Just Breathe escrita por Wonderland


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Guardem lencinhos para os proximos capitulos. Principalmente quem gosta do Peeta.



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– Ah! – um grito longo e alto escapa da minha boca.

– Calma, Katniss, eu to aqui. – Peeta fala me abraçando e me viro para ele de olhos cerrados com um medo platônico de que ele também esteja em chamas. – Pode abrir os olhos. – não me movo. – Era ela de novo não era?

Balanço a cabeça em concordância ainda com os olhos fechados. Seus braços me cercam e depois somem. Ouço a gaveta abrir e fechar.

– Pode abrir. – ele ordena e eu o faço. Vejo a pérola em sua mão e um sorriso em seu rosto. Lagrimas caem e ele me beija.

– Obrigada, Peeta. Por hoje cedo... Por agora... Por todos os dias.

– Katniss deixa isso para lá. – ele me abraça e coloca a pérola na gaveta de novo.

– Não. Desculpa. Por hoje...

– Tudo bem. Mas...

– O que foi?

– Foi verdade que você queria esquecer? De tudo? De todos? De mim? – a dor resplandece em seus olhos.

– Dói... Muito saber que a culpa foi minha... Mas não queria me esquecer de você. Eu não quero.

– Vem cá. – ele me puxa.

Sorrio dolorosamente e a noite termina com um demorado beijo.

– Bom dia. – falo depois de acordar e ainda ver Peeta na cama.

– Oi. Está melhor?

– Sim, melhorando. – digo porem meu cansaço aparente denuncia que este é apenas o primeiro dia de luto de uma órfã. Descemos até a cozinha e Peeta prepara o café. Ovos mexidos são esparramados em meu prato, a panela é deixada na pia pelas mãos de Peeta, a cadeira é arrastada, Peeta se senta. Meu pensamento está assim mesmo, detalhado e lento, consequentemente parecido com meu olhar.

– Estão bons? – ele pergunta se referindo aos ovos.

– Sim. – e a segunda colherada se segue a minha boca. Fito o copo com leite batendo os dedos na mesa de maneira repetitiva. Me levanto e Peeta se assusta se afastando da mesa ainda sentado na cadeira. Vou até ele e me sento em seu colo o abraçando. Os braços que sempre foram meu refugio. Apenas frases ecoam na minha mente. Foi culpa minha. Ela não devia ter morrido. Isso é real? É mesmo real? Ela morreu? Estou sozinha... Meu Deus, pai... Mãe... Prim... Porque eles? Porque não eu? Porque não eu? Porque não?! Devia ser eu! As vozes em minha cabeça estão me destruindo. Aos poucos, retirando uma parte de mim, todas as vezes. Ainda não vejo alívios em estar acordada, não agora. Dormindo, sou massacrada por coisas irreais, porém acordada... Não há alivio nenhum em receber péssimas noticias todos os dias. Não há privilégios em acordar de pesadelos se a realidade já é um. E dos piores tipos, os reais.

– Faz tempo que você não me abraçava assim. – ele diz tirando uma mecha de cabelo dos meus olhos e sinto meu rosto corar. – Você fica tão linda assim.

– Como?

– Vestindo minha blusa favorita sem botões e meias. – e seu sorriso mais doce aparece. Dois dias sem ataques.

– Mas... Peeta eu só estou... – há um jeito melhor no mundo do que ser interrompida sem ser por um beijo? É uma das melhores coisas no Peeta se não a melhor. Mais vozes gritam: “Você ainda vai matar ele! Vai querer deixar mais um? Saia de perto dele. Se isole, é melhor do que torturar a quem você tem de companhia”, mas por um estante ignoro. Afasto os pratos da mesa e sento nela enquanto Peeta me segura pela cintura continuando os beijos. Suaves e delicados, porém quentes. Continuaríamos ali, na mesa mesmo se não fosse Haymitch.

– Tem alguém em casa? – ele diz batendo na porta. A abro e ele me abraça.

– Sinto muito. Como você está? – ele diz.

– Melhorando graças a ele. – aceno timidamente para Peeta mordendo os lábios para que lágrimas não caiam de meus olhos fúteis. Peeta me abraça por trás encaixando sua cabeça em meu ombro.

– Que bom. – ele diz e me puxa para fora de casa.

– Ei, Haymitch.

– Katniss, Gale está aqui. – desta maneira, friamente e rapidamente ele soltou as palavras e meu olhar percorreu tudo a volta. Não o encontrei, apenas vi Peeta na porta de casa, nesse momento eu sorri. Coisa que eu não fazia havia um tempo.

– Haymitch, cadê ele?

– Só me responde uma coisa.

– Fala logo.

– Você deixaria isso para ir atrás dele? E revê-lo? Você iria embora?


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Notas finais do capítulo

Boa sorte com a raiva nos proximos capítulos :3



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