Destino ou apenas Coincidência escrita por Nena chan, Inngryd


Capítulo 3
Mais do que palavras


Notas iniciais do capítulo

Bom...quando eu estava fazendo esse cap percebi que ele realmente ficou maior do que eu imaginava.Por isso dividi em dois caps e a outra parte que transformei no cap 4 vou postar depois,ok?:)Estou tentando melhorar a fic,cada vez que escrevo um novo cap e espero que goste desse cap!E deixe reviews(aprovando ou criticando),ou se quiser pode comentar no meu email^^.Beijoos



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Capitulo III



Os raios de sol iluminavam a cama de Saiory e ela acorda sonolenta, senta na cama bocejando, para depois se espreguiçar. De repente, quando sua mente começa lentamente a voltar ao ritmo, ela dá um pulo da cama lembrando-se que tem que ir atrás de Zero. Após essa súbita realização a preguiça, vinda do sono, toma conta de seu corpo. Enquanto bocejava lentamente segue passo a passo até o banheiro para escovar os dentes.




Então ela decide que a única forma de deixa-la acordada é tomando um banho bem quente.A preguiça dela era muito grande em dias ensolarados,por mais que ela gostasse desses dias. Depois de tomar seu banho, que restaurou sua energia pelo corpo, se troca rapidamente, esquecendo até de comer. Saí apressada de seu quarto para o de Zero e esbarra com ele saindo do aposento.

–Mas o que…? Ah...é você. -Diz ele muito “gentilmente”, como sempre.



–Bom dia para você também! Pelo jeito você acorda de mau humor todos os dias, não é? Mas não importa no momento, ainda bem que te encontrei antes de você sair. -A expressão no rosto dela parecia aliviada.

"Não posso dizer o mesmo, estou longe se estar entusiasmado por esse fato." Pensou ele e boceja dizendo:

–Acordou bem cedo hoje.




–Pois é, quase que não levantava da cama, prefiro dormir -ela sorri só com a confissão. Estava saindo para onde? -Pergunta com ar de curiosidade , atuando como desentendida.

–Para a escola.

–Escola? Não sabia que você ainda frequentava! Hum… -"Ouvir isso foi decepcionante, pois agora terei que esperar a resposta dele para saber se vou poder trabalhar com ele ou não". -Então ela suspira.



–Infelizmente ainda frequento...vou indo. -Com sua atitude indiferente segue até a porta da pensão.

–Tudo bem, boa aula! -Grita ela sorridente e acenando para as costas dele.



Mesmo que Zero já tenha ido ela continuava parada no corredor, ao lado da porta do quarto dele, pensando no que fazer enquanto ele estivesse fora. Ela estava muito ansiosa para trabalhar e não conseguia se concentrar em um passeio pela cidade ou em fazer qualquer coisa banal que fosse.

Enquanto isso...Zero adormece nas primeiras aulas,ele não é de fazer muito isso, mas hoje ele realmente não esta afim de assisti-las. Resultou nele detento na sala de aula no horário de intervalo, afinal ele não deu ouvidos as reclamações do professor em sala e continuou dormindo. Entretanto, ele não se importa com o castigo, porque não estava afim de ver ninguém e permaneceu descansando no intervalo.



Zero decidiu prestar atenção nas ultimas aulas, só que em vez de agir como deveriam seus pensamentos o levam para outro tópico, sem ser os estudos.

O que lhe veio a mente foi um assunto que ele não havia dado a devida consideração. "Ela disse que veio de uma família rica. Então porque ela esta sozinha em um lugar que desconhecia, procurando emprego e não tinha ninguém familiar? E mais, ela tem idade para ainda frequentar um colégio, ou se não, não deveria estar estudando em casa? Ela definitivamente é um mistério. Será que ela mentiu todo esse tempo? Por quê? E com que finalidade? Não gosto de ter todas essas dúvidas me rodeando. Não tem jeito…não saberei até ela confessar. Tudo culpa daquela promessa idiota que ela fez para que não envolvesse o passado dela. Porém, como também não quero que ela se intrometa no meu passado, é justo que eu não faça o mesmo. E mais importante que isso, não é da minha conta o que acontece ou aconteceu com aquela estranha."



Nesse momento, seu raciocínio é suspenso pela voz do professor, que o dirigiu uma pergunta sobre a matéria que estava lecionando, típico questionamento que professor faz para saber se o aluno está prestando atenção na aula. Só que para surpresa dele Zero replicou, em um tom de pouco caso, corretamente a resposta.

Então o professor continuou a dar a aula, um tanto chateado devido a essa situação sempre se repetir. No entanto, o pobre professor ainda tinha a esperança de algum dia pegar Zero desprevenido, sem saber responder a um de seus questionários.



Enquanto isso…Saiory finalmente decide o que fazer para ocupar seu tempo e segue para a casa abandonada, a que havia lutado com a vampira outro dia. Ela caminha pelo quintal espaçoso e arborizado, contudo sem cuidados, da casa. Ficou contente em encontrar o quintal que tinha avistado anteriormente. Saiory retira de suas das botas duas kodachis, que brilhavam com a luz do sol, e se concentra para iniciar o treino. Ela decidiu que a melhor maneira de ocupar seu tempo e extravasar sua ansiedade é lutando.

"Se eu treinar bastante quem sabe aquele rabugento não permite que eu continue a lutar ao seu lado." Medita para se concentrar melhor e depois começa o treino. Saiory sabia que qualquer humano em sã consciência não iria para um lugar como aquele, mesmo que de dia. "Por que alguém iria vir para uma casa abandonada e com essa aparência? Não tem lógica. Só estou aqui para que ninguém desconfie de nada."

Ela não se importa se a casa dava arrepios a qualquer um pela aparência que tinha e achava-a perfeita para o seu treinamento. Após treinar bastante, de repente, ela tem um sobressalto, pois tinha esquecido da hora e acaba tropeçando quase caindo, sorte que se segura numa arvore ao lado dela. "Isso sempre acontece comigo." Pensa consigo enquanto suspirava, depois sai correndo apressada rumo a casa. Fica preocupada e procura algo em vários cômodos da casa.

Até que cai a ficha de que ele não estaria mais lá, para sua decepção. Na hora que estava treinando tinha recordado que Zero já devia ter chegado e que precisava correr para que ele não saísse logo para caçar. Ela sabia no seu intimo que ele não ia espera-la,isso se ele ainda quisesse que ela o ajudasse.

Estava quase sem esperanças, quando o dono da pensão,o lugar que ela, Zero e outras poucas pessoas moravam passa por ela e mostra um sorriso simpático. Sempre que Saiory se encontra com ele troca conversas e se mostra simpática. Apesar dele aparentar ser um velhinho simpático e tímido, quando conversa com ela sempre estava cheio de vida.

Ele passava para ela um ar de aconchego, por isso era sempre um prazer para ela bater papo com ele. Entretanto ela nunca entrava em detalhes sobre a sua vida. Ela retribui o sorriso com outro. Ele nota que ela parecia decepcionada e fala gentilmente:

–Hoje aconteceu algo diferente comigo.

–O que ouve com o senhor? -Pergunta tentando ser simpática, porém sua mente estava em outro lugar.

–Um cavalheiro que não é de trocar mais do que uma ou duas palavras, hoje resolveu falar mais do que o costume.

–Hum...será que ele começou a gostar do senhor? -Indaga ela ainda distraída e tentando ser atenciosa.

–Ele transmitiu o seguinte recado: ”Poderia dar um recado para uma menina de cabelos claros e com este tamanho? -ele tenta mostrar o tamanho fazendo um gesto com a mão- Diga que estou no festival.” Foi exatamente o que ele me disse, não faz muito tempo.

Saiory caiu em si e saiu correndo feliz da vida para seu quarto, no meio do caminho ela para e diz para o senhor,ela esqueceu dele de tão alegre que estava:

–Muito obrigada! Sabe onde fica esse festival?

–É acerca daqui. Não se preocupe, vai saber encontra-lo. -Afirma o senhor abrindo um sorriso largo.

–Obrigada mais uma vez! - Ela responde correndo e acenando.

Saiory toma um banho rápido, afinal ela ficou treinando esse tempo todo, se troca e sai para procurar o lugar. Quando está buscando o festival, observa várias bandeirinhas penduradas em mastros grandes. Um grande barulho provinha daquele lugar e de uma multidão que estava acumulada no local. "Mesmo Zero (Detalhe,ela sabia o nome dele não porque Zero disse a ela,mais teve que perguntar ao dono da pensão) tendo dado aquele recado para mim ele nunca iria ficar aqui me esperando. Ou seja, tenho que me virar e acha-lo." Suspira ao ver a grande multidão que andava de um lado pra o outro e seguindo na direção as diversas barraquinhas que estavam espalhadas.

"Que estranho ele estar num lugar como esse, porque não é seu estilo visitar festivais. Isso quer dizer que ele não pode estar aqui por diversão. E se ele veio a trabalho -o que ela concluiu por ela mesma-, só pode estar aqui por algum vampiro. Ele também não gosta de multidões -outra coisa que ela concluiu por si só-, só pode estar em um canto que não tenha muita gente." Depois de pensar nisso ela vai procura-lo nos poucos lugares onde há poucas pessoas e finalmente o encontra.

Zero estava encostado na parede de um muro, que rodeava uma parte do festival, e olhava de um lado para o outro para as pessoas que circulavam pelo festival, seus braços estavam cruzados e uma perna sua apoiada na parede.

Ela se aproxima e ele não se mexe, apenas defere um olhar para ela.

–Finalmente te achei, hein! -Diz ela o encarando.

–Até que você demorou, sinceramente achava que não teria capacidade de me encontrar ou ainda estaria me procurando em todos os cantos deste lugar. -Seu tom era sarcástico.

–Acontece que eu te encontrei, não foi? É isso que importa! -Ela fuzilava-o com o olhar pondo as mãos na cintura- Mas porque está trabalhando aqui?

–Não acredito que ainda não entendeu. Já devia saber o motivo de estar aqui, porém essa sua atitude não me impressiona. Por que não põe esses seus neurônios para funcionar? Quem sabe acaba descobrindo.

O olhar dela transparecia rancor, contudo só cruzou os braços. Afinal ela só tinha feito tal questionamento para confirmar o que tinha em mente. Ele continua só para provoca-la um pouco mais.

–É muito simples...os vampiros estão mais ousados e se mostrando mais, pois não temos mais a liderança que existiu antes do conselho. Por isso os locais que possuem uma concentração de pessoas aglomeradas e distraídas são locais favoráveis para eles...

Ela o interrompe e continua a frase:

–...porque tem mais “comida” e são presas fáceis para eles. Se uma ou outra pessoa sumir ninguém iria notar, quem capturou a pessoa ou como ela sumiu. Pois os outros por perto estariam distraídos e qualquer um poderia se perder no meio de tanta gente. Então seria tarde demais para procurar a pessoa que desapareceu.

–Exatamente! Por isso estou aqui a cargo da organização para vigiar as pessoas que estão no festival e aniquilar qualquer vampiro classe E que se aproxime daqui. -Confirmou sem sentimento algum nas palavras.

–É verdade. Deve estar repleto de vampiros famintos por aqui.

–E você não conseguiu deduzir mais cedo algo tão simples como isso. Depois aclama que deseja ser uma caçadora. -Ele voltou ao seu tom irônico.

–Não diga besteiras e não perca a atenção! Temos que vigiar muito bem e matar qualquer vampiro que tenha a audácia de se acercar conosco aqui! -Afirma ela sentindo a empolgação tomar conta dela, se colocou na posição de briga, olhando desconfiada para os lados .

Zero observa aquela cena, fecha os olhos e balança a cabeça reprovando a energia transbordante dela.

Saiory se dá conta que ultrapassou um pouco de seu usual e nem percebe suas bochechas rubras por estar sem graça, no entanto dá de ombros e não liga para a atitude dele. No outro instante ela permanece com a expressão fechada, sem dizer uma palavra encosta ao lado dele no muro para ajudar na vigilância. Zero nota que ela estava levando a sério quando continuou vigiando e aprovou mentalmente aquela atitude comprometedora com o trabalho. Os dois passam horas em silêncio esperando sentirem a presença de algum vampiro.

Até que, depois de um bom tempo, ele sente a presença de um vampiro e tenta localizar de onde provinha a criatura. Saiory percebe que Zero estava diferente, mostrando aquela cara de quem estava prestes a caçar, que nem ocorreu em outras caçadas. Ambos saem correndo pelos arredores, para não chamarem a atenção das pessoas que estavam próximas em direção aonde o ser estava. Quando eles alcançaram um parque vazio, devido a festividade que estava ocorrendo.

Só que estava tudo muito calmo, nem uma brisa passeava pela vegetação e nem se ouvia o mínimo ruído de qualquer animal que fosse. Os dois se armam, andando desconfiados pelo parque. De repente a tranqüilidade do lugar é penetrada por um ruído quase imperceptível de algo aproximando rapidamente.

Os dois entram em estado de alerta para o que fosse e sem notarem, ambos estavam de costas um para o outro, acabaram aproximando-se um do outro enquanto olhavam para os lados. Surge então, cinco vampiros de nível E, três homens e duas mulheres.

Dois homens avançam em Zero, um vampiro atacando de um lado e do outro vem o segundo vampiro. Então Zero agilmente pula para um galho de uma árvore -com sua velocidade, chegou em questão de segundos, os dois vampiros que não esperavam que Zero fosse tão rápido para fugir do ataque deles, acabam se chocando um contra o outro, como ambos correram rápido, o choque foi inevitável. Zero se aproveita da situação e atira seguido duas vezes, uma bala foi para um vampiro e a outra para o segundo. Só que as criaturas conseguem escapar das balas e somem em meio as arvores.

Zero desce de seu posto na arvore e tanta localiza-los, contudo antes que pudesse acha-los um dos vampiros aparece de cima de uma arvore e ataca Zero. Quando Zero contra-ataca com a bloodyrose o outro vampiro aparece velozmente e também o enfrenta ,só que por trás, mostrando suas garras. O caçador não tem como atacar os dois vampiros ao mesmo tempo, só podendo atacar um, que acaba ferido e de suas costas escorre sangue. Entretanto Zero não se importa e defere um chute na cabeça do vampiro, o que pulou da arvore para ataca-lo.

Drasticamente, praticamente no mesmo instante que deu o chute, enfiou sua mão rasgando o peitoral do vampiro que o atacou pelas suas costas. A arma de Zero cai no chão quando é ferido nas costas. Mesmo feridos, os vampiros ficam de pé. "Eles são muito resistentes no estado que se encontram, porém só estão adiando o inevitável, a morte." Pensa Zero quando os observava. O vampiro que estava com o peitoral sangrando, fica muito ansioso pelo cheiro de sangue que tomou conta de sua mente e de sua vontade. Sem pensar, instintivamente, ataca o caçador com o resto da força que lhe restava.

Corre, mostrando suas garras em direção a Zero, quando vai ataca-lo, Zero é mais rápido e saca sua arma. Atirando na criatura que caiu no chão já sem respiração. Neste momento o outro vampiro, o que antes havia levado o tiro nas costas, se aproveita da distração de Zero e ataca as costas feridas dele. Pensando que assim poderia aproveitar-se que ele estaria mais ferido e atacaria em seguida a cabeça do caçador. Todavia quando estava prestes a atacar as costas, não reparou que Zero fingia estar prestando atenção no vampiro morto. Mas na verdade estava atento a todos os passos do vampiro ainda vivo, e esperando que ele caísse em sua armadilha, e assim aconteceu.

No momento em que a criatura pensava que iria acertar sua presa, Zero se vira com a arma em mão e atira na boca do vampiro, a boca dele já estava meio aberta, pois na hora que Zero se virou para o vampiro, este percebe que caiu em uma armadilha. Quando Zero atira no ser, mesmo com a região da boca ferida, tenta acerta-lo com uma de suas garras, porém era tarde demais para a criatura. Inesperadamente, Zero ouvi um ruído baixinho ecoando pertinho de onde esta.

Bom, voltando a Saiory, quando Zero sai para lutar com os dois vampiros ela fica ocupada com a outra vampira e o vampiro restante que correm para as arvores. Ela tenta persegui-los, só que eles conseguem confundi-la se escondendo pelas arvores. Ela fica confusa porque só consegue ver vultos correndo velozmente desaparecendo e em seguida reaparecendo em meio as arvores.

Saiory tenta se concentrar para localiza-los, no entanto antes que pudesse prever, a mulher surge de trás de uma arvore e tenta um ataque surpresa. Ela consegue se defender da vampira usando suas kodachis, só que, quando ela ataca, a vampira consegue sumir em meio as arvores. O outro vampiro aparece nesse instante e tenta acertar Saiory. Ela se esquiva de seu ataque e tenta um contra-ataque, mas ele também foge para as arvores.

Então o “joguinho” dos vampiros inicia, o objetivo era confundir Saiory para que ela não conseguisse pensar e se concentrar ao mesmo tempo, resultando nela não saber o que fazer no momento. A dupla iria aproveitar, se aproximar e cada um iria ataca-la, um após o outro, e era o que eles estavam colocando em prática nesse momento com ela. Até que a hora em que ela baixar a guarda irão se aproximar e eles atacarão ao mesmo tempo, e assim conseguindo mata-la, sugando todo seu sangue e assim se dá o fim da estratégia deles. Depois de algumas tentativas fracassadas de matar os vampiros, Saiory acaba percebendo o plano deles e decide aproveitar-se disso.

O vampiro se prontifica para atacar, em vez de desviar do ataque dele Saiory corre atrás da vampira, ela sabia que a vampira devia estar por perto para surpreende-la, logo em seguida do outro vampiro. Então ela refletiu que se corresse do vampiro, ele iria persegui-la por alguns instantes até aparecer a outra e ele desaparece novamente. O ser a persegue e ela acha a vampira. Saiory surpreende a vampira, que não esperava que ela fosse atrás dela e a encontrasse, e lança sua kodachi, uma seguida da outra, acertando no corpo da criatura. A vampira cai não chão e seu corpo estremece. Nessa hora o vampiro que avistou a cena, irado pela vampira avança em Saiory.

Ela defere uma rasteira nele e antes que ele se levantasse ela atravesse sua kodachi no peito dele, vira-se e arremessa rapidamente a outra kodachi na cabeça da vampira que se levantava,ela não havia morrido ainda e queria aproveitar-se da distração de Saiory para atacar novamente. Saiory observa para certificar se os dois estavam mesmo mortos e repentinamente sente que algo não ia bem.

Depois que Zero aniquila os dois vampiros, saí para verificar de onde vinha um som ao longe. Chegando próximo de onde provinha o ruído, percebe que na verdade o ruído era uma risada -por sinal, bem desagradável- que acompanhava um tom irônico. Ele pressente que era a vampira que estava com o grupo de vampiros que atacou ele e Saiory. Também recorda que Saiory devia ter permanecido lutando com a outra vampiro e o vampiro, já que a vampira estava na sua frente e os outros dois vampiros mortos.

A vampira estava sentada com as mãos no joelho e relaxadamente encostada em uma grande arvore. Zero não simpatizava com essa tranqüilidade toda e a olha com desprezo. Ela então ri mais uma vez, ele nota que o motivo dela estar rindo, era dele. Ele se irrita e antes que avançasse para ataca-la, ela se apressa a dizer antes que ele puxasse sua arma.

–Tolinho! Acha mesmo que vou ataca-lo agora? -Diz ela ainda despreocupada- Não sou tão forte assim, sei que não posso com você.

Zero fica confuso com a sentença e decide saber quais são as verdadeiras intenções dela.

–O que está planejando? -Indaga enraivecido.

–Ha, ha, ha! -Ri de novo dele, o que o deixa ainda mais irado.- Só queria entender uma coisa sobre você.

Ele ficava cada vez mais perturbado, porém não respondeu nada. Zero simplesmente não iria ataca-la no momento, devido as palavras dela martelavam na cabeça dele. É como se estivesse hipnotizado por elas.

–Acha que só porque sou de nível E tenho que agir como os outros que matam todos que vêem pela frente só para saciar a sede, não é? Frios e insensíveis, é assim que nos vê… acha mesmo que todos são como você? As coisas nem sempre são como nós queremos, sabia?

Zero começa a sentir-se um tanto incomodado com aquela conversa. Ela estava começando a mexer em um ponto fraco dele.

–É isso mesmo! Nem todos os vampiros são como você pensa e nem são sem sentimentos como você. Tem que se acostumar com isso ou vai acabar caindo no seu próprio erro. Olhe só para você, acha mesmo que está fazendo justiça matando a todos nós vampiros? No entanto, na verdade só está querendo saciar sua raiva, sua sede de vingança e ódio, alimentando cada vez mais esses sentimentos e você sabe disso,dia-a-dia está caindo no abismo que você mesmo criou e um dia não vai mais conseguir voltar. Nenhum de nós escapa do destino pelo caminho que escolhemos, a sede vai consumindo até dominar seu corpo e o controle de suas ações. Então será tarde demais. Por que adiar isso? Para que sofrer mais?

Zero estava com uma enorme vontade de mata-la naquele momento. Ele nunca foi dar ouvido as suas presas, porque as matava logo, porém sem perceber lentamente estava sendo envolvido na rede de palavras daquela vampira. Ele sabia que o que ela estava dizendo tinha seu fundo de verdade -pelo menos, era o que ele achava naquele momento-, e era inútil escapar daquelas palavras, assim como do seu destino. Ela então continua seu plano e sabia que ocorria como o previsto.

–Pois é...vai acabar ferindo alguém próximo a você, sabe disso. Vai chegar a hora em que o que está fazendo, a sua “vida” como você deve chamar, vai pregar uma peça em você .Se pensa que nos aniquilando e se matando é o certo a fazer? Está errado. Pensando assim, irá afastar todos que estão com você e os machucando, mesmo se só o que fizeram foi te ajudar e te salvar desse destino. Vai acabar virando aqueles que você mais odeia, ”nós” vampiros decaídos.

Zero que estava bastante angustiado com aquela conversa apenas responde:

–Está errada! Quem pensa que é para falar assim de mim e de minha vida? -Contudo era tarde e ele sabe disso, estava bastante atormentado com aquilo tudo que ela disse.

A vampira não da ouvidos a ele e simplesmente continua, se deliciando com a angustia de Zero.

–Nós vampiros, não somos iguais. Acha que todos nós que chegamos nesse nível tão baixo foi por opção? Não nascemos monstros, muitos tentaram de tudo para não chegar nesse estado, mas foi inevitável. Não queriam terminar assim, só que não tiveram escolha. Muitos não tiveram a mesma sorte que você, de prolongar a vida e ainda não chegar ao nível E. Também temos sentimentos apesar da sede, também temos desejos, pessoas que amamos. E você acha que só porque não gosta de como você é e ter ódio, pode julgar a vida dos outros assim? Olhe só pra você, teve a chance de prolongar a vida e não esta dando valor a ela. Faça-me o favor e olhe-se no espelho! Você é como eu, eu sou como você...no final vamos acabar, mesmo não desejando, matando pessoas só para saciar nossa sede, pelo nosso egoísmo e depois sabendo que mesmo assim vamos acabar morrendo, cedo ou tarde. Vamos morrer não só fisicamente, nossa a alma já terá morrido lentamente, ao longo do caminho.

Enquanto ela diz isso, ela aproveitou que a mente de Zero estava imersa em seu discurso, se levanta suavemente e se acerca dele. Com suas palavras doces e perfurantes, deixa Zero “hipnotizado”, estando imóvel e sem expressão. Apenas absorvendo cada palavra que a vampira dizia, não percebeu a situação que se encontra. Ainda dizendo as ultimas palavras, enquanto sorria maliciosamente, aproxima suas garras ficando a centímetros do corpo de Zero.

Após matar os vampiro Saiory sai correndo. Ela estava com um mal pressentimento. Então visualiza os corpos dos dois vampiros mortos, por Zero, no chão. Ainda preocupada apressa o passo e der repente para imóvel, seus olhos arregalam e sua boca boquiaberta pelo choque, ela quase não consegue pronunciar tais palavras, mas acaba dizendo com certa dificuldade:

–É o fim para ele! Acabou....


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