Love is Redemption escrita por fairylady N


Capítulo 3
Who You Always Will Be


Notas iniciais do capítulo

Capítulo GRANDE, porém necessário. Muito mais explicativo do que com ação, e diálogos na verdade... Sem mais enrolação, nos falamos lá embaixo!



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Regina entrou como uma tempestade na suíte de hotel, com gosto amargo do fracasso ainda fresco em sua boca.

A ex-rainha se recostou na porta, e fechou os olhos com força tentando colocar alguma ínfima ordem na agitação de seus próprios pensamentos rodopiantes naquele momento. Seus joelhos tremiam, e sua cabeça latejava. Seu corpo parecia refletir todo seu esgotamento emocional naquele instante, e ela se descobria com dificuldades para manter os pés plantados no chão.

Desde o começo não tinha ilusões sobre esta ser uma tarefa fácil de ser realizada; afinal, ela já estivera do outro lado e o árduo ceticismo de Emma Swan já fora conveniente o bastante. Seu plano estava muito longe de ser infalível, mas fora o máximo que ela conseguira pensar. Afinal, o livro era o mais próximo de uma prova sólida da existência daquele passado esquecido. Regina esperava no mínimo uma reação de familiaridade, algum lapso, qualquer coisa... Na verdade, agora olhando para trás ela sentia o plano que ela tão cuidadosamente havia planejado e articulado quase tão inútil quanto o ato impulsivo de Hook. Onde ela estava com a cabeça, afinal?

– Oh, olha só quem chegou. Bem vinda de volta querida. – Regina comprimiu os lábios e precisou de um longo suspiro para lidar com o tom sarcástico de Hook. Por um momento, com sua cabeça tão cheia de coisas, ela havia esquecido que teria que lidar com ele quando voltasse para seu “lar provisório”.

Regina lentamente abriu os olhos, deparando-se com o sorriso insolente do pirata que lhe olhava sobre o ombro, do sofá de onde estava sentado. Todo aquele seu ar presunçoso, e o fato de que em parte, ele havia prejudicado seu plano – No fundo, Regina sabia que havia pouca influência, afinal. Mas o fato dele irritá-la somente por respirar, e o modo como estava sua cabeça no momento, tornava muito fácil jogar boa parte da culpa nele – poderia tê-la feito acabar com ele naquele momento. Hook tinha muita sorte de seus poderes serem tão instáveis nesse mundo.

– Então onde está Emma? Já podemos voltar pra Floresta Encantada?

– Ela não se lembrou. – Disse com relutância, sentindo cada sílaba carregada de ironia do pirata afrontar a precária paciência que lhe restava. – Nem acreditou em mim.

– Bom... Eu não diria que estou surpreso...

– Você não está em posição de me dizer nada, pirata! – Cuspiu carregando sua voz com uma grande dose de desprezo. – Não quando seu “grande plano” consistia em sair batendo em portas e beijando mulheres que não sabem sequer da sua existência.

– Pode até não ter sido um grande plano. – Ponderou, inclinando levemente a cabeça com um sorriso arrogante. – Mas com certeza foi muito mais prazeroso.

– Me poupe de suas fantasias platônicas, Hook. – Falar sobre aquilo só ressaltava seu desagrado pelo capitão; Hook naturalmente era uma pedra em seu sapato. Seu ar pedante muito maior do que sua competência, combinado com aquele arde sedutor barato, como se achasse que todas ao seu redor o desejassem. Regina no máximo conseguia sentir náuseas.

Caminhou até a micro sala de estar onde ele ocupava uma das três poltronas dispostas em volta de uma mesinha de centro. Regina sentou-se na poltrona perpendicular à que ele se sentava, – o mais distante possível dele – massageando freneticamente as têmporas pulsantes, enquanto o homem voltou sua atenção para o grande mapa que ocupava toda a superfície de vidro da mesinha de centro.

Ele debruçou-se sobre o móvel, de sua mão inteira um cristal negro pendurado por uma corrente de prata pairava sobre a superfície do mapa em movimento pendular, acompanhado pelos dois pares de olhos dos ocupantes da sala com atenção.

Regina sentiu uma onda crescente de expectativa se apoderar de seu corpo. Encontrar Elphaba através do mapa e do cristal rastreador seria a resolução de apenas uma parte do problema, ao mesmo tempo em que desencadearia uma preocupação ainda mais grave. Mesmo que fosse localizada, Elphaba não poderia ser parada. Regina não havia sido o suficiente para detê-la em seu mundo, naquele ela suspeitava ter ainda menos chances.

A Bruxa Má havia feito sua primeira aparição pela Floresta Encantada cerca de um mês depois a quebra da maldição. Todos ainda tentavam reorganizar suas vidas, de acordo com sua nova situação, mas não fora fácil; Apesar de pertencerem originalmente ao lugar, foi difícil abrir mão dos confortos que a energia elétrica e a rede de esgoto lhe proporcionavam em Storybrooke. Mais do que isso, foi a sensação de perda que parecia envolver a todos, apesar de sua tão almejada volta para casa. A sensação de terem perdido seu herói, sua esperança, sua Salvadora.

Snow e Charming, além de Regina pareciam os mais abalados pela situação; Mesmo sem Henry presente em sua vida para poder honrar suas promessas, Regina havia perdido, em algum lugar no caminho para o destino que haviam caminhado, sua necessidade de vingança. Não havia espaço para pensamentos destrutivos, quando ela mesma estava quebrada, e de repente a única coisa que importava era recuperar o que havia sido deixado para trás.

A vida mais uma vez fizera com que ela e Snow White estivessem do mesmo lado em busca de sua família de volta. Não houve um pedido de desculpas formal, nem precisaram de conversas sobre tréguas, ou coisa do tipo. O destino lhes colocara novamente juntas em busca de um único objetivo, que parecia maior e mais importante do que velhas mágoas do passado.

Então, enquanto Charming e Snow se ocupavam reconstruindo todo um reino em ruínas e faziam o melhor para reestruturar suas próprias vidas e de todo seu povo da melhor maneira possível, Regina se esforçava em descobrir novos meios e feitiços que pudessem ajuda-la a recuperar seu filho, – e consequentemente Emma Swan - ao mesmo tempo em que tinha que lidar com o notável declínio de sua própria magia. Regina sabia o que isso significava, e sabia o quanto Henry se orgulharia quando soubesse que ela estava verdadeiramente conseguindo se redimir. Isso só a fez triplicar seus esforços.

Elphaba havia surgido da distante terra de Oz, pelo que diziam os rumores. Regina conseguiu sentir sua energia mágica opressora logo que pousou seus pés na Floresta Encantada. Não demorou muito para que mesmo aqueles que não possuíam magia provarem de sua força também; Ela trouxera consigo a destruição e a tirania, perturbando o breve momento de harmonia de uma terra ainda em recuperação. Não houve tempo de resistência, ou de proteção organizada. Todas as defesas que poderiam usar foram improvisadas, mais movidas por instintos do que planejamentos de um reino em guerra, nem poderiam contar com reforços de outros reinos, pois Elphaba atacava todos ao mesmo tempo.

Além de trazer seu próprio exército consigo, a bruxa reunira seguidores da própria Floresta Encantada. Alianças foram formadas com trolls e ogros da floresta, aumentando ainda mais sua vantagem perante o reino, e quando ela pensou que mais nada poderia detê-la surgiu algo – ou melhor, alguém – que ela não contava. A Rainha Má.

Elphaba poderia lidar facilmente com todos os outros; os mocinhos nunca ultrapassariam seus códigos morais e éticos, e os mesmos princípios que os enobrecia tornavam seus movimentos previsíveis demais para uma mulher como ela. Mas Regina já estivera do outro lado, Regina há muito tempo havia abandonado todos estes códigos de conduta, e infelizmente para a Bruxa Má do Oeste, Regina estava disposta a fazer o que fosse necessário, jogar tão sujo quanto ela, se fosse preciso, para proteger aquelas pessoas. A família de Henry. Sua família...

Regina só havia enfrentado Elphaba pessoalmente uma vez. Na maioria das vezes, ela estivera por trás dos planejamentos de defesas e contra ataque, junto com o Conselho e todos aqueles que um dia odiara. Não que gostasse daquelas pessoas, na verdade sua opinião sobre eles parecia irrelevante perto do que tinham que enfrentar. E juntos, mesmo com todas as diferenças do passado eles conseguiram equilibrar um pouco a situação; O racionalismo de Archie – ou Grilo Falante, novamente -, a cautela de Azul, a engenhosidade de Gepeto, a lealdade dos anões, os instintos de Ruby e Granny, o poder de Regina e a liderança dos Charmings. Cada habilidade separada não podia ser equiparada com o poder maligno de Elphaba, mas juntos eles descobriram que podiam ter uma chance. Por menor que fosse.

Ganharam algumas batalhas. Azul e Regina conseguiram fazer com que sua barreira mágica trouxesse maior segurança para aqueles do reino que vinham buscar abrigo e proteção; enquanto seu exército reagia as forças da bruxa e tentava ao mesmo tempo que tentava dar auxílio aos reinos aliados que também sofriam represálias. Foi em uma destas missões de auxílio ao reino de Philip, a primeira vez que Regina saíra em campo de batalha com Charming e seus exércitos. Havia uma pequena chance de a própria Elphaba liderar o ataque, e Regina não podia perder esta chance de enfrenta-la. Não que Regina estivesse convencida em algum momento que poderia vencê-la, mas sabia que ela era a que mais poderia se aproximar disso.

Deixaram o castelo dos Charmings com grande parte de seu exército. Hoje ela via o quanto tinham sido descuidados e confiantes, mas no momento eles tinham grandes esperanças de travarem uma luta final, ou pelo menos decisiva que acabasse com todo aquele pesadelo. Regina não sabia se fora o tempo constante que passara com os Charmings que a deixara tão otimista, ou se fora seus interesses pessoais nas habilidades da bruxa em atravessar diferentes dimensões, que a fizera acompanha-los e deixar a precária defesa do castelo nas mãos de Azul e de Snow e seus anões. Mas nada foi como esperavam, e mais uma vez Regina só reafirmava o quanto odiava surpresas.

Houve realmente um ataque; mas nada que evidenciasse algo de especial para o qual haviam se preparado. Na verdade fora uma batalha facilmente conquistada. Fácil até demais. E enquanto muitos comemoravam sentindo-se afortunados por aquela vitória, a sensação inquieta de que algo estava errado não a abandonou em nenhum instante naquela noite. David que não parecia mais contagiado do que ela, pela comemoração com o restante de suas tropas acampadas, passou boa parte da noite em sua companhia analisando mapas e discutindo estratégias. E foi ali, através de toda aquela cartografia que Regina pode ter uma visão geral do que estava acontecendo. E do grande erro que haviam cometido.

Elphaba os tinha naquele momento exatamente onde ela queria que estivessem. Todas suas forças levadas para longe do lugar que ela realmente queria atacar. Regina se sentia até hoje estúpida demais por ter caído naquela armadilha. Parecia tão evidente o que Elphaba tinha planejado desde o começo que Regina só podia culpar a si mesma, e sua esperança ignorante em ter a oportunidade, por menor que fosse de reencontrá-los e trazê-los de volta. Eles eram tudo o que ela verdadeiramente se importava. Eles eram sua maior fraqueza.

A sombra de terror nos olhos de Charming havia sido a última imagem que seus olhos capturaram antes de serem nublados pela fumaça arroxeada, e antes mesmo que tivesse tempo de se recuperar da vertigem que sentia quando aparatava, a visão de Regina focalizou a imagem que ainda hoje fazia seus pelos da nuca se arrepiarem de horror. De pé a bruxa alta e esguia, a sombra da lua projetada pela janela da suíte do rei dando um aspecto ainda mais maligno em sua tez esverdeada. Mas não foi sua aparência que fizera Regina sentir seus pulmões afundarem e a estenose em sua traqueia, tornando quase impossível o ato de respirar.

O corpo da rainha, imóvel e rígido se encontrava elevado; os pés de Snow White pairavam alguns centímetros acima do chão, e seus olhos esverdeados – Os mesmos olhos de Emma Swan – estavam fixos no teto, refletindo um grito sufocado, assim como a própria Snow, pelas mãos de dedos longos da bruxa em volta de sua garganta. Regina sentia seus batimentos cardíacos acelerados contra suas costelas. Não de satisfação ou excitação, como ela sempre esperou sentir ao ver o fim de sua maior inimiga, ao ver sua justiça sendo feita; no fim Regina sentia somente o pânico paralisa-la, o desespero tomar conta de seu corpo e sua cabeça se encher de preces silenciosas para que aquilo não fosse real. Para que Snow não estivesse morta.

Os olhos azuis frios e aguçados de Elphaba a fitaram no momento em que ela fez seu primeiro movimento e lançou uma esfera de fogo na direção da bruxa. Elphaba não a surpreendeu quando usou a mão livre para se defender, lhe oferecendo um sorriso de escárnio; Regina sabia que seus poderes iam muito além dos seus próprios, – Principalmente agora, com Regina conseguindo vencer as trevas que a corrompiam – ela podia sentir a esmagadora força da energia maligna exalada por Elphaba. Mas no momento a única coisa que ela esperava era ser forte o suficiente para que a bruxa precisasse das duas mãos para enfrenta-la e libertasse Snow White.

Em sua vez de revidar, Elphaba acenou com a mão esquerda lançando na direção de Regina uma comprida onda negra da qual ela teve que se jogar para o lado para conseguir desviar. A porta do aposento teve o destino que deveria ser o dela e explodiu, Regina se pôs de pé rapidamente e seu segundo movimento foi mais calculado do que primeiro; o chão abaixo da bruxa tremeu, fazendo-a perder o equilíbrio, e enquanto a bruxa se preocupava em manter-se em pé, através de sua telecinésia, ela invocou uma das espadas que pendia cruzada com uma segunda espada sobre a lareira. Elphaba conseguiu facilmente se livrar do objeto, assim como se livrara de sua primeira esfera de fogo, mas não esperava que esta fosse apenas uma distração, quando a outra espada vinha por suas costas, pegando-a desprevenida.

Regina esperou que ao ser obrigada a se defender de seu ataque, Elphaba largasse o corpo de Snow White; não era um movimento para derrota-la, pois ela não era ingênua o suficiente a ponto de esperar que Elphaba fosse subjugada por um truque simples como aquele, então quando a mulher não conseguiu desviar de seu ataque, e Regina observou a espada cravar-se em sua carne, e a lâmina tornar-se visível através de sua barriga. Por um momento ela prendeu a respiração e assistiu Elphaba arfar longamente, seus olhos azuis arregalados, fitavam o teto quando ela largou o corpo desacordado de Snow. Regina ainda não havia se movido. Estava estoica, incapaz de acreditar naquilo. Nunca era tão fácil, não pra ela. Passara anos perseguindo e tentando acabar com dois idiotas – Sim, o fato de serem aliados não mudava suas características – e só conseguira atingi-los quando tivera que sacrificar tudo o que era importante para ela. Não estava convencida que aquilo havia sido o suficiente para derrotar uma figura maligna como aquela.

Logo em seguida, o olhar cego sobre a abóbada do quarto da loira voltou-se para Regina, quase soando divertidos, e a morena teve certeza de que suas expectativas estavam corretas, na verdade haviam sido superadas quando observou Elphaba puxar a espada de seu próprio corpo, com um sorriso sádico estampado em seu rosto. O vestido estava rasgado, mas através do tecido escuro Regina observou sua pele intocada onde a lâmina apenas há alguns segundos atrás estivera atravessada. Se Regina estava realmente impressionada não teve tempo de pensar sobre isso, pois logo que viu o olhar lançado por Elphaba enquanto esta aproximava ambas as mãos concentrando sua energia negra entre elas, Regina sabia que deveria se preocupar se teria um próximo suspiro após aquele ataque.

Quando o ataque foi realizado, Regina concentrou o máximo de magia que conseguiu em suas mãos e tentou bloqueá-lo com um campo de força. Seu corpo absorveu o impacto do ataque, e ela tentava manter-se firme quando na verdade sentia-se empurrada para trás, ao mesmo tempo em que tentava modificar e redirecionar a magia na direção de quem havia lhe elaborado. Isto não passou despercebido aos olhos astutos de Elphaba, que logo que percebeu sua intenção lançou ainda mais energia das trevas em sua direção. Regina podia sentir a magia que corria em suas veias esgotando-se, em sua tentativa de proteger-se do ataque; seu próprio corpo refletia seu esforço, e sua visão começava a embaçar-se, tornando Elphaba um vulto verde, conseguindo distinguir somente as duas safiras fatídicas voltadas em sua direção.

A poderosa energia de Elphaba cada vez mais se aproximava de seu corpo que Regina podia sentir o calor emanado por ela, Regina talvez neste momento já estivesse conformada que fosse seu fim, e sua cabeça encheu-se de lembranças de seu filho; seu sorriso luminoso que tanto aquecera e iluminada seu coração negro; os olhos verdes que já a fitaram com tanta admiração, como repúdio. Os mesmos olhos da mulher que ela morreria tentando salvar, os mesmos olhos de Emma Swan. Era irônico que os pensamentos sobre a mulher invadissem sua mente em seu fim, já que Regina fugisse deles desde que a maldição havia sido quebrada. Regina não tentou impedi-los naquele momento, no seu último momento não parecia ser necessário tentar se esconder através de nenhuma armadura, ou tentar lutar contra algo que sua própria cabeça persistia em pensar.

Emma Swan irritante, lhe enfrentando não se deixando intimidar com sua posição, ou sua presença; Emma Swan que mesmo com todos os motivos possíveis para deixá-la a protegeu e se sacrificou por ela, como ninguém nunca antes havia feito; Emma Swan que havia acreditado nela quando todos, inclusive a própria família a condenava; Emma Swan que havia lhe ajudado a recuperar seu único bem precioso... Era inevitável sentir seu coração ser preenchido por um sentimento agradável, que Regina não conseguia – nem se sentia segura – em descrever com todos esses pensamentos, assim como algum órgão invisível parecia ser dilacerado quando se lembrava de sua despedida, da perda que ia além de seu precioso pequeno príncipe...

Uma única lágrima solitária escapou involuntária enquanto Regina aceitava seu fado de morrer com todas aquelas dúvidas e sentimentos mal resolvidos; morrer longe de Henry, sem ao menos falar com ele uma última vez, e lhe dizer o quanto ela o amava, sem ele ao menos se lembrar dela. Já se entregava ao seu destino evidente, quando uma movimentação perto da porta a fez desviar a atenção naquela direção.

Azul irrompeu pela porta, seus olhos demonstrando todo o estado de choque em que se encontrava. Ela olhou de Regina para Elphaba com a boca entreaberta, impressionada pela evidente batalha de magia que se desenrolava na suíte de seus suseranos, e ainda para a rainha desfalecida no chão. Regina viu sua boca se mexer, mas não conseguiu identificar as palavras formadas antes da erguer sua varinha para o alto e um feixe de luz resplandecente encher o ambiente, cegando sua visão. Tudo parecera um sonho a partir daí; Regina tentava manter-se em pé mesmo com todas suas forças a abandonando, a magia de Elphaba não era mais contida em suas mãos, assim como sua própria magia.

Tudo parecia apenas luz e névoa, Regina provavelmente teria pensado que estava morta se não tivesse plena certeza que não interessava o lugar que fosse quando morresse seria bem mais escuro que aquele. A luz perdeu lentamente seu brilho, enquanto Regina já conseguia ver os contornos do aposento novamente, e o mais importante a ausência da bruxa no local. Regina lembrava-se daquilo vagamente, quase como se lembrava de um sonho; Tinkerbell agachada ao seu lado quando suas pernas a traíram e seu corpo encontrou o chão, Regina ignorando suas perguntas insistentes preocupadas com seu estado e se arrastando até onde o corpo de Snow estava estendido imóvel, Azul passando a varinha de condão repetidas vezes sobre ela, e Regina sentindo seu desespero crescente a cada vez que não tinham resultado. Finalmente, quando sua respiração pesada encheu o ambiente, Regina suspirou aliviada. O rosto de Snow era apenas um borrão, mesmo assim ela imaginou os mesmos olhos da menina que um dia há muitos anos atrás ela salvara, repletos de gratidão e admiração quando a rainha disse seu nome entre seus longos suspiros de recuperação. Ainda sentiu os braços de Snow em volta de seu pescoço, abraçando-a fortemente soluçando desenfreadamente. Regina não tinha forças para rejeitar o gesto, nem se lembrava se queria realmente fazê-lo, pois as palavras desoladas de Snow foram a única coisa que se lembrava perfeitamente mesmo em seu estado de esgotamento. A última coisa que ouviu antes dela mesma sucumbir a toda a exaustão de seu corpo.

“Ela está atrás de Emma.”

Às vezes Regina ainda acordava com estas palavras sussurradas em seu ouvido, e a sensação de pânico a atingia, como da primeira vez que despertou após aquele dia. Depois daquele dia muitas coisas haviam mudado, na verdade. Toda a situação ganhou um tom muito mais urgente, e importante para todos. Tinha mentido para Emma, na verdade mão sabia suas intenções sobre a Salvadora, nem como Elphaba sabia da existência de Emma - Mas devido à natureza da mulher Regina tinha o pressentimento que não deveria ser uma coisa boa -, na verdade a situação só deixara evidente que não sabiam nada da misteriosa mulher que havia surgido em seu mundo disposta a dominar ou destruir tudo e todos em seu caminho. A parte racional e ponderada de Regina sabia que isto era importante, que descobrir quem era ela e de onde viera poderia facilitar muito sua derrota, mas Regina não estava em posição de ser racional. Com a ameaça evidente à Emma – e consequentemente Henry – Regina focou seus esforços em maneiras para protegê-los.

Tinham a vantagem inicial de Elphaba não saber do paradeiro de Emma e Henry, mas baseado em seu primeiro e quase fatal contato, Regina tinha certeza que era apenas uma questão de tempo até esta situação se reverter. Já que não tinham condições de pará-la e muito menos de detê-la completamente, a única coisa que poderiam fazer era protegê-los pessoalmente o quanto pudessem; o que era impossível já que estavam inseridos em mundos diferentes. Este foi o primeiro embate a ser resolvido. Enquanto Regina se esforçava em evoluir suas técnicas, perdia horas e horas olhando livros de feitiços antigos de Rumple; Azul e as fadas faziam buscas por todos os reinos em busca de artefatos mágicos que os fizessem voltar para o outro mundo, Gepeto tentava consertar inutilmente o guarda-roupas inutilizado, até mesmo Hook, que antes se comportava quase de forma apática sobre tudo o que acontecia à sua volta, saíra à bordo do Jolly Rogers em busca de uma solução para seus problemas.

Regina estava longe de conseguir manda-los para a outra dimensão, mas conseguira muitos avanços enquanto tentava; Como a obsidiana negra encantada capaz de captar e perceber a energia maligna de Elphaba quando esta estava perto, ou o aperfeiçoamento do feitiço de Rumplestiltskin que lhe permitia além de conservar suas memórias no outro mundo, manter parte de sua magia. Isso manteve Regina ocupada e convenientemente longe dos pensamentos de sua experiência de quase morte. Por outro lado, Elphaba se tornava ainda mais difícil de ser vencida; ainda mais contando com a irmã – uma versão genérica menos perversa e mais idiota da própria – que surgira para ajuda-la em sua dominação. O reino cada vez mais se mantinha na defensiva, suportando os ataques evasivos de Elphaba, a própria Regina sentia como se aguardasse uma solução que nem sequer tinha certeza que viria. Mas veio. Da mão mais indesejada por Regina, mas veio.

Hook fora recebido como um herói quando trouxe consigo de sua última jornada um único feijão mágico perdido em meio há reinos remotos. Regina suspeitava que este havia sido o começo de sua rivalidade evidente. Ao contrário de Snow e David que o idolatravam, o simples ato de respirar do pirata lhe parecia uma ofensa direta à sua pessoa. Hook estava realizado demais, convencido demais que agora era o genro que os Charmings pediam a todas as divindades, o cavaleiro que traria sua filha de volta e salvaria o dia. Regina o odiava um pouco mais cada vez que pensava em cada pretensão possível do pirata através daquele maldito feijão.

E era por isto que agora estava sentada naquela sala com aquele mesmo pirata, em sua difícil missão em proteger Emma Swan e seu filho. Sem meios de volta para Floresta Encantada, sem nenhuma certeza, ou garantia, Regina dava tudo de si e não parecia obter nenhum resultado em troca, e ela estaria mentindo se dissesse que estava satisfeita com a situação. Não chegara nem perto de seu filho, e sabia que quando fizesse sua reação não seria muito diferente de Emma Swan. Tinha perdido tudo mais uma vez, e desta vez não estava sequer no meio de rostos conhecidos.

– Nada ainda? – Soltou bufando impaciente, cruzando os braços e inclinando seu corpo mais próximo do mapa.

– Não. Não há o menor sinal da bruxa. Como eu já disse, ela não está aqui...

– Ou talvez você não esteja procurando direito.

– Talvez. – Respondeu com um suspiro cansado. Já faziam dias que a maior parte de seu dia – e por vezes de sua noite – se resumiam a ficar debruçado sobre o mapa tentando localizar qualquer resquício da magia de Elphaba, e até agora não haviam tido nenhum resultado que indicasse a presença da bruxa. Já tinham tido aquela discussão antes, na maioria das vezes ele cedia e continuava em sua busca pelo mapa, como Regina queria. Mas pelo seu tom Regina suspeitava que a situação estava prestes a mudar.

– Talvez eu esteja procurando errado, ou talvez o seu feitiço esteja errado, e quem sabe, talvez ela não esteja aqui. O que eu sei é que eu estou há dias em busca de uma...

– Bem, evidentemente que não procurou tempo o suficiente...

Aquilo pareceu ser a gota d’água para o pirata que após ter seus esforços desmerecidos por Regina se inclinou com o rosto muito próximo do seu e disse em tom contido porém irritado:

– Ótimo. Então tente você mesma e faça melhor, vossa Majestade. – Regina o fuzilou com os olhos, quando esse se levantou e virou-lhe as costas indo em direção á janela, retirou o cantil de prata e pôs-se a observar a rua movimentada bebendo de seu precioso rum.

Ela se ajoelhou mais próxima da mesa erguendo o cristal em suas próprias mãos. Demorou alguns segundos para manter a mão direita imóvel e o fio totalmente esticado e estático. Lentamente o cristal perambulou a superfície do mapa, Regina movimentou-o o mínimo possível, apenas o suficiente para este vagar por cada rua impressa em linhas do mapa. Após alguns longos minutos seu resultado não foi muito diferente daquele obtido por Hook.

Regina se levantou irritada, jogando com força o cristal no chão. Seus nervos estavam a flor da pele, o suficiente para fazê-la caminhar até o pirata e arrancar o cantil de sua mão e arremessa-lo no chão. Regina sabia que estava descontando injustamente sua frustração nele, mas ela não se importava. Se sua vida estava uma droga ela faria questão de transformar a vida de alguém pior que a sua.

– Mas o que..? – Disse pego de surpresa, e antes que tivesse tempo de concluir sua fala Regina já havia se aproximado o suficiente para sentir seu hálito alcóolico expirado em seu rosto.

– Eu sei que ela está aqui.

– Sério? Você a achou? – Disse cinicamente, ele podia estar de costas, mas Regina havia sentido que ele a observava com certa expectativa pelo canto do olho.

– Não! – Admitiu. – Mas eu sei que ela está, eu sinto isto!

Isto era verdade. Por isso saíram as pressas da Floresta Encantada; Archie – ou Grilo, tanto faz – havia sugerido que plantassem o feijão em um solo anormalmente fértil para que pudessem obter mais feijões para uma volta. Regina descartou-a sem pestanejar. Algo dentro de si, seu alerta de perigo apitava desenfreadamente fazendo-a agir por impulso uma vez atrás da outra. Foi por impulso que ela aceitara se jogar naquele mundo sem nenhuma certeza ou garantia, também havia sido por impulso que Regina havia garantido à todos que ela mesma traria Emma e Henry de volta, eventualmente quando ela conseguisse evoluir suas habilidades com portais. Se Regina parasse para pensar aquilo era insano, nem mesmo Rumplestiltskin após séculos tinha conseguido algo parecido, mas todos pareceram convencidos que ela conseguiria, por menos possível que isso parecesse.

Pela primeira vez as pessoas acreditavam nela – Em Regina. Ela agora era Regina, não a Rainha Má -, Snow White acreditava nela assim como Emma um dia acreditara, e todas aquelas expectativas sobre ela só fazia a ideia de falhar com aquelas pessoas lhe afligir ainda mais. Regina não podia fracassar, não podia nem sequer considerar esta possibilidade.

– Bem, Regina quando este seu sentimento for mais do que um sentimento o cristal vai indicar e nós vamos saber que ela vai estar por perto.

– E o que você sugere? Sentarmos e bebermos enquanto esperamos passivamente Elphaba aparecer e ameaçar a vida de Emma Swan e do meu filho?!

– Ouça você mesma, Regina. – Disse se abaixando e pegando o cantil, e retornando- o ao bolso interno do sobretudo de couro que usava. – Se Elphaba não está aqui, não há ameaça para Emma e Henry.

– Isto é o que você está dizendo...

– Isto é o que o cristal nos mostrou! Você mesma tentou! Porque é tão difícil admitir que você está errada quando é evidente que está?

– Porque eu não estou! – Disse teimosamente, colocando as mãos na cintura. – E não vou ficar aqui sem fazer nada vadiando com um pirata imprestável e egoísta, enquanto meu filho corre perigo!

– Você nunca caçou não é verdade? – Disse ele avaliando seu rosto, e completando antes que ela pudesse responder. – Tirando Snow White, que é uma derrota vergonhosa do seu passado.

Regina não lhe respondeu, rolou os olhos impacientemente se negando a lhe dar uma resposta. Regina poderia odiá-lo quase tanto quanto odiava Elphaba.

– Bem, deixe-me esclarecer uma coisa Regina. Em uma caçada nós temos que ter paciência, e esperar o momento certo para atacar. – Regina suspirou entediada, mesmo assim ele continuou. – Não importa se são crocodilos, cervos, ou bruxas... o princípio é o mesmo Nós estamos em uma caçada, nós temos que esperar o momento certo.

– Para mim é apenas sua maneira enfeitada de dizer “Ficar de braços cruzados e não fazer nada”.

– Eu não disse que ia ficar sem fazer nada. – Disse com uma pista de seu ar insolente se alastrando por seu rosto. – Estava pensando em tentar de novo, sabe, quem sabe se eu der mais alguns beijos na Emma...

Seu corpo reagiu antes que Regina pudesse controlar, ou raciocinar. Instintivamente ela avançou para frente, e sua mão quase se fechou em torno do pescoço do pirata, mas ela se segurou no último milésimo de segundo, em vez disso lhe apontou o indicador ameaçadoramente perto de seu rosto.

– Não se atreva, pirata! – Regina mal notou que seu corpo adquirira tamanha tensão que chegava a tremer – Não se atreva a piorar nossa situação mais uma vez!

– Interessante. – Disse ele, na reação que suas palavras haviam causado em Regina. Ela se sentiu como uma cobaia de uma experiência sendo observada pelo cientista curioso e indagador. Tentou recompor a compostura, mas aquela sua amostra de descontrole já havia aguçado perguntas indesejáveis em Hook.

– O que? – Perguntou confusa.

– Porque você fica tão irritada pelo fato de eu beijar Emma?

– Eu não fico irritada... Eu não me importo a mínima com o que você e a senhorita Swan fazem ou deixam de fazer! – Mentiu para Hook, para si mesma, tendo noção de tamanha sua hipocrisia.

– Não? – Ele perguntou soltando um riso convencido. – É uma coincidência sua reação toda vez que acontece alguma coisa entre Emma e eu?

Regina se afastou alguns passos para trás cada vez mais nervosa. Não de uma maneira irada como estivera alguns momentos atrás, mas de certa forma intimidada. Como algum errante pego no flagra em meio ao seu crime, ou um covarde sendo obrigado a enfrentar seus temores. Ela só sabia que Hook estava pisando em um terreno incerto e perigoso que ela mesma evitava pisar, e no momento o mais importante era sair daquilo.

– Eu não sei do que você está falando.

– Ah, não? Então foi coincidência você resolver se afastar quando Emma me beijou em Neverland? Ou como você ficou irritada quando eu a beijei, e agora isto! – Regina só encolheu-se ainda mais torcendo para que o chão a engolisse e ela pudesse evitar o assunto.

– O que você está insinuando? – Disse voltando a avançar sobre o pirata os olhos inflexíveis sobre ele, tentando disfarçar toda a vergonha que sentia por dentro. E se ele havia a descoberto? Descoberto o que exatamente?

– Eu acho que você sabe o que eu estou insinuando... – Disse ele com seu sorriso perverso, Regina previa que seria torturada, pisoteada por aquele maldito convencido arrogante. – Você esta com ciúmes. Está com ciúmes de mim.

Por um momento ela suspirou aliviada, que o ego de Hook fosse maior que sua percepção. Depois gargalhadas irromperam sacudindo todo seu corpo. Hook a encarou como se ela beirasse a insanidade, e nem mesmo por isso ela parou. Quando já não parecia ter ar, conseguiu se recompor limpando lágrimas que ficaram de rastro dos risos incontroláveis, Hook a olhava como se ela fosse um animal de outro planeta.

– Sua petulância me dá náuseas, pirata! – Sua armadura de arrogância havia sido vestida novamente quando ela percebeu que ele estava longe de perceber alguma coisa. Até porque não havia NADA para ser percebido. Regina que havia sido... bem, ela se precipitara e pensara algumas besteiras irracionais. – Enquanto você fica aí com suas teorias incongruentes, me dê licença, mas eu tenho um filho e uma heroína para salvar.

Regina lhe deu as costas, indo em direção ao quarto em que dormia sozinha, quando a voz do pirata a fez parar.

– Você fala com uma superioridade Regina, como se você realmente achasse que é melhor do que eu.

– E o sol nasce no leste e se põe no oeste... Diga-me alguma coisa que eu não sei, querido. – Disse ironicamente. Hook riu para si mesmo, e balançou a cabeça negativamente, como se soubesse algo que Regina não sabia realmente.

– É engraçado ver você bancando a altruísta, me acusando de egoísta e todos os adjetivos que você tem me lançado desde que chegamos aqui.

– Não me culpe por julgar você e seus motivos vulgares de vir até aqui! – Disse olhando-o sobre o ombro, com um sorriso petulante.

– Eu não nego que vim aqui pela Emma, sou um maldito egoísta. Eu sei disso. Mas pelo menos sou um maldito egoísta sincero, ao contrário de você, Regina. A grande Rainha da Hipocrisia. – Regina sabia exatamente do que ele estava falando. Hook não era um gênio por notar isso, ela tinha plena certeza que não era boazinha como seus recentes aliados de Floresta Encantada.

Por mais que ela se esforçasse, por mais que tivesse mudado de conduta suas ações não eram completamente genuínas. Não era segredo para ninguém que ela entrara todo aquele papo de se redimir por seu pequeno príncipe. Ele havia sido sua salvação, sua redenção... Ou pelo menos fora ele quem começara isso. No entanto estar do lado do “bem” também havia lhe trazido muitas gratificações. As pessoas acreditavam nela, amigos, pessoas com quem podia contar. Regina se sentia um pouco tola por se importar com tudo aquilo, mas não podia evitar a satisfação que sentia em se sentir parte de alguma coisa importante.

– Porque está me dizendo isso, pirata?

– Para que você mantenha seus pés no chão, para que não se esqueça de quem você realmente é, e quem você sempre vai ser. Aposto que a bruxa deve saber quem você realmente é...

– Está duvidando das minhas intenções? É isso, pirata? – Perguntou franzindo a sobrancelha incrédula. Não entendia onde Hook queria chegar com todo aquele papo.

– Não agora. Mas e se alguma alternativa mais satisfatória surgir? Se Elphaba tiver uma proposta melhor para você e seu filho? Você vai escolher o certo a fazer ou o melhor para você?

Então era isso, o pirata não confiava nela. Ótimo! Pois Regina não confiava nem um pouco nele também. Então ele achava que ela poderia ser tão facilmente corrompida como ele fora e virar a casaca como ele fizera por tantos anos, aceitando o que lhe oferecesse mais vantagem. Como fizera com sua mãe e com os Charmings. Aquilo a irritou mais do que esperava, Regina não gostou de ter sua honra posta em questão por aquele pirata volúvel, e ao mesmo tempo se viu surpreendida por não ter considerado a ideia de trapacear nenhum momento. Ela realmente estava mudando...

O pirata tinha razão quando havia insinuado que ela nunca seria um deles, porque ela não seria. Regina ainda podia cometer muitos erros, tropeçar inúmeras vezes no caminho pedregoso de redenção que ela havia escolhido trilhar, mas ela não desistiria. Não escolheria nenhum caminho mais fácil. Ela não precisava ser lembrada de quem realmente era.

– Eu não preciso ser lembrada de nada, Hook. Eu sei quem eu sou. – Disse satisfeita e orgulhosa de si mesma. – Eu sou Regina Mills, a Rainha Má. E mais importante ainda, sou a mãe do Henry. E eu prometi para o meu filho que vou ser a mãe que ele sempre quis ter, e não estou disposta a quebrar essa promessa.

Terminou sua caminhada, com Hook absolutamente em silêncio em suas costas. Quando já se encontrava dentro do quarto, bateu a porta com força fazendo o barulho seco ecoar pela suíte, ao mesmo tempo em que outra porta fazia barulho de estar se abrindo e uma voz alta e animada entrou se anunciando:

– Hei, eu trouxe pizza!


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Notas finais do capítulo

Hei, gente! Aqui estou eu de novo, falando o mesmo papo de que deveria ter mais cenas - e deveria MESMO - mas este capítulo era NECESSÁRIO, foi um capítulo muito difícil de escrever, de verdade. Eu comecei e apaguei tudo de novo umas 20 vezes, porque apesar de eu ter toda a ideia geral da fic na minha cabeça, eu sou MUITO detalhista, e de certa forma eu tive que formar minha própria teoria de história geral sobre a Elphaba ter aparecido, e vou admitir que foi bem difícil fazer a história parecer convincente, ou sei lá pelo menos com uma certa noção. (PRINCIPALMENTE a parte da batalha da Regina com a Elphaba, CHESSUS foi uma batalha aqui também), espero ter sido aceitável :))

Não tem muito Swan Queen no capítulo (Tão vendo o anterior teve SÓ SQ, esse já não. Como diria Rumple... "Toda magia vem com um preço" HUIASDHUIDASHIUADSHUIADSHUIA' brincadeira :D),mas teve uma amostra de #jealousyRegina, e foi preciso também para mostrar um pouco a mudança da Evil Queen e a "implicância" dela com o Hook, espero não ter soado forçado (Sim, sou cismada com isso SIM HAHAHA) Se vocês tiverem alguma dúvida, ou crítica por favor me falem! Isso vai em ajudar a melhorar e montar a história da melhor maneira possível...

Obrigada para as meninas que comentaram, sério! Eu não sei como dizer o quanto eu fico feliz em saber que estão gostando, de verdade! E o quanto eu fico entusiasmada cada vez que vejo a opinião do povo que está lendo a fic!
BEIJÃO, GATAS! PRA VOCÊS:
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HUSIHDUASIHDUASIHDUAISHUSIHUASIHUASIHUIASUIASHUIDAS'

Obrigada pela dedicação e pela atenção, como sempre. Nos vemos em breve :))