Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 8
Momento de fofura e cordão da sorte


Notas iniciais do capítulo

Lori, muito, muito, muito obrigada pela recomendação linda que você deixou na fic :D Obrigada por ter me acompanhado desde o início, mesmo, você é uma fofa!
Obrigada também pelos comentários e pelas pessoas que favoritam/acompanham a história. Espero que gostem desse capítulo e deixem suas opiniões, por favor.
Beijos!



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– O que você quer? - Perguntei, confusa.

– Conversar. - Ela respondeu, dando ombros. - Fecha a porta.

Eu fechei, intrigada.

– Conversar sobre o que? - Eu tinha que me encolher contra a parede pra ficar numa distância segura dos peitos dela.

– Bem, você e Peter moram na mesma casa. - Eu assenti. - E eu quero me certificar que você não está dando em cima dele.

Eu não me segurei e ri.

– Fala sério, Tracy. Eu e Peter não temos nada haver um com o outro. - Falei, e ela me olhou com a sobrancelha direita arqueada.

– Eu vi vocês andando na praia. - Ela falou. - Pareciam estar bem amiguinhos.

– Nós... É... - Comecei, nervosa. Será que ela havia visto a parte do "beijo"? - Não temos nada.

– Eu espero mesmo. Você é uma menina legal, Celina. Mas se eu souber que está de papinho com o meu namorado, vai se ver comigo. - Falou, numa naturalidade impressionante. O que ela iria fazer comigo? Me encher de beijinhos matadores? Ah, por favor.

A olhei de cima a baixo e fui embora. Garota metida.

–.-.-.-.-.-.-

Hudson insistiu em pagar meu passeio, mas eu não aceitei. Consegui finalmente falar com meus pais pelo Skype, já que desde a viagem não havia conseguido entrar na minha conta e estávamos nos falando apenas por telefone. Ver eles foi difícil pra mim, eu estava morrendo de saudades e vê-los sem poder abraçá-los era realmente muito chato. Nós sempre fomos muito unidos.

Então Peter chegou da academia e, como eu havia prometido, fui ajudá-lo com as matérias.

– O que você tem? - Perguntou ele, tirando a cara dos livros.

– Uma beleza sobrenatural. Fico triste que não possa dividir ela com você, porque tá precisando - Respondi, sem tirar os olhos do livro. Ele riu sem graça.

– Agora sério, o que houve?

– Saudades de casa. - Falei, olhando pra ele.

– Ah, sei. - Ele disse. Agora vem a parte estranha. Peter pegou uma mecha do meu cabelo e a pôs atrás de minha orelha, com um sorriso leve. - Não fica assim, vai. Não tem graça implicar com você desse jeito.

Eu sorri e ele me puxou para um abraço. No instante que ele me puxou, pensei em resistir. Afinal, que coisa era essa? Uma hora nos odiávamos e em outra estávamos como melhores amigos. Ou mais. Não sei.

Seu abraço era diferente. Uma mão mexia no meu cabelo e a outra repousava em minha cintura, me puxando para perto. Não sei descrever seu perfume, sei lá, era um pouco amadeirado e tinha no fim um cheiro doce, só sei que inundou minhas narinas. Percebi tudo isso em menos de um segundo, já que foi um abraço rápido.

– Bem, obrigada. - Falei, envergonhada, ajeitando meu cabelo. - Mas que esse seu momento de fofura comigo não saia daqui, eu tenho uma imagem à zelar.

Ele riu.

– E você acha que eu gostaria que soubessem? Por favor né, Pouca Sombra. - Olhei entediada pra ele.

A tarde se seguiu normalmente (Peter sendo implicante enquanto tentava ensiná-lo física) assim como o resto da semana. Tracy não mexeu mais comigo e Kim e Michael estavam no maior amor, já que agora estavam namorando.

E então chegou quinta feira e eu entreguei meu papelzinho de autorização junto com meu dinheiro para o passeio. Estava animada e cheia de expectativas. Como seriam os bichos de lá? Teriam bichos? Odeio baratas. Será que a comida era boa? Dormiríamos em barracas? Ai que animação!

Arrumei minha mochila com várias roupas e pus meu cordão da sorte. Quando eu tinha oito anos, eu fui passar uma semana numa das praias do estado. Eu estava nadando quando pisei em algo e peguei para ver o que era. E era uma correntinha de couro com um pingente de sapo. Fiquei deslumbrada enquanto minha mente corria de um lado para o outro pensando de onde poderia ser aquele cordão. De um mago que lançou um feitiço no cordão para ser especial, de um ser mágico, ou simplesmente de um cara desatento que deixara cair enquanto fazia xixi no mar.

De qualquer jeito, peguei o cordão e o guardo até hoje como meu "cordão da sorte". Quem sabe, né?


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