Lies escrita por esa


Capítulo 5
I'm Done


Notas iniciais do capítulo

ola bom dia boa tarde boa noite
então, o titulo pode ter algumas traduçoes diferentes, mas assim na minha cabeça é "estou cansada" entao como eu mando neste caralho é isso ai FGDSJHDGFDSJHGFDSSD
bem, espero que voces gostem, de verdade, porque eu to amando escrever a fic



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Acordei na manhã seguinte com a mesma dor de cabeça que sentira durante o café da manhã anterior, mas não fora a dor que me acordara, e sim um ruído na janela do quarto. Abri os olhos assustada, me sentando na cama rapidamente. Era uma coruja de pelos escuros. A coruja de Teddy.

As outras garotas continuavam dormindo, o que me pareceu um milagre devido ao barulho alto que o bico da coruja contra o vidro havia gerado. Me levantei, jogando as pernas para fora dos grossos cobertores, sendo atingida pelo frio da manhã. Minhas meias congelaram assim que meus pés tocaram o chão frio.

Abri um pedaço da janela e retirei um pequeno pergaminho que estava enrolado em sua pata esquerda. A coruja deu um pio agudo e alçou voo. Fechei a janela com certa dificuldade devido ao vento frio e forte que soprava para dentro do quarto. Desenrolei o pergaminho e me sentei no chão.

Eu só queria ser o primeiro a desejar-lhes um bom dia.
Amor, Teddy.

Aquilo me deixou, obviamente, muito contente. Estava com um sorriso gigantesco no rosto quando me levantei do chão, pronta para entrar correndo no banheiro, aproveitando que as garotas ainda estavam dormindo, quando uma de minhas colegas de quarto berrou:

–- VICTOIRE, SERÁ QUE VOCÊ PODERIA NÃO RECEBER MENSAGENS DE AMOR A ESSA HORA DA MANHÃ? POR FAVOR, HÁ PESSOAS AQUI QUE ESTÃO TENTANDO DORMIR! – e tão subitamente quanto sua voz aparecera, a mesma sumira. Ela caiu na cama novamente, se cobrindo e voltando a dormir.

Depois de um banho quente e relaxante, que praticamente levou embora todo o cansaço da noite anterior, que fora extremamente mal dormida, vesti o uniforme e desci para o Salão Principal, que estava praticamente vazio devido ao horário.

Poucos alunos estavam acordados, e metade dos poucos que estavam ali ainda estavam trajando seus pijamas. A mesa dos professores, no entanto, estava quase completa, o que explicava por que eu quase nunca os via tomando seu café da manhã.

Assim que entrei no Salão, poucos passos depois da porta, alguém me abraçou por trás.

–- Ora, bom dia, Weasley. – ele falou com a voz abafada, pois estava com o rosto em meus cabelos.

–- Um ótimo dia, Lupin. – saudei sem nem ao menos ver seu rosto, caminhando para a mesa da Corvinal com ele agarrado ao meu corpo. Só me soltou quando se tornou realmente necessário, se sentando ao meu lado com um sorriso animado nos lábios. – E posso saber qual o motivo de tamanha felicidade logo cedo?

–- Você, obviamente. – sua voz estava doce, suave, nem um pouco carregada com a ironia brincalhona costumeira. Me inclinei para frente, dando-lhe um rápido beijo. Quando estava prestes a colocar alguma coisa em meu prato, ele segurou minha mão. – Não, hoje eu sirvo.

Puxou um prato maior, que estava vazio, e colocou várias coisas de ótima aparência nele. Duas rosquinhas que pareciam suculentas, torradas salgadas com creme de queijo e encheu dois copos com suco de abóbora.

Dividimos o prato, o acabando em questão de minutos, e quando ele encostou o copo, já vazio, na mesa, se levantou. Deu um beijo em minha testa e saiu, me desejando, mais uma vez, um bom dia. Às portas encontrou os Potter, voltando para dentro com eles, rindo e fazendo brincadeiras.

–- Bom dia, Toir. – Rose me cumprimentou, o mesmo sorriso meigo de sempre nos lábios.

–- Bom dia. – eu tentei sorrir para ela, mas alguma coisa me incomodava. Teddy tinha mudado completamente na presença dos Potter, simplesmente me deixando de lado... Não, ele não havia feito aquilo. Eu estava começando a inventar problemas que nem existiam, afinal ele se despedira antes mesmo de os Potter aparecerem, certo? Certo. Não seja paranoica, Victoire.

–- Parece um pouco distante. – Rose comentou, mas eu não havia prestado atenção.

–- Desculpe, o que disse? – perguntei, finalmente me virando para ela. Ela estava com as bochechas coradas, devido ao frio, tão coradas que quase chegavam à cor de seus cabelos, o que a fazia ficar ainda mais bonita que o normal.

–- Deixa, não importa. – ela sorriu, solidária, se sentando ao meu lado e colocando coisas em seu prato. – Parece que você já tomou o seu café da manhã, mas se importa em ficar aqui comigo?

–- Ora, mas é claro que não, Rose.

–- Ah, e tem mais uma coisa que eu adoraria saber. – ela ergueu ambas as sobrancelhas, tomando um ar malicioso. – Ontem eu vi Teddy a carregando para fora do banheiro masculino. Posso eu, cabelos de fogo, saber o que exatamente aconteceu e por que os dois ficaram desaparecidos o dia inteiro?

–- Pare de insinuar coisas, cabelos de fogo. – brinquei, a empurrando com o ombro. – O que aconteceu foi o seguinte: eu passei mal, e Teddy, como um ótimo amigo, passou o dia comigo.

–- É, claro, um ótimo amigo. – ela me lançou um sorriso quase pervertido.

–- Rose, pelas barbas de Merlin, tome seu café sem tantas insinuações, ou vai acabar se engasgando. – nós rimos, quebrando o silêncio que pairava no Salão Principal, atraindo olhares indesejados.

O resto do dia passara rápido, não havia um único período de aulas vago, o que literalmente tomou todo o meu dia. Como não havia aparecido para as aulas do dia anterior, havia acumulado algumas tarefas, que resolvi fazer depois do jantar.

Então, lá estava eu, a caminho da biblioteca, toda ingênua e animada com a ideia de que Teddy e eu poderíamos finalmente ficar juntos, de que nosso “relacionamento” finalmente deslancharia, que ele finalmente largaria aquela garota da Lufa-Lufa e se entregaria ao, na minha cabeça, nosso amor. E então, eu os vi.

Teddy e a garota lufana, sentados em um dos bancos do corredor, de mãos dadas, com sorrisos estúpidos nos rostos. E então, como se só a minha imaginação cruel e frívola não bastasse, ambos se levantaram e se beijaram. Ah, como eu adoraria ter corrido até eles e vomitado todo o meu jantar naquele momento romântico.

Mas isso não aconteceu. Pelo contrário, eu fiquei ali, parada, encarando a cena, enquanto ela só piorava. Teddy a pegou no colo, e a garota prontamente enrolou as pernas em sua cintura. Ele a encostou em uma parede, e então eles começaram a se beijar como eu nunca antes vira ninguém se beijando. Era nojento, de verdade.

–- Toir, você fez aquele dever de Adivin... Oh, céus. – Rose se interrompeu no meio da frase, encarando a cena ao meu lado. Agarrou meu braço e me puxou para longe dali, às pressas. Foi o tempo de virarmos em dois corredores, e então eu me despedacei. Literalmente.

Cai de joelhos no meio do corredor, que, graças à Merlin, estava vazio. Não tinha vontade alguma de levantar, muito menos de segurar as lágrimas que explodiam por meus olhos, rolando tão rápido que parecia que em segundos o meu corpo secaria, virando uma uva passa.

–- Toir, aqui não. – Rose me pôs de pé aos puxões e começou a me arrastar para fora do corredor. Por sorte estávamos perto do quadro que dava acesso ao Salão Comunal da Grifinória, a Casa de Rose. Ela praticamente berrou a senha, apressada, e entramos.

Eu não corria. Não tinha nem vontade de ficar em pé. Mas Rose era mais ágil que eu, e espantosamente mais forte, pois ela praticamente me carregara aos puxões e empurrões enquanto atravessava o Salão Comunal correndo, ignorando as perguntas de todos.

–- Victoire, está tudo bem? Rose, por que ela está chorando? Aconteceu alguma coisa? – James se levantara no meio de uma partida de xadrez, largando um primeiranista pensativo encarando o tabuleiro enquanto um de seus peões era despedaçado por uma das peças de James.

Alvo, que estava do outro lado do Salão, lançou-me um olhar acolhedor, com uma expressão triste. Ele devia saber o motivo das lágrimas, sendo não só amigo de Teddy, como meu. Ele se precipitou para frente, mas Rose, novamente, se demonstrou mais rápida.

–- Agora não, Alvo. – e se virando para mim com uma expressão quase de dor, acrescentou: - Vamos, Toir, vamos subir. Anda.

Me empurrou escada acima, enquanto tudo parecia surreal, um pesadelo do qual eu não podia esperar para acordar. Mas não era sonho algum, e eu percebi isso quando Rose bateu a porta do dormitório com força, à suas costas. Como depois do jantar os alunos tinham tempo livre, os dormitórios ficavam quase sempre vazios, como era o caso no momento.

Sem forças, me sentei em sua cama, arrancando os sapatos e encolhendo os joelhos contra o peito, enquanto todo o meu corpo tremia e era inundado por arrepios. As lágrimas rolavam tão rápido que em menos de cinco minutos eu já havia ensopado toda a frente do meu cardigã.

–- Toir, você precisa parar de chorar. Por favor. Eu sei que aquilo foi horrível, e eu sei que Teddy é muito cruel quando se trata de você, mas...

–- Não, Rose. Você não entende. Dessa vez ele foi longe demais, ontem ele... eu... – e então contei à ela como ele fora doce e atencioso no dia anterior, cuidando de mim enquanto poderia muito bem ter passado o dia com os amigos ou qualquer outra coisa do tipo.

–- Mas, Toir, esse é Teddy: em um dia ele te trata como se fosse o último pedaço de pizza do mundo, e no outro ele simplesmente a esquece. Não é nem como se isso nunca tivesse acontecido antes. Eu só... sinto muito, de verdade. – ela se sentou ao meu lado e passou os braços por meus ombros. – Eu detesto te ver assim.

–- Eu sei. – foi tudo que pude falar antes de ser atingida por outra onda de lágrimas. Dessa vez, o motivo do choro não era Teddy: era eu. Eu estava chorando por pena. Pena por mim mesma, por ser tão ingênua e me deixar levar tão facilmente. E acredite, não há nada pior que chorar por pena de si mesma.

E então, outro sentimento me invadiu: o ódio. E tão rápido como meu amor por Teddy começara, o ódio tomou conta de cada átomo do meu corpo. Eu o odiava. Odiava Teddy com todas as minhas forças. Pelo que ele havia feito comigo.

–- Quer saber, Rose? – perguntei, me levantando. Ela me encarou, curiosa. – Você está certa. Não, você sempre esteve certa. Quem ele pensa que é para brincar assim comigo? Estou cansada, dele e de tudo isso. Chega de Teddy Lupin em minha vida, acabou.

–- Toir...

–- Não, nem me venha com algum “mas”, tomei minha decisão. Já chega disso, de verdade. – dei um beijo em sua testa. – Obrigada, por tudo. Agora, boa noite.

Antes de fechar a porta pude ver a expressão de Rose, mesmo que por alguns segundos: ela parecia confusa, confusa com todo aquele meu discurso inspirador e acelerado de como odiar Teddy Lupin. Mas então, milésimos antes de fechar a porta, posso jurar que a vi sorrir.

–- Toir, você está bem? – Alvo me perguntou quando desci as escadas, saindo no Salão Comunal da Grifinória.

–- Claro, foi só uma dor de cabeça, das fortes. Boa noite, primo. – desejei, pronta para passar pelo buraco do quadro e rumar para meu dormitório, ter finalmente uma boa noite de sono. E então, Teddy entrou, espalhafatoso e descabelado, trombando em mim.

–- Ah, Vicky... me desculpe. – deu aquele sorriso, aquele que, horas atrás, faria meu coração tremer e derreter por completo.

–- Não. Na verdade, não, Lupin. E quer saber de mais uma coisa? Você é um grande filho da puta. – as palavras saíram de meus lábios de maneira tão fluida que mal parei para pensá-las, e assim que as pronunciei, um silêncio pesado tomou conta do lugar. Todos nos encaravam, pasmos. – Boa noite.

E com o sorriso mais irônico e sarcástico que já pus nos lábios, dei-lhe as costas e passei pelo buraco do quadro. E sinceramente? Não há nada melhor que xingar alguém que merece, principalmente se esse alguém for Teddy Lupin.


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Notas finais do capítulo

POR FAVOR COMENTEM FDSJHGFDSJHGFDSJHDGFSD
obrigada por lerem ♡



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