Just Breathe escrita por Wonderland


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Se tiverem criticas, dicas -sem ser capitulos maiores hehe-, alguns comentários sobre mais alguma coisa sintam-se a vontade!



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Olho para ele e percebo que ele está fazendo a mesma coisa que fez com a morfinácia do 8. Beijo seus lábios que agora nãos estão mais trêmulos nem fracos. Ele teria voltado ao normal? Não diria para sempre, mas por esses segundos eu tenho certeza. Essa seria a primeira vez que Peeta estaria realmente bem, já que nas outras eles surtou quando eu me aproximei. Vamos para o quarto e me deito na cama sobre o peito de Peeta. Vejo seu batimento cardíaco rápido, mas seus braços em volta de mim estão tão confortáveis e seguros que não sei bem se isso seria um ataque. Falo para ele que vou pegar uma água na cozinha e ele diz que tudo bem. Saio, mas ao invés de ir para a cozinha, fico sentada na poltrona vendo através do vidro da porta. Queria um momento para ver o verdadeiro – se é que posso dizer isso... – Peeta. Ele se senta na beirada da cama e olha para as pernas. Movimenta o pé bom dele e olha para o mecânico, ele não se move, ele levanta a perna boa e olha novamente para a mecânica, comparando-as. Ele tenta se levantar, mas tomba e cai na cama. Rio com a cena e decido ir à cozinha, bebo água e volto. Entro no quarto e ele está deitado com a perna boa dobrada e os olhos fechados. Sento na cama e o observo. Sei que parece maluquice olhar alguém dormir, mas de acordo com meu medico, sou mentalmente desorientada, então meio que isso me ajuda se quiser fazer alguma coisa estranha ou apenas justificar atitudes estranhas, tal como essa. Ele abre os olhos e me vê. Sorrio e ele me dirige a palavra.

– É muito estranho isso. Essa coisa de metal presa a mim.

– Posso imaginar, mas você se da bem com ela.

– É, acho que sim. Não é bom com ela, mas seria pior sem ela. – ele explica.

– Assim como eu?

– Katniss... – ele diz abalado e me puxa para perto.

Ele me beija docilmente. Peeta tem esse costume de me beijar como se fosse a ultima vez que o mesmo aconteceria. O mesmo tipo dos que me dera na arena. Aqueles que me anseia por mais e mais. Nunca suficientes. Sinto-o me puxando mais e sigo seus passos, me aproximando e bagunçando seus cabelos. Suas mãos passam pelas minhas costas chegando ate meu pescoço, sua respiração fica mais forte, nunca houve um momento assim... Talvez na Arena? Não. Não se compara a arena, aqui ele está sendo preciso, ele abre os olhos e me olha de perto, perto até demais diria. Ele tira sua camisa que era de botão e minha camisola se enrola tanto quanto os lençóis. Me aproximo mais dele ele me olha sorrindo enquanto procuro algum ar que ainda tenha restado no quarto. Nenhum de nós gostaria de parar, mas eu sabia o que viria a seguir.

– Peeta... – falo ofegante e corada. Ele parece não me ouvir e segue os beijos pelo meu pescoço. – você falou que esperaria. – Ele para e suspira.

– tudo bem... – ele fala me puxando e colocando seus lábios no meu ouvido. – mas lembre-se estamos loucamente apaixonados, então não tem problema você fazer isso de novo quando tiver vontade. – fico mais corada ainda e ele para na minha frente e me encara. Peeta é o romantismo em pessoa. Não tenho o que falar, mas ele sempre tem as palavras certas. Ele sempre sabe o que fazer.

– Katniss... – ele fala com a expressão de quando me via voltando da escola. – pode ter se passado os Jogos, a guerra e toda aquela história de telessequestro...

– para – falo.

– não, escuta. Pode ter se passado tudo isso, mas mesmo que passar pela minha cabeça te matar... Tenha certeza, que se eu fizer isso, o próximo a morrer serei eu.

– vou correr esse risco. – falo curta e séria. Não estava brincando.

Me deito em seu peito memorando o que ele disse, seus braços me acolhem e ele encosta sua cabeça na minha. E durmo, tendo como companhia o calor de seu corpo e a melodia de seu coração batendo.

A semana passa-se rapidamente e quando vejo, estamos de volta a casa. Está tudo bem? Vai ficar tudo bem. Me pego em casa pensando e digo a Peeta que irei caminhar.

Um ano... Um ano que tudo acabou. São três horas e ainda está claro, é inverno e tem muita neve no 12. Vou para a floresta com a roupa que estou no corpo ignorando o frio. Ela se recompôs e está muito bonita, as arvores estão com poucas folhas, e o chão laranja, amarelo e marrom devido as que caíram. Atravesso-a até chegar perto do lago, me sento em uma das pedras que fazem parte da margem e me encolho lembrando quando eu e meu pai nadávamos aqui. Não estou com meu arco, não estou caçando. Já fiz muito isso em outros dias. Lembro-me dos tordos que cantavam aqui.

– Você vem, você vem para arvore? Onde um homem foi enforcado acusado de matar três. Coisas estranhas acontecem aqui. Não seria estranho se nós nos encontrássemos na minha arvore forca. – canto.

Em menos de cinco minutos, os pássaros começam a repetir a mesma melodia de qual cantei.

– Vocês ainda estão ai não é? – falo sorrindo. Sopro a melodia de Rue, todos se silenciam e em seguida começam a reproduzi-la. Dez, vinte, são muitos. O som se segue floresta adentro.

Imaginar que há um ano esse lugar serviu como passagem para os fugitivos... Balanço a cabeça querendo me livrar do pensamento.


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Notas finais do capítulo

Desculpa se alguns de vcs estão achando os capítulos meio chatos :c vou tentar deixá-los mais legais



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