Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 28
Capítulo 28 - Gale


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAE *-* RECEBI OUTRA RECOMENDAÇÃO HOJE! SÉRIO, VOCÊS SÃO OS MELHORES LEITORES! SEMPRE ME FAZENDO FELIZ ;D

ADRIANE LEÃO, ESSE CAPÍTULO É EM TUA HOMENAGEM s2 Obrigada pela linda recomendação *-*

Aos meus leitores que tem comentado sempre: Eu agradeço muito vocês! Vocês são o meu combustível pra continuar a fic, sério. Vocês só podem ser os melhores leitores que já existiu! Muito obrigada, é um deleite ler tantos comentários positivos e fofos! Vocês são tudo :D

Eu adorei escrever esse capítulo, amo a família do Gale!

Giu, tá ai o capítulo *-* kkk

Beijos, nos vemos nas notas finais.



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Depois da pequena discussão na noite anterior, Gale voltara para sua casa. Era estranho porque com todos os acontecimentos, mal estava perto de sua mãe e mesmo morando lá temporariamente, mal parava em casa. Sentia falta dos seus irmãos bagunceiros e de sua princesinha birrenta. Sua família era tudo o que restava.

Ao avistar sua casa, já pôde ouvir o grito de sua mãe para com os dois meninos, tentando sem sucesso fazê-los parar. Gale havia saído para comprar mantimentos antes do almoço e não pôde conter o sorriso ao imaginar os garotos correndo, fugindo de Hazelle.

– Mãe? – gritou Gale pelo lado de fora. – Abra a porta.

Rapidamente sua mãe veio, abrindo a ponta ofegante.

– Ah filho, que bom que veio. – suspirou cansada.

– Rory e Vick dando muito trabalho? – disse enquanto batia as botinas pelo lado de fora.

– Sim, nossa nem me fale. Eles vivem em pé de guerra.

– É normal, mãe. Deixa-os brigarem. – disse Gale já na sala. – Faz bem para eles crescerem fortes.

– Mas não faz bem para a relação deles, eu não gosto. – admitiu triste.

– Oh mãe, não fique assim. – Gale selou os lábios em sua testa. – Não se preocupe tanto, não faz bem, vai te dar rugas. – riu.

– Mais do que eu já tenho? – deu de ombros.

– Mãe, você é linda. – disse sincero.

– Você é meu filho, é o suspeito número um para dizer qualquer coisa. – debochou.

– Você que pensa. – piscou a provocando. – Você já está preparando o almoço? – disse logo que sentiu um cheiro agradável de temperos pela cozinha.

– Na verdade, estava esperando você com os mantimentos. O tempero já está pronto, só falta preparar.

– Ótimo, eu estou com fome. – disse acariciando sua barriga, enfatizando seu apetite.

– Isso é bom! – riu Hazelle enquanto pegava as sacolas de compras – Significa que você vai crescer forte e saudável.

– Mãe, você esqueceu que eu já sou um homem formado? – disse arqueando as sobrancelhas.

– Ah filho, você sempre será meu bebê. – disse apertando sua bochecha.

– Ah mãe, pelo amor de Deus. – gargalhou Gale. – Ainda bem que estamos sozinhos.

– Filho. – disse Hazelle em um tom preocupado. – Você teve notícias da Johanna?

– Nada além do que eu te disse. – deu de ombros. – Ela está lá ainda com aquele canalha.

– Gale, você estava gostando dessa moça? – perguntou sua mãe diretamente.

– Mãe, você sabe que eu não te escondo absolutamente nada, não sabe? – ela assentiu positivamente. – Só que esse assunto eu não posso desvendar pra você porque eu realmente não sei.

– Filho, - Hazelle se sentou no sofá, ao seu lado. – você precisa aprender a compreender o que sente. Quando você tinha dúvidas de seus sentimentos para com a Katniss, eu não tive. Você lembra que eu sempre lhe dizia para dar um passo e ver no que daria?

– Sim. – bufou incomodado com aquela conversa.

– Então, você não tomou uma atitude e com os acontecimentos Peeta acabou conquistando o coração dela.

– Você fala como se eu não soubesse disso tudo. – revirou os olhos.

– Acontece Gale, que a vida é uma só. Katniss era realmente o amor da sua vida, a pessoa que todos no distrito acharam que você passaria o resto dos dias ao lado. Se você tivesse sido homem suficiente e tomado uma atitude, você não teria sofrido metade do que sofrera.

– Mãe! – exasperou indignado. – Eu teria sofrido mais, tá legal? Ela teria que fingir o amor pelo Peeta e eu estaria sofrendo que nem um condenado sabendo que ela era minha namorada, ou algo do tipo.

– Eu já conversei com você diversas vezes. Se você não tivesse ficado calado quando te perguntaram o que você era dela, simplesmente, nada disso teria acontecido.

– É, e não teria revolução e nós estaríamos na mesma merda. Eu deveria agradecer ao Peeta. - disse em tom sarcástico. - Afinal, foi por ele que ela colocou as amoras cadeado nas mãos, foi por ele que começou toda a Revolução. Se ele não existisse, Katniss seria a mesma menina faminta e complicada do Distrito 12.

– Sim, e agora ela está feliz ao lado dele. Você não acha melhor esquecer isso?

– Mãe eu já esqueci, tá bom? – mentiu.

– Não, você não esqueceu. – disse Hazelle pacientemente.

– Eu ainda sinto algo por ela, mas é diferente. Toda a vez que eu a vejo perto do Peeta eu fico enjoado. Sei lá, ela não é mais a mesma.

– Você não é mais o mesmo, meu filho. Você tem que aprender a se desvencilhar das coisas. Você deveria ter a amizade da Katniss, largar esse orgulho de lado e simplesmente aceitar a situação. Faria bem a você, a ela e ao Peeta, que é um rapaz bom.

– Ah mãe, eu estou um pouco cansado, vou para o meu quarto. – disse se levantando.

– Eu não acabei de conversar com você, Gale. – suspirou cansada. - Até onde sei eu te eduquei muito bem para você simplesmente virar as costas para sua mãe.

– Você fala como se eu tivesse doze anos de idade. – revirou os olhos.

– Você está agindo como se tivesse. – disse impondo. – Agora presta atenção na sua mãe.

– Vamos lá Dona Hazelle. O que a senhora tem para me dizer?

– Gale, você é lindo, inteligente, rico e tem um incrível futuro pela frente. – inspirou calmamente. – Você não quer ficar sozinho para o resto da vida, ninguém quer. Eu sei que você tem seus casos e acasos de vez em quando, mas sei que isso não faz parte da sua personalidade. Você é um romântico nato, um rapaz para casar e construir uma família. Dormir uma noite com uma garota e dispensa-la da forma que você faz só o torna um cafajeste.

Gale não pôde esconder a surpresa ao ouvir aquelas palavras, sua mãe o conhecia mais do que ninguém. Ele iria contrapô-la quando o chamou de cafajeste, mas resolveu respirar fundo e deixa-la prosseguir.

– Essa Johanna, é uma boa moça. Pude conversar pouco com ela, mas já vi em seus olhos que ela teve uma vida sofrida e mal abençoada. Ela deve ter vivido um grande amor que se perdera ou ele pôde tê-la decepcionando grandemente. Não importa. O que importa, é que você pode cura-la, pode ajuda-la a superar os medos e os desafios. Eu torço muito para que ela saia desse problema que vocês estão enfrentando, porque eu vejo um futuro em vocês.

– Mãe, não existe futuro ao lado de Johanna, ela está apaixonada pelo sequestrador dela. – bufou.

– Isso é absurdo, Gale. Claramente ela confundiu seus sentimentos, mas em nenhum momento você pode afirmar uma coisa dessas. – deu de ombros. – Você não sabe o que se passa na cabeça dela, o que ela está vivendo lá. Às vezes, esse Enzzo está sendo um cavalheiro e até pode ser que ele esteja se envolvendo emocionalmente com ela, mas você ainda não pode afirmar sem ter certeza. Você está se baseando no quê? Em uma ligação?

– Sim, mãe! No que mais eu vou me basear? – questionou.

– Filho, mulheres são pessoas confusas e elas não veem as entrelinhas. Enquanto você não demonstrar para Johanna o que sente, ela não vai saber. Não adianta você ocultar e imaginar que ela vai descobrir uma hora ou outra. Mulheres não são atentas, elas só veem a verdade quando está escrachada em sua visão.

– Eu nem sei se eu gosto dela. Nem tive tempo para isso, passamos pouco tempo juntos.

– Mas foram bem intensos, não foram? – perguntou.

– Sim, estávamos entretidos com a situação da Katniss, nos juntamos para um bem comum, mas não passou disso. – suspirou.

– Filho, o que você sentiu quando ela defendeu o Enzzo? – Hazelle estava segurando as mãos de Gale.

– Eu senti ódio, raiva. Sei lá, é muito estranho. – inspirou. – Me senti traído porque ela sabia o quanto eu precisava pegar esse cara e prende-lo. Aí, simplesmente, ela vai e se envolve com ele? É absurdo.

– Eu entendo, Gale. Talvez você realmente goste dela. Você vai fazer a mesma coisa que aconteceu com a Katniss?

– Mãe... olha... é muita coisa para eu digerir. Johanna nem está aqui, em primeiro lugar e eu nem sei o que está acontecendo com ela lá. Eu preciso salva-la primeiro.

– Quando Johanna estiver bem e essa situação estiver passado. Promete para mim que você não vai agir da mesma forma? Promete que vai pensar em seus sentimentos com cuidado e largar o orgulho de lado?

– Prometo, mãe. – disse simplesmente.

– Você me promete de coração? – questionou ela indecisa.

– Prometo de coração.

– Então, eu vou acreditar em você. – Hazelle sorriu e acariciou o rosto de seu filho. – Agora, vamos arrumar esse almoço antes que todos os meus filhos desmaiem.

Hazelle era no mínimo a pessoa mais convincente e manipuladora que existia, Gale bufava ao lembrar-se da conversa que teve com a sua mãe, era irritante uma pessoa compreende-lo mais do que ele mesmo, entender seus sentimentos antes que ele possa os balancear. Hazelle era incrível, além de uma mãe, era sua melhor amiga. Gale sorriu e agradeceu mentalmente por ter uma pessoa tão maravilhosa em sua vida.

Passou o tempo e Gale ainda perdido em seus pensamentos, foi interrompido ao ouvir sua mãe o chamar.

– Venha almoçar Gale! – gritou da cozinha. – Não se esqueça de trazer a Posy, ela está no quarto brincando de boneca.

Gale caminhou-se apressadamente depois que ouviu seu estômago reivindicar comida pela terceira vez.

– Posy? – chamou batendo na porta.

– Não vou abrir pra você, estou brava. – disse a voz suave de uma criança mimada.

– Ah, então tá bom. Eu vou te tirar dai a cosquinhas! – provocou.

– NEM PENSAR! – gritou a pequena.

A garotinha saiu correndo pela porta como um furacão e agarrou as pernas de Gale.

– Você está chateada porque não brinquei de boneca com você? – perguntou, mas ele já sabia a resposta.

– Claro, você prometeu que ia brincar comigo e não cumpriu sua promessa. – disse sabiamente.

– O que eu posso fazer para compensar a minha falta?- disse Gale pegando a menina no colo.

– Você pode comprar chocolate para mim. – pediu fazendo bico.

– Mas você vai ficar gordinha. – disse Gale cutucando sua barriga.

– Ser gordinha deve ser bom! Todos os gordinhos da minha escola são felizes! Eles comem tudo o que a mamãe põe na lancheira. – disse Posy dando de ombros. Gale não pôde conter a gargalhada ao ouvir a inocência de sua irmã.

– Você não pode ser gordinha! Imagina quando você começar a namorar?

– Credo! Que nojo! Meninos são nojentos.

– Ótimo pensamento, Posy. Continue assim até atingir a idade adulta. – riu Gale.

– Claro, eu nunca vou namorar. – disse virando o rosto, o esnobando.

– Que menina mais metida!

Gale estava descendo as escadas com Posy no colo e já pôde ouvir seus irmãos brigando por alguma coisa relacionada à comida.

– Se eu chegar aí e vocês tiverem brigando, eu vou bater nos dois. – Gale disse piscando para Posy.

– Você é mau! – disse ela sobre risadas.

– Gale, ele que começou! – disse Rory da cozinha.

– Sei. – disse Gale chegando ao ambiente e colocando a pequena Posy no chão. – Vocês são tudo farinha do mesmo saco.

Os dois irmãos bufaram irritados, enquanto Gale sentava-se à mesa pôde ver sua mãe gesticulando O.B.R.I.G.A.D.O pausadamente em seus lábios. Gale riu da situação.

O almoço estava excelente, como sempre. Sua mãe tinha uma ótima mão para cozinha e ela sempre diversificava bem os alimentos. Gale estava satisfeito, pronto para efetuar a ligação que daria início a todo o processo. Ele iria telefonar para a Presidente Paylor, torcendo para que ela não tivesse desistido do plano.

– Presidente Paylor falando.

– Olá Presidente, Major Gale falando.

– Que bom que me ligou, precisamos muito conversar.

– Sim, precisamos. - bufou Gale. – Principalmente sobre o plano.

– Sim, quanto a isso, está tudo encaminhado. Mas eu acho que vamos ter que mudar essa situação. Eu tenho um agente aqui no campo e ele me disse que tem pistas sobre o Enzzo na Cidade 12.

– E que pistas são essas? – questionou Gale ansioso.

– Na verdade, um dos antigos amigos de Enzzo, um tal de Eddard, estava caminhando por essas ruas do centro. Parece que ele comprou algumas coisas em seu nome.

– MAS ISSO É UMA ÓTIMA PISTA! QUANDO VAMOS SABER MAIS? – Gale quase gritava de euforia.

– Calma, Gale. Ainda não temos certeza. Eu vou te encaminhar pelo computador alguns dados e aí você verifica. Se você encontra alguma novidade, me ligue amanhã.

– Ok presidente, me desculpe. Eu realmente estou preocupado com a Johanna.

– Sim, totalmente compreensível, mas essa situação logo acabará. Prometo a você.

A ligação ficou estática e Gale prontamente foi ao seu escritório aguardando ansiosamente os arquivos prometidos. Não demorou dez minutos e todos os documentos já estavam em sua visão.

Gale passou oito cansadas horas analisando todos os arquivos, continham fotos do Eddard ao lado de Enzzo, documentos de várias identidades falsas que ambos usaram no decorrer da Revolução, continham gravações de ligações entre eles que Gale pôde ouvir atentamente e estava nítido seus planos para com Katniss. Tudo, resumidamente levava a Eddard ajudando Enzzo em seus planos, como se fosse seu braço direito.

Só que enquanto passava pelos arquivos, percebeu um endereço. Um endereço da Cidade 12. Claro que ninguém da Sede iria compreender a sua localização por se tratar da floresta e de um local quase desconhecido na cidade, mas Gale sabia exatamente onde era. Um local afastado de tudo, local onde ele e Katniss eram eles mesmos. Uma época que parecia ser tão distante e infeliz, mas o Major sorriu ao lembrar-se dos incríveis momentos que tivera ao lado dela, todos cravados em sua memória e em seu peito.

Gale, com o coração na mão imprimiu o arquivo para olhar mais atentamente. Quando deu por si, suas especulações estavam confirmadas. Sem pensar em mais nada, Gale saiu as pressas de casa, indo diretamente para a Aldeia dos Vitoriosos. Ele precisava de aliados.


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Notas finais do capítulo

Hazelle dizendo o que eu sempre quis dizer ao Gale :D kkkkkk
Espero que tenham gostado desse capítulo!
Nos vemos no próximo!
Beijão.



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