Anna estava na mesma situação de antes. Ela não entendia porquê, mas frequentemente coisas estranhas aconteciam com ela. Como, por exemplo, na semana passada ela foi perseguida por um ser de, pelo menos, seis metros de altura. E a semana toda seguiu assim, sendo caçada por seres totalmente estranhos que ela não fazia ideia de que eram. E também não fazia ideia do porquê de isso estar acontecendo com ela. Mas ela sempre escapava. Não sabia como, mas escapava. Sua mãe, Marina Hales, lhe havia dito: “Se você sair desta casa, garanto que sua vida se tornará muito mais interessante.” E Anna saiu. E sua mãe nunca esteve mais correta. Ser perseguida por seres anormais não era o passatempo preferido de Anna.

Agora, uma espécie de cachorro-super-gigante perseguia Anna. E ela corria. Mas acabara de chegar em um beco sem saída. E o cachorrinho mega gigante a cercou.

- Calminha, bonitinho – Disse Anna. – Por favor, não me mate.

O cachorro latiu. Anna tinha certeza de duas coisas.

1- Aquele latido com certeza tinha sido escutado por toda cidade de Nova York.

2- Ela estava ferrada.

Então uma luzinha se acendeu em sua mente. Ela sabia o que fazer.

Por um momento, Anna tinha esquecido que tinha um taco de beisebol nas mãos. Agitou seu taco e, quando o cachorrinho gigante veio, ela deu com tudo no focinho do cachorro. E ele se desfez em pó.

- Nada mal para uma garota de 16 anos. – Murmurou Anna.

Anna saiu correndo daquele beco, e correu pela cidade, o que era bem prático já que eram pelas três horas da manhã.

A vida de Anna era sempre assim. Desde que ela saiu de casa, há mais ou menos dois meses, frequentemente estas criaturas a atacavam. Ela acampava em algum lugar pela noite, e pela manhã andava mais um pouco pela cidade.

Anna acampou perto da Estátua da Liberdade, e ela queria, ah como queria!, ter uma só noite de sono tranquila e sem sonhos. Mas ultimamente os pesadelos também a perseguiam.

Ela sonhou com um lugar que ela nunca havia visto. Parecia um... Acampamento. E as pessoas estavam agitadas, andando de um lado para o outro.

- Vamos! Temos que encontrá-la! – Exclamou um homem que, da cintura para baixo, era um cavalo.

- Mas Quiron, Nova York é muito grande e... – Começou uma garota loira, com olhos cinzentos, uma camiseta laranja com algo escrito e um short jeans.

- Não importa, ela é um perigo para todos. – Interrompeu o metade-cavalo.

- Gente, o que eu tenho que fazer, afinal? – Perguntou um garoto de cabelos negros, olhos verdes, uma camisa do mesmo estilo da camiseta da garota loira e calça jeans.

- Deuses, Percy! Você é muito lerdo! – Exclamou a garota loira com uma cara de reprovação.

- A culpa não é minha se vocês ficam discutindo tanto, Annabeth! Isso me desconcentra. – Se defendeu o de olhos verdes.

- Vamos sim procurar ela. Ou ela não sobreviverá muito tempo. – O metade-cavalo falou.

Anna despertou. Ela suava frio. E mesmo sem conhecer aquelas pessoas e nem mesmo aquelas coisas, ela sabia:

Era ela quem estavam procurando.