Os Três Fantasmas escrita por Cakeyloser
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem! No último capítulo: “Quanto mais próximo eu ficava daquela forma branca e circular, mais forte a luz que emanava dela ficava. Chegando perto o suficiente eu cheguei dela, isso simplesmente se apagou e sumiu. Apartir daí, a única coisa que eu sentia era o vento batendo em todas as partes do meu corpo enquanto caia para a escuridão fria e vazia."
O vento se acabou depois de algum tempo. Cai em um chão duro de concreto, mas algo fez com que eu não me machucasse. Aquela pequena esfera luminosa voltou a aparecer e estava piscando cada para cada vez mais longe de mim, decido segui-la. Tudo estava escuro, apenas a esfera iluminava meu caminho. Quanto mais perto eu chegava dela, sua voz aumentava.
– Jay... Jay... Jay... - Oque isso significava? Continuo a seguindo, sou muito curioso e não paro até essa vontade ser saciada.
No final do corredor, uma luz foi aumentando. O vento frio batia em meu rosto, fazendo com que eu fique tremendo. Saio em uma praça, todas as cores normais sumiram dela, agora só estava todo preto e branco. Olhei ao redor, eu me lembrava daquele parque, vinha aqui várias vezes quando era pequeno, eu, meu irmão, minha mãe e tia Emily.
Folhas caiam das árvores, ventos gélidos indicavam que o frio estava a caminho, lagos agitados e luzes falhando por causa dos ventos fortes. Crianças corriam e os pais saim atrás delas que nem loucas, vendedores ambulantes, gritavam anunciando seus produtos. Era natal naquele dia, digo porque, tudo está decorado como tal.
A esfera luminosa reaparece em meu lado e toma forma. Era uma figura andrógina vestida de branco com a idade que não sei dizer qual, uma chama saia de sua cabeça como uma vela.
– Quem é você? - Pergunto recuando da figura.
– Sou o fantasmas do natal passado. Vim mostrar coisas para você, coisas do natal passado. - Diz a figura. Sua voz sai gutural, quase como se estivesse em minha mente, oque faz com que eu me afaste mais.
– Siga-me Jay Jones!
– Não, n-não farei isso - Gaguejo
– Se não o fizer, eu entro em seu corpo e faço você ir. Vai querer isso mesmo? Não é agradável, coisas saem do lugar correto. - Responde ele com um rosto suscetível.
– T-tudo bem então. Ele foi flutuando na frente. Cada vez mais eu me afastava dele. Espero que possa acordar desse sonho maluco, pela qual passo, mas e se não for um sonho? E se tivesse acontecendo mesmo? Pois é, e se... Ele me levou para um banco na frente de um pequeno lago onde peixes pulavam e nadavam.
Sai de meu transe, quando duas crianças e duas mulheres estavam chegando. Éramos eu, meu irmão, minha mãe e tia Emily. Fiquei estupefato. Não via tia Emily a tanto tempo que fiquei imensamente feliz em vê-la de novo. Chamei por seu nome mais ela não olhava para mim.
– Elas não podem te escutar Jay. Você é apenas um espírito. Não pode tocar e nem falar com ninguém dessa cena. - Diz o fantasma.
– Como é seu nome? - Pergunto
– Não tenho nome.
– Qual é o seu propósito me trazendo aqui?
– Apenas um... Fazê-lo se arrepender.
– Me arrepender do quê?
– Se arrepender por não gostar do natal!
– Tenho meus motivos...
– Vamos ver se eles continuam depois de minha visita. - Interrompe o fantasma. - Agora assista atentamente. Você se lembra do que aconteceu aqui? - Pergunta ele.
– Só lembro de ter ficado muito feliz naquele dia, só não sei o porque.
– Ótimo. Então, assista. Nós quatro nos sentamos no banco. Minhã mãe havia saido para comprar chocolate quente para todos nós. Era o meu favorito, assim como o do meu irmão. Enquanto ela não chegava, tia Emily nos chamou:
– Crianças venham cá. Rápido antes que sua mãe chegue. - Dissera ela com um sorriso grande em seu rosto.
– Quero entregar-lhes os presentes. Sua mãe, em hipótese alguma, pode saber tudo bem?
– Nós prometemos tia. - Eu dissera. Eu deveria ter uns 8 anos naquela época, enquanto Joe, tinha 6 anos.
– Joe? - Perguntou ela com uma piscadela
– Nós prometemos tia. - Disse ele rindo
– Ótimo, tomem aqui. - Ela os entregou. O meu tinha o tamanho de uma caixa de sapatos, então pensei que fosse isso. Quando o abri, havia um grande carrinho de madeira, oque eu mais queria. Fiquei mais feliz do que nunca. Fiquei muito agradecido por tia Emily ter me dado aquele presente. O embrulho de Joe era menor, do tamanho de uma bola e era exatamente isso. Joe ficou tão feliz que saiu pulando por aí, todos rimos disso.
Quando minha mãe voltou, não tinha como esquecer dos presentes que havíamos ganhado. Ela pergunto o porque de tanta felicidade por uma tarde que tia Emily acabou revelando a verdade. Minha mãe ficou brava com tia Emily por não ter respeitado a tradição, mas isso durou pouco, porque ela viu o quanto estávamos tão felizes que deixou e riu junto com todos. Bebemos chocolate quente, eu e Joe jogamos com sua bola nova e mexemos com o carrinho novo que ganhei. Foi o melhor natal da minha vida.
Sem perceber, eu estava com um grande sorriso no rosto com algumas lágrimas da lembrança daquele dia e da tia Emily.
– Oque achou? - Pergunta o fantasma.
– Não sabia que estava com tanta saudade dela. Ela era o laço que unia à todos nós. Esse foi um natal feliz... Ainda não estou arrependido por não gostar do natal.
– Um-hum... Que pena! Venha, mostrarei outra coisa para você. O parque e tudo que havia nele se desintegrou como fogo queimando o papel e o corredor de escuridão retornou. O fantasma voltou a ser uma pequena esfera luminosa, da qual eu segui. A luz no final do corredor voltou e eu sai, dessa vez, em minha antiga escola.
Também era época de natal, onde eles revelavam os melhores alunos da sala.
– Lembrasse dessa?
– Não, apenas algumas coisas.
– Assista.
Eu devia ter uns 10 anos nessa época. Era o primeiro da fila. O professor estava chamando os alunos que obtiveram melhor nota no ano.
– Antes de revelar os alunos de melhores notas eu queria dizer algo para vocês. Queria agradecer por vocês serem comportados e não fazerem bagunças em tempos de estudos... Desejo um feliz natal à todos e um feliz ano novo também. Agora vamos aos alunos. Aqueles que não forem chamados, não é necessário tristeza. Eles não ganharão nada, apenas farão um discurso breve para vocês. O terceiro melhor aluno ou aluna é Charlotte Mena. - Todos aplaudiram. - Venha aqui e faça o seu discurso. - Disse o professor com um grande sorriso.
– Quero desejar um feliz Natal para todos e um feliz ano novo, que nós podemos ganhar vários presentes hoje. - Todos riram. - Obrigada!
– Muito bem... Muito bem. Nosso segundo melhor aluno é Max Viegas. - Todos aplaudiram novamente e as meninas gritaram. - Venha fazer seu discurso.
– Quero desejar, também, feliz natal e ano novo à todos vocês! - Max piscou e as meninas gritaram mais uma vez. Ele era meu melhor amigo e o galã das meninas.
– Muito obrigado Max. Agora nosso primeiro melhor aluno é Jay Jones. - Todos aplaudiram. - Suba aqui.
– Obrigado pelas palmas. Quero desejar feliz natal e feliz ano novo para todo mundo! Espero que todos tenham um ótimo banquete com suas famílias! Obrigado. - Mais aplausos.
– Obrigado Jay...
– Oque achou dessa? - Pergunta o fantasma. Sempre eu entrava para a lista dos três primeiros. Era sempre uma grande conquista para mim.
– Gostava muito daqueles dias, quando era chamado para discursar. Sempre era chamado. Mas mesmo assim não mudou minha opinião sobre o natal.
– É realmente uma lástima. Meu amigo vai ter de cuidar de você então. Vamos levá-lo de volta.
A lembrança se desintegrou e eu apareci em meu quarto. Estava de pé perto da lareira e soube, então, que não era um sonho.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem! Próximo capítulo em alguns dias