Book Of Me And You. escrita por ItsJustFour


Capítulo 2
Capitulo 2. - O desgraça de corretor que não deixa o numero romano.


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE. Voltei meus lindões... Cara, como é um cu voltar pra escola viu? E pior ainda, duas aulas de educação fisica, nas duas primeiras aulas. Sem aviso. Sem porra nenhuma. Mereço? Enfim, deixa eu parar de falar coisas escrotas que ninguém quer saber, mas beleza.



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Acordei com um Hades puto da vida.

–ANDA MENINO! ACORDA LOGO SE NÃO TU VAI SE ATRASAR!

–Legal, pai, pode sair da minha cama agora? – resmunguei sonolento, ainda me sentando.

Ele saiu xingando Deus e o mundo e bateu a porta.

Me levantei e olhei as horas no celular.

Hm. 7:15. Legal.

Pera... 7:15? Como assim 7:15? PUTA QUE PARIU, DESGRAÇADO, MENTIROSO DOS INFERNO.

Cara, eu não demoro nem 20 minutos e ele sabe disso, e as aulas só começam as 8:00 A.M.

Agora que já tinha levantado, eu sabia que não ia dormir de novo.

Muito obrigado, paizão.

Tomei um banho e vesti uma roupa qualquer.

Eu sei que na escola todos tem que usar os uniformes e blá, blá, blá. Quem liga pra isso?

Peguei meus óculos de Sol, pois milagrosamente fazia Sol naquela droga de cidade.

Peguei minha mochila e desci pra tomar café e... Pera, aquele é o meu pai, rindo que nem uma criança tosca vendo Bob Esponja na Tv?

–O que diabos você ta fazendo?- perguntei.

Ele se virou e fez uma cara de não é obvio?

–Você não pode ser meu pai. Impossível. Tu não tem que trabalhar, homem?

Ele olhou no relógio de pulso.

–Ai Jesus minha nossa senhora, tô atrasado.

Ele saiu pela porta que dava pra garagem xingando em voz alta.

A cozinheira tinha feito umas panquecas, mas eu queria chagar mais cedo pra dar uma olhada no lugar.

Mentira, eu queria é chegar atrasado pra causar a maior impressão.

De preferencia eu ainda tinha que escolher uma menina e esbarrar nela, que nem nos filmes clichês que minha irmã adorava.

Sentei e comi calmamente.

Olhei no relógio e faltavam uns 10 minutos pra bater o sinal.

Ok, são uns 5 ou 6 até a escola se eu não pegar um transito infernal.

Já tá bom né?

Sai pela mesma porta que meu pai e entrei no carro.

Quando estava quase acelerando pra ir, vi o portão da garagem do vizinho se abrir, mas eu estava atrasado, não podia ficar esperando.

Acelerei o carro e pra minha sorte não tinha tanto transito.

Quando entrei pelos portões da escola (que por sinal era enorme.) vários, tipo muitos, olhares se viraram.

Ai como eu adorava a sensação.

O estacionamento da escola estava cheio de mustangs, camaros, ferraris, BMW’s, Land Rover’s e etc.

Uhu, nenhum Audi, sou o primeiro.

Parei na primeira vaga que vi, que por sorte era perto da entrada e desci do carro com a mochila nas costas.

As garotas suspiraram. Os garotos olharam com cara de quem comeu e não gostou. E eu só sai andando, como se não me importasse.

Arg, ainda tinha que pegar meu horário. Coisa escrota.

Tirei os óculos assim que entrei e comecei a procurar a secretaria.

O primeiro sinal bateu e eu ainda não tinha achado.

–Ah, até que enfim. – comemorei quando vi a plaquinha.

Uma velha estava parada diante de um computador.

–Ahm, moça, eu vim pegar meu horário. – eu disse a ela.

A velha nem ergueu os olhos.

Fingi limpar a garganta.

Ela olhou pra cima com aquela cara de sapo.

–Diga, e seja rápido pois eu não tenho muito tempo.

–Eu. Quero. A droga. Do meu. Horário. – Certo, já tinha ficado estressado.

–Olha a educação garoto. – ah mas eu ainda mato essa velha escrota. – Qual seu nome?

–Nico. Nico Di Ângelo.

Pov Thalia Grace.

Cheguei na escola meio atrasada. Tudo culpa de Jason. Cara, aquele menino tinha que vomitar justo no banco do meu carro?

Enfim, quando parei o carro no estacionamento, Annabeth já veio gritando pra cima de mim.

–THALIA, VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR!

–O que? O Perseu assumiu que é gay?

–Não, sua besta, tem um aluno novo que é tipo, muito gostoso.

–E eu com isso?

–Ah, qual é Thals, vem...

–Vem aonde, mizéra?

Annabeth continuou me arrastando.

–Isso é sequestro, sabia né? – eu resmunguei.

–Calada.

O sinal tocou, mas Annie não foi pra sala, o que era meio estranho já que era ela meio nerd.

–Annabeth eu tenho quase certeza de que você tem Geografia agora...

–Ali. Achei.

–Achou o que sua louca? Por que a gente tá indo pra secretaria? Por incrível que pareça eu já peguei meu...

–Olha aquilo.

E eu olhei. E sinceramente... Eram costas muito quentes.

–Ok, eu vi as costas dele, e dai? – me fiz de difícil.

–Só...espera ele se virar ok? Tenho que ir pra aula, tchau.

Aquela loira estranha se virou e saiu correndo, e eu fiquei ali que nem uma besta, parada esperando aquele garoto virar.

Pelo jeito ele estava discutindo com a velha da recepção.

Normal, uma experiência pela qual todos passamos.

–Qual seu nome? – ouvi ela perguntar.

Nico. Nico Di Ângelo.

Ai que nome de gente deliça, cara.

Ela entregou um papel pra ele, provavelmente os horários e ele se virou bufando.

Eu? Eu só queria esconder minha cabeça em algum lugar, só pra ele não reparar que eu estava olhando.

Levantei o olhar e meu deus, que menino perfeito.

Pov Nico

Me virei bufando e vi uma menina meio que me encarando.

Ela abaixou o olhar envergonhada mas logo depois o ergueu.

E meu Deus, que menina perfeita.

Tudo bem, hora de colocar os filmes clichês em ação.

Me aproximei dela calmamente e ela voltou a me encarar.

–Oi. – disse eu.

–E ai.

–Sou Nico.

–Thalia.

–Ahm, eu sei que a gente tá meio atrasado, mas será que não seria muito incomodo se eu pedisse pra me mostrar onde fica a sala de Química. – perguntei sorrindo.

–Depende. Só se você disser que vai esquecer que eu estava te encarando.

Eu ri.

–Feito.

Ela sorriu, e aqueles olhos azuis elétricos me encantaram.

Ai que coisa de gay.

Ela foi andando na frente até chegarmos na porta de uma sala.

–Bom, obrigado. Vejo você mais tarde? – perguntei, sorrindo galanteadoramente.

–Na verdade, temos quase o mesmo horário.

“Que sorte” pensei.

–Legal.

Bati na porta e coloquei a cabeça pra dentro.

Ok, de todas as falas escrotas que tem nessa coisa, essa aqui foi a pior.

–Quem é você? – perguntou o professor, ríspido.

–Ahm, o aluno novo.

–Ah, e vejam que surpresa, Thalia Grace. Eu devia te dar uma suspensão mocinha...

–Ela se atrasou por minha causa. Sinto muito. – interrompi. Por que é que eu fiz aquilo mesmo? Ah, é, filmes clichês.

–Ora, muito bem senhor aluno novo. Entrem.

Nós entramos e Thalia se dirigiu a uma mesa no fundo, eu estava quase a seguindo quando...

–Garoto, você fica.

Me virei bufando. De novo.

–Se apresente. – ele ordenou.

–Meu nome é Nico. Nico Di Ângelo. Vim da Califórnia por que meu pai me arrastou. Tenho 17. Status: Solteiro. Posso me sentar?

O professor me olhou com um olhar reprovador.

–Sente-se. Meu nome é James Roll. Sr. Roll para os alunos. Espero que não cause nenhum problema na minha aula, senhor Di Ângelo.

–Claro, querido professor.

Me sentei lá no fundão e esperei o professor começar a falar e levantei a mão.

–Sim, senhor Di Ângelo? – ai que professor estressado, nem comecei a zoar ele ainda.

Dá pra você parar de falar ‘Ai’, isso aí é muito gay.

Ô consciência, se tá ligada que me chamando de gay, tu tá SE chamando de gay né?

Eu sei a minha preferencia sexual, mas você pelo jeito ainda não se decidiu.

AI! Quero dizer, AH! Por que eu não podia ser um daqueles burros que não tem consciência?

Deixa eu parar com a discussão interna que o professor tá me encarando.

–Posso ver as horas no celular? – perguntei.

–Não são permitidos celulares.

–Ah. Mas e se eu quiser ver as horas? – é claro que eu ia zoar os professores.

–Pergunte pra alguém que tem relógio.

–Mas eu tenho relógio.

–Ótimo, então veja as horas no seu relógio, senhor Di Ângelo. – ele já tava meio estressado pelo jeito.

–Mas o meu relógio fica no celular. E o senhor disse que não são permitidos celulares. – me esforcei pra não sorrir.

–Então quando quiser saber as horas, pergunte a mim.

–Certo.

Esperei um tempo enquanto o professor voltava a dar matéria.

Levantei a mão.

O professor bufou.

–Sim, senhor Di Ângelo?

–Que horas são? – perguntei na cara de pau. Escroto isso.

Nossa, tá muito zoeiro hoje, melhor parar ein.

Ah, consciência, me deixa ser feliz.

A sala riu.

–Você está tirando uma da minha cara?

Claro que estou, professor estupido.

–Não senhor, claro que não, eu nunca faria isso.

Ninguém precisa saber.

Como se ninguém tivesse reparado.

–São 8:25 a.m. Di Ângelo. – ele tinha um olhar desconfiado.

–Valeu.

Deixei o pobre professor explicar durante uns 10 minutos.

E ai levantei a mão.

–O que é agora garoto?

–Queria saber se posso mascar um chiclete... – perguntei.

–Não, Di Ângelo, não pode.

–Bala?

–Não.

–Pirulito?

–Não.

–Mentos?

–Não, e se você perguntar algo mais, eu juro que te coloco pra fora.

–O.k.

Esperei mais uns 10 minutos, sabendo que a aula já ia acabar e levantei a mão.

A sala riu.

–Nico Di Ângelo, pra fora, agora.

–Mas...

–Mas nada. Sala do diretor.

–Mas professor...

–O QUE É? – ele gritou.

Cara, como eu queria rir.

–Era uma duvida sobre a matéria e...

–Duvida sobre a matéria?

–Sim.

–DUVIDA SOBRE A MATERIA?

–Uhum.

–SE VOCÊ FIZER GRAÇA NA MINHA SALA DE NOVO, EU JURO QUE VAI SE ARRPENDER.

–Ui. – murmurei.

Depois que bateu o sinal, o professor filho das quenga quase me chutou pra fora da sala.

Nossa que estressadinho, tudo isso por causa de uma piada.

ALELUIA MINHA CONSCIENCIA FALOU ALGO QUE PRESTA!

Eu praticamente me vi revirando os olhos.

Andava meio distraído pelo colégio quando esbarrei em alguém.

AH NÃO, COISA CLICHÊ NÃO, NÃO, NÃO E NÃO.

Segurei a pessoa antes que ela caísse.

Pelo menos era um menina, não um bombadão feio.

Eu sei que você queria um macho, Nico, não adianta negar.

Fale por você.

A menina tá te encarando, escroto.

Ah é, a menina...

Gosta tanto de mulher, que nem tá ligando pra menina gostosa que tá colada em você.

Isso por que a porra da minha consciência não cala a boca pra eu me concentrar.

Eu sei que sou sexy, da licença.

Bufei mentalmente e me concentrei na vida real.

Olhei naqueles olhos cinzas e senti que já os conhecia de algum lugar.

Devem ser iguais aos algum homem que você pegou por ai.

... Nem falo nada.

–Nico? Nico Di Ângelo?

Aimeuzeuséagoraqueeusouestrupadosenhorfalemprosenhorazulqueeuamoele.

Eu já ia perguntar como aquela louca sabia meu nome, até que eu lembrei.

–Annie? Sério isso? Você mesmo?

Ela deu um gritinho animado e me abraçou.

–Nossa, que pedaço de mau caminho que você tá em? – ela disse se separando.

–Eu? Olha só pra você!

Ela me abraçou de novo, e a única coisa que eu ouvi foi:

–HEY, LARGA A MINHA NAMORADA.

E ai depois:

–LUKE, NÃO, ELE...

E ai o tal cara que provavelmente chamava Luke, se aproximou sem mais nem menos e me deu um soco.

Sei, queria que ele te desse outra coisa né?

Como faz pra remover a consciência mesmo?


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram? Para os meus padrões, até que ficou grandinho esse ai.
Sabe essas coisa escrota que o Nico fez com o professor? A ideia veio pq eu fiz isso com a nova professora de ciências hoje... :3 Gente nova, professores escrotos que ainda não me conhecem, e menino feios, pra variar. Primeiro dia de aula na droga da minha escola.
P.S: Eu sei que falo muito palavrão de vez em quando, então se não curtirem isso, é só falar que eu paro. ;)