"Stupid, asshole, boring... But I still love her." escrita por Carolixmarota


Capítulo 3
Capitulo III- Levei uma garota até um restaurante.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa não ter postado mais cedo -QQQ passei um pouco mal c_c E como eu sou uma pessoa preguiça(literalmente) eu demorei pra revisar o capitulo inteiro -q No final ainda modifiquei algumas coisas .q Enfim, espero que gostem do cap *o*



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Já fazem 3 semanas que eu estou com o casaco da Raquel. A empregada o pegou todas as semanas para lavar, só para não pegar poeira. Mas eu me pergunto quanto tempo isso vai durar: Um mês? Semestre inteiro? Colegial inteiro?

Não, não pode ser o colegial inteiro. Depois de um tempo eu não aguentei e perguntei por que ela vinha sempre sem casaco se eu só estava com um dela. Ela disse que não seria justa a aposta, assim seria muito fácil para ela. Mas estamos em fevereiro. Se ela continuar com essa brincadeira ela pode acabar ficando resfriada.

–Raquel, você está bem? Não quer ir à enfermaria? - Disse a professora de inglês (que eu também não havia percebido até agora)

–Não, está tudo bem. - Agora que olhei ela estava com o nariz todo vermelho. Ela ficou resfriada. Estou com necessidade de parar de pensar nela. Quanto mais penso, mais me arrependo de ser competitivo e fico com vontade de devolver o casaco. Mas ai eu vou ser vencido por uma garota. Vai ser tipo uma mine humilhação. Nem sei se o que eu estou fazendo é certo. Será que eu devo devolver e ser legal com ela? Será que eu estou fazendo isso por raiva dela ser mal educada? Não sei, não sei. Acho melhor eu dormir mesmo.

+++

Quando acordei o sinal tocou e os alunos já estavam indo para o refeitório. Estava à baderna de sempre e também como sempre eu não sabia onde sentar. Existe inúmeras mesas, mas também há muitas pessoas. Acho impressionante existir tanta gente rica nessa cidade.

Existem os seguintes tipos de pessoas nas mesas: Os esquisitos, os burros, os inteligentes, os bonitos, os populares, os excluídos, os amigos, a ninguém (no caso, a Raquel) e os que dormem o dia inteiro. Eu tenho três opções: Dormir com os que dormem o dia inteiro, Ficar com o Drake na mesa dos bonitos ou sentar-se à mesa da Raquel, mas não conversar com ela.

Fui rejeitado pelos que dormem o dia inteiro, Eu sou só bonito, o pessoal da mesa do Drake é deslumbrante, e ficar sentado com a Raquel cria um clima de tensão aterrorizador. Então nos últimos dias resolvi sentar no chão mesmo.

–Olá. - A minha comida quase caiu no chão. Como eu não estou acostumado a ter alguém do meu lado enquanto como no chão aquilo bem que foi uma surpresa. - Sou Charles. Prazer.

Era um garoto. Provavelmente do primeiro ano. Era um pouco mais baixo que eu e era super pálido. Tinha cabelos loiros, olhos verdes claros e a bochecha rosada. Mesmo ele tendo essa aparência de bebê ele com certeza têm mais músculos que eu. Não que ele seja marombado, é só por que eu sou meio magro para minha altura.

– Sou Alan. Prazer.

–O que está fazendo aqui? Existem várias mesas. E não acho que uma pessoa que vai se tornar líder de uma companhia de informática tinha que estar no chão.

–Eu não vou. Tenho um irmão mais velho. Ele vai assumir.

– Uma pena.

–É. – E lá ficamos sentados sem falar nada. Fiquei com pena do garoto por que provavelmente ele sentou lá por que viu um garoto sozinho, comendo sopa com um casaco de garota na mão (É, o casaco sempre está comigo porque fico com medo de perder) e resolveu sentar junto para puxar conversa. Ou talvez ele só quisesse me importunar. Ele já não veio falando da companhia do meu pai? Então. - Por que resolveu sentar aqui?

– Não posso te falar. - Ele falou enquanto comia seu hambúrguer. - Mas um dia você vai saber.

Ok, tudo bem. Mais uma pessoa estranha na minha vida. Mas depois daquilo a gente conversou bastante. Eu falei que dormia durante as aulas e ele falou que dormia na prova (O que é 100% mais trágico.) e conversamos sobre carros, sobre idiotices, sobre fantasmas, sobre baratas (ele tem medo de insetos) e coisas assim. Até que ele é um cara legal.

A mãe de Charles é uma cozinheira chefe profissional. Charles me disse que não era dos EUA mas por conta de uma oferta de trabalho (que por acaso era multimilionária) eles tiveram que se mudar de Londres para cá.

–Cara, você não tem ideia de como é diferente o sotaque de vocês. Tipo, demorei 2 ou 3 anos para me acostumar com isso.

–Cara sua mãe é mesmo Caroline Herna?

–Sim. Porque?

–Sua mãe é o ícone da minha irmã! Eu nunca preciso pensar em um presente pra ela por que eu sempre dou os livros da sua mãe pra ela. A minha irmã faz comida por causa da sua mãe! Eu te adoro.

–Nossa... Obrigada.- Ele sorriu e lambeu os dedos depois de terminar seu hambuguer. O sinal tocou e Charles se levantou. Ele se esticou, se virou pra mim e disse:

–Charles Herna. Sala 1-3. Pode me chamar quando quiser. Tchau sr. Não-dono-de-uma-empresa-milionária-porque-perdeu-pro-irmão.

–Tchau, filho da cozinheira mais maneira dos Estados Unidos.

Logo depois da aula segui direto para casa. Acho que nunca conversei tanto com uma pessoa. No ensino fundamental eu costumava ser como a Raquel. Ficava no fundão fazendo absolutamente nada. A diferença é que eu não tirava tantas notas boas quanto ela.

Chegar na mansão era muito fácil. Meu pai não me deixa andar de ônibus (e quando eu insisti em deixar acabou virando uma briga séria sobre independência.) então ele pede ao seu mordomo que me pegue na frente do colégio. Acontece que eu ganho mesada. Todo mês agora eu dou a minha mesada inteira para o mordomo, então ele não me pega no colégio.

Eu estava caminhando e tremendo de frio. Mesmo com um casacão os flocos de neve caiam todos sobre minha cabeça. Respirei pela boca e dava para ver a fumaça saindo. Era óbvio que daqui a pouco ia começar uma tempestade de neve.

Enquanto andava por uma das calçadas olhei para o lado que sempre atravesso e arregalo os olhos quando olho uma sombra passando. Era Raquel. Ela estava indo na mesma direção que eu. E ela ainda estava sem casaco. Eu estava indo na direção dela e ia entregar o meu casaco para ela quando lembrei que aquilo também podia ser considerado um “correr atrás”.

Eu quero abraça-la. Estou com pena dela. Atravessei a rua e percebi que a perdi de vista. Até que sinto algo me puxando atrás.

–Não pense em mim com essa cara de cachorro que vai para carrocinha.

–Como você apareceu atrás de mim?

–Você viaja demais na sua cabeça. Aposto que se eu te desse um chute você só sentiria depois de 10 minutos. Enfim, não fique pensando que eu estou mal só por que estou sem casaco, entendeu?

–E quem disse que eu pensava em você? Pensar em você é o mesmo que pensar em lixo.

E novamente momento constrangedor que ninguém fala nada.

–Ok. Se você vai me tratar como lixo depois não reclama. - Ótimo. Vou fazer ela me odiar mais ainda. Como eu não queria que isso acontecesse agarrei o braço dela pra ver se ela me odiava menos.

–Me desculpe. Por ter te chamado de lixo. E-

–Me desculpe, mas eu não tenho coração mole. E só amigos pedem desculpas. - Ela parou, analisou, e disse:

–Não, eu não sou sua amiga por ter tem dito desculpas. Foi apenas uma mera coincidência!

–Apesar de estarmos “brincando” de cão e gato você ainda quer ser minha amiga. Mas não precisa admitir agora. Já que é praticamente estampado na sua testa: Eu quero ser amigo de Alan.

–Cala a boca. E agora que está aqui me leve naquele restaurante da esquina.

–Como se-

–Não enche. Eu não vou lanchar com você, só quero que me leve até a porta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Odeiam o Alan? Se odeiam ele, eu odeio mais ainda, acredite .q Se não odeiam é por que eu tenho muita sorte ASDJKADJASDJ
Enfim, comentem, independente da sua opinião eu quero escuta-la



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