Recomeçar escrita por SavannahW, Laristen


Capítulo 13
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá olá queridas! Como vão?
Eu sei que atrasei, mas é feriado! Então hoje ainda é tecnicamente domingo, haha
Antes de dar continuação ao capitulo gostaria de agradecer a lindissima Thaissss que recomendou nossa fic! Obrigadíssima :)
Boa leitura -A



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Cheguei ao estacionamento do colégio Queen Elizabeth I um pouco mais cedo do que esperava, então me cedi alguns minutos para processar o que havia acontecido.

A ficha não havia caído, isso era fato, eu me sentia num sonho delicioso do qual eu não queria acordar. Belisquei-me algumas vezes, apenas para ter certeza de que eu estava acordada, e estava! Era tudo verdade! Damon não havia me abandonado, isso nunca havia acontecido, ele ainda era o mesmo Damon que eu conhecia, apenas alguns quilos mais magro e alguns tons mais pálido.

Escutei ao fundo o sinal tocar, anunciando o fim das aulas, e hora de encarar a realidade: cá estava eu, em Londres, com minha filha. Não poderia demonstrar para ela preocupação, ansiedade nem medo – definitivamente coisas que eu sentia agora. Precisava apenas sorrir e perguntar como havia sido o seu primeiro dia de aula.

Tentei parar de pensar em Damon, mas não conseguia, ele era um assunto que ficaria grudado no meu inconsciente por muito tempo. Resolvi apenas sorrir e sair do carro. Ajeitei a alça de minha bolsa no ombro e segui pelo caminho que levava ao interior do colégio.

Por questões de segurança eu deveria sempre buscar minha pequena dentro da sala de aula, então o fiz, e me encantei pela cena que eu vi ao adentrar o espaço: Melanie rodeada de amiguinhos contando alguma coisa, e todos muito estavam muito interessados no assunto. A professora, que também a escutava, notou minha presença e sorriu.

– Melanie, sua mamãe chegou. – minha filha ergueu os olhos e sorriu abertamente. Pude ouvir um coro de crianças resmungando – Amanhã nossa nova amiga pode continuar contando pra vocês sobre a vida dela nos Estados Unidos.

Melanie assentiu e levantou-se do chão ajeitando a saia do uniforme, pegou sua mala que estava ao lado e acenou para o grupinho que continuava em circulo no chão.

– Tchau, amigos.

Minha filha correu até mim e eu não pude evitar sorrir abertamente, ela parecia feliz e havia feito amizades, saber que ela havia sido bem recebida e se enturmado foi uma novidade incrível. Peguei-a no colo e beijei sua face.

– Como foi o seu primeiro dia, querida? – perguntei

– Maravilhoso, eu amo Londres, mamãe!

Suas palavras haviam me deixado sem fala, todo o estresse do dia havia passado pelo simples fato de Mel estar feliz aqui, isso era tudo que me importava por hora.

Minha pequena tagarelou um pouco sobre o seu dia: havia pintado um quadro pra mim com tinta, mas só ia poder trazer no dia seguinte, pois estava secando.

– Mamãe?

– Diga, Mel. – incentivei, olhando-a pelo espelhinho do carro.

– Meus amiguinhos me perguntaram sobre o meu papai, mas eu não sabia o que responder...

Meu coração apertou. Tinha vontade de contar para minha filha sobre Damon, que ele estava muito doente, mas ela não entenderia muito bem. Além do mais eu não fazia noção da reação de Damon quando soubesse que a filha já está com três anos. Ele gostaria de conhece-la? Ou ficaria triste por ter perdido tanto tempo? Decidi mudar de assunto.

– O que você quer jantar? Pode ser qualquer coisa!

– Uhm... – pensou – Peixe com batatas fritas! – referiu-se ao prato típico inglês – Meus amigos falaram pra eu comer, que é muito bom!

– Então seu pedido é uma ordem! – brinquei e minha filha gargalhou já se esquecendo do assunto que há pouco tempo a aflingia.

Fomos até em casa e então estacionei o carro. Não muito distante da nossa nova residência havia uma rua repleta de restaurantes, algum deles devia servir o prato que Mel desejava.

Andamos por cerca de cinco minutos até encontrar o tal restaurante, entramos e então comemos. Realmente o peixe era delicioso. Ao fim da refeição percebi que Melanie lutava contra o cansaço, então paguei a conta e peguei-a no colo. Não demorou nem dois minutos para que eu escutasse sua respiração pesar, indicando que minha filha havia adormecido. Entrei em nossa casa e, gentilmente, pus Mel em sua cama.

Fui para o meu quarto tomar banho, ainda pensativa, e decidi que guardar essa novidade para mim não faria bem para o meu psicológico. Ao terminar meu ritual noturno, conferi o fuso horário: Los Angeles tinha oito horas a menos, então para minhas amigas seria o começo da tarde e eu não atrapalharia. Chamei Miley e então inclui Rebekah na videoconferência.

– Vocês podem conversar um pouquinho? – perguntei manhosa fazendo bico.

– Claro, estou de folga hoje. – Miley respondeu, percebi então que estava no sofá de sua casa.

– Eu estou com trabalho duplicado desde que você se foi. – Bekah bufou – Mas para sua sorte estou na minha pausa para almoçar. – sorriu e mostrou a salada que comia - Que horas são ai, aliás?

– Nove da noite. Melanie acabou de dormir.

– Como esta o meu bebê? – Miley perguntou, apesar de não ser madrinha ela se intitulou tia da minha filha e eu não a contrariei.

– Feliz. – dei os ombros – Adorou a cidade e a escola.

– E por que você está com essa carinha? – minha amiga perguntou com seu sotaque caipira.

– Eu... – mordi o lábio pensando se contaria – Descobri algo hoje...

– Uhum... – Rebekah incentivou a contar, ainda que mastigando seu almoço.

– Acho melhor você engolir primeiro, Bekah, se não quiser engasgar. – avisei.

– É tão sério assim? – perguntou após engolir.

– É. – admiti suspirando..

– Diga logo, que estou morrendo de curiosidade! – Miley ordenou.

– Está bem. Fui hoje cedo ao hospital, sem maiores problemas, um médico de lá me mostrou os pacientes... Enfim, aquele procedimento todo de sempre. O que aconteceu foi que... – medi minhas palavras – Tinha um paciente lá, sem identificação, em coma há três anos. E “alguém” – fiz aspas com a mão – pagava seu tratamento.

– Porque as aspas? – Miley perguntou.

– Você logo entenderá e não vai gostar, tenho certeza.

– Então continue! – brincou curiosa.

– Quando abro a cortina...

– Quem era?! – Miley interrompeu gritando de curiosidade.

– O Damon... – sussurrei.

– O quê?! – Rebekah gritou, mas logo abaixou a voz – Como assim? Coma?

– Mas não foi só isso... – lágrimas brotaram de meus olhos – Assim que ele ouviu minha voz ele acordou.

– Ai meu Deus, isso é tão romântico. – Miley comentou.

– Miley Stewart, vamos nos concentrar na parte importante! – Rebekah lembrou - Ele esteve inconsciente por todo esse tempo?

– Sim. – resumi a história do acidente e do envolvimento do ex-namorado de Miley.

– O Stefan não podia ter escondido... Aquele cretino! A próxima vez que eu encontrar com ele finalmente terei um motivo concreto para matá-lo! – Miley praguejou.

– Mas o Stefan está certo, Mi. Por um lado eu retomei minha vida sem o Damon...

– Você achava que ele havia te abandonado!

– Mas não abandonou! – me exaltei – Eu errei em recomeçar sem ele, sem saber do seu paradeiro!

– Elena Gilbert, cala a boca! – Rebekah se pronunciou após muito tempo calada – Você não está errada! O Stefan plantou essa ideia na sua cabeça, mas é mentira. Você não tinha como saber, pra todas as dúvidas Damon havia lhe abandonado. Se você explicar isso pra ele, tudo se resolverá. Eu conheço o Damon tão bem quanto você, e sei que se ele continua o mesmo ele te perdoará!

– Exato. – Miley concordou.

– Não deixe o Stefan entrar em sua cabeça, Elena. Cuide do seu noivo, aproveite cada segundo com ele, afinal vocês já ficaram muito tempo separados. Tentem retomar a vida de vocês, apresente-o pra Mel... E tudo será perfeito, como deveria ter sido desde o começo. – sorriu – Agora eu preciso voltar para o trabalho. Mande minhas melhoras para o Damon.

Rebekah desligou, restando apenas eu e Miley.

– Amiga, você vai ser muito feliz, você vai ver.

– Tomara, Miley, tomara... – dei os ombros – Vou tentar dormir, já está tarde. Eu te amo.

– Te amo mais, boa noite!

Desligamos a videoconferência e em poucos minutos eu adormeci.

Na manhã seguinte eu estava eufórica. Pensar que hoje Damon estaria um pouco mais forte e mais consciente me alegrava, mas me lembrava também que eu teria que começar a dar algumas explicações para o meu noivo.

Tentei não demonstrar perto de Melanie minha ansiedade, mas foi em vão. Estava mais distraída, desastrada e avoada que o normal, minha filha logo percebeu algo estranho.

– Mamãe, tá tudo bem? – perguntou assim que eu deixei um prato cair no chão, quebrando-se em dezenas de pedaços.

– Sim. – respondi monossilábica – Suba, termine de se arrumar enquanto eu limpo isso aqui. Saímos em dez minutos.

Minha filha assentiu com a cabeça e desceu da cadeira, correndo escadas a cima. Suspirei e fui buscar uma vassoura para limpar minha bagunça.

*

Olhei-me no espelho que existia na sala de descanso dos médicos. Minha aparência estava igual a todos os dias: avental branco, com os cabelos presos como sempre num rabo de cavalo e pouca maquiagem - mas mesmo assim eu não me reconhecia. A insegurança tomou conta do meu interior e agora transparecia para o meu exterior. Grandes bolas roxas podiam ser vistas na região abaixo dos meus olhos, e minha expressão estava dura. Ao contrário da sempre tranquila Elena, hoje quem eu via no espelho era uma outra parte de mim, parte que eu só havia conhecido quando supus que havia sido abandonada.

Entretanto mesmo sabendo que ele está aqui e que tudo pode ser como antes, o medo e a dúvida eram presentes, afinal: e se ele não me quisesse? E se ele me odiasse? Eu não conseguiria superar um segundo abandono.

Vasculhei minha bolsa atrás da pequena nécessaire que eu sempre carregava comigo. Retirei de lá corretivo e pó e em alguns instantes minhas olheiras haviam desaparecido. Passei algumas camadas extra de rímel, detalhe que eu adorava, mas evitava usar no trabalho, e então olhei-me novamente no espelho. Minha expressão continuava dura, mas eu estava mais parecida com a Elena de sempre, e isso já era bom.

Levei meu pulso a frente da minha face e observei meu relógio, faltavam alguns minutos para o começo do meu turno, mas eu não aguentaria ficar mais um só segundo sentada. Levantei-me, guardando meus pertences no armário, ajeitei meu avental, desamassando qualquer vinco que pudesse existir, e caminhei com passos firmes para fora da sala de descanso.

Segui com a cabeça erguida até a minha ala, distribuindo alguns “bom dia” para meus colegas. Decidi por fazer a ronda dos quartos primeiramente, assim teria mais tempo para me preparar para o grande encontro. Mas, para o meu desespero, após dez minutos meu pager tocou, anunciando que eu deveria ir com urgência até a ala da emergência.

Sai com passos largos me dirigindo até a U.T.I., rezando para que não houvesse acontecido nada com Damon. A simples imagem que meu cérebro criou onde meu amado poderia estar sofrendo já me causava calafrios. Para minha sorte a urgência era com outro paciente. Apressei-me em ajudar as enfermeiras.

Após estabilizar a condição do paciente a enfermeira Lia me chamou.

– Doutora Gilbert, o Doutor Pierce fez plantão durante a noite e autorizou o paciente 023 a deixar a emergência e ir para o quarto. Falta apenas a sua autorização para que possamos concluir a mudança. – 023 era como se referiam a Damon antes de descobrirem quem ele era.

– Lia, ele se chama Damon... – expliquei.

– Sim, perdão. – ruborizou envergonhada – Esqueci-me completamente que agora ele foi identificado.

– Não se preocupe – sorri – Você está com a prancheta? – perguntei.

– Sim, doutora. – entregou-me uma prancheta com os últimos detalhes sobre o estado de saúde de Damon. Analisei com cuidado, me atentando as linhas onde explicitavam que meu noivo estava estável e pronto para ser transferido para o quarto.

– Parece-me correto. Pode transferi-lo, Lia. Daqui algumas horas eu vou visita-lo.

– Está bem, doutora.

Assim que a enfermeira virou-se de costas, suspirei alto. Havia escapado por mais algumas horas de ver Damon. Decidi retomar as minhas atividades iniciais, caso contrário minha mente não pensaria em outra coisa se não a bagunça que minha vida havia se tornado nas últimas trinta horas.

Consegui me distrair por cerca de três horas. Após finalizar a ronda dos pacientes fui almoçar com a doutora White. Emma era a obstetra do hospital e uma mulher muito inteligente e simpática. Conversamos trivialidades durante todo o horário de almoço, mantendo minha mente ocupada.

Após me despedir de Emma tentei criar coragem para andar até o quarto de Damon, mas eu simplesmente não conseguia. Entretanto o destino se encarregou de me levar até lá: senti meu pager vibrar, avisando que eu deveria comparecer imediatamente ao quarto 507, o mesmo que eu havia sido informada que Damon seria transferido.

Andei rapidamente até o elevador e logo subi até o quinto andar. Ansiosa, não conseguia parar de morder o interior da minha bochecha, o gosto de ferro já era perceptível.

Ao sair do elevador fui abordada por uma enfermeira.

– Doutora Gilbert! – chamou nervosa

– Sim, o que foi? – perguntei tentando manter a calma.

– O paciente do 507 está muito agitado, tentamos acalmá-lo, mas ele não quer ninguém dentro do quarto se não você.

– Está bem – levei minha mão até a têmpora, massageando-a -, vou até lá.

A porta do quarto 507 estava entreaberta, empurrei-a com pouca força para que abrisse apenas o tanto necessário para que eu entrasse. Já dentro do quarto, fechei a porta atrás de mim com um pouco mais de força, chamando a atenção do moreno deitado de olhos fechados.

Ao ouvir o barulho Damon abriu os olhos, revelando aquele mar azul que eu sempre gostei de encarar. Seus cílios piscaram duas vezes e então sua boca se entortou num pequeno sorriso tímido.

– Oi. – eu disse, começando a conversa.

– Oi.

– Como você está se sentindo? – perguntei aproximando-me da cama.

Pela primeira vez em três anos Damon estava consciente e sem qualquer tipo de tranquilizante no seu sistema, diferente do nosso encontro anterior, do qual ele deve lembrar com algumas distorções.

– Péssimo, mas melhor com você aqui. – respondeu fraco. Sorri ao perceber que continuava o mesmo.

– Deve estar estranhando um pouco as coisas, não é? – passei a mão em seus cabelos.

– Admito que sim. Eu ouvia as pessoas falando, mesmo dormindo, mas quando pergunto alguma coisa ninguém me responde. – falou frustrado.

– Foi um pedido meu, querido. Eu queria te explicar o que aconteceu, não queria que você soubesse por qualquer um.

Novamente os olhos de Damon foram de encontro ao meu ventre, e uma ruga surgiu entre suas sobrancelhas.

– Isso faz parte da explicação. – respondi a sua dúvida silenciosa.

– Então diga, Elena! Um segundo a mais que eu ficar sem saber o que acontece e eu vou pirar.

– Está bem. – suspirei me dando por vencida, sentei-me na poltrona que havia ao lado da cama de Damon e segurei sua mão direita entre as minhas – Você deve se lembrar que viajou para Londres por causa da herança, certo? – concordou com a cabeça – O que você não deve se lembrar é que no caminho até o aeroporto seu táxi sofreu um acidente. O motorista morreu, e você, meu amor, quase seguiu o mesmo caminho.

Percebi Damon engolir em seco.

– Você foi retirado do veiculo, mas seus pertences permaneceram todos lá, e pouco tempo depois houve uma explosão que destruiu todos os seus documentos. Você foi levado ao hospital, mas por ter sofrido uma grande pancada na cabeça ficou em coma por três anos. – eu lacrimejava.

– Três anos?! Eu dormi por três anos?! – perguntou perplexo.

– Sim, amor.

– E como você me achou, Lena? – lá estava a pergunta que eu gostaria de poder ignorar. Senti meu olhos transbordarem, funguei e decidi ser sincera.

– Eu não te achei, Damon. – seus olhos me encaravam confuso – Eu não tive notícias suas por três anos! Eu achava que você havia me abandonado.

– Eu nunca te abandonaria, Lena. – meu moreno se esforçou para tocar minha face, limpando minhas lágrimas – E como você está aqui agora? – perguntou com uma feição tranquila.

– Eu fui transferida para cá, ontem foi meu primeiro dia... E ai eu te vi. – fui sincera.

– Então é o destino nos unindo novamente. – sorriu fraco – Não chore, Lena.

– Eu te amo, Damon. – admiti. Estava me sentindo culpada demais.

– Eu também te amo.

– Eu te prometo – funguei – que você vai sair daqui rapidinho, vai pra casa comigo e vai conhecer sua filha.

– Melanie... – seus olhos brilharam como há tempos eu não via – Como ela está?

– Bem. – peguei meu celular no bolso procurando uma foto para mostrar a Damon – Ela sempre quis te conhecer... É uma cópia perfeita sua, olha só.

Mostrei a foto que havia tirado de Melanie quando passeávamos pela London Eye no domingo passado, ela sorria e estava muito feliz com o passeio. Observei Damon lacrimejar pela primeira vez.

– Ela é a sua cara, Lena. – admitiu chorando. Por reflexo selei nossos lábios.

Mostrei a Damon mais algumas fotos da nossa filha, mas logo fomos interrompidos por uma enfermeira que pedia para que eu comparecesse ao corredor.

– Eu já volto, vou aproveitar e providenciar para que você vá logo para casa. – sorri – Descanse.

Ao chegar no corredor encontro com James.

– James, como vai? – pergunto.

– Bem, e você?

– Melhor impossível. – sorri. Não pude conter demonstrar o quão feliz estava.

– É muito bom ouvir isso. Imagino que vá ficar mais feliz ainda quando eu lhe contar as novidades: os exames que pedi ontem de Damon saíram e eu fiz questão de analisar. – James apesar de exercer a função de supervisor era um excelente neurologista – Os resultados são impressionantes.

– Impressionantes como? – indaguei.

– Veja por si mesma.

James entregou-me um envelope com duas chapas do cérebro de Damon, pus no quadro de análise e não pude acreditar.

– Impressionante, não é? – perguntou, concordei com a cabeça – Damon não teve nenhuma sequela neurológica, o que é raro, a pressão está normal e não existe qualquer motivo para se preocupar com futuros aneurismas.

– Isso significa que ele já está liberado. – afirmei.

– Sim. É claro que a lista de recomendações será extensa, como fisioterapia, acompanhamento nutricional e acompanhamento psicológico. Mas você conhece os procedimentos de recuperação como ninguém. – sorriu com cumplicidade. – Vão retomar o noivado agora que ele está saudável como nunca?

– Sim, com certeza. Ele vai se mudar comigo, então ficarei responsável pela sua recuperação. – expliquei.

– Então não preciso mais me preocupar, ele está em boas mãos. – James me entregou um papel assinado – Aí está a alta de Damon, assinei para a data de amanhã, apenas para garantir que toda a medicação pesada estará fora do sistema dele antes de partir.

– Obrigada, James.

Voltei para o quarto para dar a boa novidade para Damon, mas ao chegar percebi que ele dormia. Escrevi um bilhete avisando que voltaria no dia seguinte e selei nossos lábios.

Ao sair informei as enfermeiras que Stefan não estava mais autorizado a entrar em contato com o meu paciente, e a chefe da enfermaria me certificou que caso o Doutor Pierce tentasse falar com Damon ela me avisaria imediatamente. Eu não deixaria Stefan virar Damon contra mim.

Observei meu relógio de pulso e notei que já era hora de ir embora. Fui até a sala de descanso e peguei minha bolsa, seguindo até o estacionamento. Sorridente, busquei minha filha na escola. Ao chegar vi minha pequena desenhando sentada em uma mesinha adequada ao seu tamanho. Acenei para a professora e peguei minha filha no colo.

– Mamãe tá feliz? – perguntou ao me ver sorrindo. Assenti com a cabeça – Porque, mamãe?

– Porque... – respirei fundo - Eu encontrei seu papai hoje, filha. – fui sincera.


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Notas finais do capítulo

GENTE, PARA TUDO!
Apostas pra qual vai ser a reação da Mel? :)
Comentem s2s2



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