A expressão no rosto de Sam me fez corar, eu não sei bem se foi o “eu te amo” ou o “minha mulher”, mas choque era a única palavra que podia descrever seu rosto.

_Sam.. eu te amo mesmo, não é brincadeira não._ eu esclareci e ela sorriu.

_Eu também te amo Freddie - ela disse se levantando devagar me abraçando. _Limpa a mancha ou não vai sair._ eu ri e beijei seus lábios.

_Romântica essa minha namorada._ coloquei minha cueca e fui pegar a tal água fria que ia tirar a mancha de sangue do sofá. Sam me seguiu.

_Eu não sabia que estávamos namorando._ ela disse e eu a olhei com uma cara estranha até que eu percebi o que ela queria. Sorri e peguei sua mão.

_Samantha Joy Puckett, você quer namorar comigo?_ perguntei e ela sorriu dando pulinhos.

_Óbvio!

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–SAM POV-

Limpamos a mancha do sofá e subimos para meu quarto, aquela era sem dúvida a melhor noite da minha vida, Freddie era a melhor coisa que tinha acontecido para mim. Só de pensar que iria ter que voltar pra Seattle e deixar meu namorado em LA me dava vontade de chorar, eu queria tanto que ele fosse comigo, mas sei que não tinha esse direito. Afinal, ele tinha toda uma vida aqui, amigos, um emprego bom. Freddie percebeu que eu estava inquieta e me abraçou forte, percebi que me apaixonei por Freddie como se cai no sono, aos poucos e depois de repente.

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*dois dias depois*

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Eu estava no meu quarto vendo TV quando ouvi um barulhão no quarto ao lado, o quarto de Freddie, sai correndo e ouvi meu pai gritando.

_SEU VAGABUNDO, COMO VOCÊ PÔDE TIRAR A PORRA DA VIRGINDADE DA MINHA FILHA?? ELA É INSUPORTÁVEL, MAS AINDA SIM É MINHA FILHA!!!_ Marissa chegou no mesmo momento que eu e vimos meu pai segurando Freddie pela gola do pijama o pressionando na parede, ele já estava com um olho roxo. Realmente não estava entendendo essa reação exagerada do meu pai, e como ele sabia que Freddie e eu tínhamos transado?

_Para, Josh!_ Marissa gritou e ele largou Freddie que correu imediatamente para mim, ele parecia um cachorrinho assustado. _O que aconteceu?_ ela perguntou e meu pai sacudiu a cabeça.

_Eu sabia que esses dois estavam fazendo coisas que não deviam, então eu coloquei câmeras nas áreas comuns da casa para flagrar um beijo ou algo assim, e mandar Sam de volta pra casa, mas nunca na minha vida eu estava preparado pra ver o show que eles deram no nosso sofá._ eu abaixei a cabeça morrendo de vergonha, o queixo de Marissa caiu e ela foi pra cima de Freddie.

_Mas eu não te avisei que ela era só uma menina?? Eu vou ter que concordar com Josh e mandar Sam para casa._ ela disse triste e para falar a verdade eu não conseguia ficar naquela casa nem mais um dia sabendo que meu pai viu uma filmagem minha e do Freddie juntos.

_Que merda vocês dois!!! Eu amo a Sam, não vai ser esse chilique ridículo de vocês que vai nos separar, eu vou pra Seattle junto com ela._ ele disse e eu segurei sua mão.

_Vai mesmo?_ perguntei e ele assentiu. Meu pai riu.

_Freddie, não seja burro, essa daí é igual à mãe, vai te trocar pelo primeiro que aparecer._ Josh disse e Marissa olhou para o filho.

_Freddie, eu também acho precipitado você ir para um lugar completamente diferente só para ficar com uma pessoa. Eu sei que Sam é uma ótima garota, mas ainda sim acho que você tem que pensar melhor._ Freddie pareceu meio balançado e eu comecei a chorar.

_Eu quero ir embora._ disse olhando nos olhos do meu namorado e ele me abraçou.

_Calma, vamos arrumar suas malas que eu te deixo no aeroporto...

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Três horas depois estávamos no aeroporto, eu estava com um sentimento tão ruim por deixar Freddie para trás.

_Sam, não chora, quando eu me arrumar em Seattle te ligo e vamos estar juntos de novo. Me liga quando chegar em casa tá? Te amo!_ ele disse limpando minhas lágrimas, eu apenas assenti e entrei na área de embarque.

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*SEATTLE*

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Cheguei em casa e fiquei até assustada porque estava tudo em silêncio, acendi a luz e vi meu padrasto sentado no sofá, que alegria! Só que não.

_SAMANTHA, SAMANTHA PUCKETT! seu pai ligou aqui mais cedo e falou para sua mãe que você estava voltando para casa porque tinha transado com o filho da mulher dele no sofá, é isso mesmo?_ ele perguntou sarcástico. Eu fiquei estática.

_Cadê minha mãe?_ perguntei e ele riu.

_No quarto, e é lá que ela vai ficar. Agora você vem aqui sua putinha._ ele disse pegando meu braço me puxando com força. Ele me puxou escada a cima e eu caí no chão batendo o braço com força. _Levanta!_ ele mandou, mas antes que eu pudesse me levantar ele me luxou de novo pelo braço e eu morri de dor, minha mãe abriu a porta e saiu correndo para me ajudar, ele bateu forte em seu rosto e eu sabia que estava de volta ao inferno.

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–FREDDIE-

Sam não me ligou e eu fiquei muito preocupado, será que alguma coisa tinha acontecido? Resolvi ligar para a casa dela e um homem atendeu.

_Alô?

_Alô, eu queria falar com a Sam, por favor?

_Sam? Aqui não tem nenhuma Sam não._ ele disse e eu agradeci desligando, será que eu tinha ligado no número certo? Claro que tinha, esse era o número que meu pai falava com Pam, será que o homem que atendeu era o padrasto da minha pequena? Alguma coisa estava muito errada nessa história e eu ia descobrir o que era.

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–SAM-

_Um cara ligou aqui atrás de você e eu disse que era o número errado, era seu namoradinho sua piranha?_ O idiota do meu padrasto, me perguntou e eu não o respondi, ele iria me bater de qualquer jeito mesmo, para que discutir não é?

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*um mês depois*

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Finalmente hoje era o primeiro dia de aula, e eu poderia sair daquele inferno que eu chamava de casa. Apesar de estar quente eu coloquei blusas de mangas compridas porque depois que voltei de LA meu padrasto me bateu mais do que ele já tinha feito em toda minha vida. Eu continuava sem notícias do Freddie, ele provavelmente desistiu de mudar para cá depois de não conseguir falar comigo por todo esse tempo. Como eu fui estúpida de achar que alguma coisa boa realmente iria acontecer comigo.

_SAAAAAAAM! - eu ouvi Robbie e Jade gritarem e sorri, era tão bom estar lá junto dos meus amigos. _Como foi suas férias sua sumida??_ ele me perguntou e eu ameacei chorar, senti seus braços em volta de mim na hora. _O que aconteceu Sam?_ perguntou preocupado e eu olhei para o chão. Apenas levantei minhas mangas e ele suspirou. _Eu ainda vou matar esse seu padrasto, por que ele fez isso?_ nisso Cat chegou e se juntou à nós.

_ SAM!!, me fala que o que eu acabei de ver foi um acidente e não seu padrasto? Mi Dios, ainda vou acabar com esse cara!_ Cat disse e eu limpei meus olhos.

_Ele ficou com raiva porque eu arrumei um namorado, mas nem sei se estou namorando ainda porque ele não me deixou falar com o meu namorado. Ele é de LA._ expliquei e as caras de ódio dos meus amigos diminuíram um pouco.

_Namorado?? SENHOR!! me fale mais sobre o assunto!_ eu sorri e contei tudo sobre Freddie, sim, eu ainda estava muito apaixonada por ele.

_Que aula a gente tem agora?_ perguntei e Robbie, que era gay, suspirou.

_História, temos um professor novo, eu o vi passar no corredor e tenho que dizer que é um gato!!_ ele disse e Jade revirou os olhos.

_Aquieta essa periquita aí Robbie._ ela disse e nós rimos indo para a sala.

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–FREDDIE-

Estava nervoso, hoje era meu primeiro dia como professor aqui em Seattle e não tinha ideia de como as turmas seriam. Ainda não tinha achado Sam, era impressionante como ela tinha sumido do mapa, aquilo me dava medo, mas por outro lado pensava se ela não poderia estar fazendo isso de propósito, talvez ela não quisesse mais nada comigo. Respirei fundo e entrei na sala sorrindo.

_Bom dia, meu nome é...

– Babaca? – uma loira, que estava virada para trás, disse alto e a sala riu.

– Com licença, garota... Sou Freddie Benson e eu sou o novo professor de história de vocês. Você poderia virar para mim, por favor? _ passei meus olhos na sala e fiquei meio tonto quando ela virou. SAM??? ELA ESTUDAVA AQUI?