Amor internacional escrita por Walker
Notas iniciais do capítulo
OIII!
Eu sei que o capítulo não ficou muito bom mas estou com pressa, mesmo assim o próximo vai ser melhor e espero que tenham gostado. Deixem reviews! Beijoss.
Entramos eu, Lola e Peter no carro e seguimos para o colégio. Fiquei repassando em minha cabeça as coisas; Escova de dentes, absorventes, roupas íntimas, roupas. Tudo certo. Mandei mensagens para as meninas e todas já estavam na escola, só faltava eu. Fiquei imaginando como seria lá, se acamparíamos, se faríamos fogueiras ou coisar assim, assaríamos mashmallows e cantaríamos musiquinhas de acampamento. Até que um barulho de balão esvaziando me arrancou desses pensamentos.
– Caraca! - Exclamou Lola, saindo do carro. - Crianças, o pneu furou. Desçam aqui!
Passei a mão pelo rosto e gemi um "ah, não" antes de descer para ajudá-la junto com Peter.
– Não temos tempo, mãe, vamos perder o ônibus. - Falou Peter, com as mãos no cabelo. Lola suspirou.
– Então vão, corram, eu me viro.
– Tem certeza? - Perguntei.
Ela assentiu e fomos. Corremos enquanto brigávamos sobre alguma coisa, quando para completar meu ciclo interminável de sorte, começou a chover. Chegamos exaustos e encharcados depois de dois quarteirões corridos. Os ônibus já haviam saído.
– Viu o que você fez, Celina?! - Exclamou Peter, irritado. Eu queria chorar.
– Eu o quê?! Não fiz nada! - Rebati.
– O pneu furou por causa dessa sua banha maldita. Tudo sua culpa.
Eu ia rebater quando ouvimos uma voz familiar.
– Crianças? Porque estão aqui? - Perguntou o professor Tompson debaixo de um guarda-chuva.
– Professor! Perdemos o ônibus. - Falei, frustrada.
– Entendo. Mas olhem a sorte de vocês, vocês podem ir em um dos trailers. Tem dois, um meu e outro do professor Carton, mas ele não pôde vir então está livre.
Não me contive e me atirei eu um abraço molhado contra o professor.
– Mil vezes obrigada! - Exclamei. Ele sorriu e nos conduziu até lá.
– Não tem quarto para mim no sítio então tive que ficar no trailer. Mas não contem para ninguém que vieram nele, por favor, senão terei problemas com o diretor. Entrem, que o motorista já está saindo.
Entramos no trailer. Era bem bonito e aconchegante, e tinha até um quarto. Usei o banheiro para me trocar pensando que até que havia sido bom o pneu ter furado. Saí do banheiro e já estávamos na estrada, então resolvi tirar um cochilo. A viagem para o sítio demoraria três horas, e eu estava com muito sono. Me deitei na cama e dormi enquanto Peter lia uma revista de jogos.
–------
– Celina, acorda... CELINA! - Gritou Peter no meu ouvido.
– EU POSSO SABER O QUE É ISSO? - Gritei de volta, assustada.
– Tá, desculpa, só queria dizer que a gente vai dormir aqui na estrada hoje. - Deu ombros.
– Mas porque?!
– A passagem tá impossibilitada por causa da chuva. Os ônibus pararam e tudo mais. O lado bom é que eles disponibilizaram barracas pra gente acampar.
– Que ótimo! - Falei, animada. Eu nunca acampara e seria ótimo fazê-lo pela primeira vez.
– Então, vamos.
Peguei minha mochila e ajeitei o cabelo para sair do quarto. Pegamos algumas barracas, procurei Star e Kim mas não as achei. Lá fora a chuva já havia passado e tinha bastante gente armando suas barracas para descansar, tagarelando o tempo todo. Estávamos perto de um bosque bonito, e já estava anoitecendo.
– John está organizando uma excursão por esse bosque quando todos dormirem. - Sussurrou Peter. - Vamos?
– Ah... não sei. - Respondi, receosa.- Vai que nos pegam.
– Vamos logo Celina, eu aproveito e ajudo vocês dois. - Revirou os olhos. Abri um sorriso grande.
– Vamos então.
Depois disso achei Star e contei à ela tudo o que havíamos passado. Tagarelamos enquanto assávamos mashmallows e cantávamos musiquinhas assim como eu imaginei, que nem nos filmes. Fiquei pensando o que essa noite reservaria pra mim: seria legal e eu ficaria com John? Ou seria ruim e eu acabaria na fossa? Eu estava morrendo de ansiedade.
Finalmente, às 23:00h, todos dormiram. Peguei minhas coisas e segui com Peter, John, Star, Julia, Marcel e Tracy até a entrada do bosque. Lá dentro estava escuro e acendi minha lanterna. Era meio sombrio e me questionei mesmo se devia ter vindo, afinal poderia ter algum psicopata que me fatiaria em pedacinhos e...
– AH! - Exclamei, caindo. Eu havia tropeçado. Como todos estavam um pouco mais na frente, conversando animados, acabou que ninguém me ouviu. Eu estava sozinha no bosque com um joelho ralado. Me levantei com dificuldade e tentei procurar os outros, sem sucesso.
Fiquei praguejando, rondando o lugar tentando achar alguém, até que senti uma mão tapando a minha boca. Fiquei muito desesperada e comecei a me debater.
– Celina, Celina! - Disse uma voz conhecida. - Para com isso, é o Peter.
Peter me largou e eu me esquivei, irritada.
– Cadê os outros? - Perguntei.
– Eu vim te procurar e não sei onde estão. - Exclamou.
Resolvi não responder, só bufei e comecei a armar a barraca.
– O que você tá fazendo? - Perguntou, idiota.
– Não é óbvio? É melhor montar agora do que mais tarde. Tá de noite. - Acabei de montar na minha velocidade recorde e entrei. Ele me seguiu.
– Para de ser ridícula e vamos procurar. Não se esqueça que se estamos aqui é culpa sua.
– Culpa minha?! Eu não pedi pra você vir me procurar, Peter. - Respondi, irritada.
– Ah, cala a boca, Celina.
– Quer saber? - Falei, me ajoelhando pra ficar um pouco maior que ele. - Eu te odeio!
– Quer saber? - Ele se ajoelhou, ficando maior que eu. - Eu te odeio mais!
E me beijou.
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