12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 83
Capítulo 81


Notas iniciais do capítulo

OI!!! Quanto tempo, né!? Mas, voltei... A história agora vai dar uma reviravolta, assim como a vida deles! Espero que gostem e que não deixem de acompanhar ❤️ Se alguém me enviou mensagem desculpa não responder é que aqui as mensagem são arquivadas e eu perco o acesso a elas. Então se você enviou alguma, me envia novamente que vou responder



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Dulce vai para o carro de Cintia, que já estava a aguardando e assim saem juntos rumo a cidade.

– Coloque o cinto...- adverte enquanto mexe no ar condicionado do carro.
– Pronto! - coloca, observando a filha. Como será o bebê!?
– Não sei... Estamos indo ver, não? - funciona o motor e sai.

Paula o encara e ele percebe, começando a rir.

– Seja menos engraçado na próxima...
– Só disse que estamos indo ver!
– Enfim...- pega o celular. O que faremos a noite?
– Nem queira saber!
– Vitor!
– Irei dormir! Estou cansado...
– Não é nenhuma novidade você se considerar cansado... Vitor sendo Vitor.
– E você se casou comigo eu sendo eu mesmo!
– Talvez eu tenha casado com alguém que eu achava ser mais ativo!
– Que!? - a encara. Até parece...
– Estou falando sério...
– E eu finjo apreciar sua seriedade! - liga o som do carro.
– Vitor, Leo está um pouco estranho, né!?
– Não sei...
– Você convive com ele, não tem achado ele meio...
– Não fico me ocupando muito com a vida dos outros.
– Isso foi uma indireta? - o observa.
– Não, talvez tenha sido um aviso! Não sei porque você se preocupa tanto se...
– Pensando bem...- o interrompe. Você quem é estranho!

Passam o restante do caminho em silêncio. Hora ou outra ela pensa em puxar assunto, mas ao olha-lo desiste. Chegam ao hospital e Vitor retira Vitória do carro, aguarda Paula pegar a bolsa e entra rumo à sala de espera.

– O que foi? - ela entrelaça o braço sobre o braço dele.
– Nada... Só estou tentando andar como namorados.
– Não somos namorados!
– Credo Vitor...- se solta dele. Hoje você acordou amargo.
– Desculpe! - ri. Estava só brincando...- sorri para um enfermeira que passa.
– Me poupe né...
– Paula...- olha para ela. Você está com ciúmes de uma senhora de quase sessenta anos?
– Vai saber se você não prefere as mais maduras. - entram em um elevador.
– Você é estranha!
– Fiquei depois que me casei com um estranho! - saem do elevador e ela já vê Marisa. Sua mãe ali! - sorri.
– Olá! - cumprimenta-os. E você meu amor? - pega a neta.
– Como é o bebê, Marisa?
– Lindo Paula! Cabelinhos arrepiados...
– Meu Deus! - se anima. Quero ver! - riem.
– Vamos nos sentar ali, o médico logo vem!

Elas sentam-se conversando com Vitória e Vitor permanece imóvel olhando para uma conhecida que já não via há anos. Ela o observava atentamente em um misto de medo e insegurança.

– Vitor? - o encara. Vitor?
– Oi! - ouve Paula.
– O que foi?
– Nada...- se aproxima delas e pega Vitória que se joga no colo dele.

Não demora e o médico responsável autoriza a entrada deles. Conhecem animados o pequeno José e cumprimentam Tatianna. Na saída da sala se encontram com as crianças e Vitor pede que Paula siga com eles para o carro junto de Dulce que chegou após para a visita também.

– Não demore! - beija-o e vai.

Ao se aproximar não entende o porquê ela estava o chamando, as coisa já haviam acontecido há muito tempo atrás.

– Camila?
– Vitor...- coloca um prontuário na bancada. Preciso falar com você!
– Percebi...
– Desculpa incomodar um momento familiar... Mas...- olha ao redor. Podemos nos falar na minha sala?
– Se for rápido...
– Prometo que será!

Entram em uma sala próxima à recepção. Vitor senta-se e aguarda ela fazer o mesmo. Observa os quadros pendurados na parede, certificados, diplomas, retratos de mulheres grávidas e fotos de uma criança.

– Se tornou obstetra?
– Sim!
– Que bom! - sorri.
– Sinto muito pela perca do seu filho...
– Como você...?
– Soube? Eu acompanhei daqui do hospital, mas preferi não me envolver para não incomodar a família. Acompanhei o nascimento da sua filha, estive na equipe quando sua esposa precisou de cuidados!
– Quer dizer que você tem estado em tudo que se relaciona a saúde da minha família?
– Sim! - sorri. E fico feliz em poder ajudar...
– Nunca soube que você fez parte da equipe!
– Falei que não queria incomodar a família... Provavelmente Paula não sabe de minha existência, né?
– Não...
– Compreendo!
– Camila, eu não sei o porque...
– Vitor...- se levanta. Quando decidimos ser médicos é porque acreditamos na nossa capacidade de salvar alguém ou tornar menos dolorido sua passagem pela terra. A gente até se sente meio que super-herois... Mas não somos! Nem somos tão capazes. Nem tão poderosos...- para na frente do retrato de uma criança. Acabei descobrindo isso da pior maneira! Vejo crianças nascerem quase todos os dias! Acompanho a ansiedade das mães, os problemas que surgem e a felicidade quando tocam em seus bebês! - sorri, em meio as lágrimas que já caem. Essa menina... É a minha filha! - olha para ele que fica surpreso.
– É uma criança linda...
– E feliz, apesar de tudo!
– Camila...
– Há seis meses descobrimos que ela sofre de uma doença sanguínea...
– Sinto muito...
– Sabe o que é receber um diagnóstico e ver que a cada dia que passa não há melhoras e o circulo parece só se fechar...? Ela precisa de uma transfusão de sangue para repor glóbulos e um tanto mais de coisas da medicina que hoje não fazem sentido algum para mim! Mas para isso não basta ter o mesmo tipo sanguíneo, é preciso ser compatível em células e tantas outras coisas! E eu não sou compatível com minha filha. Meus pais não são... E não tenho mais ninguém no Brasil e aguardar na fila é como ver minha filha morrer mais um pouco todos os dias! - começa chorar. Morrer e eu não poder fazer nada! Eu que estudei tantos anos para conseguir fazer algo e descobrir que não posso nada quando dentro da minha casa a minha filha está morrendo!
– Não sei o que te dizer...- se emociona. Entendo o quanto é desesperador, posso imaginar a dor que você tem carregado!
– Jamais quis isso, Vitor! - olha para ele. Jamais quis ter essa conversa com você. Jamais quis te procurar ou cobrar algo! Mas eu...
– Não estou entendendo...- se preocupa.
– Houve uma outra pessoa logo após você e quando retornei ao EUA já estava grávida e...
– Espera aí...- se levanta. Quantos anos sua filha tem? - se desespera.
– Vitor...- chora.
– CAMILA!
– Não sei se você é o pai! Eu...
– Meu Deus! - chora.
– Não te procuraria se não fosse grave! Só preciso que faça o teste... Só preciso saber se você pode ajudar minha filha!
– Só isso você precisa? - a encara. SÓ ISSO? Nos envolvemos já fazem quase cinco anos... E do nada você aparece no corredor de um hospital me chamando para despejar essa história em mim e agora insinua que se eu for o pai dessa criança eu só preciso doar meu sangue para ela e depois tchau! Quem você pensa que eu sou?
– Não...- chora. Não quero atrapalhar sua vida, sua família e só te procurei porque ninguém mais pode ajudar! Eu não sei por onde anda o outro rapaz que me envolvi... Vitor... Ninguém vai saber, ninguém precisa saber! Nem a mídia, nem a sua família! Você faz esse teste e se for o pai você faz mais uns exames para ver se é compatível, salva minha filha e depois ela retorna para os EUA e fica tudo...
– Camila! - chora. Presta atenção no que você está dizendo...
– Estou desesperada! - se aproxima dele. Estou sofrendo... Eu...
– Qual o nome dela? - olha o retrato.
– Maria...
– Maria...- vai até a porta. Amanhã de manhã eu volto e faço os exames necessários. Se a Maria for minha filha vou exercer meu papel de pai e cobrar meus direitos se você manda-la aos EUA! Então se prepare também para sua vida nunca mais ser a mesma! - sai.

Percorre os corredores do hospital sem saber o que pensar, como agir. Entra no banheiro masculino e desaba... Pensa na Paula e em como vai conversar com ela sobre tudo que acabou de saber. Seu celular o traz novamente para realidade, era ela na tela...

– Vitor? Meu Deus... As crianças estão ficando irritadas. Onde você está?
– Pulinha...- tenta se controlar.
– Vitor? - se preocupa. Vitor...- desce do carro. Você está chorando? O que houve?
– Não! - passa a mão no rosto. Eu... Já estou indo. Me aguarde! - desliga.

Limpa o rosto e respira fundo. Sai do banheiro e minutos depois se encontra com Paula no estacionamento.

– Demorou! - o observa.
– Fiquei conversando com um conhecido! - sorri.
– Você estava estranho no telefone...
– Impressão sua, meu amor! - ri. Vamos? - vai para o carro.
– Vamos...- o olha desconfiada.
– E aí mulecada!? - entra. Todos se sinto?
– SIM! - respondem.
– Então vamos! - aguarda Paula se ajeitar. Cadê sua mãe?
– Já foi com Cintia...
– Ok...- saem.
– Tia Paula...
– Oi Antônio...- olha-o pelo retrovisor.
– Queria suco de acerola com laranja...
– Quando chegarmos lá...- ri.

Durante o caminho Vitor a observa conversar com os sobrinhos e pensa em como ela reagiria se ele tivesse uma filha que não fosse dela.


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Notas finais do capítulo

E agora!?



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