou poder visitar a minha mãe, Annie, Johanna, Beetee e até a Effie! Vai ser ótimo poder sair daqui um pouco."

– Combinado, então. - Disse Katniss que formara um sorriso diabólico no rosto, contando a vitória antes da hora.

– O jogo é da seguinte forma, eu vou fazer uma série de perguntas, todas íntimas e você VAI TER QUE me responder em dois segundos. Tem que ser muito rápido mesmo, preciso saber até que ponto sua mente está reprimindo isso. Se as suas respostas forem diferente do que eu espero, significa que você está muito reprimida e vai precisar de ajuda, sério. Mas claro, que você só se quer ver livre de mim, então terá que encontrar o caminho sozinha. Caso contrário, caso eu perceba que a sua negação está no seu consciente e não subconsciente eu não vou precisar fazer nada, você mesma vai perceber com o tempo. Tá pronta?

– Nossa, isso parece sério. Não sei se eu estou pronta. - Disse Katniss com dúvida.

– Katniss, todas as perguntas serão estritamente pessoais, eu preciso ter certeza que você vai responder. Eu sei que você odeia que entrem na sua intimidade, mas se eu não fizer isso não vou poder te ajudar. Você quer se ver livre, não quer?

– Claro que sim. - Disse Katniss com firmeza.

– Então, vamos fazer isso. Isso é muito mais fácil que fingir que ama alguém para toda a Panem, acredite.

– É, não tá parecendo. - Riu Katniss.

– Vamos lá. Tem que ser rápida, Katniss.

– Ok. - Disse ela se preparando.

– No que você pensa quando lembra da palavra Amor?

– Saudade. - Disse Katniss rapidamente, como o doutor havia pedido.

– Uma cor que você goste. - O doutor parecia querer chegar a um ponto.

– Verde.

– Outra cor que goste. - Insistiu.

– Laranja, pôr do sol. - Era a segunda cor preferida dela, após saber que Peeta gostava, passou a gostar também.

– Sua família em uma palavra.

– Suporte.

– Jogos Vorazes, defina.

– Manter o Peeta vivo. A todo o custo. - Subitamente uma angústia tomou seu peito, lembrou que ele estava lá fora, no frio. Longe de tudo.

– Um presente que já ganhou.

– A pérola, na segunda arena. - Katniss sorriu.

– Uma amizade sincera.

– Gale.

– Um beijo.

– Peeta.

– Terminamos aqui Katniss, foi um prazer falar com você. - Disse Aurelius em um tom vitorioso.

– Espera ai doutor, como assim? Você tem que me explicar! - Disse Katniss apreensiva.

– Suas emoções não estão reprimidas, você só está em fase de negação e com medo de se envolver. - Disse o doutor.

– Só porque eu disse Peeta na última pergunta você já decifrou tudo isso? Não me parece provável.

– É Katniss Everdeen, a minha psicologia barata bem que não é tão salafrária assim né? - Riu o doutor.

– Não concordo com você, sei que não quero me envolver. Isso eu descobri quando Gale voltou a me enviar as cartas. - Disse Katniss rapidamente.

– Interessante, senhorita Everdeen. Então, eu vou dizer o que isso significa. Quando você disse ao Peeta que era ele o 'escolhido' você não pensou nas consequências. Descobriu, mas não por impulso, que ele era a pessoa que você realmente gostava. E tenho certeza que gosta ainda, apesar de suas dúvidas. Acontece, que após você compreender que muito provavelmente passaria a vida ao lado dele, você surtou. Precisava de algo para se agarrar, alguma desculpa para colocar um freio em meio a tantos sentimentos que você tinha. - Suspirou o Dr. Aurelius. - O Peeta, apesar de possuir a mesma idade que você, tem uma maturidade incansável e admiradora. Ele é decidido a passar o resto da vida com você, ter uma família, filhos. Você, não cogita essa possibilidade porque você nem consegue admitir que o ama, muito menos começar a morar com ele. Você está com medo, Katniss. Medo porque existe uma pessoa que daria a vida por você ao mesmo tempo em que você daria a vida por ela. Por tudo o que aconteceu contigo, Katniss, isso é totalmente plausível, você tem medo de se envolver porque sabe que se o perder a dor será evasivamente devastadora. Isso tudo o que eu estou dizendo seu consciente sabe e agora enquanto falo, tenho certeza que você está começando a compreender melhor esse turbilhão de emoções.

– Eu não... - Haymitch entrara arrebentando portas e com uma alegria imensurável, sem ter tempo de pensar em mais nada, Katniss soltou o telefone.

– DROGA, HAYMITCH! - Disse ela exaltada

Haymitch soltou a frase.

– Katniss, achei o Peeta.


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Notas finais do capítulo

Katniss descobrindo seus sentimentos!
E ai, o que vocês estão achando?
Não se esqueçam de comentar



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