Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 29
Capítulo 29 - Katniss


Notas iniciais do capítulo

Tem um pouquinho de tudo nesse capítulo!
Eu peço desculpas pela demora a postar, mas hoje foi um dia extremamente conturbado para mim e esse capítulo não estava pronto ainda.
Espero que vocês gostem! Nos vemos nas notas finais.



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Seu pensamento girava em torno de como tudo aquilo havia acontecido. Seu relacionamento com Peeta finalmente se tornara algo palpável e aparentemente estável, algo tão difícil para ela compreender, mas felizmente uma situação perfeita.

Ele era a pessoa que ela queria próxima, seu dente-de-leão, o seu garoto do pão, o rapaz que ela aprendeu a amar, a cuidar e a querer ter sempre ao lado. Peeta a conquistou de todas as formas possíveis, demorou a admitir seu sentimento, demorou para se submergir em seus braços, mas não poderia mais negar as emoções que sentia.

O calor da pele dele, seu perfume, seus toques, seus beijos, seu colo, seu afago, suas carícias. Tudo a complementava, tudo a fazia suspirar ao imaginar aquelas sensações de novo. Seu corpo pedia por aquilo. Katniss precisava de Peeta assim como o mar precisava das ondas.

Peeta a inebriava, a deixa fora de órbita, a fazia perder seu autocontrole. Aquelas emoções eram todas novas, nunca Katniss achou que pudesse ter essa vontade insaciável de alguém. Mas o amor é um mistério, ele pode ser puro e ao mesmo tempo levemente pervertido. Um rapaz tão inocente com seus sentimentos, mas que naquele ato, naquele momento em que eles vivenciaram a pouco, a envolvera sem pensar em consequências, invadira seu corpo, sua mente, a toques indescritíveis e deliciosos. Peeta sabia exatamente o que fazer, mesmo sobre sua insegurança, ele sabia a envolver.

Katniss suspirou na expectativa, ficou completamente ansiosa ao imaginar que um dia ambos seriam um do outro, de alma e coração e não conseguiriam brecar o inevitável. Aquilo a amedrontava, mas a fazia delirar. Com Peeta ela não precisava ter medo, ele saberia o momento certo e saberia o que fazer. Ela deixaria em suas mãos, sabendo que ele nunca a decepcionaria.

– Oi. – disse Peeta descendo as escadas. Katniss sacudiu a cabeça a fim de livrar seus pensamentos.

– Você e essa mania de descer de toalha pela casa. – Katniss rolou os olhos, mas não pôde deixar de corar ao vê-lo dessa forma.

– Eu vim te perguntar cadê a minha bermuda preta jeans, procurei por todo o canto do quarto e não achei. – disse simplesmente.

– É... ahm... tem uma bermuda preta no varal.

– Ok, vou lá buscar. – disse Peeta se aproximando e dando um beijinho rápido na ponta de seu nariz. Ela não reprimiu o sorriso.

Katniss estava com uma sensação. Uma vontade quase louca de que tinha que fazer algo para Peeta, algo para compensar todas as coisas que ele fizera por ela, como aquele quadro enorme que praticamente descrevia sua vida. Ele sempre foi dedicado a ama-la, sempre tão presente e ela sempre inconstante.

Subitamente, Katniss lembrou-se da música que criou quando Peeta estava fora, quando sua dor era domada pela falta. A música que Haymitch disse que ela fez inconscientemente para Peeta, aquela música que tanto descrevia os dois. A canção que ele merecia ouvir.

– Achei! – ele disse voltando para a sala.

Enquanto Peeta subiu as escadas sob passos rápidos de toalha e com a bermuda nas mãos, Katniss pegou a partitura delicadamente e não conteve umas lágrimas. Ela havia se lembrando da doce Madge.

Sentou-se suavemente no banquinho duplo e esperou Peeta descer as escadas para dedilhar a música.

– Oi linda. - disse Peeta já vestindo sua bermuda preferida e uma camiseta branca. - Oh! Você no piano! – Seus olhos estavam atentos.

Katniss deu entrada primeiramente para sua voz para depois partilhar da companhia do seu piano de cauda.

For all those times you stood by me, for all the truth that you made me see, for all the joy you brought to my life, for all the wrong that you made right, for every dream you made come true, for all the love I found in you. I'll be forever thankful baby you're the one who held me up never let me fall. You're the one who saw me through, through it all.

(Por todas as vezes que você me apoiou por todas as verdades que você me fez ver, por toda alegria que você trouxe para minha vida, por todos os erros que você fez tornarem-se certos, por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais, por todo amor que encontrei em você. Eu serei eternamente grata, baby. Você foi o único que me ajudou a me levantar, nunca me deixou cair. Você foi o único que me viu através de tudo isto).

Suas mãos tocavam lindamente o piano, e sua voz saia como a de um anjo. Peeta não escondia sua surpresa, ainda segurando a bermuda em mãos, seus olhos não conseguiam nem piscar, ele estava estático.

You were my strength when I was weak, you were my voice when I couldn't speak, you were my eyes when I couldn't see, you saw the best there was in me lifted me up when I couldn't reach. You gave me faith 'cause you believed I'm everything I am because you loved me.

(Você foi a minha força quando estava fraca, você foi minha voz quando não podia falar, você foi meus olhos quando não podia ver, você viu o melhor que estava em mim. Me levantou quando não podia alcançar, você me deu fé porque você acreditou. Eu sou tudo que sou porque você me amou).

Katniss fechara seus olhos, para sentir toda a emoção do momento. Peeta agora estava mais próximo, tão próximo a ponto dela sentir o calor de seu corpo em suas costas. Ele permanecia intacto, como se aquilo fosse um grande choque. Com se aquela fosse a revelação que ele tanto esperava.

You gave me wings and made me fly, you touched my hand I could touch the sky. I lost my faith, you gave it back to me, you said no star was out of reach, you stood by me and I stood tal I had your love I had it all. I'm grateful for each day you gave me maybe I don't know that much but I know this much is true. I was blessed because I was loved by you.

(Você me deu asas e me fez voar, você tocou minha mão, eu toquei o céu. Eu perdi minha fé, você me trouxe ela de volta, você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance, você ficou do meu lado, e eu suportei. Eu tive seu amor, eu tive tudo, eu sou grata por esses dias que você me deu, talvez eu não saiba muito disso, mas eu sei que isto é muito verdadeiro. Eu fui abençoada porque eu fui amada por você).

Seus olhos agora estavam abertos, atentos ao solo da música, pronta para não perder nem uma nota.

You were always there for me the tender wind that carried me. A light in the dark shining your love into my life. You've been my inspiration through the lies you were the truth. My world is a better place because of you.

(Você esteve sempre aqui por mim, o vento gentil que me carregava uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida. Você tem sido minha inspiração. Através das mentiras, você foi a verdade. Meu mundo é um lugar melhor por sua causa).

Katniss agora se preparava para a última estrofe, seus olhos estavam marejados e ela sabia que estava prestes a chorar. Seu corpo não respondia mais aos seus instintos e tremia levemente. A força dessa música era imensurável, a forma como ela a escreveu foi de todo o seu coração. De um coração quebrado, machucado e destroçado mais de mil vezes e que agora estava apertado por uma emoção muito grande.

Peeta era o que a mantinha viva, a razão dela continuar sendo forte, essa música era um mero agradecimento a tudo o que ele sempre fez. Um agradecimento por ele ama-la incansavelmente.

[...] I'm everything I am because you loved me.

(Eu sou tudo que sou porque você me amou)

Katniss se virou delicadamente e Peeta fez um sinal para ela se afastar do banco para dividi-lo. Ele enlaçou o braço em volta da cintura e ela aproveitou para tombar sua cabeça em seu forte ombro. Katniss suspirava, feliz e leve por ter finalmente tirado um peso de seu corpo.

– Essa foi a canção mais linda que eu já ouvi. – sussurrou Peeta com o queixo apoiado em cima dos seus cabelos.

– Fiz para você. – disse simplesmente. – Quer dizer, eu não sabia que era para você até agora. Fiz as cegas, mas a letra é puramente o que vivemos.

– Sim, exatamente. – suspirou fundo. Katniss pôde jurar sentir uma lágrima escorrer em sua testa, mas decidiu ficar ali, estática. Ele precisava daquele momento. – Você não precisa me agradecer por te amar.

– Preciso, você nunca desistiu de mim. – deu de ombros.

– Eu nunca desistiria de você, Katniss. Eu sei que fui um covarde durante anos. Sei que nunca demonstrei um mínimo de sentimento por você antes dos Jogos, eu te peço perdão por isso. Para mim, eu nunca teria chances.

– A sorte está a seu favor agora, Mellark. – falou Katniss sorrindo.

– Ainda bem que está. – Peeta acariciava os cabelos marrons da sua garota.

– Depois que isso tudo passar, acha que poderemos ser felizes? – ela questionou.

– Sim, eu acho. Eu tenho fé que isso só seja uma nuvem passageira. Vamos ser felizes, meu anjo.

As carícias foram interrompidas assim que ambos ouviram o bater na porta de entrada. Peeta ficou apreensivo por não sentir uma boa atmosfera, mas encaminhou-se para abri-la.

– Peeta. – disse Gale ofegante.

– Cara, você precisa parar de aparecer assim feito louco. – riu Peeta. – O que houve?

– Eu tenho uma pista do paradeiro de Enzzo, consequentemente uma pista sobre Johanna.

Katniss que antes estava esticada no banquinho, levantou-se rapidamente.

– Gale, entra. – chamou Katniss.

– Olha, eu preciso de vocês, principalmente da Katniss. – suspirou cansado. – Achei uma pista que me levou a um endereço na floresta da Cidade 12. A Katniss conhece lá tão bem quanto eu e vai poder me ajudar, eu não sei ao certo aonde é mas juntos poderemos ser úteis.

– Eu vou também. – afirmou Peeta com propriedade.

– Peeta, você faz muito barulho por causa da perna e você vai se cansar muito, hoje você está andando esquisito, significa que você está dolorido. – ela disse calmamente.

– Não, Katniss. Olha, não é por mal, eu confio no Gale, mas eu não vou deixar você ir lá sem saber o que tem. – bufou angustiado. – Sério, eu nunca vou conseguir ficar aqui sabendo que você está lá, em perigo.

– Peeta tem razão, Katniss. – interveio Gale. – Se eu fosse ele, não deixaria você sozinha. Mesmo estando comigo é muito perigoso, não sabemos o que vamos encontrar por lá.

– Eu só vou escrever um bilhete para Annie, afim dela não se preocupar quando chegar. Aguardem um minuto. – pediu Peeta. Katniss e Gale assentiram com a cabeça. – Ah Katniss, – disse quase saindo do cômodo. - não se esqueça de trocar de roupa.

Passou alguns minutos e Katniss já estava descendo, vestida apropriadamente. Afinal, um shorts e uma regata estavam longe de ser o ideal para sair na rua.

– E então, será que vai ser muito perigoso lá? – ela perguntou.

– Na verdade, não. Eu estou levando meu rádio qualquer coisa posso pedir reforços que irão me atender prontamente. Espero que Johanna esteja lá. – disse Gale apreensivo. Peeta ainda não voltara da cozinha.

– Você está gostando da Johanna. – disse Katniss com um sorriso amarelo.

– Eu acho que sim. – deu de ombros. – É tão estranho assim?

– Não sei, Gale. – ela falou honestamente. – Eu não os vejo juntos. Acho que são muito parecidos.

– Ela é muito impositiva e eu também, nossas personalidades não combinam, mas de qualquer forma, ainda é cedo para compreender o que sinto.

– Sim. – disse Katniss simplesmente. Peeta enlaçou sua cintura, mostrando que chegara.

– Vamos? – perguntou seu dente-de-leão.

Katniss revirou os olhos, visivelmente irritada e preocupada com Peeta lembrando que sua perna não estava completamente saudável hoje, mas acabou deixando-se levar pela cara de pidão do seu garoto do pão e pelo semblante preocupado de Gale.

Os três caminharam apressadamente, Peeta conseguia acompanhar os passos, mas uma vez ou outra tinha que parar por sentir um leve formigamento. Katniss estava de mãos dadas com ele, querendo que aquele momento nunca acabasse, sentindo-se feliz e contente por tê-lo ao seu lado.

Contudo a preocupação a cerca de Johanna eram inúmeras, os rostos de todos estampavam medo e angústia. Katniss não podia acreditar que ela estava nas mãos de um cretino. Uma pessoa que só buscava o mal e incitava o caos. Ela só queria recuperar Johanna e a trazê-la bem.

– E então, como vamos fazer isso? – disse Peeta quebrando o silencio.

– Katniss vai me ajudar a achar essas coordenadas, eu vou verificar o local de longe, fora da visão, junto a vocês. Assim que eu tiver uma posição, chamo os reforços.

– Sim. – disse Peeta.

Mais um pouco de caminhada e logo era visto a floresta, não era absurdamente longe da Aldeia dos Vitoriosos, mas com os passos lentos de Peeta tudo ficara mais difícil. Katniss encaminhou-se na frente junto a Gale e Peeta ficara um pouco para trás, mas sem perder ambos de visão.

Katniss pôde sentir aquele ambiente que tanto amara novamente, ela obviamente não tinha ânimo para matar a saudade por sua cabeça estar ocupada com outro tipo de pensamento, mas não pôde controlar o sorriso ao avistar os animais, as flores, o cheiro da terra molhada, indicando que estavam próximos a alguma fonte. A nostalgia arrematara seu peito, fazendo movimentos indecisos em seu estômago.

Gale pareceu estar tomado pela mesma sensação, ele olhava tudo atentamente, sem querer perder um mísero detalhe, vigilante a tudo a sua volta, como se estivesse em casa de novo.

– Vocês acham que estamos perto? – perguntou Peeta.

– Mais uns trinta minutos de caminhada agora. – indicou Katniss.

Aquela meia hora parecia não ter fim, Peeta e Katniss jaziam exaustos enquanto Gale estava a todo vapor, demonstrando que seu físico ainda estava preparado para lidar com a floresta. Já Katniss, fazia muito tempo que não passava por lá, que não visitava seu amado lugar, que nem ao menos saia de casa decentemente. Suas pernas estavam prestes a apresentar câimbras e seu corpo suava em demasia, indicando a falta de exercícios.

Peeta parecia alheio a aquilo tudo, um pouco amedrontado. Talvez, traumatizado? Katniss lembrou-se que ele não tinha uma visão da floresta como ela, ele nunca esteve em um local como aquele antes de vivenciar os primeiros jogos. Ela mordeu o lábio, pensando em como aquele local poderia ser prejudicial à saúde mental de Peeta, ou como aquilo simplesmente deveria ser doloroso para ele. Uma sensação de saudades, era o que a floresta representava para si, mas para o seu garoto do pão o significado daquelas folhas verdes, era outro.

– Você está bem, Peeta?

– Sim. – mentiu. – Eu só estou preocupado com Johanna.

– Vamos acha-la. – disse Gale motivando seu grupo.

Alguns minutos a mais se passaram e lá estava o local das coordenadas. De longe, não era avistado ninguém o que refletiu em um desapontamento nos rostos de cada um. A cabana era antiga, aparentemente mais velha do que a qual Katniss e Gale conheciam na floresta. Estava com galhos cobrindo as entradas e parecia completamente abandonada, sem sinal de Enzzo muito menos Johanna.

– O local está limpo. – afirmou Gale. – Vamos entrar e ver o que achamos.

Peeta e Katniss desceram com ajuda de Gale, afinal, aquele local tinha um grande deslize de terra. Os três caminharam vagarosamente em volta da cabana, olhando pelas janelas, verificando algum sinal de vida naquele ambiente morto.

– Realmente está limpo. – disse o Major novamente. – Vamos entrar.

Gale era forte, não precisou mais do que dois chutes para despencar a porta abaixo. A cabana que antes parecia nunca ter sido habitada por alguém, agora demonstrava o oposto.

– Quanta coisa aqui dentro. – disse Peeta surpreso. Katniss sorriu ao ver que em meio a tantas coisas, alguma pista poderia ser encontrada.

– Vamos. – pediu Gale. – Vocês vasculhem toda a área e eu vou verificar aonde essa escada dá. – disse apontando para os degraus.

– Tá bem. – concordou Katniss.

Aquele local era tenebroso, cheirava a madeira molhada e sangue. Provavelmente alguma morte ocorrera ali dentro. Peeta não pareceu se importar, ela acreditou que como ele não tinha o olfato muito aguçado por não ser um caçador, não havia percebido simplesmente, mas nada e nem ninguém poderia tirar sua percepção. Mesmo o seu físico estando um pouco fragilizado, seus instintos ainda pareciam os mesmos.

– Vocês precisam descer aqui. – pediu Gale lá de baixo.

– Vamos? – perguntou Peeta estendendo a mão direita para Katniss.

Peeta desceu na frente, cauteloso e sempre preocupado. Katniss já não podia conter a ansiedade. O que fizera Gale nos chamar assim, tão urgente?

A resposta para suas perguntas estavam estampadas no frio ambiente.

As paredes, continham fotos de vários ângulos dela, de Peeta, Gale, Johanna, Haymitch, Effie, Paylor e outras pessoas desconhecidas. Seu rosto era circulado em um canetão vermelho, indicado por setas e palavras como: Torto e Revolução.

A angústia em seu peito parecia a sufocar, mas ela não podia deixar ser abalada. Uma cadeira em meio ao vazio e correntes presas em sua volta fizeram uma imagem clara em sua visão. Johanna havia sido presa ali. Katniss encaminhou-se calmamente e avistou uma garrafa de água no chão, vazia e com pouco sangue em volta. A preocupação tomara-lhe novamente somada a angustia, quase a fazendo enlouquecer.

– Achei sangue nos edredons. – disse Peeta com a voz tremula.

– É recente? - perguntou Gale se aproximando.

– Não muito, diria no máximo uma semana, mas acho que faz poucos dias.

– Você tem razão. – bufou Gale ao avistar o sangue. – Esse sangue deve ser de Johanna.

O silêncio tomou conta do local, todos aflitos pelas provas encontradas. O ódio evidente nas paredes, o sangue de Johanna na garrafa e nas cobertas. Aquilo tudo parecia um pesadelo.

– Achei sangue aqui também. – apontou Gale. – Mas esses caíram em pingos, o sangue está seco mas deve ter vindo lá de cima. Essas madeiras velhas devem ter deixado vazar o líquido aqui embaixo.

Prontamente, o Major encaminhou-se para cima e rapidamente deu seu veredito.

– Alguém foi morto aqui em cima. – afirmou.

Peeta olhou Katniss com todo o carinho e atenção que pudera desempenhar. Ele estava visivelmente preocupado. Katniss decidiu sorrir para ele, mostrando que estava tudo bem, que ela não havia se despedaçado em mil partes ao ver aquilo tudo, mesmo sendo mentira, mesmo ela estando sim, em mil pedaços. Ela precisava acalmar Peeta.

– Esse sangue não é de Johanna. - disse Katniss em meio a incertezas.

– Vamos acha-la, vamos ficar aqui o tempo que for necessário, olhar documento por documento até acharmos alguma prova, ok? – disse Peeta a tranquilizando, fazendo o oposto do que ela prometera fazer. Ela precisava o acalmar, ele precisava de ajuda. Peeta permanecia a abraçando e acariciando seus cabelos ondulados.

– Ok. – disse Katniss suavemente, sabendo que teria um longo dia pela frente.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, obrigada pelos comentários! Vocês são sempre fantásticos.
Não se esqueçam de me mandar reviews desse capítulo, ok?
Beijos e até o próximo!