Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 17
Capítulo 17 - Enzzo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu preciso agradecer especialmente a Anníssima pela linda, maravilhosa e incrível recomendação que ela fez pra mim!
MUITO OBRIGADA, LINDA *-*
Sério, fiquei muito feliz com as suas palavras.
Esse capítulo aqui fica em sua homenagem, espero que goste e que não se decepcione :D

Para os meus leitores que sempre me mandam reviews: Eu não tenho como agradecer vocês, vocês sempre me motivando a continuar a escrever e sempre me dando opiniões e ideias! Vocês são incríveis, obrigada!

Para os meus leitores fantasminhas que apareceram: Obrigada! É muito bom saber que vocês acompanham! Teve gente que até criou conta no Nyah só pra poder me mandar review! Vocês são uns amores, obrigada.

Para os leitores fantasminhas que ainda não se manifestaram: É importante pra mim receber o feedback dos meus leitores para eu saber se estou encaminhando a história para a direção certa. Se vocês me escreverem: Tá ótimo, pode continuar ou Tá horrível, deleta. Já me permitir saber se está tudo nos conformes, ok? *-* Obrigada.

Esse capítulo foi difícil de escrever, é o primeiro vilão que crio e eu não pensei em fazê-lo mal por simplesmente ser 'mal', decidi contar resumidamente a história e os principais motivos dele ter se tornado quem é.
Eu espero que vocês gostem do capítulo e me perdoem qualquer coisa, porque é o primeiro vilão que faço ^^
Falo com vocês nas notas finais, ok?



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– Filho, hoje pela primeira vez você assistirá aos Jogos Vorazes. – disse Snow orgulhoso.

– É, pode ser. – suspirou Enzzo.

– Por que você está tão desanimado filho? – perguntou.

– Porque eu já vi na televisão, não acho necessário ir para o local onde fica o Chefe dos Idealizadores. O que muda afinal?

– A emoção filho! Você tem que se entusiasmar um pouco, agora que fez doze anos tem que começar a participar dessas coisas mais assiduamente com seu pai. – fitou seu filho seriamente.

– Pai, eu não acho isso certo, quer dizer, deve se horrível para essas famílias assistirem seus ente queridos lutarem até a morte.

– Enzzo, você já me ouviu falar um milhão de vezes. Isso é necessário para manter a paz na Panem, se a gente não controla os Distritos eles se rebelam. Você já estudou história e sabe disso.

– Snow, você já me imaginou indo pra arena? O que você iria fazer? – debateu.

– É impossível e você sabe disso, Enzzo. Nós somos a Capital e eu comando os jogos, as regras são claras: Somente tributos dos Distritos. – disse Snow pacientemente.

– Como você pode fazer parte de uma coisa tão cruel? – Enzzo o olhava atentamente com os olhos marejados. – Eu me nego a assistir isso.

Snow ficou de pé e se aproximou ameaçadoramente, Enzzo já se preparou para levar um tapa bem forte no rosto quando percebeu que seu pai estava tentando ao máximo se controlar. Respirava e inspirava diversas vezes, buscando adquirir o controle de seus nervos.

– Você não tente me questionar, garoto! – gritou Snow. – Você é meu filho e querendo ou não tem que fazer parte disso.

– Sua politicagem é suja e me enoja! – cuspiu Enzzo.

Agora Enzzo estava quase certo de que realmente iria levar uma surra. Snow se aproximou bruscamente, ergueu o braço bem alto e esbofeteou seu filho fortemente no rosto, deixando uma marca quente e vermelha de cinco dedos em sua face.

Snow por longos minutos ficou em silêncio olhando de forma incrédula para seu filho. Seu primogênito o refutar sem pestanejar.

– Se você alguma outra vez ousar se opor contra mim de novo. Questionar a integridade da minha política, meu bom senso e minha tomada de decisões eu não vou poupar sua vida, Enzzo. – seu olhar possuía uma raiva genuína. – Eu vou matar você, mas antes me certificarei a matar todos seus irmãos em sua frente, os torturando e citando seu nome para que eles saibam que você seria unicamente o motivo de suas mortes. Depois matarei dolorosamente sua mãe, você me entendeu bem?

O corpo daquele garoto tremia inquietamente. Em meio a uma ameaça tão dura e direta jamais poderia se opor. Sabia que seu pai não recuava e também era ciente que se Snow ameaçava, obviamente cumpria. Enzzo amava sua família e jamais permitiria que algum mal os acontecesse.

– Sim, pai. – disse engolindo seco. – Eu daqui pra frente farei tudo o que o senhor mandar.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Aquele local era de longe o mais desconhecido de toda a Cidade 12, totalmente afastado do centro e, provavelmente, nunca antes visitado. A cabana era pequena e cheirava a madeira molhada, continha apenas um quarto, sala, cozinha e banheiro, mas o que era interessante ali para Enzzo não era a comodidade, mas sim seu grande porão. A estrutura de sua “nova casa” era formada por toras de madeira, com portas e janelas velhas que rangiam ao vento pelo pouco uso, Enzzo já havia trazido todos os seus equipamentos modernos e instalado no porão. Fizera daquilo sua estação de trabalho. Realmente, para ele a falta de luxo que aquela cabana tinha não era importante, afinal, aquele local era somente uma moradia temporária afim de alcançar os seus objetivos.

A noite não estava fria como as anteriores, havia uma iluminação natural nas ruas devido a presente personificação da lua ao céu escuro. Isso era bom, porque Enzzo estava ciente que mais uma vez passaria a noite em claro trabalhando, bolando planos e os pondo em prática.

Seus capangas estavam em serviço, ao todo mais de vinte homens. Ele sabia que não eram devidamente qualificados de acordo com suas expectativas, ele precisava de homens com características militares e próprios para o campo, mas eram fieis e tinham palavra, sabiam lidar com uma arma e não possuíam remorso, era exatamente de pessoas assim que ele precisava.

Em sua infância, Enzzo sempre fora um menino muito doce e apegado à família, isso aos olhos de seu pai era no mínimo uma grande fraqueza. Snow não permitia fraquezas. Seus outros irmãos sempre foram os mais queridos pelo pai, talvez por serem exatamente o seu oposto. Sua mãe, pelo contrário, era uma pessoa muito querida e preocupada com seus filhos, ela sempre esteve presente na vida de Enzzo completando as lacunas que seu pai formou.

Snow não era o tipo de pai que toda a criança sonhara. Claro que ser filho de um Presidente tinha grandes vantagens, fartura, riqueza e conforto. Mas seu pai era completamente rígido, exigia as melhores notas de seus filhos na escola, quando voltavam para casa tinham aula particular de política e história com seu pai. Snow buscava passar a eles valores e moralidades que foram ensinados a ele quando criança. Sua mãe ficava perplexa com a brutalidade do marido, mas nunca pôde interferir, se fizesse, sabia que amanheceria com a cabeça degolada em uma bandeja.

Enzzo claramente nasceu de uma família perturbada e complicada, mas com o tempo, passou a admirar seu pai. Cresceu em meio àqueles valores, aprendeu a ama-lo e respeita-lo como seu parente e mentor, aprendeu a gostar aceitar suas regras e valores a ponto de trocar sua vida pela de sua família. Lealdade, União e Compromisso. Essas três palavras definiam o lema da família Snow.

– Senhor, preciso informar o status da missão. – o rádio de comunicação anunciou o aviso de Eddard.

– Aonde você estão? – disse Enzzo.

– Estamos em frente a casa do tordo, Senhor. - Edd fez uma pausa. - Por enquanto não temos contato visual com nenhum indivíduo.

– Mesmo depois do bilhete? Nem Gale, nem Johanna e nem Haymitch? – disse surpreso.

– Não. Peeta e Katniss não saíram de casa e ninguém também apareceu.

– Você tem certeza, Eddard?

– Absoluta, senhor.

– Continue vigiando, se alguma coisa diferente acontecer preciso que me mantenha informado.

Katniss Everdeen, o motivo da Revolução, o tordo, o símbolo que denota a morte de seu pai. Enzzo mal esperava para colocar as mãos naquela garota, tortura-la e vê-la sofrer, implorando no mínimo por uma morte rápida. O gosto de vê-la morta fazia seu coração se tomar pela vingança.

Após a morte de Snow, todos seus irmãos passaram pelo pior, foram presos, levados, torturados e maltratados pelos rebeldes. A presidente Paylor aceitou livra-los da morte, mas isso não era favor nenhum porque tudo já estava acabado: Família, dignidade e seu legado. Viver sem os benefícios que sua vida antiga o proporcionava não era bem uma opção. Enzzo tinha um plano político e pessoal em andamento.

Parte de seu plano fora elaborado durante a Guerra, Enzzo tinha a intenção de começar a caçar Katniss Everdeen no Distrito 13 mas seu pai jamais permitiu. Para a Capital, Enzzo foi a pessoa principal por trás dos ataques e estratégias de guerra. Ele fora o cabeça de toda a organização, mas isso não era bom aos seus olhos, para Enzzo a única coisa que fez foi fracassar. Fracassou em salvar seu pai, falhou em manter a política. As únicas coisas que seu pai passou a vida toda tentando o ensinar ele simplesmente não conseguiu fazer: Salvar o governo e sua família.

Contendo a raiva, Enzzo sabia que a hora de remediar seus erros estava para chegar. Muitos amigos seus que hoje estão envolvidos disseram a ele que isso era uma missão suicida, sem volta e sem tempo para arrependimentos, mas a vida que Enzzo dizia considerar não existia mais. A verdade que ele conhecera a tantos anos simplesmente foi alterada e isso ele não podia ir contra. Então, seu último objetivo era vingança e ordem, se para isso sua vida tiver que ser tirada no final, pouco se importava. Preferia morrer a viver daquela forma. Enzzo estava tão focado em seus pensamentos que não percebeu dois de seus homens entrarem.

– O que fazem aqui? Achei que estariam em missão.

– Nossa missão é falha senhor. - disse o rapaz magricela da direita.

– Como é seu nome, moleque? - Enzzo disse seriamente.

– Carl, senhor. - disse o menino.

– Percebe que acabou de me contrariar na frente do seu colega? - questionou Enzzo.

– Não senhor, eu só acho que essa missão é falha. Não temos porque vigiar a casa do Major Gale. - disse Carl buscando firmeza em sua voz

Enzzo se aproximou lentamente do rapaz, com sua Magnum 44 na mão e fez menção de apontar.

– Você entende que quem decide se sua missão é falha ou não sou eu, não entende?

– Sim, peço desculpas. - disse o menino.

Carl deveria ter em torno de vinte anos de idade, tinha os cabelos castanhos e os olhos verdes, era muito magro e frágil mas era um garoto inteligente. Uma pena que Enzzo não tinha paciência para aquele tipo de atitude.

– Suas desculpas não me servem de nada, criança. - O tiro ecoou por toda a cabana, fazendo as corujas que estavam do lado de fora baterem as asas apressadamente.

– Se-senhor? - disse o rapaz que estava na esquerda.

– Não gagueje homem, se não será o próximo. Faça questão de que todos do meu pelotão saibam desse situação. Eu não vou ser contrariado. Se dei uma ordem é para cumprir. - Enzzo cutucou o corpo estático com o pé o fitando meio de lado. - E limpe essa sujeira.

– S-sim, senhor. - disse o rapaz.

O plano andava de acordo com suas expectativas. Armas, munição, homens e um objetivo era tudo o que Enzzo precisava para realizar sua meta, um sorriso nos seus lábios se materializou quando pensou que estava perto. Perto demais de pegar Katniss Everdeen e faze-la passar por tudo. Tudo o que seu pai puritano a evitou de passar.

– Agora é a sua vez de ver o poder da família Snow, Katniss. sorriu Enzzo malevolamente ao retirar as balas de sua arma. - Com o meu pai, aquilo foi meramente brincadeira de criança. Só que agora, não temos mais crianças para brincar.


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Notas finais do capítulo

Então, nosso vilão é cheio de problemas :( confesso que fiquei com um pouco de pena em fazê-lo porque é até compreensível esse lado dele...
Bom, espero que vocês tenham gostado do capítulo o
Mais surpresas estão por vim, fiquem no aguardo.
Não se esqueçam de me mandar reviews, vocês são uns fofos.
Beijossss