Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 10
Juramento quebrado


Notas iniciais do capítulo

ANTES DE TUDO, NÃO ME MATEM.
Mil desculpas gente, eu estava escrevendo o livro e estudando demais, mas aqui está um novo capítulo!
Bem, ele vai ser basicamente de reflexões dos personagens, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465990/chapter/10

Com o impacto, eu havia caído no chão. Nem assim Peter me largou. Ele continuava abraçando minha cintura, por cima de mim, e nem sequer abrira os olhos. Eu pensei em resistir, mas era como se a gravidade não permitisse, e mesmo que permitisse eu admito que não iria me separar.

Até que houve a pausa para tomar fôlego e toda a minha consciência pareceu desabar novamente em mim.

– Eu posso saber o que foi isso?! - Exclamei, tentando me desvencilhar, mas Peter me prendia no chão com um sorriso divertido.

– Um beijo, uai. - Respondeu, simplesmente.

– Não, idiota, foi um tapa. - Rebati, irônica. - Quero saber o porquê.

– Porquê eu queria. - Respondeu novamente. - E nem vem com essa, porque eu sei que você gostou.

Ri sem graça.

– Óbvio que eu não gostei. Por sinal, eu odiei e... - Peter me interrompeu me beijando novamente, mas eu o empurrei.

– Você pode parar, por favor?! - Finalmente consegui me levantar. - Você precisa aprender à se controlar, Peter!

– Ah, tá. Você é uma chata, sabia? Já pensou em quantas meninas adorariam ser beijadas por mim? - Falou, suuuuuper narcisista.

– Então beija elas, não a mim. - Bufei, me fingindo indiferente quando estava totalmente confusa. - Eu vou procurar o pessoal. - Me levantei, e dessa vez ele não me impediu e continuou dentro da barraca.

Fiquei andando ao redor, enquanto passava as mãos no rosto e no cabelo. Ele já devia ter beijado milhões de meninas, e eu deveria ter sido só mais uma. Mas de que me importava, afinal? Chacoalhei a cabeça. Eu também não era nenhuma encalhada, mas aquele beijo havia me jogado nas alturas, diferente dos outros, só que ele simplesmente não podia ter me beijado.

Lembrei das palavras ameaçadoras de Tracy e meu sangue congelou. Posso me preparar para o beijinhos matadores dela.

Peter.

E então ela saiu da barraca. Dei um sorriso de canto como normalmente fazia, mas alguma coisa nele parecia diferente. Estava meio, sei lá... menos "Acabei de pegar uma menina gata pra caraca" e mais pra "Estou feliz porque beijei uma menina muito legal".

As coisas não aconteceram exatamente como o normal. Geralmente eu beijava uma menina desse jeito ousado e ela não rejeitava, muito pelo contrário, se é que você me entende. Mas com Celina foi bem diferente. Ela me deu a maior bronca e saiu me deixando sozinho e sem entender nada. De qualquer jeito, porque eu estava me importando? Eu não gostava dela, não mesmo. Eu não conseguia passar uma hora do lado dela sem que um dos meus neurônios explodisse de chateação, porque meu Deus, essa menina nasceu pra me irritar.

E sim, eu beijei ela porque simplesmente me deu vontade e pronto. Como já disse antes, eu sei, sou um pegador egoísta e sem coração, e mesmo eu tentando não ligar muito, aquilo começou a me incomodar minimamente pela primeira vez.

Resolvi deitar. Eu sabia que ela estava lá fora, a sombra dela parecia rodear a barraca, e sabia que cedo ou tarde ela ia entrar. Pelos meus conhecimentos celinásticos, ela nunca iria andar sozinha, de noite, numa floresta escura e sombria.

Acabei ficando naquele estado "acordado-dormindo" até que Celina adentrou a barraca. Achei que ela estava chorando por ouvir os fungados, mas não abri os olhos. Ela se sentou ao meu lado e senti que sua respiração estava perto de minha bochecha. Minhas suspeitas de que ela estava chorando se confirmaram quando uma lágrima gelada caiu no meu rosto.

– Você é um idiota, sabia? - Falou, em meio à soluços. E então ela simplesmente se deitou e me abraçou.

Juro que fiquei sem entender nada. Mais ainda quando surgiu uma coisa totalmente nova em mim. A proximidade dela e saber que estava chorando me fazia querer abraçá-la e a consolar, limpar suas lágrimas e fazer tudo ficar bem. Eu simplesmente não entendia nada, eu não era assim antes, o que ela estava fazendo comigo afinal?

Celina.

– Você é um idiota, sabia? - Solucei. Ele estava dormindo lá, e me deitei para abraçá-lo.

Eu comecei à chorar quando estava lá fora. Porquê ele fazia isso comigo? Eu estava um pouco balançada esses dias. Não sabia o que queria com ele, não sabia se o odiava ou se o amava, eu estava confusa. Uma hora brigávamos e outra ele me consolava se tornando o cara fofo que eu sempre quis. E os beijos de minutos atrás me fizeram lembrar de algo que eu já tinha prometido que nunca mais interferisse na minha vida.

Quando eu tinha lá pelos meus treze anos, eu conheci um menino. Se chamava Rafael. Ele era moreno, louro dos olhos cor de mel, com o sorriso mais conquistador da sétima série. Nós fizemos um trabalho junto em que tínhamos que atuar em uma peça, e ele era meu par romântico.

A professora disse que, para que nós nos conhecêssemos melhor, ela daria o tempo de aula dela para que ensaiássemos à sós no colégio. E de pouquinho em pouquinho, fui me apaixonando. O problema é que, me apaixonando por ele, Rafael conseguiu exatamente o que queria. Ele ficou comigo e depois sumiu da minha vida, nem olhava pra mim e eu sofri demais, ele foi o primeiro menino que amei e, depois de me dar meu primeiro beijo simplesmente me esqueceu.

Depois da peça, fui descobrir que era uma aposta e que ele dissera que eu era "a menina mais ridícula e boba do mundo" e que caí como um patinho. Ele brincou comigo e eu jurei nunca mais me apaixonar por alguém que fosse me machucar como Rafael machucou.

Bem, eu acho que quebrei meu juramento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?
Ps: TWD TÁ DE VOLTAAA!