Nobody Know escrita por Ally Napa


Capítulo 10
Ele se chama Demetri Owlsen


Notas iniciais do capítulo

OMG! Eu fiz mais de mil palavras em um capítulo!Voltando...Oi oi gente ! Eu aqui, mais uma vez para a alegria de meus leitores(ou não), sem mais nenhum minuto de espera, vamos ao que interessa ...Nobody Know....



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Seus cabelos dançavam ao vento enquanto ela batalhava com alguém. Eu sabia que não era uma batalha de verdade, ela estava apenas treinando, mas não deixava nenhuma brecha para o adversário, como se aquilo dependesse da sua vida, o que por certo ponto era real.

Ela estava com uma roupa preta colada ao corpo, com tiras em tons vermelhos, em seus pés havia um par de sapatilhas de balé, acho que para se movimentar mais rápido, se era isso, estava dando certo.

Com apenas um movimento ela acertou o pescoço do seu adversário, mas como a arma não era de verdade, então ele não morreu. Ela virou-se e começou a falar com a pessoa com quem estava lutando, ele falou algo que a fez virar em minha direção, então abriu o seu lindo sorriso travesso.

Eles saíram da quadra por uma das portas laterais, que agora que percebi havia nove. O local onde estávamos tinha bastante luz. Alguns minutos depois aquela garota que sempre foi mais alta que chegou perto de mim.

–- Como você está Mia? – Ela fala olhando para o meu rosto como se nada houvesse acontecido.

–- Não estou bem, mas parece que você está muito bem, né Lya?

Com o seu mesmo jeito de ser, apenas deu um pequeno sorriso pelo canto dos lábios e ficou calada. Então ela voltou para perto do Sr.M, como se estivesse esperando que ele falasse algo, mas nessa hora o celular dele tocou e ele foi para perto de uma abóbada e começou a falar em um tom baixo.

Voltei a olhar novamente a Lya e ela estava olhando fixamente para mim.

–- Como... Foi lá? Naquela sala... – ela diz com a voz falha.

–- Quer dizer – comecei – que mentiu para mim esse tempo todo, fingindo que era apenas uma amiga da Instituição?... – Eu disse com uma voz falha.

Ela fitou o chão procurando palavras para serem ditas, mas parece que desistiu do que ia falar e soltou todo o ar dos pulmões, e sem um ato de confiança em si, ela olhou em meus olhos.

–- Você não precisa saber por que isso - Foi à única coisa que disse depois de dar meia volta e sair de cabeça levantada em direção a uma porta de madeira que tinha pelo corredor.

Fiquei atordoada com aquilo, até um som feito no fim da garganta bem atrás de mim, e quando virei, Sr.M já não estava mais no celular, e olhou diretamente para o garoto que estava ao seu lado.

–-Owlsen! – com a voz bem alta- Mostre a CHIMERA para a senhorita Darlen!

A voz do Sr.M era como o estrondo de um carro que saiu de linha a muitos anos. Ele saiu de nossa frente, foi quando percebi que nossa conversa já estava terminada.

–- E... – o garoto falou rápido- Você quer treinar antes de lhe mostrar como são as coisas aqui?

–-É... Pode ser - disse quase sorrindo.

Pela mesma porta que Lya entrou, nós avançamos para dentro. Mas o corredor daquele lugar tinha mais cinco portas distintas que, provavelmente, dava em outros corredores.

Ele abriu a terceira porta, onde havia uma escadaria de mármore. Fiquei olhando para ela esquecendo que tinha que descer também, até o garoto chamado Owlsen parar no sexto degrau e olhar para mim.

–- Mais escadas – murmurei.

As escadas eram bem lisas, como se todo dia fosse polidas. Ali não havia janela nenhuma para entrar o sol ou a luz da lua, mas não havia cheiro de mofo e sim de flores, as lâmpadas eram bem fortes e o teto era baixo, ficando em minha altura, mas o garoto era mais alto que eu, então ele tinha que ficar curvado, mesmo assim, ele continuou andando, e já havia se passado muito tempo enquanto andávamos.

Ele parou enfrente a uma porta de metal, e quando ele ia abrir ouvimos um click, rapidamente ele tentou abrir a porta, ele virou para mim com um olhar tenso.

–- Que horas são? – Ele perguntou com a voz mais calma que podia.

–- Não sei! – respondi rápido- Eu não tenho relógio nenhum, mas deve ser umas... Nove da noite?

Quando o Sr.M pegou seu celular para atender a ligação, vi de relance as horas, e era 20:47, então provavelmente era nove horas da noite.Com um olhar atordoado ele tentou abrir a porta, mas não resolveu em nada. Então as luzes foram apagadas.

Estava escuro demais, de repente uma luz apareceu. Owlsen tinha um isqueiro! Eu não estava entendendo o que estava acontecendo e acho que ele percebeu e começou a falar.

–- Aqui existe uma determinada hora para recolher, e como deve perceber... São no horário das 21:00 – ele disse olhando em meus olhos e de repende minhas bochechas começaram a queimar, mesmo assim retribui o olhar.

Ficamos um tempo sem o que dizer, então ele sentou no chão e eu resolvi fazer o mesmo, então o seu isqueiro apagou, e novamente o escuro. Após ele acender novamente, foi quando notei sua aparência, eu já havia notado que ele tinha os cabelos branco platinado, mas agora vi que tinha pequenas mechas de azul. Com uma pele clara que parecia que não saia muito no sol. Então seus olhos castanhos olharam diretamente para mim, antes que percebesse que estava o observando desviei o olhar.

–-Então... Qual o seu nome? – ele perguntou olhando para o isqueiro.

–- Mei Darlen – murmurei em um tom que quase não dava para ouvir.

–- Ah! Prazer! – Ele disse com um sorriso no canto da boca – Eu me chamo Demetri.

–- Demetri Owlsen... Né? – falei.

Então de repente seu sorriso desapareceu.

–- É... – Ele disse com uma voz rouca – Então, qual o seu poder?

A pergunta me atingiu em cheio... Poderes... Eu tinha poderes? Claro que tinha! Se não eu estaria morta agora.

–- Eu...

“NÃO CONFIE NELE”, ”ELE É UM DELES”, era o que minha cabeça dizia.

–-Eu sou uma necromancer – disse alto demais.

–- Entendo...

–- E você? – perguntei rápido demais.

–- Eu não sei, fui recrutado, mas nunca soube o que é o meu poder e nem quando ele irá despertar... – ele disse triste, então de repente ele abre um sorriso – Mas fiquei muito feliz de entrar aqui, onde eu posso falar com quem eu quiser fazer amigos, amar alguém, treinar, comer direito e poder fazer muitas outras coisas que antes eu não podia.

Então a luz apagou novamente, mas demorou um pouco para ele acender, quando a luz invadiu novamente o compartimento, ele estava com os olhos vermelhos e com uma lágrima escorrendo por sua bochecha.

Ele olhou para mim com um olhar que parecia pedir conforto, mas ao mesmo tempo não.

–- O que houve? – perguntei com a voz falha.

Cenas começaram a invadir minha mente, tinha um garoto com uns cinco anos, levando tapas e chutes de um homem tudo em alta velocidade em minha mente, de repente o garoto já devia ter dez anos de idade e era bastante magro e estava usando roupas bastante gastas e rasgadas, a cena muda outra vez e o garoto deveria ter doze anos, outro homem está falando algo para o garoto e o homem que havia batido nele começa a reclamar, fazendo alguns gestos que parecia dizer não. De repente tudo para e eu percebo que ainda estou nas escadas.

Owlsen olha assustado para mim. Agora percebo que o garoto das cenas era ele... Bruscamente ele levanta-se.

–-Por que invadiu minha mente? – Ele pergunta com uma voz serena.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu demorei mil anos para pensar nesse capítulo, desculpa a demora, mas a cabeça dessa escritora é muito bagunçada, acho que tenho que fazer uma limpeza geral nesse cérebro



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