Cara, eu juro que se eu levasse mais um soco, minha cabeça caia.

Como é que foi ai,Nico?

Nossa senhora em consciência,ta complicado ai em cima?

Heuheuheu pelo menos eu to sempre pra cima né?

Ai meus deuses, minha consciência é mais tosca que eu.

Enfim, eu vou aproveitar esse momento milagroso em que a consciência não respondeu, pra continuar a narração.

Depois que a Annie gritou, eu só pude sentir o tal de Luke me dando (N/Consciência: Hehe.) um soco na cara.

Ai, ele batia bem.

~le consciência gargalhando maliciosamente~

~le Nico com cara de “serio que eu tenho que aguentar isso?~

Resolvi que não ia bater no tal de Lucas por que vai que depois a Annabeth me bate, e você não quer apanhar da Annabeth.

Ela segurou o colarinho do... qual o nome dele mesmo? Luciano? É, deve ser.

–O QUE VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO SEU ESCROTO? – ela gritou.

–O QUE EU TO FAZENDO? VOCÊ QUE TAVA ATRACADA COM ESSE MENINO TOSCO NO MEIO DO CORREDOR!

–LUKE! O NICO É SO O MEU AMIGO!

–SEU AMIGO? AMIGOS NÃO SE ATRACAM, VADIA!

–OPA OPA OPA! – me intrometi. – VOCÊ NÃO VAI FALAR COM ELA ASSIM NA MINHA FRENTE!

A plateia fez um coro de ‘uuuhhh’, ou ‘eu não deixava’.

Bando de barraqueiros.

–E VOCÊ VAI FAZER O QUE, AMANTE?

–LUKE! NEM MAIS A PORRA DE UM PASSO! – ai jesus, Annabeth estressou, tá todo mundo fodido. – VOCÊ É UM BABACA! E QUER SABER? PRA MIM JÁ DEU!

Antes de qualquer coisa eu tenho que comentar... Pra ela ja deu? Sei muito bem o que "ja deu".

Consciência idiota.

Ah, por favor, vai me falar que não pensou merda também?

Não consciência, agora cala a boca pelo amor de Zeus.

Nossa, xatiado feat. Bolado.

Coisa escrota.

–Você tá terminando comigo? É isso mesmo? – ele perguntou xatiado feat. Bolado que nem a consciência.

–Tô, tô sim.

A plateia fez um coro de uuuhh! Bando de barraqueiros.

–Você ainda me paga, Annabeth Chase.

Depois dessa tentativa fail de deixar um clima tenso, o Luan saiu andando. Era Luan o nome dele, né?

Annie se virou pra mim e saiu me puxando pra um lugar desconhecido.

Ela parou e sentou em um banco, eu fiz o mesmo.

–E ai, me conta... Como veio parar aqui? – ahm? Como assim, ela não tá bolada por terminar com o loiro escroto? Liam né?

–Ahm... meu pai resolveu cuidar mais da sede aqui em NY e me arrastou junto.

–Nossa, que lindo.

Eu ri.

–Hades é assim, fazer o que.

Ouvi o segundo sinal pra próxima aula bater, mas Annabeth nem se moveu.

–Então... já conheceu alguém na escola?

–Ah, teve essa tal de Thalia... ela me mostrou o caminho pra sala de Química...

–Thalia? Thalia Grace?

–Deve ser... ela não me falou o sobrenome.

–Ela é minha melhor amiga! – ela gritou.

–Coincidência?

Annabeth fez uma cara um tanto... estranha. Sorriu e disse:

–Quem sabe...

Reconheci aquela cara.

Quando éramos vizinho em LA e ela empurrou uma de suas melhores amigas pra cima de mim, Annie tinha a mesma expressão.

–ANNABETH SUA SAFADA! VOCÊ FEZ DE NOVO NÃO É? – gritei rindo.

Ela mordeu o lábio inferior tentando conter um sorriso.

–Não! Talvez... Tudo bem, eu fiz! Mas não sabia que era você!

Depois que paramos de rir, perguntei:

–E ai, o tal de Leandro era seu namorado? Ficante? Peguete?

Ela riu.

–É Luke. E sim... Mais ou menos.

–Como mais ou menos? Ou é, ou não é.

–Ele era meu namorado. Mas eu não gostava dele, e ele não gostava de mim.

–Então por que estavam juntos?

–Ahm...é que tipo... eu não sei... sei lá, Nicolas!

–Meu nome não é Nicolas! – resmunguei.

–Tanto faz, Nicolas.

–Annabeth Chase, não fuja do assunto!

–Ai, eu gosto de outro cara, mas eu sei que ele não gosta de mim! Ta bom?!

–Ui, que tenso. Quem é o sortudo?

–Não vou te contar.

–Ah, Annie, vamos lá, eu sou... pelo menos era, seu melhor amigo!

–Quem sabe um dia eu te conto.

–Xatiado.

Annie riu.

Matamos as duas aulas e ficamos conversando até a hora do almoço.

Annabeth me puxou até o refeitório e andou até uma mesa onde tinha um pessoal, ai começou a apresentar eles.

–Esses são o Leo, a Piper, Jason, Silena, Clarisse, a Thalia que você já conhece, e o Perseu escroto Jackson. Tem mais um povo, mas parece que eles mataram aula ou sei lá.

Ela disse tudo em um folego só apontando para:

Um elfo latino, uma menina muito gata, um loiro com uma cicatriz no lábio (N/consciência: você ficou reparando no lábio dele, Nico?) , uma outra menina muita gata toda vestida de rosa, uma outra gata com cara de brava, a Thalia (a mais gata de todas) e um menino de olhos verdes.

–Esse é o Nicolas. Mas podem chamar ele de Nico. – disse Annabeth.

–Meu nome não é Nicolas, porra Annabeth! – disse com um sorriso.

–Vou continuar te chamando de Nicolas. – ela disse mostrando a língua.

–E de onde vocês se conhecem? – perguntou o tal de Leo.

–Annie era minha vizinha/melhor amiga em LA. Ai ela se mudou e tals. – respondi.

A ‘turma’ da Annabeth era até legal... Percy e Annie não paravam de discutir um segundo, Silena ficava zoando eles falando que aquilo ia dar casamento, Jason ficava calado ou encarando uma menina de outra mesa, Thalia me encarava, o elfo, acho que Leo, ficava fazendo piadas, e a tal de Clarisse queria bater nele...

...

Pera, cadê o comentário escroto da consciência sobre essa frase?

Ainda to xatiado feat. Bolado com você.

TUTS TUTS CONSEGUI FAZER A CONSCIÊNCIA CALAR A BOCA!

–Nico? Nico! - Thalia gritou na minha cara.

–Ai Thalia, quer me deixar surdo?

–A gente ta te perguntando se quer ir em uma festa mais tarde... – disse Clarisse.

Me virei pra Thalia. Pensaram que eu tinha esquecido aquela coisa de filme romântico? Hehe, estão muito enganados meus caros.

–Você vai?

Ouvi um coro de ‘HMMMMMMMMM!’

Thalia ia dizer que não, mas Annie a interrompeu.

–Vai, ela vai sim.

A morena revirou os olhos azuis pra loira.

–Então eu vou.

Thalia deu um sorriso de canto no exato momento em que o sinal bateu.

Andei até a próxima aula, mas quando estava chegando na sala, esbarrei em alguém. Ou melhor dizendo, alguém se jogou em cima de mim.

Era uma puta. Tive um vislumbre antes de ela poder se chocar definitivamente contra mim. Dessa vez, não segurei e deixei a pessoa cair.

Ela se levantou e continuou com o mesmo sorriso se mulheres que prestam serviços sexuais por dinheiro. Ou não.

–Ahm, foi mal. – eu disse tentando me desvencilhar daquela... coisa no caminho.

–Eu sou Drew. Drew Tanaka.

–Esse seu sorriso é tão falso, que os tiozinhos do camelô ficaram com inveja e tentaram comprar a 10,00.

Os barraqueiros de plantão fizeram um “UHHHH”e eu ainda ouvi coisas do tipo “Nossa, não acredito que o aluno novo ta discutindo com a Drew.”

–Ai querido, pra que tanta agressividade?

–Pode me dar licença, por favor? – disse entre dentes.

–Só se me passar seu numero.

–Procura na lista telefônica. Deve estar assim “menino que não quer a sua bunda.”

A plateia riu alto.

–Ai seu grosso. – ela disse.

–Se me der licença, acho que você tem um numero pra procurar.

Ela saiu da minha frente.

–Ah, e Drew... Se não souber ler, o que eu acho muito provável, é só parar de prestar serviços sexuais e ir estudar ok? Todo mundo tem conserto.

Não entendi muito bem por que ela sorriu com aquilo, já que foi uma coisa ofensiva, mas logo depois eu saquei que ela não ria da frase, ela ria do que ia acontecer por causa dela.

Me virei pra ir pra sala e esbarrei em alguém barrigudo.

–Nico Di Ângelo, você está encrencado, garoto. Na minha sala, agora.

Bem, eu acho que era o diretor.

Ah, você acha? ¬¬