Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 9
Sem entender bulhufas


Notas iniciais do capítulo

OIII!
Eu sei que o capítulo não ficou muito bom mas estou com pressa, mesmo assim o próximo vai ser melhor e espero que tenham gostado. Deixem reviews! Beijoss.



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Entramos eu, Lola e Peter no carro e seguimos para o colégio. Fiquei repassando em minha cabeça as coisas; Escova de dentes, absorventes, roupas íntimas, roupas. Tudo certo. Mandei mensagens para as meninas e todas já estavam na escola, só faltava eu. Fiquei imaginando como seria lá, se acamparíamos, se faríamos fogueiras ou coisar assim, assaríamos mashmallows e cantaríamos musiquinhas de acampamento. Até que um barulho de balão esvaziando me arrancou desses pensamentos.

– Caraca! - Exclamou Lola, saindo do carro. - Crianças, o pneu furou. Desçam aqui!

Passei a mão pelo rosto e gemi um "ah, não" antes de descer para ajudá-la junto com Peter.

– Não temos tempo, mãe, vamos perder o ônibus. - Falou Peter, com as mãos no cabelo. Lola suspirou.

– Então vão, corram, eu me viro.

– Tem certeza? - Perguntei.

Ela assentiu e fomos. Corremos enquanto brigávamos sobre alguma coisa, quando para completar meu ciclo interminável de sorte, começou a chover. Chegamos exaustos e encharcados depois de dois quarteirões corridos. Os ônibus já haviam saído.

– Viu o que você fez, Celina?! - Exclamou Peter, irritado. Eu queria chorar.

– Eu o quê?! Não fiz nada! - Rebati.

– O pneu furou por causa dessa sua banha maldita. Tudo sua culpa.

Eu ia rebater quando ouvimos uma voz familiar.

– Crianças? Porque estão aqui? - Perguntou o professor Tompson debaixo de um guarda-chuva.

– Professor! Perdemos o ônibus. - Falei, frustrada.

– Entendo. Mas olhem a sorte de vocês, vocês podem ir em um dos trailers. Tem dois, um meu e outro do professor Carton, mas ele não pôde vir então está livre.

Não me contive e me atirei eu um abraço molhado contra o professor.

– Mil vezes obrigada! - Exclamei. Ele sorriu e nos conduziu até lá.

– Não tem quarto para mim no sítio então tive que ficar no trailer. Mas não contem para ninguém que vieram nele, por favor, senão terei problemas com o diretor. Entrem, que o motorista já está saindo.

Entramos no trailer. Era bem bonito e aconchegante, e tinha até um quarto. Usei o banheiro para me trocar pensando que até que havia sido bom o pneu ter furado. Saí do banheiro e já estávamos na estrada, então resolvi tirar um cochilo. A viagem para o sítio demoraria três horas, e eu estava com muito sono. Me deitei na cama e dormi enquanto Peter lia uma revista de jogos.

–------

– Celina, acorda... CELINA! - Gritou Peter no meu ouvido.

– EU POSSO SABER O QUE É ISSO? - Gritei de volta, assustada.

– Tá, desculpa, só queria dizer que a gente vai dormir aqui na estrada hoje. - Deu ombros.

– Mas porque?!

– A passagem tá impossibilitada por causa da chuva. Os ônibus pararam e tudo mais. O lado bom é que eles disponibilizaram barracas pra gente acampar.

– Que ótimo! - Falei, animada. Eu nunca acampara e seria ótimo fazê-lo pela primeira vez.

– Então, vamos.

Peguei minha mochila e ajeitei o cabelo para sair do quarto. Pegamos algumas barracas, procurei Star e Kim mas não as achei. Lá fora a chuva já havia passado e tinha bastante gente armando suas barracas para descansar, tagarelando o tempo todo. Estávamos perto de um bosque bonito, e já estava anoitecendo.

– John está organizando uma excursão por esse bosque quando todos dormirem. - Sussurrou Peter. - Vamos?

– Ah... não sei. - Respondi, receosa.- Vai que nos pegam.

– Vamos logo Celina, eu aproveito e ajudo vocês dois. - Revirou os olhos. Abri um sorriso grande.

– Vamos então.

Depois disso achei Star e contei à ela tudo o que havíamos passado. Tagarelamos enquanto assávamos mashmallows e cantávamos musiquinhas assim como eu imaginei, que nem nos filmes. Fiquei pensando o que essa noite reservaria pra mim: seria legal e eu ficaria com John? Ou seria ruim e eu acabaria na fossa? Eu estava morrendo de ansiedade.

Finalmente, às 23:00h, todos dormiram. Peguei minhas coisas e segui com Peter, John, Star, Julia, Marcel e Tracy até a entrada do bosque. Lá dentro estava escuro e acendi minha lanterna. Era meio sombrio e me questionei mesmo se devia ter vindo, afinal poderia ter algum psicopata que me fatiaria em pedacinhos e...

– AH! - Exclamei, caindo. Eu havia tropeçado. Como todos estavam um pouco mais na frente, conversando animados, acabou que ninguém me ouviu. Eu estava sozinha no bosque com um joelho ralado. Me levantei com dificuldade e tentei procurar os outros, sem sucesso.

Fiquei praguejando, rondando o lugar tentando achar alguém, até que senti uma mão tapando a minha boca. Fiquei muito desesperada e comecei a me debater.

– Celina, Celina! - Disse uma voz conhecida. - Para com isso, é o Peter.

Peter me largou e eu me esquivei, irritada.

– Cadê os outros? - Perguntei.

– Eu vim te procurar e não sei onde estão. - Exclamou.

Resolvi não responder, só bufei e comecei a armar a barraca.

– O que você tá fazendo? - Perguntou, idiota.

– Não é óbvio? É melhor montar agora do que mais tarde. Tá de noite. - Acabei de montar na minha velocidade recorde e entrei. Ele me seguiu.

– Para de ser ridícula e vamos procurar. Não se esqueça que se estamos aqui é culpa sua.

– Culpa minha?! Eu não pedi pra você vir me procurar, Peter. - Respondi, irritada.

– Ah, cala a boca, Celina.

– Quer saber? - Falei, me ajoelhando pra ficar um pouco maior que ele. - Eu te odeio!

– Quer saber? - Ele se ajoelhou, ficando maior que eu. - Eu te odeio mais!

E me beijou.


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