Como Romeu e Julieta escrita por C0nfused queen


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu queria agradecer por vocês estarem lendo a minha história.
Prometo postar o próximo logo.



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Após algumas horas de sorrisos falsas e muitas, muitas champanhes os convidados foram pouco, a pouco se dissipando até que restássemos apenas eu e meus pais, pelo menos com tanta bebida os meus pais não se lembraram de chamar a minha atenção pela dança com aquele que não era meu noivo. Meus pais iam cambaleando na frente completamente bêbados enquanto eu seguia com meus saltos em Mao e segurando a barra de meu vestido. Entramos em nosso carro e seguimos para a mansão dos Capuletos, nossa casa embora muito luxuosa e confortável fosse à verdade um palácio cheio de regras, eu nunca tive uma vida como a das outras crianças, eu nunca corri descalça em casa, eu nunca pude pular em minha cama como as outras crianças, eu nunca brinquei na lama, eu nunca fui livre. Em alguns minutos já era possível avistar a fechada de nossa casa que possuía uma fechada de certa forma antiga como quase todas as casas da Europa, porém possuía um enorme jardim e quadra de tênis, piscina, coisas que para outras pessoas lembravam o prazer e a diversão, mas para mim elas tinham outra simbologia elas lembravam sobretudo as minhas tarefas das quais eu nunca consegui fugir.

Quando o carro estacionou em frente a porta eu sai em disparada deixando meus pais para trás, subi correndo as escadas e me tranquei em meu quarto, me desfiz de meu vestido e tomei um demorado banho tentando absorver as notícias daquele dia. Eu iria me casar com alguém que eu não amava que eu nem ao menos conhecia mesmo estando apaixonada por outra pessoa que não era uma pessoa qualquer mas sim o filho do maior rival da minha família. Deixei que os pingos de água me ajudassem a encontrar uma solução para tudo aquilo.

Depois de um tempo eu coloquei meu pijama e deitei-me em minha cama, fechando os olhos em seguida e sonhando com Romeu, o meu Romeu, porém por volta das quatro da manha ouvi algo sendo atirado em minha janela, pedras talvez, que faziam um barulho irritante impedindo que eu continuasse a dormir.

Levantei-me de minha cama e segui para minha sacada, pegando antes um casaco que cobria perfeitamente o curto short e a blusa que eu vestia, abri a porta de vidro e rapidamente uma fria corrente de ar passou pelo meu corpo me fazendo estremecer, o chão de mármore era mais incomodo ainda, me aproximei da bancada e o encontrei ali de pé, sem o seu paletó e com a gravata folgada, com um conjunto de pedrinhas na mão e um sorriso bobo estampado no rosto, com os cabelos revoltos no vento forte.

–Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela.

O fitei confusa, o que ele pretendia fazer nos matar fez um gesto com as mãos para que ele falasse mais baixo, mas ele me ignorou e sorriu, continuando a entoar seus versos de Shakespeare.

– Eis minha dama. Oh, sim! é o meu amor. Se ela soubesse disso!

Eu não conseguia mais conter a minha risada, esperava que os meus pais estivessem bêbados o suficiente para que não nos ouvissem.

– Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. Que se dera se ficassem lá no alto os olhos dela, e na sua cabeça os dois luzeiros? Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam. Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!

Resolvi entrar em seu jogo e entoei os versos seguintes, dentre as varias aulas que eu fui obrigada a cursar uma delas era literatura, então eu conhecia bem as obras de Shakespeare.

– Ai de mim!

– Oh, falou! Fala de novo, mas dessa vez me convide para subir.

Perdi uma respiração, não sabia como reagir aquilo, então pensei em algo.

– Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu?No caso de seres visto, poderão matar-te.

– Ai! Em teus olhos há maior perigo do que em vinte punhais de teus parentes.

Pensei por um segundo, mas totalmente tomada pela inprudencia o convidei, ele abriu um sorriso de vitoria e subiu escalando a parede com o auxilio de uma parede de rosas decorativas.

Ele sentou-se na amurada e colocou as mãos em meu rosto.

–Como foi difícil convencer você.

Eu corei e ele sorriu me puxando para os seus braços quentes comparado com a baixa temperatura.

–O que você faz aqui?

–Eu precisava te ver.

–Mas e a sua namorada?

–A Rose e eu terminamos.

–E quando isso aconteceu?

–Logo depois que eu te beijei.

Sorri e me reconfortei mais em seus braços.

Ele encostou sua cabeça a minha.

–Vem... – eu peguei a sua mão delicadamente e o conduzi para dentro do meu quarto.

Agora em uma temperatura mais agradável ele conduziu seus lábios aos meus, após algum tempo nos beijando eu deitei em minha cama e ele hesitou por um minuto até fazer o mesmo, me aconcheguei em seus braços.

–Isso não é racional?

–O que? – ele perguntou confuso.

–Nos conhecemos hoje como podemos estar apaixonados.

Ele me abraçou mais forte e disse.

–Eu não estou apaixonado por você... Eu te amo. – ele disse me fazendo sorrir – Eu nunca conheci alguém como você, eu sinto que eu realmente preciso de você. É um sentimento diferente.

Assim confortável em seus braços, cai na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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